Supercondutividade Nota: 9,0 Um exemplo sem explicação da utilização de supercondutores Grupo: Ana Carolina Peruchi, Joana Smania, Leticia Defaveri, Lívia Back, Maria Isabel Bruno e Vitória Bonin. Sala: 3002 Introdução Neste trabalho abordaremos o fenômeno da Supercondutividade. Seu conceito, as aplicações feitas e as exemplificações de como ela tem o poder de transformar materiais em supercondutores. Esse é um assunto recente e muito interessante para os cientistas físicos, e com o avanço das pesquisas, pode vir a ser possível que a futura geração venha fabricar fios que transmitam eletricidade sem perda, baterias que não descarreguem, conexões entre pastilhas e placas de circuitos integrados que aumentem sua velocidade e reduzam o calor nos computadores, além de vários dispositivos até então impensáveis. Explicação do conceito O fenômeno da supercondutividade é uma propriedade física em que certos tipos de substâncias quando em temperaturas muito baixas, muito próximas do zero absoluto, apresentavam resistência elétrica quase nula, ou seja, os elétrons livres que fazem a condução da corrente elétrica podiam transitar livremente na rede cristalina. Esse acontecimento ficou conhecido como supercondutividade e o material que se encontra nesse estado é denominado de supercondutor. Existe uma temperatura na qual a substância passa a ser supercondutora, a qual é denominada de temperatura de transição e é variável de material para material. A temperatura varia conforme o material, mas em geral situa-se abaixo de 20 K (-253°C).Esses materiais podem transmitir grandes quantidades de corrente elétrica por longos períodos sem perder energia na forma de calor. Foi comprovado que malhas de fios supercondutores podem transmitir correntes elétricas por centenas de anos sem nenhuma perda considerável. Essa propriedade tem implicações para a transmissão de energia elétrica, se as linhas de transmissão puderem ser feitas de cerâmicas supercondutoras, e para dispositivos de armazenamento de energia elétrica. Outra propriedade de um supercondutor é que, assim que ocorre a transição do estado normal para o estado supercondutor, os campos magnéticos externos não podem penetrá-lo. Esse efeito é chamado de “efeito Meissner” e tem implicações para a fabricação de trens de alta velocidade com levitação magnética. A supercondutividade pode ser entendida como um fenômeno quântico macroscópico, ou seja, este estado pode ser descrito por uma única função de onda. Em 1986 foram descobertos também alguns materiais cerâmicos chamados de cupratos que exibiam temperaturas críticas próximas de 90 K (183 °C). Os supercondutores de altas-temperaturas renovaram o interesse no estudo dos mesmos. Contexto histórico Os principais fatos da década de 10 foram o naufrágio do navio Ttitanic que ocorreu em 1912 e logo depois ocorreu a Primeira Guerra Mundial, em 1914. Já o fenômeno da supercondutividade foi descoberto em 1911 pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onnes através da liquefação do Helio. Pesquisando a resistividade elétrica do mercúrio, percebeu que este material perdia de forma completa e abrupta a sua resistividade. Ele denominou de “supercondutividade” esse estado de resistividade zero, passando então a ser encarado como um novo estado da matéria. Posteriormente, foram sucessivamente identificadas propriedades supercondutoras em 25 elementos químicos, entre eles o chumbo e o estanho, e milhares de ligas metálicas e compostos químicos. Heike Kamerlingh Onnes Principais cientistas envolvidos e atividades desenvolvidas por estes no desenvolvimento do conceito Foi com o trio de físicos americanos Jonh Bardeen, Leon Cooper e Robert Schrieffer, que em 1972 surgiu a explicação para o fenômeno da supercondutividade, fato que deu a eles o prêmio Nobel da Física naquele ano. O que fez a explicação deles ser tão importante foi o fato de eles mostrarem que esse fenômeno não está ligado somente à diminuição da agitação térmica dos átomos e moléculas de um material, quando esse está sob baixas temperaturas. Dessa forma, surgiu a ideia da possibilidade da existência desse fenômeno com temperaturas muito elevadas, mas as experiências com condutores metálicos relacionadas a essa possibilidade não deram resultados. O suíço Karl Alexander Muller e o alemão Johannes G. Bednorz, conseguiram a supercondutividade a 35 K, o que corresponde a - 238 °C. Graças às suas descobertas e à comprovação da supercondutividade que esses dois físicos cientistas ganharam, em 1986, o prêmio Nobel de Física. Esse fato foi um grande avanço para toda ciência e permitiu avanços significativos em vários ramos de pesquisas. Em 1995, cientistas americanos criaram um novo tipo de material supercondutor, um filme capaz de conduzir cem vezes mais eletricidade do que qualquer material do gênero. Com capacidade para operar em fortes campos magnéticos, o novo material transporta um milhão de ampères por centímetro quadrado e é suficientemente flexível para ser conduzido através de cabos elétricos. Aplicações do Conceito • Usinas hidrelétricas reversíveis: Baseada na maturidade da geração hidrelétrica tradicional, a tecnologia de armazenamento de energia das usinas hidrelétricas reversíveis (UHER) é também conhecida como de armazenamento por bombeamento de água ou acumulação hidráulica. Este sistema de acumulação consiste no bombeamento de água desde um reservatório inferior para um reservatório superior durante períodos de pequena carga utilizando energia extra de qualquer outra fonte geradora do sistema, utilizando esta água armazenada para movimentar as turbinas hidráulicas na geração de eletricidade nas horas de demanda máxima. • Aplicação do efeito efeito Meissner: Os sistemas supercondutores de levitação magnética e propulsão são resfriados com nitrogênio liquido, a uma temperatura negativa de -196˚C. A bobina magnética ao longo dos trilhos, repele os grandes imãs supercondutores sob o trem, permitindo que levite de 1 a 10cm sobre o trilho guia. O sistema eletrônico controla a levitação a uma altura constante, com um funcionamento parecido ao motor elétrico convencional, mas o estator ao longo da linha. Um campo magnético levita o trem e o mantém na linha. Para a economia de energia cada secção da linha é adicionada ao longo do percurso. O Maglev permite inclinação de 15%, contra 4% dos trens convencionais. Elimina a necessidade de rodas, freios motores e dispositivos para captar, converter e transmitir a energia elétrica. Trem Manglev Exemplificações sobre a supercondutividade • Efeito Meissner e Levitação magnética: Podemos detalhar mais essa informação, relatando que os físicos W. H. Meissner e Robert Ochsenfeld mostraram que o campo magnético do supercondutor não se limita a ser apenas constante, ele é nulo. Assim, se um material supercondutor, inicialmente a uma temperatura superior a Tc, ou seja, em um estado em que ele não pode ser considerado supercondutor, é submetido a um campo magnético e em seguida é resfriado a uma temperatura inferior a Tc, ele expele todo o campo magnético do seu interior. Esse efeito, chamado efeito Meissner, explica um segundo tipo de levitação. Suponhamos que um ímã seja colocado sobre um material supercondutor acima da temperatura Tc, ou seja, ainda em uma situação em que não é um supercondutor. Quando a temperatura fica inferior a Tc, o material torna-se supercondutor e gera correntes que expelem o campo magnético, isto é, o ímã se levanta, passando a levitar acima do supercondutor. Na figura está presente um material primeiramente em seu estado normal submetido a aplicação de um campo magnético externo, onde as linhas de campo magnético penetram em seu corpo. Na segunda etapa o material está no estado supercondutor, sendo que o campo magnético não penetra em seu corpo. O exemplo de materiais que são supercondutores deriva-se do fenômeno de supercondutividade. Observado em diversos metais e materiais cerâmicos com suas respectivas temperaturas: Material Zinco Alumínio Estanho Mercúrio YBa2Cu3O7 TlBaCaCuO Tipo Metal Metal Metal Metal Cerâmica Cerâmica Tc(K) 0,88 1,19 3,72 4,15 90 125 Esses materiais não possuem resistência elétrica, o que significa que os elétrons podem se deslocar livremente através deles, eles podem transmitir grandes quantidades de corrente elétrica por longos períodos sem perder energia na forma de calor. Foi comprovado que malhas de fios supercondutores podem transmitir correntes elétricas por centenas de anos sem nenhuma perda considerável. Essa propriedade tem implicações para a transmissão de energia elétrica, se as linhas de transmissão puderem ser feitas de cerâmicas supercondutoras, e para dispositivos de armazenamento de energia elétrica. A demonstração clássica do efeito Meissner. Um disco supercondutivo na parte inferior, resfriado por nitrogênio líquido, causa a levitação do magneto acima. O magneto flutuante induz uma corrente e, portanto, um campo magnético no supercondutor, e os dois campos magnéticos se repelem para fazer levitar o magneto. Bibliografia • • • • • • • • • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/supercondutividade-queisso.htm http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao610.htm http://www.biomania.com.br/bio/?pg=artigo&cod=2678 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/supercondutividade-queisso.htm http://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/16002/pdf https://www.youtube.com/watch?v=sucZqkcZmMU http://brasilescola.uol.com.br/fisica/os-supercondutores.htm http://www.biomania.com.br/bio/?pg=artigo&cod=2678 Supercondutividade: um século de desafios e superação. Revista Brasileira de Ensino de Física 2012, vol. 34.