A FAMÍLIA SOLANACEAE NO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA TAQUARA, DUQUE DE CAXIAS, RJ, BRASIL. RODRIGO DA SILVA MARQUES1; JOÃO RODRIGUES MIGUEL2,3; CARLOS EDUARDO SILVA JASCONE4* 1 Acadêmico de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade do Grande Rio (Unigranrio), 2Professor e Orientador do Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Grande Rio (Unigranrio), ³Programa de pós-Graduação em Ensino das Ciências – Mestrado Profissional (PPGEC) – Unigranrio; 4Co-orientador, Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, RJ-Brasil.* [email protected] RESUMO O Parque Natural Municipal da Taquara (PNMT) é uma área de conservação localizada no bioma Mata Atlântica, está situado no município de Duque de Caxias, estado do Rio de Janeiro, sendo recoberto por Floresta Ombrófila Densa Submontana. A Floresta Atlântica é um bioma que possui uma grande diversidade de espécies vegetais e apesar de recentes estudos na região, o conhecimento de muitos táxons ainda é incipiente. Distribuída dentro desse domínio da Mata Atlântica, a família Solanaceae compreende cerca de 3000 espécies e 150 gêneros com ampla distribuição, principalmente em regiões tropicais e subtropicais da América do Sul. No Brasil ocorrem 350 espécies e 32 gêneros, caracterizadas por árvores pequenas, arbustos, ervas ou trepadeiras inermes ou com acúleos, glabros ou com pelos simples, ramificados ou estrelados. Este trabalho teve como objetivo apresentar o levantamento florístico da família Solanaceae no Parque Natural Municipal da Taquara, contribuindo para a ampliação dos conhecimentos sobre a flora, a ecologia e a conservação desta família e complementando a lista de espécies do estado do Rio de Janeiro. Para elaboração deste trabalho analisou-se coleções de Solanaceae ocorrentes na área de estudo depositadas nos principais herbários do Estado. Realizou-se coletas mensais com duração de 1 dia durante 1 ano. Os materiais botânicos coletados foram herborizados segundo técnicas usuais para plantas vasculares e incorporados ao acervo dos herbários da Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO), Alberto Castellanos – INEA (GUA) e Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB). Como resultado foram encontradas três espécies representantes de um mesmo gênero, são elas: Solanun ciliatum, Solanum paniculatum e Solanum pseudoquina. Palavras-chave: Análise Florística, Mata Atlântica, Similaridade, Solanaceae. THE SOLANACEAE FAMILY AT PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA TAQUARA, DUQUE DE CAXIAS, RJ, BRASIL. ABSTRACT The Parque Natural Municipal da Taquara (PNMT) is a conservation area located in the Atlantic forest. The park is located in the municipality of Duque de Caxias, Rio de Janeiro state, covered bydense rain forest lower montane. The Atlantic Forest is a biome thathas a great diversity of plant species and although recent studies in the region, knowledge of many taxa is still incipient. Distributed within this area of the Atlantic Forest, the Solanaceae family comprises about 3000 species and 150 genera with wide distribution, mainlyin tropical and subtropical South America in Brazil are 350 species and 32 genera, characterized by small trees, shrubs, herbs or vines unamesd or with spines, glabrous or with hair simple, branched, orstellate. This study aimed to present the floristic survey of the Solanaceae family in the Parque Natural Municipal da Taquara, contributing to the expansion of knowledge about the flora, ecology and conservation of this family and supplementing the list of species in the Rio de janeiro state. For preparation of this work we analyzes collections of Solanaceae occurring in the study area deposited in major herbaria in the state. Monthly collections were carried out with duration of 1 day for 1 year. The botanical materials collected were herbalized usual techniques for vascular plant and incorporated into the holdings of the herbarium of the Universidade do Rio Grande (UNIGRANRIO), Alberto Castellanos – INEA (GUA) and Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB). As a result found three species were representatives of the same genus, they are: Solanun ciliatum, Solanum paniculatum e Solanum pseudoquina. Keywords: Floristic Analysis, Atlantic Forest, Similarity, Solanaceae. Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.7, n.1, p.19-23, jan-jun 2012. Página 19 INTRODUÇÃO Solanaceae compreende cerca de 3000 espécies e 150 gêneros com ampla distribuição, principalmente em regiões tropicais e subtropicais da América do Sul. No Brasil ocorrem 350 espécies e 32 gêneros (Souza & Lorenzi, 2008). A família é caracterizada por árvores pequenas, arbustos, ervas ou trepadeiras inermes ou com acúleos, glabros ou com pelos simples, ramificados ou estrelados. As folhas são simples, alternas ou opostas, com margem inteira ou não, sem estípulas. A inflorescência pode ser cimeira axilar ou reduzida a flores solitárias. As flores são de pequenas a grandes e vistosas, geralmente perfeitas e unissexuais, actinomorfas ou zigomorfas, cálice campanulado a tubular com 4(5) lobos, corola com 4(5) lobos, 2 a 5 estames adnatos ao tubo da corola, gineceu com carpelos unidos. O fruto é uma baga, cápsula ou drupa (Martins & Costa, 1999). A família é conhecida por espécies que são comprovadamente de grande importância nutricional e condimentar: batata, pimentão, tomate. O tabaco é uma espécie com uso industrial. As florestas úmidas propiciam condições favoráveis a diversidade e abundância desse grupo de plantas. A Floresta Atlântica é reconhecida como um dos 25 hotspots para a conservação da biodiversidade mundial, abrigando um número elevado de animais e vegetais, além de outros organismos, e contribuindo de forma significativa para o status de megadiversidade do Brasil (Myers et al. 2000). Apesar de séculos de estudos na região, o conhecimento de muitos táxons ainda é escasso e isto é essencial nas estratégias de conservação a serem tomadas. Isto é muito importante, visto que apesar da crescente atividade conservacionista no país, muito ainda deve ser feito para preservar a biodiversidade local. O conhecimento da biota nos diferentes biomas no território brasileiro é de grande valor para elaborar as estratégias de conservação. No passado, a Floresta Atlântica se estendia do Norte ao Sul do Brasil, porém atualmente este bioma é um dos mais ameaçados pelos constantes desmatamentos e seus remanescentes encontram-se representados em boa parte por florestas secundárias. Uma grande ameaça às espécies de Solanaceae é a redução e fragmentação dos ambientes florestais. O uso histórico do solo neste ambiente é muito antigo e, hoje, a floresta cobre pouco mais de 7% de sua cobertura original, onde o Estado do Rio de Janeiro concentra 19,2% dos remanescentes florestais deste bioma (S.O.S Mata Atlântica/INPE 2009). Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.7, n.1, p.19-23, jan-jun 2012. Existem muitas espécies endêmicas deste ecossistema e todas podem ser consideradas ameaçadas, pois já sofreram uma drástica redução no tamanho de suas populações. O estudo da família Solanaceae é o pioneiro do grupo das Angiospermas no Parque Natural Municipal da Taquara. Através deste estudo pretende-se testar a hipótese de que a família possui uma grande diversidade no Parque Natural Municipal da Taquara. O presente estudo teve como objetivo principal o levantamento florístico da família Solanaceae no Parque Natural Municipal da Taquara, localizado no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Além de apresentar instrumentos para a pronta identificação dos táxons, como chaves de identificação e comentários. E também ampliar os conhecimentos sobre a ecologia e conservação das espécies de Solanaceae no Estado. Fez-se necessário no sentido de ser o pioneiro para a área de estudo quanto ao conhecimento e de complementar a lista florística do estado do Rio de Janeiro. O tratamento taxonômico será útil para identificação deste grupo em vários outros trechos de florestas do Estado. A partir dos resultados, medidas conservacionistas deverão ser desenvolvidas. MATERIAIS E MÉTODOS 1. Área de estudo O Parque Natural Municipal da Taquara localiza-se no bairro da Taquara, que pertence ao 3º Distrito do município de Duque de Caxias, estado do Rio de Janeiro e está entre as coordenadas 22º35’57’’ S e 043º14’15’’ W. A unidade de conservação foi criada pela lei número 1.157 de 1992. Possui uma área com cerca de 20 hectares e se limita ao norte com a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis. É banhado pelo principal rio da região, o Taquara. Junto com a APA de Petrópolis e a Reserva Biológica do Tinguá forma um importante corredor ecológico que se estende até o estado de Minas Gerais. A área é recoberta pela Floresta Ombrófila Densa Submontana e pela Floresta Ombrófila Densa Montana, segundo o sistema de Veloso (1991). 2. Estudos florísticos Foram inventariadas as coleções de Solanaceae ocorrentes no Parque Natural Municipal da Taquara depositadas nos herbários do Museu Nacional (R), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB), do Herbarium Bradeanum (HB) e do Herbário Alberto Castellanos-FEEMA (GUA). Página 20 Toda a coleção pretérita foi informatizada utilizando o programa Microsoft Office Excel 2003 constituindo o banco de dados inicial do estudo, que terá como itens a serem preenchidos: Herbário, Registro, Família, Gênero, Epíteto, Autor, Variedade, Autor, Espécie, País, Estado, Município, Unidade de Conservação, Localidade, Ambiente, Latitude, Longitude, Altitude, Coletor, Número de coleta, Coletor adicional, Dia da coleta, Mês da coleta, Ano da coleta, Determinador, Dia da determinação, Mês da determinação, Ano da determinação, Hábito e Observação. Coletas sistemáticas mensais com duração de 01 dia, durante 01 ano a partir da autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município de Duque de Caxias foram realizadas com o objetivo de contemplar os sítios ainda não estudados. Os dados obtidos no campo foram adicionados à base de dados que contêm os dados das coleções de herbários (GUA, HB, R, RB, RBR, RFFP) . Os espécimes foram herborizados segundo técnicas usuais para plantas vasculares (Fidalgo & Bononi, 1989) e incorporados ao acervo dos Herbários da Universidade do Grande Rio “Unigranrio”, Herbarium Bradeanum (HB) e Herbário Alberto Castellanos (GUA). A identificação taxonômica foi desenvolvida com base em bibliografia específica (Feliciano & Salimena 2001, Lorenzi 1991, Martins & Costa 1999, Soares 2006). RESULTADOS Foram coletados três espécimes no período de agosto de 2010 à junho de 2011. Sendo inventariadas três espécies de Solanaceae distribuídas no gênero Solanum, no Parque Natural Municipal da Taquara (PARNAMTA) (Tabela 1). A maioria das espécies de Solanaceae do PARNAMTA possui hábito terrestre, heliófilo e crescem em locais úmidos. Tabela 1: Listagem das espécies de Solanaceae do Parque Natural Municipal da Taquara, Duque de Caxias, RJ, Brasil com dados de distribuição geográfica, hábito e coletor. Espécie Distribuição Geográfica Hábito Coletor Solanum ciliatum Lam. Neotropical Erva R.S. Marques 02 Solanum paniculatum L. Neotropical Arbusto R.S. Marques 03 Solanum pseudoquina A. St. Hil. Neotropical Árvore R.S. Marques 01 1. Descrição do Gênero: Solanum Ervas, arbustos, árvores, escandentes ou cipós; tricomas simples ou ramificados. Folhas alternas ou em pares (geminadas) e geralmente em diferentes tamanho (a descrição é tomada da folha maior), simples ou compostas. Inflorescência terminal, axilar ou extra-axilar, de cimas racemosas, paniculadas ou umbeladas; cálice 5-lobado; corola 5-lobada; estames-5; anteras às vezes coniventes, deiscentes por poros ou fendas curtas apicais; ovário 2(4)- locular; óvulos numerosos; estilete 1. Fruto baga; sementes numerosas. É um dos maiores gêneros, com 1.200 espécies ou mais, especialmente diverso na América do Sul. Comumente são plantas de Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.7, n.1, p.19-23, jan-jun 2012. capoeira ou de lugares perturbados. Algumas espécies são cultivadas como a batata (S. tuberosum L.), o jiló (S. aethiopicum L., syn. S. gilo Raddi) e a berinjela (S. melongena L.). 2. Chave de Identificação das espécies 1. Lâminas foliares com domácias pilíferas entre as nervuras na face abaxial.......................................... S. pseudoquina. 1’. Lâminas foliares sem domácias pilíferas entre as nervuras. 2. Ervas com baga globosa, glabra, de coloração vermelha quando madura................... S. ciliatum. 2’. Arbustos com baga globosa, glabra, de coloração branco-esverdeada........ S. paniculatum. Página 21 3. Descrição das Espécies Solanum ciliatum Lam. Erva. Folhas alternas simples, profundamente 5-lobadas, nervuras de coloração mais clara que o resto da folha e com aguçados acúleos, medindo 9-16 cm de comprimento e 6-12 cm de largura. Flores: extra axilares, em grupos de 3-4, hermafroditas, de coloração branca. Fruto: baga globosa, glabra, de coloração vermelha quando madura, medindo 2-3 cm de diâmetro. Nome popular: arrebenta-cavalo, babá, baga-deespinho, gogoia, joá-vermelho, juá-ti, matacavalo, mingola. Material Examinado: Caminho da Represa, Parque Natural Municipal da Taquara. Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil. R.S. Marques 02. 30/X/2010. (UNIGRANRIO 61) Distribuição Geográfica: É uma espécie comum do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro) e do Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul). Solanum paniculatum L. Arbusto. Folhas alternas, pecioladas, profundamente sinuadas e sublobadas, algumas vezes com acúleos sobre a face dorsal da nervura principal. Flores: pequenas, de coloração branca. Fruto: baga globosa, glabra, de coloração brancoesverdeada, de 10-12 mm de diâmetro. Nome popular: juribeba, jubeba, jurubeba-branca, jurubeba-verdadeira, jurubebinha, jurubeba. Material Examinado: Caminho da Represa, Parque Natural Municipal da Taquara. Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil. R.S. Marques 03. 30/X/2010. (UNIGRANRIO 62) Distribuição Geográfica: A espécie tem ocorrência registrada em toda a costa Atlântica do Brasil, além de ser cultivada em muitos estados brasileiros como planta medicinal. Solanum pseudoquina A. St. Hill. Árvore. Folhas isoladas e geminadas, pecioladas, lâmina membranácea a cartácea, estreitamente elípticas ou oblonga. Flores: pequenas, de coloração branca. Fruto: baga globosa, de coloração verde, de 1,2-2 cm de diâmetro. Nome popular: coerana, tintureiro, buquê-de-noiva, coerana-do-mato, canema, quineira, guaxixim. Material Examinado: Estrada da Cachoeira, Parque Natural Municipal da Taquara. Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.7, n.1, p.19-23, jan-jun 2012. Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil. R.S. Marques 01. 30/X/2010. (UNIGRANRIO 60) Distribuição geográfica: Trata-se de uma espécie que ocorre nas regiões sul e sudeste do Brasil, Argentina e Paraguai. DISCUSSÃO As espécies registradas foram encontradas, predominantemente, em bordas de trilhas ou clareiras de matas, comprovando o caráter daninho de duas dessas espécies, ou seja, vegetais que crescem espontaneamente em todos os solos agrícolas e que, quase sempre se comportando como indesejados. São elas Solanum ciliatum e Solanum paniculatum. Estes táxons têm alguma importância na medicina caseira. O Solanum paniculatum tem amplas utilizações por apresentar propriedades medicinais presentes em suas raízes e frutos que são amargos, desobstruentes, tônicos e febrífugocolagogos. Indicada na inapetência, atonia gástrica e debilidade. Empregada também nas febres biliosas, impaludismo, afecções hepáticas, icterícia, engorgitamento do fígado e do baço. A infusão da raiz é utilizada contra hepatite. (Lorenzi, 1991) Essas duas espécies aliada a Solanum pseudoquina são típicas de locais alterados. Sendo esta última, devido ao seu rápido crescimento, recomendada para recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente. A floração e a frutificação destas três espécies ocorrem principalmente na primavera e no verão podendo, em alguns casos, ser observadas ao longo de todo o ano, como é o caso do Solanum ciliatum. CONCLUSÃO Os resultados obtidos neste estudo são extremamente significativos, uma vez que é o pioneiro, para a família Solanaceae, na área do Parque Natural Municipal da Taquara (PNMT). Além do fato da área de estudo ser uma das poucas remanescentes de Floresta Atlântica ocorrentes no Rio de Janeiro. Essas três espécies são consideradas espécies invasoras e foram encontradas em locais degradados. Evidenciaram, assim, a má conservação da área. Logo é sugerido maior cuidado a esta reduzida área de Floresta Atlântica, que ainda se mantém, em termos de preservação da vegetação. Página 22 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) pela contemplação do projeto E-26/111.470/2010, que possibilitou a realização do presente estudo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Feliciano, E. A. & Salimena, F. R. G. Solanaceae na Serra Negra, Rio Preto, Minas Gerais. Rodriguésia 62(1): 055-076. 2011. Fidalgo, O. & Bononi, V.L.R. Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo, Instituto de Botânica. 1989. Lorenzi, H. Plantas Daninhas do Brasil terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. São Paulo, Editora Plantarum. 1991. Martins, L. & Costa, M.A.S. Solanaceae. In: Ribeiro, J.E.L. da S. et al.. Flora da Reserva Ducke: guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Manaus. INPA. 1999. Myers, N., Mittermeier, R. A., Mittermeier, C. G., Fonseca, G. A. B & Kent, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858. 2000. Soares, E. L. Estudos Taxonômicos em Solanaceae lenhosas no Rio Grande do Sul, Brasil. Rio Grande do Sul, Programa de PósGraduação em Botânica da UFRGS. 2006. Souza, V.C. & Lorenzi, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado no APGII. São Paulo, Instituto Plantarum. 2008. S.O.S Mata Atlântica/INPE. Atlas dos remanescentes florestais de Mata Atlântica, período 2005-2008: relatório parcial. São Paulo, Fundação S. O. S Mata Atlântica, São Paulo, SP. 2009. Recebido em / Received: 2011-11-26 Aceito em / Accepted: 2012-05-14 Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.7, n.1, p.19-23, jan-jun 2012. Página 23