Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios AULA 1 CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 1 Introdução “O desenvolvimento sustentável deve atender às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento das necessidades de gerações futuras.” Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 1987 • A definição acima teve por objetivo a definição de políticas e estratégias de desenvolvimento sustentável nos âmbitos social, econômico e, sobretudo, ambiental. • E em relação à construção civil? Existe algum consenso sobre o que é uma edificação sustentável? Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 2 Introdução Assim, os objetivos desta aula são: • discutir os conceitos de sustentabilidade na construção civil; • identificar os aspectos sustentáveis de uma edificação. Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 3 1. Sustentabilidade Sustentabilidade (definição genérica) significa: • exercer atividade econômica sem esgotar os recursos planetários, de forma a atender as necessidades das sociedades humanas contemporâneas (85% população mundial será urbana até 2027/ONU); • desenvolver métodos ambientalmente corretos de produção e consumo, que garantam integridade dos ecossistemas e qualidade de vida dos seres vivos; • estabelecer novos parâmetros de cidadania e convivência, que reduzam a pobreza, doenças e a fome e criem caminhos para uma sociedade mais harmoniosa e justa. Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 4 1. Sustentabilidade Sustentabilidade não significa: • imobilidade ou visão ecológica purista, na qual a natureza deve permanecer intocada (visão impraticável no mundo moderno); • rejeitar as boas conquistas do mundo moderno (indústrias, automóveis, tecnologias); • retorno ao campo ou à vida mais natural, mas a compreensão de que é possível somar valores tradicionais à modernidade, de forma a usufruir dos seus benefícios em conjunto. Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 5 1. Sustentabilidade Desenvolvimento sustentável na construção civil: Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 6 1. Sustentabilidade Figura 01: Desenvolvimento sustentável na construção civil Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 7 1. Sustentabilidade Para os seres humanos a sustentabilidade representa um balanço das seguintes necessidades básicas para a existência da sociedade: • Econômicas; • Ambientais; e • Sócio-Culturais. Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 8 1. Sustentabilidade Figura 02: Dimensões da sustentabilidade para os seres humanos Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 9 1. Sustentabilidade • O desenvolvimento de trabalhos e obras para a construção civil sustentável deve enfocar as 3 dimensões/aspectos básicos (Econômico, Ambiental e o Social) enquanto atende-se às exigências técnicas e funcionais esperadas, considerando todo o CICLO de VIDA do empreendimento. Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 10 2. Edificação sustentável Construção sustentável? Figura 03: Construção evocando simbolicamente a sustentabilidade Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 11 2. Edificação sustentável • Uma edificação sustentável é aquela que quantifica os impactos que causa ao meio ambiente e à saúde humana, empregando todas as tecnologias disponíveis para mitigá-los. • Segundo Valério Gomes, conselheiro do CBS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável): É um edifício que consome menos energia, água e outros recursos naturais, considera o ciclo de vida dos materiais utilizados e o da edificação desde o seu projeto, passando pela construção, operação e manutenção, até o esgotamento da sua destinação original. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 12 2. Edificação sustentável • De acordo com Alexandra Lichtenberg, arquiteta da Ecohouse e mestre em conforto ambiental e eficiência energética pela FAU da UFRJ: A principal característica de um projeto sustentável é a eficiência no uso de energia, água e recursos ao mesmo tempo em que propicia um excelente nível de conforto (higrotérmico, lumínico, acústico, visual e de mobilidade) ao usuário. Como conseqüência, redução na emissão de carbono. A edificação deve ser monitorada em sua fase de uso e manutenção para verificação de consumos (benchmarking) e possíveis correções a serem feitas. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 13 2. Edificação sustentável • O projeto sustentável deve ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar integrada que trabalhe em conjunto desde a concepção - sob a figura de gerenciador ou coordenador, especialista em sustentabilidade. • O projeto sustentável, assim como qualquer projeto de arquitetura, deve ter início após a identificação das características dos usuários do edifício, do entorno e, sobretudo, do clima. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 14 2. Edificação sustentável Figura 04: Organograma do ciclo de produção do projeto sustentável Fonte: Lichtenberg (2006, apud FIGUEROLA, 2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 15 3. Critérios para avaliação de edifícios • Planejamento Sustentável: - Estudo de impacto ambiental; - Análise de Ciclo de Vida enfocando a obra e materiais; - Aplicação de Critérios de Sustentabilidade a Projetos; - Execução Limpa; - Gestão da obra (compras, mão-de-obra, fornecedores, cuidados com a saúde dos colaboradores, etc.); - Atendimento à legislação ambiental pertinente (307/Conama); - Gestão dos resíduos na obra; - Logística dos materiais. • Aproveitamento “passivo” dos recursos naturais: iluminação natural, ventilação natural visando conforto térmico, formação e interferências no clima e microclima. Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 16 3. Critérios para avaliação de edifícios • Eficiência energética: racionalização no uso de energia disponível e, quando possível, implementação de fontes de energia renováveis, como eólica (vento) e solar, para aquecimento e eletricidade; uso de dispositivos para conservação de energia. • Gestão e economia da água: - uso de sistemas e tecnologias que permitam redução no consumo da água; - uso de tecnologias que permitam o reuso e recirculação da água utilizada na habitação (fins não potáveis); - aproveitamento de parte da água de chuva para fins nãopotáveis e até potáveis (dependendo da região e do tratamento aplicado). Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 17 3. Critérios para avaliação de edifícios • Conforto termo-acústico: uso de tecnologias ecointeligentes para regular a temperatura (sistemas de ar condicionado) e som compatíveis com o ser humano; manutenção da umidade relativa do ar adequada. • Uso de ecoprodutos e tecnologias sustentáveis para todas as instâncias da obra. • Não-uso ou redução do uso de materiais condenados na construção sustentável, como PVC, amianto, chumbo e alumínio, dentre outros. Fonte: Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica – IDHEA (apud VITTORINO, 2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 18 3. Critérios para avaliação de edifícios Figura 05: Interior da edificação: conforto térmico Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 19 3. Critérios para avaliação de edifícios • Gestão dos resíduos gerados pelos usuários: criação de área(s) para coleta seletiva do lixo, destinação e reciclagem (basements/áreas subterrâneas ou anexas) • Qualidade do ar e do ambiente interior: criação de um ambiente saudável, respirante, não-selado/plastificado, isento de poluentes (tais como partículas em suspensão, COVs/compostos orgânicos voláteis), com uso de materiais biocompatíveis, naturais e/ou que não liberem substâncias voláteis. Fonte: Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica – IDHEA (apud VITTORINO, 2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 20 3. Critérios para avaliação de edifícios Figura 06: Interior da edificação: contaminação do ar Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 21 4. Cases: projetos sustentáveis • Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido • The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido • Torre Hearst , Nova York • Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro • Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça • The Solaire, Nova York Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 22 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido • A imensa cobertura de chapas metálicas e forro de madeira certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council) dispõe de um cone envidraçado com um jogo de espelhos que promove a entrada de luz natural até a câmara dos deputados, localizada no centro da edificação. • A extensa superfície da cobertura propicia a coleta de água de chuva que é armazenada num tanque subterrâneo de 100 m³. A água é destinada para os lavatórios, bacias e jardinagem. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 23 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido • Estratégias passivas de climatização: sistema de esfriamento que extrai água a 100 m debaixo da terra, a uma temperatura de 16ºC. • Aspecto social: cerca de 36% do valor da construção foi investido em materiais e mão-de-obra locais. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 24 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido Figura 07: Vista do interior com destaque do forro de madeira Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 25 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido Figura 08: Detalhe do forro e cone em madeira Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 26 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido Figura 09: Câmara dos deputados: cone com iluminação zenital Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 27 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido Figura 10: Câmara dos Deputados Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 28 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido Figura 11: Vista da área externa descoberta Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 29 4.1 Assembléia Nacional do País de Galles, em Cardiff, Reino Unido Figura 12: Cortes esquemáticos: indicação dos itens sustentáveis Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 30 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido • Essa ecovila, inaugurada em 2002, reúne 82 unidades habitacionais, escritórios, clube desportivo, campo de futebol e centro de saúde e de alimentação. • As construções de três pavimentos, erguidas com materiais e mão-de-obra locais, madeira certificada pelo FSC e aço reciclado, foram desenhadas para não emitir qualquer percentual de dióxido de carbono. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 31 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido • Os sistemas elétrico e de calefação das residências exploram fontes renováveis de energia. Todas as unidades têm o terraço voltado para o Sul, otimizando o aproveitamento da luz do sol. • • As coberturas verdes dos edifícios estão associadas a extensas superfícies de painéis fotovoltaicos que, além de sombrear as construções, geram energia capaz de abastecer 40 automóveis elétricos, reduzindo mais ainda o uso de combustíveis fósseis. • Além de armazenar e utilizar água de chuva para a descarga de vasos sanitários, a vila possui uma estação de tratamento de esgoto negro. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 32 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 13: Vista externa das unidades habitacionais Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 33 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 14: Esquema construtivo da unidade habitacional Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 34 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 15: Vistas externas do conjunto Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 35 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 16: Vista externa com destaque para as chaminés (ventilação) Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 36 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 17: Vista externa do edifício corporativo Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 37 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 18: Vista do conjunto a partir do lago Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 38 4.2 The Beddington Zero Energy Development (BedZED), Reino Unido Figura 19: Setorização do complexo de edifícios Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 39 4.3 Torre Hearst , Nova York • Com 182 m de altura, é o primeiro arranha-céu novaiorquino a obter o Gold LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). • A estrutura em aço inoxidável - formada por diagonais que configuram volumes triangulares nas fachadas maximizou a entrada de luz nos escritórios e, além disso, permitiu a economia de cerca de 2 mil t de aço estrutural. Cerca de 85% do material utilizado na estrutura é reciclado. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 40 4.3 Torre Hearst , Nova York • A água da chuva, coletada na cobertura do prédio, é usada para irrigar jardins, abastecer fontes e o sistema de refrigeração. • A refrigeração e calefação dos espaços são feitas através de um sistema de circulação de água localizado nos pisos. • O arranha-céu consome cerca de 25% a menos de energia se comparado aos similares. Além de sensores de presença, os escritórios dispõem de recursos que controlam a quantidade de luz artificial em função da natural. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 41 4.3 Torre Hearst , Nova York Figura 20: Vistas externas do edifício Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 42 4.3 Torre Hearst , Nova York Figura 21: Vistas internas com destaque para a estrutura aparente Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 43 4.3 Torre Hearst , Nova York Figura 22: Corte esquemático (em perspectiva) Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 44 4.4 Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro • Ao privilegiar o conforto ambiental e incorporar conceitos da arquitetura bioclimática - como iluminação e ventilação naturais - o projeto conseguiu reduzir de forma extrema o consumo de energia da edificação. A idéia é que, no futuro, os telhados verdes do conjunto abriguem coletores solares e outras tecnologias que tornem a escola auto-suficiente energeticamente. • O grande jardim central, situado entre os dois blocos de salas de aula, exerce um papel relevante na composição do conjunto, reunindo os alunos nas horas livres e atuando como um regulador térmico do clima local. • O projeto apresenta também iluminação artificial eficiente, automação predial, materiais de baixa condutibilidade e capacidade térmica, brises, pilotis e terraços-jardins. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 45 4.4 Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro Simulações computacionais feitas por programas como o Energy Plus (distribuído gratuitamente pelo departamento de energia dos Estados Unidos) ajudam a avaliar como o projeto de arquitetura interfere no consumo energético de uma construção Figura 23: Estudos com o software Energy Plus Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 46 4.4 Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro Figura 24: Corte esquemático com representação da ventilação cruzada Fonte: Figuerola (2008) No Colégio Cruzeiro, a implantação, a vedação e a presença do jardim entre os blocos de salas de aula favorecem a ventilação cruzada Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 47 4.4 Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro Figura 25: Perspectiva externa Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 48 4.4 Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro Figura 26: Perspectiva externa Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 49 4.4 Colégio Cruzeiro, Rio de Janeiro Figura 27: Perspectiva externa do jardim entre os blocos Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 50 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça • O edifício apresenta seis pavimentos que funcionam sem calefação ou ar-condicionado e consome quatro vezes menos energia do que um prédio convencional. • As fachadas são cobertas por brises de vidro azul de posição ajustável, de acordo com a estação do ano. • No inverno, o ar frio é pré-aquecido em canalizações subterrâneas (80 tubos com 20 m) para, posteriormente, ter sua temperatura elevada por meio de trocadores de calor que é aquecido com o ar proveniente da sala do servidor. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 51 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça • A água é aquecida pelos coletores solares da cobertura e pelo calor proveniente das unidades de refrigeração da cozinha. • Uma superfície de 460 m² de painéis fotovoltaicos fornece 1/3 da eletricidade utilizada no edifício. • A água da chuva, coletada na cobertura, é utilizada para a descarga dos vasos sanitários. • Apresenta também um sistema que coleta e armazena a urina para a realização de pesquisas visando ao uso do líquido excrementício para o preparo de fertilizantes. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 52 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça Figura 28: Vista externa – fachada principal Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 53 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça Figura 29: Vista interna - destaque para panos de vidro Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 54 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça Figura 30: Vista interna - destaque para os panos de vidro e grandes vãos Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 55 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça Figura 31: Brises ajustáveis em vidro Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 56 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça O ar externo é sugado por ondulação e percorre três estações: registro térmico, sala do servidor e monobloco Figura 32: Corte esquemático com apresentação do sistema de ventilação natural Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 57 4.5 Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em Dübendorf, Suíça A altura do átrio permite a saída de ar quente por efeito chaminé e as janelas superiores que, por sua vez, favorecem a ventilação cruzada Figura 33: Corte esquemático – saída do ar quente Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 58 4.6 The Solaire, Nova York • O edifício consome 35% a menos de energia e 50% a menos de água potável, se comparado a outros de mesma tipologia. • Inaugurada em 2003, a construção, de 27 pavimentos, reúne sistemas de controle inteligentes e painéis fotovoltaicos que geram 5% de toda a energia gasta nos apartamentos nos horários de pico. • Sensores de presença e de luz natural reduzem o consumo de energia e o projeto de arquitetura privilegia o aproveitamento da luz natural ao máximo nas unidades habitacionais. • O edifício possui um sistema de captação de água de chuva, utilizada na irrigação do jardim da cobertura, e uma estação de tratamento do esgoto negro, cuja água é aproveitada na descarga das bacias sanitárias e na torre de resfriamento. Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 59 4.6 The Solaire, Nova York Figura 34: Vista panorâmica do edifício Fonte: Wired New York (2011) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 60 4.6 The Solaire, Nova York Figura 35: Jardim na cobertura Fonte: Inhabitat (2011) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 61 4.6 The Solaire, Nova York Figura 36: Jardim na cobertura Fonte: Inhabitat (2011) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 62 4.6 The Solaire, Nova York Figura 37: Painéis fotovoltáicos Fonte: Neo Virtus Engineering Inc. (2011) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 63 4.6 The Solaire, Nova York Figura 38: Sistema construtivo da parede padrão Fonte: Figuerola (2008) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 64 5. Estratégias das empresas • Defensiva: só atender à legislação; • Ofensiva: dar valor a um empreendimento com a inserção de alguns aspectos de eficiência ambiental nos edifícios; • Eco-eficiência: inovações tecnológicas visando à melhoria do desempenho AMBIENTAL dos edifícios; • Sustentável… Fonte: Vittorino (2010) Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 65 6. Considerações Finais • Não existe edificação 100% sustentável, mas sim edificação com itens e sistemas sustentáveis; • Os sistemas sustentáveis que mais se repetem nos cases apresentados são: reuso de águas pluviais e eficiência energética; • Ainda há muito o que se fazer para a arquitetura e a construção sustentáveis se firmarem como padrão mundial. No Brasil, alguns arquitetos já se preocupam com a sustentabilidade de seus projetos, como o Colégio Cruzeiro, na cidade do Rio de Janeiro; • Os custos com as novas tecnologias e a falta de cultura de reciclagem e reutilização são os principais entraves que o setor da construção civil precisa enfrentar para alcançar edificações mais sustentáveis no futuro. Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 66 Referências FIGUEROLA, V. Projeto sustentável. Revista Téchne, São Paulo, n. 133, p.44-52, abr. 2008. INHABITAT. Consulta de imagens na homepage oficial. Disponível em: <http://inhabitat.com/>. Acesso em: 25 mar. 2011. NEO VIRTUS ENGINEERING INC. Consulta de imagens na homepage oficial. Disponível em: <http://neovirtus.com/>. Acesso em: 25 mar. 2011. VITTORINO, F. Sustentabilidade: introdução aos conceitos e alguns métodos de estudo. Mestrado Profissional em Habitação, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo, 2010. (Aula da disciplina Sustentabilidade do Ambiente Construído ministrada em 29 nov. 2010). WIRED NEW YORK. Consulta de imagens na homepage oficial. Disponível em: <http://wirednewyork.com/>. Acesso em: 25 mar. 2011. Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios Prof. Roberta Vendramini 67