ISOLAMENTO DE LARVAS DE AE. ALBOPICTUS EM CRIADOUROS NATURAIS E ARTIFICIAIS NA ÁREA URBANA DA CIDADE DE BELÉM. Karen Monteiro Moy (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] Curso Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará Prof. Dr. Sérgio Rodriguez Málaga (Orientador) – [email protected] Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará Aedes albopictus é considerado uma das espécies invasoras de mosquitos mais importante no mundo, sendo o principal vector de arboviroses no continente asiático. O primeiro relato deste mosquito nas Américas foi em 1985, chegando no Brasil somente um ano após. No Estado do Pará foi descrito por primeira vez em 2003 no município de Medicilândia, a 90 km de Altamira. Apesar do Ae. albopictus já ter sido encontrado em algumas regiões do Brasil naturalmente infectado com vírus Dengue (DENV), na atualidade, não está relacionado com epidemias nestes locais. Este projeto teve como objetivo a descrição de Ae. albopictus na região metropolitana de Belém e a verificação da transmissão transovariana de DENV. Para isto, foram realizadas coletas ativas de larvas de mosquitos em criadouros naturais (bambuzais) em quatro áreas públicas em Belém, nos períodos de estiagem (setembro-dezembro) e na estação chuvosa (fevereiro-maio). As larvas foram criadas e alimentadas para posterior identificação dos insetos adultos. Com esta estratégia foi possível descrever a presença de larvas de Ae. Albopictus somente na Universidade Federal do Pará (UFPA) e no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) no período de estiagem, com um total de 113 mosquitos analisados, dos quais 37 (32,7%) correspondiam a Ae. albopictus. No período chuvoso, foi possível coletar um total de 1.824 larvas nas quatro áreas de estudo, das quais 63% do total corresponderam a Ae. albopictus. Foi constatado que a maior quantidade de mosquitos desta espécie foi encontrada na UFPA com 95% das larvas coletadas no local. Situação similar foi encontrada no Bosque Rodrigues Alves (BRA) (89%) e no MPEG (44%), demonstrando que Ae. albopictus corresponde à espécie maioritária nos criadouros analisados. Uma situação diferente foi observada no Parque Estadual do Utinga, onde a espécie maioritária foi Culex quinquefaciatus com 62% das larvas, e onde Ae. albopictus alcançou somente 1% do total. Com o grande número de mosquitos obtidos no período chuvoso, foi possível realizar a purificação de RNA total de 10 grupos de 5 fêmeas cada um, provenientes da UFPA, MPEG e BRA. Com este material foi realizado um RT-PCR para a procura de material genético de DENV. Todas as amostras de RNA analisadas, completando um total de 150 mosquitos adultos, foram negativas para DENV. Com estes resultados podemos concluir que Ae. albopictus já conseguiu colonizar criadouros na área urbana de Belém, sendo a espécie maioritariamente encontrada em três das regiões analisadas, que correspondem a áreas de transito diário de pessoas, não obstante, não foi possível detectar, por técnicas moleculares, a presença do DENV nas fêmeas dos mosquitos derivadas das larvas capturadas, indicando a ausência de transmissão transovariana de DENV em Ae. albopictus na cidade de Belém. Palavra-chave: Aedes albopictus, vírus dengue. Título do projeto do orientador: Isolamento de larvas de Ae. Albopictus em criadouros naturais e artificiais na área urbana da cidade de Belém. Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq. Grande-área: Ciências Biológicas Área: Microbiologia Subárea: Virologia