PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES NA CITOLOGIA CERVICAL EM MULHERES COM IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA SCHAFFER1, Larissa Finger; DIEFENTHÄLER, Vanessa Lais¹; LIBRELOTTO, Carina Sperotto2; BORTOLOTTO, Josiane3; COSER, Janaina3; BAIOTTO, Cleia Rosane3 Infecções por HIV (vírus da imunodeficiência adquirida) e HPV (Papilomavírus humano) ocorrem em mulheres em todo mundo, sendo que ambas são consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Dentre as DSTs, pode-se destacar a infecção pelo HPV como uma das mais freqüentes do mundo, e, que anualmente agrega cerca de 30 milhões de novos casos. A principal implicação da infecção pelo HPV, é a possibilidade de desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero. A infecção pelo HPV é significativamente mais comum entre as mulheres portadoras de HIV e, por conseguinte, estas mulheres tornam-se mais suscetíveis a desenvolverem lesões cervicais, incluindo câncer de colo de útero. Por isso, a infecção pelo HIV também pode ser considerada como um fator de risco para o desenvolvimento desta neoplasia. Este estudo integra um projeto maior, fomentado pelo PIBIC, intitulado “Prevalência de alterações na citologia cervical e infecção pelo HPV em mulheres com imunodeficiência adquirida”, cujo objetivo principal é verificar a prevalência de alterações na citologia cervical, bem como infecção pelo HPV, em mulheres com imunodeficiência adquirida (portadoras de HIV) diagnosticadas e cadastradas no Serviço de Assistência Especializada em DST/HIV/AIDS de Cruz Alta, RS (SAE Cruz Alta-RS). A metodologia deste trabalho, envolve a realização de exame citopatológico, pelo método de Papanicolaou; e teste molecular de HPV, pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), utilizando os primers MY09/MY11, a partir do material cérvico-vaginal coletado das participantes. Entre os dias dois e dezesseis de setembro, foram atendidas oito mulheres, que se submeteram a coleta de material cérvicovaginal por profissional responsável, para realização dos respectivos exames. Os resultados aqui demonstrados são parciais e apresentam as análises citológicas realizadas até o momento. A idade das mulheres variou entre 28 e 47 anos, e 25% (02/08) das participantes apresentavam secreção vaginal anormal durante a coleta. A prevalência de Lesão Intraepitelial de Baixo Grau (LSIL), foi de 25% (02/08) e a infecção por Gardnerella vaginalis representou 66% (03/08) dos casos. Em conclusão, já é possível constatar uma alta prevalência de anormalidades na citologia cervical das mulheres HIV positivas participantes da pesquisa. Portanto, é estritamente importante um controle citológico mais rigoroso com estas mulheres, como um aliado na prevenção de neoplasias causadas principalmente pela coinfecção pelo HPV. 1 Acadêmicas do Curso de Biomedicina - Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ Biomédica – Laboratório Escola de Análises Clínicas (LAC), Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ. 3 Docentes do curso de Biomedicina - Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ 2