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DISTRIBUIÇÃO E CAPACIDADE VETORIAL DO Aedes albopictus (DIPTERA: CULICIDAE)
Beatriz de Bona Bardini; Profª. MSc. Josiane Somariva Prophiro (orientadora).
Introdução
A dengue é uma infecção transmitida por mosquitos culicideos, que nos últimos anos tornouse um importante problema de saúde pública. A manifestação mais grave é a dengue
hemorrágica, uma complicação potencialmente letal da dengue (WHO 2002). A presença de
Ae. albopictus é um sério problema para a saúde pública. Apesar de Ae. albopictus ainda
não ter sido incriminado como vetor natural do dengue no Brasil (Schatzmayr, 2000), foi
comprovado que em condições de laboratório e de campo, populações brasileiras desta
espécie têm a capacidade de se infectar com o vírus do dengue e transmiti-lo (Castro et al.,
2004). Então, através deste trabalho, busca-se entender sobre o comportamento, a
distribuição e capacidade vetorial do Ae. albopictus. Através de pesquisas, encontra-se
embasamentos teóricos que corroborem para as pesquisas desenvolvidas contra um dos
principais vetores da dengue. Levando em consideração a presença em grande escala
destes mosquitos no país e a facilidade que os mesmos têm de se desenvolver, tanto em
ambientes naturais como em criadouros artificiais, é preciso que haja um estudo
aprofundado sobre os hábitos desse culicideo, pois assim podemos possivelmente “indicar”
maneiras de evitar à proliferação do mosquito e consequentemente a disseminação da
doença.
Palavras-chave: Aedes albopictus, Dengue, Capacidade Vetorial.
Métodos
Para Rauen (1999) a pesquisa descritiva busca a realidade com o objetivo de conhecê-la e
interpretá-la sem interferir nela. Além de poder descrever fenômenos, classificá-los e
interpretá-los. Segundo Wolffenbüttel (2008), a pesquisa quantitativa, busca uma análise de
quantidades das informações para que os resultados constituam-se em medidas precisas e
confiáveis do objeto em estudo. Em geral, este tipo de pesquisa busca um resultado
estatístico e ela permite estimar informações amplas e diversificadas. Para Rauen (1999) a
pesquisa bibliográfica busca informações dadas a partir do acervo bibliográfico existente, ela
dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa. Sendo assim, por meio de
pesquisas descritivas, quantitativas e bibliográficas foram analisados alguns trabalhos e
dentre eles selecionados artigos científicos que estão relacionados ao objetivo do estudo, ou
seja, que descrevem sobre o comportamento do Ae. albopictus, suas atividades fisiológicas
e sua distribuição. Posteriormente, estes artigos foram avaliados e seus dados compilados e
citados nos relatórios da pesquisa. Foram incluídos apenas os artigos científicos que
publicados entre o ano de 1995 e 2010, e dentre eles os que apresentaram dados mais
relevantes e consideráveis conforme o que já se tem comprovado até o presente.
Resultados e Discussão
O Aedes (Stegomyia), albopictus (Skuse, 1894) é um mosquito pertencente à família
Culicidae (Diptera), exótico para o continente americano, originário do sudeste asiático. Esta
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espécie é considerada de grande importância epidemiológica devido a sua capacidade de
colonizar ambientes silvestres e antrópicos. Avaliar o potencial de emergência média diária
de adultos fêmeas de Ae. albopictus, é importantíssimo, mesmo que esta espécie não tenha
sido apontada como vetora de dengue no Brasil (Fernández & Forattini, 2003). Populações
do Ae. albopictus mostraram competência vetorial, em condições laboratoriais, para
transmissão dos quatro tipos virais da dengue, do vírus da febre amarela e da encefalite
(Gomes et al.1999). Acredita-se que o principal fator responsável pela rápida expansão
deste culicídeo pelo mundo tenha sido o comércio de pneus usados. Os ovos resistentes a
dessecação e até mesmo formas imaturas de Ae. albopictus devem ter sido transportados
passivamente, junto com pneus, as várias regiões do mundo (Forattini, 2002). Analisando a
velocidade com que o Ae. albopictus se espalhou pelo país, sugere-se que a sua introdução
tenha ocorrido em momento anterior a 1986, data de seu primeiro registro (Silva & Lopes,
2007). Estudar a sazonalidade do Ae. albopictus e a influencia de fatores ambientais em
criadouros, em área urbana protegida é formidável para que seja estudada a sua
capacidade vetorial também nesses lugares. Este tipo de pesquisa colabora para o
desenvolvimento na pesquisa em imunoparasitologia, contribuindo também para o
desenvolvimento na formação científica e para melhor conhecimento sobre a distribuição e
capacidade vetora, na atualidade, de Ae. albopictus no território nacional e internacional.
Conclusões
A publicação de um artigo referente à pesquisa realizada tornar-se-á fonte de consulta para
os estudantes das áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Humanas, e
outros. Além de proporcionar aos estudantes novas descobertas a prática da pesquisa abre
novos campos de trabalho e especialidades para os estudantes. É um tipo de atividade que
auxilia o aluno no desenvolvimento á pesquisa e ao conhecimento científico. Os registros
dos dados bibliográficos presentes neste estudo proporcionarão um melhor fundamento
teórico para possíveis atuações práticas que são frequentemente desenvolvidas nesta área
da pesquisa, abrindo cada vez mais o leque de informações, e neste caso a respeito desse
vetor (Ae. albopictus).
Referências
Albuquerque, C.M.R. et al.2000. Primeiro registro de Aedes albopictus em área de Mata
Atlântica, Recife, PE, Brasil. Rev. Saúde Pública, São Paulo.
Castro, M.G.; Nogueira, R.M.R.; Schatzmayr, H.G.; Miagostovich, M.P.; Lourenço-deOliveira, R. 2004. Dengue virus detection by using reverse transcription-polymerase
chain reaction in saliva and progeny of experimentally infected Aedes albopictus from
Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, 99: 809-814.
Fernández, Z. & Forattini, O.P. 2003. Sobrevivência de populações de Aedes albopictus:
idade fisiológica e história reprodutiva. Rev. Saúde Pública, São Paulo.
Forattini, O.P. 2002. Culicidologia médica, vol.2: Identificação, Biologia, Epidemiologia. SP.
Universidade de São Paulo.
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Gomes, A.C. et al. 1999. Aedes albopictus em área rural do Brasil e implicações na
transmissão de febre amarela silvestre. Rev. Saúde Pública, São Paulo.
Prophiro, J. S. 2008. Susceptibilidade de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e de Aedes
albopictus (Skuse, 1894) (Diptera: Culicidae) a organofosforado e atividade inseticida
de produtos de origem botânica. PR. Universidade Federal do Paraná.
Schatzmayr, H.G. 2000. Dengue situation in Brazil by year 2000. Mem Inst Oswaldo Cruz,
95(Supl 1): 179-181.
WHO. 2002. Dengue and dengue haemorrhagic fever. Disponível
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/ Acessado em 10/05/2008.
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