A Importância do Plano de Saneamento e a Educação Ambiental na Perspectiva do Plano Luiz Roberto Santos Moraes, PhD Professor Titular em Saneamento e Participante Especial da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Santo Antônio da Patrulha, 06/07/2016 Salubridade Ambiental estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças relacionadas ao ambiente e de promover as condições ecológicas favoráveis ao pleno gozo da saúde e bemestar da população. RESÍDUOS SÓLIDOS: UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO Saneamento - Ato ou efeito de sanear. Sanear - Tornar são, higiênico ou salutar; reparar. remediar, Saneamento ambiental: conjunto de ações de controle do meio ambiente com o objetivo de torná-lo são e salutar, para promover, proteger e preservar a saúde pública (ANDRADE NETO, 2007). Saneamento Ambiental conjunto de ações técnicas e socioeconômicas, que visam alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, por meio de abastecimento de água potável; coleta, tratamento e disposição de resíduos líquidos, sólidos e gasosos; manejo de águas pluviais; controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças; controle do excesso de ruídos; e a disciplina da ocupação e uso do solo, contribuindo para a promoção e melhoria das condições de vida nos meios urbano e rural (MORAES, 1993). Saneamento Básico Art. 227 – Todos têm direito aos serviços de saneamento básico, entendidos fundamentalmente como de saúde pública, compreendendo abastecimento de água no melhor índice de potabilidade e adequada fluoretação, coleta e disposição adequada de esgotos e do lixo, drenagem urbana de águas pluviais, controle de vetores transmissores de doenças e atividades relevantes para a promoção da qualidade de vida (Constituição do Estado da Bahia, EC n. 07, 1999). ABASTECIMENTO DE ÁGUA “E fica a pergunta que não quer calar: por que nas edificações urbanas raramente se encontram equipamentos de captação da água da chuva, gratuita e potável? O exemplo não deveria começar pelas obras do Poder Público?” (Frei BETTO, 17/11/2007) Privilégio aos sistemas centralizados e coletivos Nossa prática no abastecimento de água • Lógica: fornecer água tratada, usá-la e descartá-la (99,9% água tratada, 0,01% MO). • Padrões de consumo elevados (per capita de projeto?). Descarga: 9 a 12l; máquina de lavar, chuveiro uso perdulário da água. • Sistemas com alto consumo de energia e altas perdas físicas de água. • Padrão de qualidade da água único para todos os usos. • Mananciais: superficiais e subterrâneo. Água de chuva? • Descarte de água usada. Tendências • Minimização dos padrões de consumo. • Rever lógica da veiculação hídrica para o descarte da matéria sólida. • Medição individualizada. • Uso de água de chuva como manancial (nas áreas rurais e urbanas). • Reuso, ciclo fechado de matéria e energia. Medidas relacionadas à conservação da água • Adoção de programa de controle de perdas e de energia que deve envolver a ampliação da macro-medição e micromedição. • Controle de vazamentos e de pressões na rede de distribuição, aferição e/ou substituição de hidrômetros, setorização, monitorização, dentre outros. • Revisão da estrutura tarifária visando garantir o consumo adequado para a saúde e desestimular altos consumos e desperdícios. • Estímulo ao uso de aparelhos e peças hidráulico-sanitários de baixo consumo, o que envolve o desenvolvimento de tecnologias que venham baratear tais equipamentos e a implementação de normas técnicas e de programas de educação sanitária e ambiental. • Estímulo às práticas de conservação em domicílios, com o conserto de vazamentos, desestímulo ao desperdício, uso de vaso e descarga de válvula reduzida, dentre outros. • Adoção da medição individualizada em prédios e apartamentos, com a definição de exigências legais e normas técnicas. • Adoção de práticas de reúso de água. • Promoção de programas de educação sanitária e ambiental para uma nova cultura de manejo da água, envolvendo o ensino formal, a população em geral e as beneficiadas por projetos de saneamento básico. • Disseminação da prática de captação de água de chuva para usos menos nobres, inclusive em áreas urbanas e em espaços públicos e privados (estacionamentos, casas, condomínios, apartamentos), com definição de exigências legais e normas técnicas. Sistema de tratamento e disposição para reúso de águas pluviais e residuárias Fonte: Palácio e outros, 2007 Esquema de medição individualizada em prédios de apartamentos Captação e armazenamento de água de chuva ESGOTAMENTO SANITÁRIO Nossas práticas para esgotamento sanitário • Utilização de sistemas coletivos e descrédito nas soluções individuais e a seco. • Sistemas centralizados de alto consumo de energia em detrimento dos descentralizados. • Descarte de águas e nutrientes. Nordeste de Amaralina Novas práticas para o esgotamento sanitário Modelo atual dos sistemas Modelo do eco-saneamento e o ciclo de de saneamento e o ciclo de nutrientes nutrientes