O Amor de Cristo nos uniu

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O Amor de Cristo nos uniu
Preparando a celebração do 5º Domingo da Pascoa
Criação: Pastoral Litúrgica
O Amor de Cristo nos uniu
Preparando a celebração do 5º Domingo da Pascoa
Eu sou feliz na comunidade
A comunidade de fé é o lugar mais genuíno no qual o Amor de Cristo tem o poder de agir e nos renovar:
“esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o
próprio Deus estará com eles” (segunda leitura). A comunidade nasce como ambiente no qual
narramos o Mistério de Cristo morto e ressuscitado (primeira leitura). Esse é o distintivo da
comunidade cristã. Ela surge no mundo como epifania do Amor de Cristo, como cumprimento de seu
mandamento: “Amai-vos uns aos outros” (Evangelho). Por isso, cabe bem a lembrança de que Deus
nos adota como Filhos e Filhas (oração do dia), porque o sucesso deste acontecimento tem suas raízes
em seu imenso amor por nós dado a conhecer plenamente em Jesus Cristo. Em sua humanidade Deus
foi glorificado para que assim suceda com toda carne que habita a terra.
Bendito seja Deus que nos reuniu
Muito acertada a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II que nos permitiu assim responder à
saudação apostólica no início da Missa: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. Isso indica
que, ao passo que Jesus se mostra como realização visível do Amor de Deus, nós a ele ligados pelo
Batismo e pelo dom do Espírito não podemos ser outra realidade senão concretização deste mesmo
amor. Ao celebramos a Eucaristia dizemos com palavras e gestos que a raiz deste amor é Deus e não
nós mesmos. E mais, a Liturgia opera em nós o enraizamento neste amor ao nos qualificar com os
atributos necessários daquele que ama; paciência, compaixão, ternura, bondade (Salmo Responsorial).
Sabemos que todos estes traços os podemos reconhecer em Cristo Jesus. Desta maneira, dialogando
com o Mistério, vamos tomando parte na sua divindade (Oração sobre as oferendas).
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Na comunidade de fé Deus nos renova
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Cada um de nós glorifica a Deus se fazemos a experiência de termos arraigados em nós a nova ordem,
o novo mandamento: Amar! E tal feito só será possível ao sermos banhados em Cristo porque essa
experiência nos torna novas criaturas, nascidas de novo, revigoradas e refeitas porque tudo o que era
velho passou para dar lugar ao novo que se configura em Cristo. Novo não porque seja novidade, mas
porque nEle todas as coisas são feitas novas (segunda leitura) nos levando a viver em um novo céu e
em uma nova terra, enfim uma nova vida que se torna realidade concreta aqui mesmo, entre nós,se
estivermos abertos a viver de fato essa experiência de Jesus. O cumprimento do mandamento do amor
se dá no seio da comunidade de Jesus. Aliás, esta é a marca que nos distingue como homens e mulheres
pertencentes a Ele. Não somos propriedade de ninguém. Não devemos fidelidade a qualquer
instituição humana que seja ou a qualquer pessoa que seja por mais amada e amável que possa se
tornar; nosso amor nasce de Deus e se orienta para o bem de todos, mas se cumpre aqui e agora na
comunidade de fé na qual me enraízo como discípulo e discípula. Os amores humanos não nos podem
dividir, mas fecundados pelo único amor razoável – o Amor de Deus que orienta nosso pensar, agir e
sentir – ganham força, dinamismo e beleza. Mais unem que desunem, mais fazem crescer do que
atrofiam, mais geram fraternidade do que divisões, mais libertam com que escravizam. Esta é a
herança que trazemos marcadas em nosso corpo de homens e mulheres novos. É esse amor sem
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limites e restrições que nos une e fortalece nossos laços de fé. Cremos no ressuscitado, nos tornamos
seus discípulos e queremos ser parecidos com Ele, especialmente na liberdade de amar.
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