Em louvor de Viana e outros Poemas, un poemário portugalego Joel R. Gômez Formas de citación recomendadas 1 | Por referencia a esta publicación electrónica* Gômez, Joel R. (2011 [2000]). “Em louvor de Viana e outros Poemas, un poemário portugalego”. Agália: 63-64, 251-253. Reedición en poesiagalega.org. Arquivo de poéticas contemporáneas na cultura. <http://www.poesiagalega.org/arquivo/ficha/f/155>. 2 | Por referencia á publicación orixinal Gômez, Joel R. (2000). “Em louvor de Viana e outros Poemas, un poemário portugalego”. Agália: 63-64, 251-253. * Edición dispoñíbel desde o 25 de xaneiro de 2011 a partir dalgunha das tres vías seguintes: 1) arquivo facilitado polo autor/a ou editor/a, 2) documento existente en repositorios institucionais de acceso público, 3) copia dixitalizada polo equipo de poesiagalega.org coas autorizacións pertinentes cando así o demanda a lexislación sobre dereitos de autor. En relación coa primeira alternativa, podería haber diferenzas, xurdidas xa durante o proceso de edición orixinal, entre este texto en pdf e o realmente publicado no seu día. O GAAP e o equipo do proxecto agradecen a colaboración de autores e editores. © O copyright dos documentos publicados en poesiagalega.org pertence aos seus autores e/ou editores orixinais. recomendável: em primeiro lugar pola sua originalidade, ao combinar investigaçom e criaçom, algo nom precisamente habitual na Galiza; mas também por respeitar, sem exclusons, as diferentes opçons que convivem no país, algo que também nom é ainda norma, lamentavelmente; e por esse extraordinário repositório sobre as produçons de umha década, pois em nengum outro lugar se oferece um panorama tam exaustivo desse período. Joám M. Araújo Em louvor de Viana e outros Poemas, um poemário portugalego O Professor Amadeu Torres (Castro Gil), da Universidade do Minho e mais da Universidade Católica de Braga, bem conhecido polos seus estudos sobre Gramática e Literatura Portuguesa, oferece mais um poemário9, como amostra da actividade literária a que tem dedicaçom, com publicaçons desde o ano 1948. Este volume está integrado por três partes: “Em louvor de Viana”, em que inclui composiçons de homenagem à sequiscentenária urbe, datadas desde a década de 50 até o próprio 1999; “Outros Poemas”, por sua vez com duas epígrafes, umha sobre “Aldeias, costumes, tradições” e mais outra sobre “Os nossos poet- 9 TORRES, Amadeu, (1999), Em Louvor de Viana e outros Poemas, Braga, Edições Humanitas. 251 AGALIA, 63-64 as”; e finaliza com um “Apêndice Poético-Musical”, em que se incluem hinos da sua autoria e mais duas partituras. Conformase assim um livro de 187 páginas, que finaliza com a explicaçom justificativa de que “após as homenagens aos 50 anos literários do autor em 6 de Dezembro de 1998, tem um objectivo novíssimo que antes inexistia, qual o de agradecer a todos quantos as promoveram e nelas participaram”. Amadeu Torres partilha com Pablo Neruda que “Não há material antipoético se se trata das nossas realidades”, segundo assinala a “Explicação breve” (1999:13) que inicia este poemário. Isso previne o leitor sobre as primeiras composiçons, nas quais se encontram tradiçons, motivos populares, acontecimentos, comemoraçons, monumentos... que, com um excepcional telurismo, festejam poeticamente as terras de Viana do Minho. E o mesmo acontece com outros lugares nos textos que iniciam a segunda parte. Especial relevo tem a epígrafe “Os nossos poetas”, com dedicatórias a 35 literatos de diferentes épocas. Os nove últimos intitulam-se “Trovadores minhogalaicos”, “Eduardo Pondal”, “Rosalia de Castro”, “Ramom Cabanilhas”, “Paz Andrade”, “Iglésia Alvarinho”, “Carvalho Calero”, “Ernesto Guerra da Cal”, 252 “Da Cal— Retrato breve”, e “D. Jenaro Marinhas”. Som composiçons que se podem filiar na melhor tradiçom portugalaica, e nas quais se efectua um apelo ao entendimento entre as terras de ambas as margens do Minho. Assim, no dedicado a Pondal (1999:145) lemos: O teu clamor de bardo convidou A unir regiões que um idioma irmana: A terra da Galiza e a lusitana, Que um evento da história esconjurou. O de Rosalia finaliza (1999:147) com o verso “Tu, Rosalia, és bem o Alto Minho e a Galiza”. Ou ainda o intitulado “Carvalho Calero”, que principia (1999:155) com esta estrofe: Nascido no Ferrol como Guerra da Cal, Destino semelhante em guerra partilhaste. E por Galiza mátria, como ele, pugnaste Para dignificar comum torrão natal. Alguns dos poemas estám motivados por efeméride concretas, como o dedicado a Jenaro Marinhas, com ensejo dos seus 90 anos, em que afirma (1999:161), na última estrofe: Lançou sementes na Galiza irmã. Elas foram brotando. E o amanhã Pode ser o da real Lusofonia. Amadeu Torres é bem conhecido polo Reintegracionismo. A revista Agália viu-se honrada com a sua produção, e tem participado directamente em actos organizados pola Associaçom Galega da Língua e por outras entidades, como as Irmandades da Fala de Galiza e Portugal. Numha das últimas vezes respondeu ao convite da AGAL para intervir, em Vigo, na homenagem a Manuel Rodrigues Lapa. Deste modo, como o próprio Lapa, Teixeira de Pascoaes, Jacinto do Prado Coelho, Alberto Machado da Rosa, e outros, Amadeu Torres revela-se digno continuador dos defensores da ideia portugalega no Sul do Minho, que na Galiza tivo, e tem, correspondência. Joel R. Gômez Eça de Queirós: a escrita do mundo e O essencial sobre Eça de Queirós, de Carlos Reis No ano 2000 começou com força a celebraçom do Ano Queirosiano, que visa comemorar o centenário da morte de José Maria Eça de Queirós. Com tal ensejo sucedêrom-se em Portugal e no estrangeiro diferentes eventos, para além de ediçons comemorativas e difusom de novos materiais respeitantes a este produtor, que afiançam a inegável centralidade que ocupa dentro do Campo Literário Português. Entre as publicaçons merecem salientar-se as duas objecto da presente recensom, unidas polo facto de ser responsabilidade do Professor Doutor Carlos Reis, quem por sua vez ocupa um lugar central dentro do queirosianismo, ao ser o Presidente da Comissão Organizadora do Centenário (um 253