1 COMPETITIVIDADE DO ESTADO DO CEARÁ NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS, 1998-2003 1 . Natalia Oliveira Queiroz – CPF: 657.727.683-87 Faculdade Integrada do Ceará – FIC Rua Visconde de Mauá, 1940, Aldeota. CEP 60811-341. José de Souza Neto - CPF: 048.547.803-04 Embrapa Agroindústria Tropical / Faculdade Integrada do Ceará – FIC Rua Sara Mesquita, 2270. Pici. CEP 60511-110 Fortaleza CE / Rua Visconde de Mauá, 1940, Aldeota. CEP 60811-341. E-mail: [email protected] / [email protected] João Batista Salmito Alves de Almeida – CPF:368.651.503-25 Embrapa Agroindústria Tropical / IICA Rua Sara Mesquita, 2270. Pici. CEP 60511-110 Fortaleza CE E-mail: [email protected] Área Temática: Comercio Internacional Forma de Apresentação: POSTER 1 Extraído da Monografia , apresentada pelo primeiro autor ao Curso de Administração com Habilitação em Comercio Exterior da Faculdade Integrada do Ceará – FIC. Em 12/2005. 2 COMPETITIVIDADE DO ESTADO DO CEARÁ NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS, 1998-2003. Resumo A atividade de floricultura de um modo geral, pode ser entendida como o cultivo de flores de corte e plantas envasadas, flores e plantas em vaso, folhagens, forrações, bulbos, flores secas, tubérculos e outras partes vegetativas (rizomas, estacas, e sementes), além da produção de mudas e plantas ornamentais, apresenta-se como uma atividade competitiva, num mercado mundial que movimenta negócios que ultrapassam 100 bilhões de dólares/ano. A análise sobre a competitividade do setor de flores e plantas ornamentais no estado do Ceará, leva em conta o uso de um Indicador de Vantagem Comparativa Revelada que aponta para a especialização na exportação de produtos que apresentam vantagens comparativas, e importação dos produtos de setores com produtividade relativamente inferior. No período 1998-2003, o Brasil apresentou um saldo na balança comercial com plantas vivas e produtos de floricultura de cerca de US$ 85 milhões. O estado do Ceará por sua vez, quando analisado de forma agregada, apresentou saldo positivo no tocante ao comércio internacional de US$467 mil no grupo de flores, apresentando ainda altos índices de competitividade se comparado ao Brasil naquele mesmo grupo. PALAVRAS-CHAVE: Floricultura, exportação, indicador de vantagem comparativa revelada. 3 COMPETITIVIDADE DO ESTADO DO CEARÁ NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS, 1998-2003 2 . INTRODUÇÃO A atividade de floricultura de um modo geral, pode ser entendida como o cultivo de flores de corte e plantas envasadas, flores e plantas em vaso, folhagens, forrações, bulbos, flores secas, tubérculos e outras partes vegetativas (rizomas, estacas, e sementes), além da produção de mudas e plantas ornamentais, apresenta-se como uma atividade competitiva, num mercado mundial que movimenta negócios que ultrapassam 100 bilhões de dólares/ano. No entanto, produção de flores e plantas ornamentais, em plena fase de expansão no mundo, encontra-se concentrada em alguns países europeus, dentre eles a Holanda, Itália, Dinamarca e Espanha, os paises asiáticos (Japão e Israel), africanos (África do Sul, Quênia) e americanos como EUA, Costa Rica, Colômbia, Equador e Brasil (Castro, 1998, p.04). A floricultura é explorada em diversos países, segundo dados da Floriculture International (2002), destacando-se como principais produtores Itália, Holanda, Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Suíça, Bélgica, Finlândia e Hungria, na Europa; na Ásia, sobressaem-se a China e o Japão; na América do Sul, os líderes são Colômbia, Equador e Brasil. Os grandes importadores mundiais desse setor em 1999, segundo Pathfast (2001), foram: Alemanha, com US$ 1.678 milhões (21,2%); Estados Unidos, com US$ 1.281 milhões (16,2%); França, com US$ 885 milhões (11,2%); Reino Unido, com US$ 868 milhões (11,0%); Holanda, com US$ 747 milhões (9,4%); Itália, com US$ 389 milhões (4,9%); Japão, com US$ 384 milhões (4,9%) e Suíça, com US$ 344 milhões, ocupando 4,3% da fatia mundial. Segundo Sartor (2001), os dois maiores exportadores mundiais são a Holanda, que concentra 60% de flores de corte produzidas e 51% de plantas ornamentais, e a Colômbia, como 2° maior exportador mundial de flores de corte, responsável por 37% das exportações mundiais no ano de 1997. A expressividade da indústria holandesa de flores é um exemplo para o mundo. Líder absoluta, a mesma exportou uma média de US$ 2 bilhões/ano no período de 1991-1995, segundo dados da Floriculture International (2002). Tal desempenho ocorre devido a inovações nas práticas de cultivo em estufa que primam pela conservação de energia, ao desenvolvimento de novos tipos de flores, além de técnicas que criaram a vantagem competitiva em relação aos demais países produtores que vêm se mantendo ao longo dos anos. A Holanda atingiu, assim, a chamada vantagem competitiva sustentável na indústria, que, conforme Porter (1989), é a base do desempenho sustentável. Somando-se ao citado, segundo Costa (2003), o grande sucesso das exportações Holandesas no mercado internacional de flores é resultado do seu sofisticado e eficiente sistema logístico de comercialização e distribuição. A Colômbia, segundo maior exportador de flores, vem aumentando nos últimos anos a sua participação nas exportações mundiais de flores de corte, segundo dados UNCTAD/WTO (1997). Segundo Costa (2003), o país utiliza tecnologias modernas com novas formas de 2 Extraído da Monografia , apresentada pelo primeiro autor ao Curso de Administração com Habilitação em Comercio Exterior da Faculdade Integrada do Ceará – FIC em 12/2005. 4 organização e participa ativamente do comércio internacional pois, aplica normas exigentes de produção e dessa formar possui reputação pela alta qualidade de seus produtos. O Brasil possui muitas vantagens comparativas na produção de flores, dentre as quais destacam-se a grande variabilidade de clima nas mais diferentes regiões e o imenso espaço territorial, locais de distribuição estratégicos e outros. A floricultura é uma atividade com papel importante na economia de alguns estados brasileiros, tais como, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais que representam 90% da produção nacional (Castro, 1998, p.09). A região Sul, como os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, também possuem fortes produtores de flores de corte e envasados. A região nordeste, apesar de seu clima quente, conhecida como uma região que possui verão quase todo o ano, destaca-se no cultivo de flores e plantas tropicais, estas com aceitação no mercado externo, tendo como principais estados produtores, Pernambuco, Bahia e o Ceará. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Floricultura – Ibraflor (2002), a floricultura brasileira passou a destacar-se como atividade agrícola de importância econômica há mais de trinta anos. Porém, somente na última década, se verificou um crescimento significativo de produtos de floricultura. Até 1958, a produção de flores era feita de forma artesanal, principalmente pelas colônias portuguesas e japonesas. Após essa data, teve início a atividade de floricultura em colônias holandesas. Destaque para a Holambra (SP), que com a implantação do Sistema Veiling de Comercialização em 1989, teve um crescimento significativo na década de 1990, representando cerca de 36% do valor comercializado no país, além da inserção de produtos no mercado internacional.. Segundo Aguiar (2004), o Brasil possui potencial para a produção de flores e folhagens, de todos os tipos, como decorrência da grande variabilidade de climas, do temperado ao tropical; larga oferta de terra; disponibilidade de água e umidade relativa do ar apropriada. Smoringo (1999) relata que no Brasil a exploração econômica de flores ainda é recente, mas nos últimos anos, o setor tem apresentado aumento no volume de movimentação financeira e da demanda interna e exportada. Segundo o Ibraflor (2002), com base nos dados de 1999, a produção brasileira de flores e plantas ornamentais está distribuída em vários estados, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Ceará e uma pequena parcela na região Centro-Oeste e no Norte do País. Dados da Secretaria de Comércio Exterior – Secex (2002), destacam os Estados da Bahia, Ceará e o Pernambuco, como apropriados para a produção de flores tropicais com qualidade. As exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais se encontram agregadas no Capítulo 6 - Plantas Vivas e Produtos de Floricultura, na Seção II – Produtos do Reino Vegetal, segundo a NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul – nos últimos seis anos apresentaram uma média de US$ 12,3 milhões/anos e um crescimento anual da ordem de 10% considerando o período 2000-2001. Na Tabela 1, mostra-se o total das exportações brasileiras de plantas vivas e produtos de floricultura no período de 1998 a 2003, bem como a participação dos Estados do Brasil. O Estado de São Paulo apresenta-se como o maior produtor de flores do país, concentrando cerca e 60% da produção brasileira e ocupa o primeiro lugar nas exportações brasileiras. No entanto, apesar do desempenho anteriormente referido, Costa (2003) afirma que a participação brasileira no mercado mundial é apenas de 0,2% do volume total exportado mundialmente, conseqüentemente, a representatividade do Brasil no mercado mundial ainda é inexpressiva diante dos bilhões movimentados anualmente pelo setor. 5 O Estado do Ceará apresenta uma série de condições favoráveis ao desenvolvimento do setor, dentre os quais destacamos os vários ecossistemas distintos, com temperaturas amenas e estáveis durante todo o ano, luminosidade intensa que confere cores mais vivas, agregando preço e qualidade aos produtos, água e solos apropriados ao cultivo, mão-de-obra abundante e caracterizada pela grande habilidade e capacidade de trabalho, infra-estrutura básica para receber Tabela 1 - Exportações de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06, nos principais Estados do Brasil. ANOS ESTADOS 1998 1999 2000 2001 2002 2003 USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) Alagoas - - 956 20.060 20.307 39.459 Bahia - 5.097 - - 2.498 2.594 Ceará 45.409 64.155 212.977 131.197 54.853 255.757 26 - 14.725 23.360 11.876 27.358 - - - - - - 7.800 - 1.450 - 4.992 46.650 1.196.514 1.452.334 1.114.667 1.183.310 1.166.841 1.611.701 95.023 108.268 84.929 99.327 136.146 394.497 - 5.488 1.200 11.387 - 8.500 40.371 49.680 30.675 38.023 36.950 18.978 2.041.966 1.743.558 1.639.920 1.653.126 1.769.511 1.788.733 283.568 265.352 338.142 238.083 311.579 211.163 8.259.550 9.184.424 8.292.827 9.773.473 11.402.902 14.522.690 - 4.415 8.118 5.567 - 197.577 11.970.227 12.882.771 11.740.586 13.176.913 14.918.455 19.125.657 Pernambuco Espírito Santo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina São Paulo Consumo de Bordo TOTAL Fonte: MDIC / Alice Web (2004). Elaboração própria os novos investimentos, além da proximidade geográfica com os países importadores, por exemplo, EUA e Europa. Esta atividade conta ainda com incentivos fiscais, apoio financeiro através dos bancos de desenvolvimento e de apoio da iniciativa privada. Os esforços realizados pelos órgãos estaduais e federais, com destaque as ações da SEAGRI – Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Embrapa Agroindústria Tropical, CENTEC – Instituto Centro de Ensino Tecnológico, SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, possibilitaram ao longo dos anos substanciais incrementos 6 ao Agronegócio Flores, contribuindo para elevar saldos comerciais, propiciando meios de produzir em território cearense produtos antes cultivados no exterior. Atualmente no Ceará existem quatro áreas adequadas ao cultivo de flores: Cariri, maciço de Baturité, Ibiapaba e Região Metropolitana de Fortaleza. Em 1994, segundo Costa (2003), surgiram no Estado do Ceará, cultivos tecnificados em estufas e projetos voltados para a exportação. Já em 2000 a 2001, foram desenvolvidos grandes projetos de produção de rosa, iniciando a exportação em 2002, observando-se que a floricultura está se consolidando como uma atividade de importância econômica para o Estado. Conforme dados da Secex, os principais países de destino das exportações dos produtos do Estado do Ceará são Alemanha (52,82%), Holanda (37,58%) e Estados Unidos (5,87%). Os demais países de destino, como o Reino Unido, a Itália e a Suíça, somaram apenas 3,68% em 2003. O cultivo de flores tropicais e flores temperadas e folhagens se concentra na região do maciço de Baturité. Nessa região ocorre a produção de médio porte de flores tropicais e folhagens que são exportadas principalmente, para Portugal (Costa, 2003. p.78). A Região Metropolitana de Fortaleza, destaca-se pela exportação de abacaxi ornamental e bulbos de amarílis e calladium. Nessa região ocorreu a primeira exportação de flores do Ceará, segundo Costa (2003). A região da Ibiapaba destaca-se das demais regiões por ser bastante promissor o cultivo de uma espécie de flor - a rosa - com elevado valor comercial devido a qualidade e durabilidade dos botões. O Cariri cearense, dentre as quatro regiões já mencionadas, é a que apresenta menor comercialização de flores e plantas ornamentais no Estado e até o momento não desenvolve projetos produtivos de exportação. No caso do setor de flores, segundo Castro (2003), o Brasil apresenta vantagens comparativas na produção do Agronegócio Flores, no geral, ou seja, por esse modelo o Brasil exportará pois a produção é eficiente e o Ceará exportará flores frescas alocadas ao grupo 0603, pois apresenta vantagem comparativa na produção das mesmas. Porém, deve-se analisar a vantagem competitiva da exportação de flores Brasileiras e Cearenses, que segundo Lopes Neto (1998), dependem de vários fatores determinantes, como por exemplo, infra-estruturas especializadas, apoio ao clima de investimentos, concorrência, qualidade dos produtos entre outros. As atividades de floricultura no Estado do Ceará têm colocado a necessidade de se estabelecer estratégias de participação no mercado interno e externo. Este último poderá constituir-se numa alternativa a mais de crescimento do setor. Ressalta-se aqui, que a disponibilidade de informações torna-se relevante na análise e tomada de decisões. Dessa forma, após a apresentação e reflexão dos elementos acima citados, indaga-se da existência de indicadores de competitividade adaptados a exportação de flores que serão extraídos a partir das comparações procedidas no tocante as exportações do Ceará e Brasil, de determinadas espécies identificadas pela Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Sendo assim, o problema da pesquisa trata de analisar a competitividade do Estado do Ceará no mercado internacional de flores e plantas ornamentais. Para esta análise tornou-se necessário coletar dados a respeito dos valores exportados e importados da floricultura. Desta forma, a partir deste estudo, espera-se contribuir de uma forma geral, para disponibilização de informações sistematizadas sobre a participação cearense e acredita-se que a análise da competitividade do setor no mercado internacional de flores e plantas ornamentais, no período 7 compreendido entre 1998 a 2003, servirá aos tomadores de decisão quer estejam direta ou indiretamente ligados a atividade de floricultura no Estado. Os objetivos específicos estão relacionados à análise dos dados coletados na presente pesquisa e visam demonstrar a competitividade das exportações dos principais tipos de plantas exportadas pela Floricultura Brasileira, e Cearense. A necessidade de uma análise sobre a competitividade do setor de flores e plantas ornamentais no estado do Ceará, leva em conta o uso de um Indicador de Vantagem Comparativa Revelada que aponta para a especialização na exportação de produtos que apresentam vantagens comparativas, e importação dos produtos de setores com produtividade relativamente inferior. MATERIAL E MÉTODOS Para análise do mercado internacional do agronegócio flores e plantas ornamentais no estado do Ceará, período 1998/2003, foram coletados e utilizados dados publicados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) e Sistema de Análise de Informações do Comércio Exterior (AliceWeb). Foram detalhados os produtos da pauta de importação e exportação de plantas vivas e produtos de floricultura do Capítulo 06 do Sistema Harmonizado de Nomenclatura por categoria, classificados de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). A NCM é um código composto de oito dígitos, sendo os seis primeiros formados pelo Sistema Harmonizado (Capítulo, Posição e Subposição) e os dois últimos (Item e Subitem), criados de acordo com a definição dos países do MERCOSUL, segundo COMÉRCIO (2002). O Capítulo 06 do código NCM, que se refere a Plantas Vivas e Produtos de Floricultura, apresenta Posições e Subitens, que de acordo com a classificação do Mercosul, são divididos em: bulbos, tubérculos e rizomas (0601); mudas de plantas ornamentais, de orquídeas e outras plantas vivas (0602); flores e seus botões cortados (0603); folhas, folhagens e musgos para a floricultura (0604). A análise de competitividade internacional será efetuada levando-se em conta a evolução, taxa de crescimento, participação no total exportado e do Indicador de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR). O indicador de vantagem comparativa tem sua origem na teoria das vantagens comparativas de David Ricardo(1982), fundador da escola inglesa de economia clássica. A teoria de Ricardo baseava-se nas diferenças de custos relativos entre dois países o que fatalmente levaria à especialização na exportação de certos bens e importações de outros. De acordo com a literatura existente sobre o uso de indicadores, sabe-se que o grau de competitividade de um país em um determinado produto pode ser estimado com base em informações ex-ante e ex-post e baseiam-se na comparação do desempenho de um determinado país, região, estado ou mesmo setor no mercado mundial, relativamente ao desempenho de outros paises, regiões, estados ou mesmos setores nesse mesmo mercado. Estudos, desenvolvidos por Balassa (1965 e 1977), buscam mensurar os produtos em que o país apresenta vantagem comparativa com base nos fluxos de comércio passado, pressupondo que a eficiência produtiva relativa de um país pode ser identificada pelo seu desempenho de comércio não seja afetada por fatores, subsídios, restrições quantitativas, tarifas de importação diferenciadas entre países, alheios à competitividade. 8 Para aquele autor, o indicador de vantagem comparativa revelada (IVCR) procuraria expressar “a posteriori” as vantagens relativas de custos de diferentes países a partir de suas especializações comerciais. É preciso ressaltar que o IVCR é apenas uma variável de resultado, que tenta captar no âmbito do mercado os efeitos finais do comércio internacional, sem que exista nenhuma interação compulsória entre oferta de fatores e tais efeitos. Sabe-se que vários indicadores de VCRs, para as exportações de um setor em determinado país coincidem exatamente com a distribuição setorial das exportações mundiais. Neste caso fica clara a ausência de especialização no comércio internacional sem nenhuma referência aos fluxos de importações. Tal exclusão, é que os fluxos de importações estariam sujeitos a vieses em conseqüência do protecionismo dos diferentes países (Balassa, 1977, p. 327). Diante das limitações apresentadas bem como das diferentes metodologias a respeito dos indicadores de vantagens comparativas é que na década de 80, o Centro de Estudos Prospectivos em Informações Internacionais (CEPII - França) desenvolveu, um outro indicador de vantagens comparativas denominado “Contribuição ao Saldo - CS” , baseado em saldos comerciais e não apenas em fluxos de exportações. Desenvolvimentos metodológicos posteriores, com base no fluxo líquido do comércio internacional, ou seja, exportações menos importações, passaram a ser adotados para demonstrar as vantagens comparativas do comércio externo. Dentre esses, o índice de vantagem comparativa revelada (IVCR), desenvolvido por Balassa (1965), é um dos mais usados. Este índice busca mensurar os produtos em que o país apresenta vantagem comparativa com base nos fluxos de comércio passado, pressupondo que a eficiência produtiva relativa de um país pode ser identificada através de seu desempenho no comércio internacional. Obviamente, tal pressuposto requer que os fluxos de comércio não sejam afetados por fatores alheios à competitividade. O emprego desse indicador deve ser feito com cautela, principalmente sabendo-se que as estatísticas, no caso de produtos primários, estão sujeitos a manipulações dos fluxos comerciais de maneira artificial. Tendo em vista as deficiências apresentadas anteriormente, procura-se construir IVCRs para os produtos da floricultura, baseado no trabalho de desenvolvido por Lafay (1988). Este indicador será utilizado para, com base nos dados levantados, analisar a competitividade do estado do Ceará no mercado internacional de flores e plantas ornamentais. Abaixo, apresenta-se a fórmula de cálculo do IVCR: IVCR = 100 [ ( X – M ) / ∑ (X + Mi) - ( X + M ) ∑ (X – M ) / (∑ (X + M )) ] i i i i i i i i i 2 onde Xi e Mi são, respectivamente as exportações e importações do setor i. Ressalta-se aqui que o uso do referido indicador não visa refletir a balança comercial de um determinado setor, cadeia produtiva, complexos agroindustriais ou bloco i, mas sim a relação de sua contribuição para o superávit ou déficit comercial do pais, região, estado ou setor frente à magnitude de sua participação no todo do comércio. No caso de o IVCR ser maior do que a unidade, diz-se que o país, região, estado, ou setor tem vantagem comparativa revelada no produto em questão. Quanto mais alto o IVCR maior será a vantagem comparativa apresentada. 9 RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise do crescimento das exportações e da competitividade dos produtos da floricultura está baseada em uma análise quantitativa e parcial do fluxo de comércio internacional. Assim, não considera todas as variáveis necessárias à estimação dos efeitos de quaisquer barreiras sobre o fluxo de mercadorias. O comércio internacional de flores e plantas ornamentais tem pouca expressão se comparado a outros grupos de produtos exportados pelo país no período coberto no estudo. Na Tabela 2, mostra-se o comportamento das exportações brasileiras da floricultura (Capitulo. 06) de forma desagregada. Tabela 2 - Exportações Brasileiras de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06 e suas subdivisões ANOS Código/ Ano 1998 1999 2000 2001 2002 2003 TOTAL % Tx. Cresc USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) 0601 3.522.670 4.051.583 3.197.038 3.346.885 4.004.551 4.642.027 22.764.754 27% 0,32 0602 6.914.675 7.020.448 6.522.897 7.383.542 8.220.714 9.744.972 45.807.248 55% 0,41 0603 1.156.748 1.252.485 443.098 554.891 1.226.391 2.608.011 7.241.624 9% 1,25 0604 376.134 558.255 1.577.553 1.891.595 1.466.799 2.130.647 8.000.983 10% 4,66 12.882.771 11.740.586 13.176.913 14.918.455 19.125.657 83.814.609 13.969.102 84 94 107 137 100 100 TOTAL 11.970.227 Media= 86 92 100 Fonte: MDIC / Alice Web 2004) Elaboração própria Posicao 0601 0601.10.00 - BULBOS,TUBERCULOS,RIZOMAS,ETC.EM REPOUSO VEGETATIVO 0601.20.00 - BULBOS,TUBERCULOS,ETC.EM VEGET.EM FLOR,MUDA DE CHICORIA Posicao 0602 0602.90.29 - MUDAS DE OUTRAS PLANTAS ORNAMENTAIS 0602.90.21 - MUDAS DE ORQUIDEAS 0602.90.90 - OUTRAS PLANTAS VIVAS 0602.10.00 - ESTACAS NAO ENRAIZADAS E ENXERTOS Posicao 0603 0603.90.00 - FLORES E SEUS BOTOES,SECOS,ETC.CORTADOS P/BUQUES,ETC. 0603.10.00 - FLORES E SEUS BOTOES,FRESCOS,CORTADOS P/BUQUES,ETC. Posicao 0604 0604.10.00 - MUSGOS E LINQUENS,P/BUQUES OU ORNAMENTACAO 0604.91.00 - FOLHAGEM,FOLHAS,RAMOS DE PLANTAS,FRESCOS,P/BUQUES,ETC. 0604.99.00 - FOLHAGEM,FOLHAS,RAMOS DE PLANTAS,SECOS,ETC.P/BUQUES,ETC 10 Nota-se que na tabela acima referida, as exportações mostram comportamentos diferenciados para cada grupo muito embora apresentando uma tendência crescente em todos os anos analisados. Os produtos da subdivisão 0602 são responsáveis por 55% do total exportado. A exceção dos produtos da subdivisão 0604, todos os outros produtos mostraram queda no ano de 2000, provavelmente, em decorrência da crise cambial ocorrida no início de 1999. É interessante notar ainda que todos os produtos cresceram suas exportações no ano de 1999 no entanto, as suas competitividades não se mantiveram no ano seguinte. Pode–se notar ainda que só os produtos do grupo musgos, liquens, para buques e folhagens mostraram crescimento. Na última linha da tabela em análise, mostra-se a participação anual (em referência a média do período) onde os produtos apresentam uma tendência bem definida de crescimento. As importações, por sua vez, apresentam um comportamento bem definido de tendência decrescente nos anos analisados. Quando comparada às exportações, as importações apresentaram taxas de crescimento muito menores e na maioria dos casos negativas para aqueles grupos de produtos que apresentaram maiores taxas de exportação, Tabela 3. Tabela 3 - Importações Brasileiras de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06 e suas subdivisões ANOS Código/Ano 1998 1999 2000 2001 2002 2003 TOTAL % Tx. Cresc USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) 0601 33.613 36.721 19.593 7.582 82.855 419.937 600.301 4% 11,49 0602 1.086.436 626.238 805.491 588.773 1.034.613 822.341 4.963.892 29% -0,24 0603 4.090.142 1.863.455 1.657.505 1.486.718 1.300.960 774.694 11.173.474 66% -0,81 0604 64.420 48.478 64.827 37.747 40.227 53.614 309.313 2% -0,17 TOTAL 5.274.611 2.574.892 2.547.416 2.120.820 2.458.655 2.070.586 Media = 100 186 91 90 75 87 73 17.046.980 2841163,3 100 100 Fonte: MDIC / Alice Web 2004) Elaboração própria A exemplo dos dados apontados para o Brasil, pode-se notar uma certa tendência negativa nas taxas de crescimento das importações. No entanto, pode-se observar na Tabela 2, que para os mesmos produtos, as taxas de crescimento das exportações no país foram elevadas, devido ao apoio por parte do governo que nos últimos anos tem promovido políticas financiadoras e incentivadoras ao cultivo e exportação de produto do agronegócio. Na Tabela 4, mostram-se as exportações Nordestinas do setor em estudo. Pode-se observar um crescimento das exportações nos códigos 0603 e 0604, principalmente para o primeiro. Vale comentar uma queda nas exportações no ano de 2002 que afetou ambos os códigos já informados, porém resultou no início da exportação do código 0601, que ganhou expressividade no ano de 2003 e que poderá atingir mais um crescimento positivo no ano de 11 2004. O código 0602, não possui representatividade nas exportações de produtos da floricultura nordestina, o que difere muito das exportações brasileiras (Tabela 2), que representa 55% do total das exportações. Ressalta-se aqui, que a produção desse código específico está concentrada nas regiões sul e sudeste do país. Na Tabela 5, mostra-se que as exportações cearenses tiveram comportamento similar ao apresentado para a região Nordeste onde o estado do Ceará apresentase como o maior exportador de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura (Cap 06) e suas subdivisões, perfazendo um total de 96,2% do montante exportado na região. Tabela 4 - Exportações Nordestinas de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06 e suas subdivisões ANOS 1998 1999 2000 2001 2002 2003 TOTAL % Tx. Cresc Código/Ano USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) 0601 0 0 0 0 52.548 115.263 167.811 22% 119,35 0602 0 0 0 0 0 0 1.990 1% 1,00 0603 45.370 52.386 105.569 85.772 34.508 198.382 459.019 45% 209,66 0604 65 11.769 123.089 45.425 428 11.523 167.490 22% 698,45 TOTAL 45.435 64.155 228.658 131.197 89.474 325.168 794.320 100 Media = 100 43 61 204 121 68 319 100 100 Fonte: MDIC / Alice Web 2004) Elaboração própria Tabela 5 - Exportações Cearenses de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06 e suas subdivisões ANOS 1998 1999 2000 2001 2002 2003 TOTAL % Tx. Cresc Código/Ano USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) USD (FOB) 0601 0 0 0 0 52.548 115.263 167.811 22% 119,35 0602 0 0 0 0 0 0 0 0% 0,00 0603 45.370 52.386 104.613 85.772 1.877 140.494 344.740 45% 209,66 0604 39 11.769 108.364 45.425 428 0 166.025 22% 997,44 45.409 64.155 212.977 131.197 54.853 255.757 764.348 105.525 61 202 121 52 242 100 100 TOTAL Media = 100 43 Fonte: MDIC / Alice Web 2004) Elaboração própria 12 Nas Tabelas 6 e 7, mostram-se o posicionamento competitivo da balança comercial brasileira e cearense no tocante a plantas vivas e produtos de floricultura (agregados do Cap. 06) de acordo com seu desempenho durante o período do estudo. O indicador de vantagem comparativa revelada, serve para mostrar que o país apresentou vantagens comparativas nos anos de 2001 e 2003. O estado do Ceará, por sua, apresentou vantagem comparativa nos anos de 2000, 2002 e 2003 para o grupo de código 0603 (Tabela 7). Estes resultados refletem um maior grau de especialização contrariamente a outros grupos tais como mudas e plantas ornamentais e plantas vivas, bulbos, tubérculos e rizomas e finalmente folhas, folhagens, musgos para floricultura no caso dos grupos de produtos ( 0601, 0602 e 0604). Em geral, o que se pode observar é que tanto no âmbito do país como no do estado não existe uma estabilidade de índices de vantagem comparativa que mostrem um bom posicionamento da atividade no mercado internacional. Tabela 6 - Balança Comercial Brasileira de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06 ANO Exportação (USD/FOB) Importação (USD/FOB) SALDO VCR 1998 11.970.227 5.274.611 6.695.616 (4,859) 1999 12.882.771 2.574.892 10.307.879 (0,256) 2000 11.740.586 2.547.416 9.193.170 (0,556) 2001 17.830.515 1.658.231 16.172.284 2,700 2002 14.918.455 2.458.655 12.459.800 0,542 2003 19.125.657 2.070.586 17.055.071 2,429 TOTAL 88.468.211 16.584.391 71.883.820 0 Fonte: MDIC / Alice Web (2004) Elaboração própria Tabela 7 - Balança Comercial Cearense de Plantas Vivas e Produtos de Floricultura - Cap. 06 ANO Exportação (USD/FOB) Importação (USD/FOB) SALDO VCR 1998 45.409 83.922 -38.513 (13,03) 1999 64.155 60.971 3.184 (8,26) 2000 212.977 19.429 193.548 4,79 2001 131.197 618 130.579 4,95 2002 54.853 950 53.903 1,95 2003 255.757 1.427 254.330 9,61 TOTAL 0603 764.348 167.317 597.031 0,00 Fonte: MDIC / Alice Web 2004) Elaboração própria. 13 Na Tabela 8, procurou-se mostrar mais detalhadamente dentro de cada grupo de pro duto como oscila o posicionamento competitivo durante os anos estudados. O Brasil não apresenta, ainda, indicadores de vantagens comparativas reveladas satisfatórios, muito embora venha mantendo um crescimento nas suas exportações, diminuição das importações e consequenTabela 8 - Posicionamento Competitivo da Floricultura, Cap 06. Plantas Vivas e Produtos de Floricultura, 1998-2003. ANO 1998 0601 - Bulbos, tubérculos e rizomas Importação Exportação (USD/FOB) SALDO (USD/FOB) 3.522.670 33.613 3.489.057 1999 4.051.583 36.721 2000 3.197.038 2001 3.346.885 2002 4.004.551 2003 TOTAL 0601 ANO 1998 1999 VCR 1,005 4.014.862 1,159 19.593 3.177.445 0,929 7.582 3.339.303 0,994 82.855 3.921.696 1,071 4.642.027 419.937 4.222.090 22.764.754 600.301 22.164.453 0602 - Mudas de plantas ornamentais e Plantas vivas Exportação Importação (USD/FOB) SALDO (USD/FOB) 6.914.675 1.086.436 5.828.239 7.020.448 626.238 6.394.210 0,722 5,879 0,336 1,106 2000 6.522.897 2001 9.744.972 2002 8.220.714 822.341 8.922.631 1,610 5.197.460 42.971.218 0603 - Flores e seus botões cortados 6,144 2003 9.744.972 TOTAL 0602 48.168.678 1998 1999 2000 2001 Exportação (USD/FOB) 1.156.748 1.252.485 443.098 2.608.011 2002 1.226.391 ANO 2003 TOTAL 0603 805.491 VCR 5.717.406 0,669 822.341 8.922.631 1,610 1.034.613 7.186.101 0,812 Importação (USD/FOB) SALDO VCR 4.090.142 1.863.455 1.657.505 774.694 -2.933.394 -610.970 -1.214.407 1.833.317 (6,210) (2,611) (2,524) (0,458) 1.300.960 -74.569 (1,717) 2.608.011 774.694 1.833.317 9.294.744 10.461.450 -1.166.706 0604 - Folhas, folhagens, musgos para floricultura Exportação ANO Importação (USD/FOB) SALDO (USD/FOB) 1998 376.134 64.420 311.714 1999 558.255 48.478 509.777 2000 1.577.553 64.827 1.512.726 2001 2.130.647 53.614 2.077.033 2002 1.466.799 40.227 1.426.572 2003 2.130.647 53.614 2.077.033 TOTAL 0604 8.240.035 325.180 7.914.855 TOTAL Cap 06 88.468.211 16.584.391 71.883.820 Fonte: MDIC / Alice Web 2004). Elaboração própria. (0,458) (13,979) VCR 0,010 0,090 0,370 0,554 0,376 0,554 1,955 0 14 te, saldo positivos na balança comercial neste tipo de atividade. Acredita-se que este comportamento deva-se, em parte, as barreiras enfrentadas pelos produtores brasileiros. Por outro lado sabe-se que à medida que se avança na cadeia de flores, os obstáculos se tornam maiores, devido principalmente n que diz respeito as barreiras tarifárias e não tarifárias, custos de investimentos elevados que são exigidos e necessários à atividade em floricultura e somando-se a estes, a dificuldade de atingir o consumidor final. CONCLUSÕES No período 1998-2003, o Brasil apresentou um saldo na balança comercial com plantas vivas e produtos de floricultura de cerca de US$ 85 milhões. O grupo mais importante em termos de valor das exportações brasileiras, tomando como referência o período de estudo, ano de 2003, foi o de mudas de plantas vivas e ornamentais (NCM 0602) perfazendo um total em torno de US$ 43 milhões, seguido pelos grupos de bulbos tubérculos e rizomas (NCM 0601) US$ 22 milhões, folhas, folhagens e musgos (NCM 0604) cerca de US$ de 8,0 milhões. Flores cortadas para buquês (NCM 0603) tiveram um saldo negativo na balança comercial de US$ 1,2 milhões. O estado do Ceará por sua vez, quando analisado de forma agregada, apresentou saldo positivo no tocante ao comércio internacional de flores (US$467 mil) no grupo de flores, apresentando ainda altos índices de competitividade se comparado ao Brasil naquele mesmo grupo. A valorização cambial ocorrida durante o Plano Real, foi desfavorável aos exportadores brasileiros tendo no entanto, influência positiva para os produtores de flores que, voltados à exportação, apresentaram significativos incrementos no valor de suas exportações, porém, sem uma alavancagem que permitisse um processo de continuidade a partir de do ano 2000. Acredita-se que apesar dos esforços governamentais e dos alardes feitos em torno da atividade de floricultura no Estado do Ceará, há evidências a respeito de uma evolução desfavorável das variáveis que afetam as condições da oferta brasileira e, conseqüentemente, a cearense, com destaque para a taxa de câmbio: apreciação cambial, volatilidade e, principalmente, incertezas. Estas últimas não favorecem o investimento e a continuidade das atividades econômicas na qual está inserida a floricultura nacional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGROANALYSIS, Flores: um mercado em expansão, Rio de Janeiro: FGV, v.15, no.9. 1995. 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