LITERATURA DE SABAL Nome Científico: Serenoa sepens (Bartram) J.K.Small Sinônimos Científicos: Brahea serrulata H. Wendl., Sabal serrulata (Michx.) Schult f., Sabal serrulatum Schult f., Serenoa serrulata (Michx.) Hook. F. ex B.D. Jacks. Nomes Populares: Sabal, Saw palmetto Família Botânica: Arecaceae Parte Utilizada: Frutos Descrição: Palmeira de pequeno porte, semelhante a outras Arecaceae ornamentais. É nativa da Flórida. Constituintes Químicos Principais: Ácidos graxos, ácidos cáprico, caprílico, láurico, palmítico, oleico, linoleico e linolênico, esteróis, campesterol, estigmasterol, beta-sitosterol, polissacarídeos carotenoides, flavonoides, rutina, isoquercetina, canferol. Indicação e Usos: O principal uso atual dos frutos do sabal é o tratamento de sintomas urológicos da hiperplasia prostática benigna. Também tem sido utilizado como diurético, sedativo, agente endócrino, antisséptico e para o tratamento de distúrbios envolvendo os hormônios sexuais. Pequenas quantidades da planta podem ser sedativas. Pesquisas concluíram que o sabal é mais efetivo como suplemento natural do que até que as drogas mais usadas para tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB), uma doença de incidência comum em homens com mais de 40 anos, caracterizada pelo inchaço da próstata a níveis anormais, ocorrendo o inchaço do canal da uretra e impedindo o Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP LITERATURA DE SABAL fluxo normal da urina, causando dificuldade para urinar e perda da pressão do jato de urina, além de outros efeitos adversos. Vem sendo empregado contra o câncer benigno da próstata, pois evita que a testosterona seja convertida em dehidrotestosterona (DHT), hormônio responsável pela multiplicação das células da próstata, que, quando ocorre de forma anormal, causa o aumento da mesma. É recomendado também contra todo tipo de desordem dos sistemas genital e urinário, incluindo inflamações, rupturas e entupimento de vias. O sabal é também considerado um tônico reprodutivo para os homens e mulheres e pode ajudar até no tratamento da “cistite da lua de mel”, onde ocorre irritação excessiva em decorrência da relação sexual em excesso. Farmacocinética: O sabal inibiu, in vitro, as isoenzimas CYP2D6, CYP2C9 e CYP3A4 do citocromo P450. Entretanto, um estudo clínico com pacientes tratados com debrisoquina, um substrato modelo para a CYP2D6, apontou que o sabal não apresentou efeito sobre essa isoenzima, e outros estudos clínicos sugeriram que os efeitos in vitro reportados para a CYP3A4 e CYP2D6 podem não ser clinicamente relevantes. Estocagem e validade: Deve ser estocado hermeticamente fechado, ao abrigo da luz solar direta e do calor. Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação. Poderá ocorrer formação de precipitado e/ou turbidez durante a estocagem, sem alterar as propriedades. Alterações da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos das plantas. Efeitos Colaterais: Podem ocorrer, raramente, distúrbios estomacais. Contraindicações: É contraindicado na gestação e lactação. Revisão de Interação: A resposta ao tratamento anticoagulante em pacientes que também ingeriram sabal pode aumentar. O sabal não parece ter efeito clinicamente relevante sobre a maioria das isoenzimas do citocromo P450, e não foram encontradas outras interações. a) Sabal + Anticoagulantes A INR de um paciente tratado com varfarina aumentou moderadamente após a ingestão de sabal. Tem-se associado esse produto também ao aumento da INR em pacientes que não estão ingerindo anticoagulantes. Um sangramento excessivo durante a cirurgia foi observado em outro paciente que ingeriu sabal. Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP LITERATURA DE SABAL Evidências experimentais: O saw palmetto pode inibir, in vitro, a isoenzima CYP2C9 do citocromo P450, mas não se sabe se esse efeito é clinicamente relevante. Mecanismo: Os autores sugeriram que a causa do que aconteceu seja possivelmente devido à presença da vitamina E na preparação com o sabal, mas a vitamina E, normalmente, não afeta a INR. Evidências experimentais sugerem que o sabal inibe a isoenzima CYP2C9 do citocromo P450, que é uma importante rota no metabolismo da varfarina. Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas a um relato de caso e um estudo experimental de relevância clínica desconhecida. Devido a vários outros fatores que podem influenciar o controle anticoagulante, não é possível atribuir com segurança uma mudança na INR especificamente a uma interação medicamentosa, levando em consideração um único relato de caso sem outras evidências. Seria melhor aconselhar os pacientes a discutir o uso de qualquer produto fitoterápico que eles desejem utilizar e aumentar o monitoramento se este for aconselhável. Casos de uso não contínuo devem ser relatados, uma vez que podem ser úteis como possíveis casos de efeitos adversos. b) Sabal + Benzodiazepínicos Nenhuma interação farmacocinética parece ocorrer entre sabal e o alprazolam ou o midazolam Evidências clínicas: Em um estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, a administração de 320mg de sabal diariamente por 16 dias não afetou a farmacocinética de uma dose única de 2mg de alprazolam administrado no 14º dia. Em outro estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, a utilização de 160mg de sabal duas vezes ao dia por 28 dias não afetou o metabolismo de uma dose única de 8mg de midazolam. Evidências experimentais: Estudos experimentais sugerem que o sabal pode inibir a isoenzima CYP3A4 do citocromo P450. Mecanismo: O midazolam é metabolizado pela isoenzima CYP3A4 do citocromo P450. O estudo in vitro sugeriu que o sabal inibiu essa rota ou o metabolismo, mas esse efeito não parece ser clinicamente relevante. Importância e conduta: Os resultados desses estudos sugerem que o sabal não altera o metabolismo do alprazolam ou do midazolam, e, portanto, nenhum ajuste na posologia desses benzodiazepínicos seria necessário durante o uso contínuo. O midazolam é utilizado como um fármaco modelo para avaliar a atividade da CYP3A4, e, portanto, esses resultados também sugerem a improbabilidade de uma interação farmacocinética entre sabal e outros substratos da CYP3A4. c) Sabal + Cafeína O sabal não parece afetar a farmacocinética da cafeína. Evidências clínicas: Em um estudo randomizado, 12 indivíduos saudáveis foram tratados com uma dose de 160mg de sabal duas vezes ao dia, durante 28 dias, e com uma dose única de 100mg de cafeína no final do Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP LITERATURA DE SABAL tratamento com o sabal. A farmacocinética da cafeína não foi alterada pelo sabal. Mecanismo: A cafeína é metabolizada pela isoenzima CYP1A2 do citocromo P450. O sabal não parece inibir essa rota do metabolismo. Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas ao estudo citado, que sugere a improbabilidade, na maioria dos pacientes, de que o sabal aumente os níveis de cafeína. A cafeína é utilizada como um fármaco modelo para a avaliação da atividade da CYP1A2, e, portanto, esses resultados também sugerem a improbabilidade de uma interação farmacocinética entre o sabal e os outros substratos da CYP1A2. d) Sabal + Clorzoxazona O sabal não parece afetar a farmacocinética da clorzoxazona. Evidências clínicas: Em um estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, o metabolismo de uma dose única de 250mg de clorzoxazona não foi afetado por uma dose de 160mg de sabal administrada duas vezes ao dia. Mecanismo: A clorzoxazona é utilizada como substrato modelo para a avaliação da isoenzima CYP2E1 do citocromo P450. O sabal não parece inibir essa rota do metabolismo. Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas ao estudo citado, que sugere improbabilidade de que o sabal aumente os níveis da clorzoxazona. A clorzoxazona é utilizada como um fármaco modelo para a avaliação da atividade da CYP2E1, e, portanto, esses resultados também sugerem improbabilidade de uma interação farmacocinética entre sabal e outros substratos da CYP2E1. e) Sabal + Dextrometorfano O sabal não parece afetar o metabolismo do dextrometorfano. Evidências clínicas: Em um estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, a administração de 320mg de sabal diariamente, por 15 dias, não afetou o metabolismo de uma dose única de 30mg do dextrometorfano administrado no 14ºdia. Mecanismo: O dextrometorfano é utilizado como substrato modelo da isoenzima CYP2D6 do citocromo P450. O sabal não parece inibir essa rota do metabolismo. Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas ao estudo citado, que sugere improbabilidade de que o sabal aumente os níveis do dextrometorfano. O dextrometorfano é utilizado como um fármaco modelo para a avaliação da atividade da CYP2D6, e, portanto, esses resultados também sugerem improbabilidade de uma interação farmacocinética entre sabal e outros substratos da CYP2D6. Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP LITERATURA DE SABAL Referências Bibliográficas: 1. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos. Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012. 2. SABAL. Disponível em: <http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-sawpalmetto.html> 3. SABAL. Disponível em: <http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Serenoa_repens.htm > 4. SABAL. Disponível em: <http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/sabal.html#.UXfi3Z25d94> Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição CEP: 09991 000 - Diadema – SP