Supercondutividade • • Introdução. Desenvolvimento: 9,5 - Capa - Conselho: o trabalho ficou legal, completo com tudo o que eu pedi. Entretanto, não usem tantas caixas no texto corrido. Façam isso quando precisarem representar algo esquematicamente. -Explicação do conceito. - Contexto histórico do aparecimento. -Principais cientistas envolvidos e atividades desenvolvidas por estes no desenvolvimento do conceito. - Exemplificação e aplicação do conceito. • Bibliografia. Grupo: Bruno Lima, Giovanna Lanzara, Helena Schmitz, Rafael Teixeira e Rafaela Pavei. Turma: 3001 CAPA, com sumário???? Introdução Neste trabalho abordaremos sobre um dos temas da Física Moderna: a supercondutividade, fenômeno caracterizado pela perda da resistência elétrica, propriedade de certos materiais, quando submetidos a determinadas temperaturas. Desde o contexto histórico e evolução, adentrando estudos que levaram a sua descoberta e, os físicos responsáveis por isso, suas propriedades fundamentais, noções sobre aplicações tecnológicas e custos, além de curiosidades. Conceito Primeiramente, é preciso entender a dinâmica de um material condutor, geralmente os metais. Corrente Elétrica Quando um fio metálico não está conectado a uma fonte de energia elétrica, os elétrons livres dele movimentam-se de forma desordeNada. Após o fio ser submetido a uma diferença de potencial elétrico, os elétrons passam a se movimentar em uma mesma direção e sentido, esse fluxo é a corrente elétrica. Condução em um metal A resistência elétrica em um metal diminui com a diminuição da temperatura. Pois as vibrações dos íons, ocasionadas pelo aquecimentos decrescem. E, os elétrons livres (corrente elétrica), não se espalham tanto, evitando colisões e, dessa forma a perda de energia. Resistência Elétrica É a dificuldade enfrentada pela corrente elétrica durante sua passagem no fio condutor, devido a presença de imperfeições ou impurezas na rede cristalina do metal e, também a vibrações térmicas que deslocam os íons da sua posição de equilíbrio. Esses dois acontecimentos fazem com que os elétrons se espalhem, ao invés de irem à direção da corrente, isso leva a colisões entre eles e, uma consequente perde de Alguns materiais, também condutores, possuem um comportamento diferente do observado acima, como os supercondutores. A supercondutividade é uma propriedade física que determinados materiais apresentam, quando esfriados a temperaturas extremamente baixas. Por essa razão, conseguem conduzir corrente elétrica sem a interferência da resistência, ou seja, sem a perda de energia elétrica. A temperatura ideal para tal efeito ocorrer é chamada de crítica (Tc) ou de transição e, é característica de cada material. É atingida por meio do resfriamento dele, através da utilização de elementos como hélio ou nitrogênio líquidos, variando de, 0 graus Kelvin, -273°C ( zero absoluto) a 77 K, -196°C (nitrogênio líquido). Tc (K) Nb Pb Ta Sn Zr Bi Ge 9.3 7.2 4.5 3.7 0.8 -- -- Valores de temperaturas críticas para alguns elementos metálicos. Os elementos Bi e Ge não têm supercondutividade. A teoria BCS, afirma principalmente que os elétrons em um material quando no estado supercondutor, se agrupam em pares chamados Pares de Cooper- são elétrons condensados em estados de menor energia. Em muitos supercondutores, a interação atrativa entre elétrons (necessariamente aos pares) é conduzida aproximada e, indiretamente pela interação entre os elétrons e a estrutura do cristal em vibração (os fônons). Se esta energia de ligação é mais elevada do que a energia fornecida por impulsos das oscilações dos átomos no condutor (o que é verdadeiro a baixas temperaturas), então os pares de elétrons mantêm-se juntos e resistem aos impulsos, não experimentando resistência. Como esses supercondutores não possuem resistividade elétrica, podem transmitir grandes quantidades de corrente elétrica por longos períodos de tempo. Foi comprovado que malhas desses fios conseguem transmitir correntes elétricas por centenas de anos sem nenhuma perda considerável. Entretanto, a resistividade elétrica nula não é a única condição para se alcançar tal estado, outra propriedade fundamental é o Efeito Meissner: O estado diamagnético perfeito. Tal propriedade foi observada por Meissner e Ochsenfeld em 1933. Qualquer material, quando em contato com um campo magnético, é penetrado por ele. Todavia, assim que ocorre a transição do estado normal para o estado supercondutor, os campos magnéticos externos não podem penetrá-lo cancelando todo o fluxo interno. Tal efeito é uma característica primordial na supercondutividade, visto que o experimento demonstrou pela primeira vez que os supercondutores eram mais que condutores perfeitos e forneceu uma definição unificada das propriedades do estado de supercondutividade. Um supercondutor caracteriza-se por dois efeitos: Diminuição da resistência elétrica do material para zero; Torna-se um diamagnético perfeito, ou seja, todo o seu fluxo magnético é exteriorizado. Quando o material está a uma temperatura menor que a crítica, os campos Magnéticos o penetram. Após ser submetido à temperatura ideal para comporta-se como supercondutor, expulsa o campo magnético. Contexto Histórico Grandes avanços na área da refrigeração a baixíssimas temperaturas foram feitos durante o século XIX. A supercondutividade foi primeiramente retratada em 1911 pelo físico holandês, Heike Kamerlingh Onnes, na qual grande parte da sua contribuição científica está no campo da refrigeração a temperaturas extremamente baixas. Por volta de 1908, em seu laboratório em Leiden, conseguiu liquefazer o hélio resfriando algumas amostras a uma temperatura de 1 K. Onnes produziu apenas poucos milímetros cúbicos de hélio naqueles dias, mas foi um marco para novas explorações em regiões de temperaturas nunca antes estudadas. O hélio líquido permitiu a possibilidade de alcançar temperaturas próximas ao zero absoluto (0 Kelvin). Num ponto onde a temperatura era baixíssima, os cientistas perceberam que havia um nivelamento no comportamento do material onde a resistência praticamente desaparecia. O grupo de Onnes tentou então atravessar uma corrente elétrica por uma amostra muito pura de mercúrio em forma de fio, e mediu a variação da sua resistência elétrica em função da temperatura. A 4,2 K a resistência simplesmente sumiu, e para surpresa dos cientistas, havia uma corrente fluindo através do fio de mercúrio e nada impedia seu fluxo, a resistência era zero. De acordo com Onnes, "O mercúrio havia passado para um novo estado, e que em virtude das suas extraordinárias propriedades elétricas deveria ser chamado de estado supercondutor". Os resultados experimentais não deixavam dúvidas sobre o desaparecimento da resistência elétrica e abriram as portas para uma nova área de pesquisa batizada pelo próprio Onnes de supercondutividade. Principais cientistas envolvidos e atividades desenvolvidas por estes no desenvolvimento do conceito. Heike K. Onnes John Bardeen Robert Schrieffer 1913 Walther Meissner 1983 1950 1930 Leon N. Cooper 1973 2003 Karl Alex Müller J. Georg Bednorz Robert Ochsenfeld Vitaly Ginzburg Alexey A. Abrikosov Brian Josephson Heike K. Onnes - Propriedades da matéria em baixas temperaturas, incluindo a descoberta da liquefação do hélio em 1908 e, posteriormente o fenômeno da resistividade zero no mercúrio resfriado abaixo de -269ºC, denominando esse estado de supercondutividade em 1911. Recebeu em 2013 o prêmio Nobel da Física. W. Meissner e R. Ochsenfeld - Descobriram o fenômeno hoje conhecido como Efeito Meissner. A supercondutividade passa então a ser encarada como um novo estado da matéria, 1933. John Bardeen, Leon N. Cooper e Robert Schrieffer - Teoria BCS, desenvolvimento da teoria microscópica da supercondutividade, explica a origem da supercondutividade. Em 1972 receberam o Prêmio Nobel da Física. Karl Alex Müller e J. Georg Bednorz - Descoberta da supercondutividade de alta temperatura critica num cumprato de lantânio e bário. Receberam o prêmio Nobel da Física em 1983. Ainda não há aceitação pela comunidade científica de uma única teoria que explique o fenômeno da supercondutividade em altas temperaturas. Mas a busca da supercondutividade a temperaturas ainda maiores continua. Brian Josephson - Predição teórica do tunelamento dos pares de Cooper através de uma barreira isolante de supercondutores. Recebeu o prêmio Nobel da Física em 1973. Vitaly Ginzburg - desenvolvimento da teoria fenomenológica da supercondutividade. Recebeu o prêmio Nobel da Física em 2003. Alexei Abrikosov - teoria dos supercondutores do tipo II. Obs: Não comentaremos devida sua complexidade. Recebeu o prêmio Nobel da Física em 2003. Aplicações Existem inúmeras aplicações dos supercondutores, esses já são usados em hospitais, nos aparelhos de ressonância magnética, laboratórios e em aceleradores de partículas. No entanto, uma delas- a levitação magnética- conseqüência do Efeito Meissner, terá grande aplicabilidade no futuro, principalmente em relação a meios de transportes economicamente e sustentavelmente mais viáveis. A supercondutividade e os aceleradores de partículas. São equipamentos que fornecem energia a partícula subatômicas, eletricamente carregadas, para que elas assim atinjam altas velocidades. A Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (European Organization for Nuclear Research - CERN) em Genebra, anunciou a reabertura do LHC (Large Hadron Collider), uma enorme máquina subterrânea onde dois feixes de partículas de altas energias colidem a velocidades próximas a da luz para tentar reproduzir o que se passou a seguir à criação do Universo, há 13.800 milhões de anos. Nestes tubos, os prótons são lançados em sentidos opostos para colidirem uns contra outros, guiados pelos ímãs Supercondutores, que produzem um campo magnético que conduz as partículas. Atingem altíssimas velocidades e altas energias. Nestas colisões são criadas novas partículas, que são detectadas por sensores. Um dos intuitos agora é investigar a natureza da matéria escura e da energia escura (constituem 95% do Universo). 0s 5% restantes são os átomos, esses formam as pessoas, os CERN é a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear, que comporta a maior máquina aceleradora de partículas que já foi construída. Levitação Magnética Em um supercondutor o campo magnético é nulo. Todavia, ao aproximar um imã, esse induz correntes no supercondutor, essas correntes induzem um campo magnético que cancela o campo do imã, ou seja, cria um campo oposto, uma espécie de repulsão. Esses correntes continuam no material supercondutor, fazendo com que o imã levite. Isto é, o material supercondutor gera correntes que expelem o campo magnético, causando assim tal fenômeno. No Brasil, foi desenvolvido o Magleve Cobra, um veículo desenvolvido a partir da levitação magnética, na UFRJ. É uma alternativa viável para dar fim aos problemas relacionados aos metrôs e a precariedade da mobilidade nos grandes centros urbanos. É esta tecnologia de levitação passiva, que vem sendo aperfeiçoada para aplicação no sistema Magleve Cobra. Ele apresenta um grande número de vantagens: • • • • • • Baixo custo global (1/3 do gasto do metrô). Rapidez de aplicação e implantação. Leveza. Baixo custo de obras civis. Não poluente. Racionalização energética. Em termos gerais, pode-se dizer que o sistema Magleve Cobra é baseado em três campos fundamentais para uma composição ferroviária: • • • Inovações tecnológicas- Sistema de levitação magnético supercondutor. Inovações técnicas- Sistema leve permite redução nos custos de engenharia e arquitetura. Inovações em design- Revolucionário sistema de trem modular, multiarticulado, permite curvas mais fechadas e foi planejado para a realidade brasileira, usando as medidas corporais dos brasileiros. Por que Maglev Cobra? Por ser totalmente articulado, inserir-se em curvas de 30m de raio e ser capaz de vencer declividades de 15%. Skate flutuante da Nexus. SQUID (Superconducting Quantum Interference Device) – Dispositivo Supercondutor de Interferência Quântica. É usado para realizar medidas magnéticas de várias espécies de materiais, sendo por isso frequentemente denominado de magnetômetro SQUID. O SQUID foi usado para o desenvolvimento da Magnetoencefalografia, aparelho usado para mapear o campo magnético gerado pela atividade cerebral. Futuro O futuro da pesquisa da supercondutividade está em encontrar materiais que possam se tornar supercondutores à temperatura ambiente. Essa propriedade tem implicações para a transmissão de energia elétrica, se as linhas de transmissão puderem ser feitas de cerâmicas supercondutoras, e para dispositivos de armazenamento de energia elétrica. Os supercondutores são classificados em condutores de baixa temperatura resfriados por Helio líquido e de alta temperatura como os resfriados por nitrogênio liquido (77 k) . Esse efeito é chamado de Efeito Meissner e tem implicações para a fabricação de trens de alta velocidade com levitação magnética Isso também tem implicações quanto à fabricação de pequenos e poderosos magnetos supercondutores para a geração de imagens por ressonância magnética. Bibliografia: http://www.if.ufrgs.br/ensfis_fernanda/arquivos/materiais/supercondutividade/ https://www.if.ufrgs.br/public/tapf/n8_ostermann_ferreira_cavalcanti.pdf http://supercondutividade.blogspot.com.br/ http://www.clickciencia.ufscar.br/portal/edicao26/materia3_detalhe.php http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000522.pdf