protocolo de prevenção de quedas em crianças

Propaganda
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
SETOR DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E SEGURANÇA DO PACIENTE
UNIDADE DE GESTÃO DE RISCOS ASSISTENCIAIS
PROTOCOLO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS
EM CRIANÇAS
AUTORES
GERENTE DE RISCO HUWC- Mona Lisa Menezes Bruno
GRUPO DE TRABALHO PREVENÇÃO DE QUEDAS:
Renata Rocha da Costa- Enfermeira
Cecília de Nazaré Nunes Cirilo Fernandes- Fisioterapeuta
Samla Sena da Silva Souza-Enfermeira
Cheila Maria de Oliveira Lopes-Enfermeira
COLABORAÇÃO: Carlos Henrique Silva Soares-Residente de
Enfermagem Onco-Hematologia
OUTUBRO 2016
2
CONTEÚDO
1. APRESENTAÇÃO
2. DEFINIÇÃO
2.2 FATORES QUE PREDISPÕEM A QUEDA
3. OBJETIVOS
4. ABRANGÊNCIA
5. INTERVENÇÕES A SEREM REALIZADAS
5.1 AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO RISCO DE QUEDA
5.2 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE QUEDAS
5.2.1 Cuidados preventivos relacionados ao ambiente.
5.2.2 Cuidados preventivos relacionados a mobilidade
5.3.3 Cuidados preventivos relacionados à higiene e ao conforto
5.3.4 Cuidados preventivos relacionados ao repouso
6. MEDIDAS E AÇÕES DE PREVENÇÃO
6.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO GERAIS
6.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO ESPECÍFICAS
7. NOTIFICAÇÕES E AÇÕES NAS OCORRÊNCIAS DE QUEDAS
8. INDICADORES
9. ANEXOS
ANEXO A - FICHA DE AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA EM
AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA.
ANEXO B - FOLDER DE ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE
QUEDAS NO AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA
ANEXO C - TERMO DE ESCLARECIMENTO E CIÊNCIARISCO DE
QUEDA EM AMBIENTE HOSPITALAR
ANEXO D. FLUXO DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS CRIANÇA
10. REFERÊNCIAS
3
1. APRESENTAÇÃO
Quedas em hospitais são eventos de origem multifatorial, com
consequências negativas para pacientes e instituições. A identificação do risco de
quedas por meio de escalas de risco favorece o direcionamento dos cuidados de
enfermagem centrados no paciente ( MARTINEZ, 2016 ).
O risco de queda de pacientes está presente em hospitais, ambulatórios e
serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. De modo geral, a hospitalização
aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que não
lhes são familiares, muitas vezes são portadores de doenças que predispõem à
queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos terapêuticos, como
as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse risco (BRASIL,
2013).
As quedas em pacientes hospitalizados podem causar danos graves como
fraturas, hematomas intracranianos, sangramentos e até óbitos, gerando impactos
negativos como sequelas, medo, depressão e contribuem também para aumentar o
tempo de permanência hospitalar e os custos assistenciais, redução da
credibilidade na qualidade da assistência, gera ansiedade na equipe de saúde, além
de produzir repercussões na credibilidade da instituição e de ordem legal
(ANVISA, 2013).
As quedas em crianças são consideradas com elevada incidência para esse
grupo etário (DE SOUZA PEREIRA et al, 2012). A ocorrência de quedas em
pacientes pediátricos relacionam-se competências motoras, (in)capacidade avaliar
o risco, curiosidade inata, níveis crescentes de independência, comportamentos
desafiadores, utilização incorreta de equipamentos (BORDALO e CALDEIRA,
2016).
Estudo aponta que as quedas são comuns entre os meninos e decorreram
principalmente de pisos molhados, tropeços em equipamentos e em objetos
largados ao chão e que a maior parte dos eventos ocorre na presença dos país
(POLL, et al 2014).
Considerando todas as repercussões decorrentes das quedas nos pacientes,
familiares, profissionais e serviços de saúde, faz-se necessário adotar-se medidas
para eliminá-las ou reduzi-las (BRASIL, 2013).
4
Conhecendo-se esses dados, garantir assistência segura e de qualidade para
os pacientes hospitalizados é uma das principais preocupações da equipe de saúde,
que vem se apropriando de estratégias e práticas para a melhoria das suas ações
de cuidado.
O Hospital Universitário Walter Cantídio vem realizando ações
importantes para garantir a segurança do paciente, entre elas a elaboração e
implementação do PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS NO
AMBIENTE HOSPITALAR lançado no ano de 2015. A prevenção de quedas
constitui uma das Metas Internacionais de Segurança do Paciente (JOINT
COMMISSION INTERNATIONAL, 2010). Nesse primeiro momento trabalhou-se a
prevenção da queda em pacientes adultos. Com o sucesso da prática e dando
continuidade ao planejamento das medidas preventivas foi efetuada a construção
de protocolo direcionado para o público infantil. Assim, procedeu a construção do
PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS NA PEDIATRIA.
A prevenção de quedas na pediatria tem suas especificidades. Para sua
realização, a Gerência de Riscos contou com a colaboração do Grupo de Trabalho
de Prevenção de Quedas e a parceria da equipe multiprofissional da Unidade de
Pediatria do HUWC. O referido protocolo consta da avaliação da criança para o
risco de queda na sua admissão, a orientação da mãe sobre os riscos e as medidas
preventivas, com a entrega de um folder. A ação de avaliação se repete
diariamente, assim como as orientações aos acompanhantes das crianças.
2. DEFINIÇÃO
Por definição entende-se queda como “o deslocamento não intencional do
corpo para um nível inferior à posição inicial por circunstâncias multifatoriais que
comprometem a estabilidade, resultando ou não em dano. Essas lesões podem
ocasionar limitações e incapacidades temporárias ou permanentes” (BRASIL,
2013).
Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando,
durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão.
5
A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos
(cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, vaso sanitário,
trocador de fraldas, bebê conforto, berço etc.)
A maior frequência das quedas ocorre onde há alta concentração de idosos,
crianças, pacientes de neurologia e em reabilitação.
2.2 FATORES QUE PREDISPÕE AS QUEDAS
Os fatores que predispõe a queda são múltiplos e incluem:
 Estado Mental – confusão, desorientação, depressão, deficiências cognitivas.
 Mobilidade – astenia, desequilíbrio, deficiências motoras.
 Fatores relacionados ao uso de medicamentos (interações, efeitos colaterais e
adversos) entre os quais os mais comuns estão os benzodiazepínicos,
antiarrítmicos, anti-histamínicos, anti-psicóticos, antidepressivos, digoxina,
diuréticos,
laxativos,
relaxantes
musculares,
vasodilatadores,
hipoglicemiantes orais e insulina.
 História de Queda – as quedas surgem em cerca de 16-52% dos doentes que
têm história.
 Necessidades fisiológicas (eliminação) – doentes incontinentes e que
necessitam de apoio.
 Idade – doentes com idades > 60-65 têm mais risco de queda. O risco aumenta
em doentes com idade superior a 80 anos ou inferior a 5 anos.
 Número insuficiente de recursos humanos, materiais e de equipamentos
 Infraestrutura inadequada: Falta barras de apoio na vertical e horizontal e de pisos
antiderrapantes nos banheiros; uso de materiais improvisados; trajeto obstruído;
ausência de rampas; elevadores em manutenção.
3. OBJETIVOS
 Reduzir a ocorrência da queda de pacientes nos pontos de assistência.
 Implementar medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente.
 Padronizar o cuidado multiprofissional e proporcionar um ambiente seguro.
 Educação do paciente e de seus familiares em relação a segurança do paciente.
6
4. ABRANGÊNCIA
As recomendações deste protocolo aplicam-se a todos os pacientes pediátricos
assistidos no Hospital Universitário Walter Cantídio - HUWC, e abrangem todo o período
de permanência do paciente em todos os ambientes do hospital.
5. INTERVENÇÕES A SEREM REALIZADAS
5.1 AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO RISCO DE QUEDA
A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão da criança
em qualquer uma das unidades de internação, conforme o ANEXO A - FICHA DE
AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA EM AMBIENTE HOSPITALARCRIANÇA. Esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta da criança. A ficha
tem periodicidade mensal, por isso uma nova via deve ser aberta ao final de cada mês.
Todos as crianças são avaliadas para risco de queda pelo enfermeiro, diariamente,
a partir da admissão até o momento da alta. O impresso para avaliação de risco é
preenchido individualmente por criança. É considerada existência de risco de queda se
for identificado um ou mais fatores de risco. Após avaliação, se detectado risco de queda,
o enfermeiro realiza o diagnóstico de enfermagem, implementa as medidas preventivas
padronizadas e outras de caráter individualizado.
Neste momento, deve-se também avaliar a presença de fatores que podem
contribuir para o agravamento do dano em caso de queda que, de acordo com Ministério
da Saúde, BRASIL (2013), compreendem:
a) História pregressa de quedas;
b) Crianças < 5 anos;
c) Alteração do equilíbrio corporal, da marcha, fraqueza muscular de membros inferiores,
uso de próteses, andadores, muletas, bengalas, curativos e/ou bandagens nos pés, uso de
cadeira de rodas. Tontura. Amputação. Paresias, Plegias;
d) Osteoartrites, doenças musculares degenerativas;
e) Distúrbios neurológicos (crise convulsiva, epilepsia, AVC prévio, Parkinson etc);
f) Uso de drogas que atuam sobre o sistema nervoso central (álcool,
ansiolíticos,
antidepressivos,
benzodiazepínicos,
hipnóticos,
tranquilizantes);
g) Uso de anti-hipertensivos, beta bloqueadores, antiarrítmicos;
narcóticos/opiáceos,
7
h) Diabético, Uso de hipoglicemiantes;
i) Uso de diuréticos (urgência urinária), Incontinência urinária;
j) Uso de laxantes (urgência intestinal), Incontinência fecal, Diarréia;
k) Caquexia ou Obesidade severa;
l) Comprometimento sensorial (visão, audição, tato);
m) Anemia, Plaquetopenia;
n) Dor intensa;
o) Dieta zero;
p) Hipotensão
5.2 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE QUEDAS
5.2.1 Cuidados preventivos relacionados ao ambiente.
 Acomodar as crianças com risco elevado para queda mais próximos do posto de
enfermagem;
 Manter a unidade do cliente limpa e organizada, sem acúmulo de materiais e
equipamentos desnecessários;
 Manter o trajeto no quarto/enfermaria livre.
5.2.2 Cuidados preventivos relacionados a mobilidade
 Orientar a criança a levantar devagar, sentar no leito e apoiar os pés sobre a escada ou
no chão, para depois sair da cama;
 Auxiliar a criança com risco para queda durante a deambulação, quando indicado;
 Oferecer suporte de soro com rodas;
 Checar o bom funcionamento/integridade da maca, cadeira de rodas ou do outro meio
de locomoção, antes de transportar o cliente;
 Transportar a criança na cadeira de rodas com cinto de segurança e na maca com as
grades elevadas.
5.2.3 Cuidados preventivos relacionados à higiene e ao conforto
 Orientar a criança (quando possível) a utilizarem chinelos antiderrapantes durante o
banho de aspersão, com ou sem auxílio da enfermagem;
8
 Acomodar a criança com necessidades especiais, no que se referem às eliminações,
próximos ao banheiro;
 Auxiliar ou dar banho de aspersão na cadeira de rodas a criança com risco elevado
para queda, desde que não haja indicação de banho no leito;
5.2.4 Cuidados preventivos relacionados ao repouso
 Assegurar que as camas permaneçam em posição mais baixa, com as rodas travadas
e as grades elevadas;
 Manter as laterais do berço aquecido travadas;
 Acomodar crianças com idade ≤ 36 meses em berços com as grades elevadas na altura
máxima;
 Orientar a mãe ou o cuidador para não dormir com a criança no colo.
6. MEDIDAS E AÇÕES DE PREVENÇÃO
6.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO GERAIS
Os serviços de saúde deverão adotar medidas universais para a prevenção de
quedas de todos os pacientes, independente do risco. Essas medidas incluem a criação de
um ambiente de cuidado seguro conforme legislação vigente – por exemplo: pisos
antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de entulho –, o uso
de vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos pacientes. No caso de
crianças os cuidados e atenção devem ser redobrados.
Para os pacientes pediátricos, deve-se observar a adequação das acomodações e
do mobiliário à faixa etária. A utilização de estratégias de educação das crianças e
familiares, não só sobre o risco de queda e de dano por queda, como também sobre como
prevenir sua ocorrência é fundamental.
Deve-se avaliar a Necessidade de Acompanhante: a rotina do serviço solicita que
TODAS as crianças permaneçam acompanhadas durante o período de internação.
Entrega do ANEXO B - FOLDER DE ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO
DE QUEDAS NO AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA
Assinatura do ANEXO C - TERMO DE ESCLARECIMENTO E CIÊNCIA:
RISCO DE QUEDA EM AMBIENTE HOSPITALAR.
9
6.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO ESPECÍFICAS
a). Classificar grau de risco de queda e sinalização visual do risco:
Identificação da criança com o risco de queda após avaliação e determinação do
grau do risco de quedas, uma SINALIZAÇÃO VISUAL deve ser afixada em cada leito
para as crianças com ALTO RISCO DE QUEDA.
b). Adotar medidas conforme orientações:
Idade
Acomodação (adequar o leito para acomodação, conforme a idade e o estado clínico)

≤ 36 meses (3 anos): devem ser acomodadas em berços, com grades elevadas
na altura máxima. Se os pais recusarem, estes devem assinar o “Termo de
recusa de tratamento”. A exceção seriam crianças sem mobilidade. Estas
poderão ser acomodadas em cama de acordo com a avaliação do profissional
responsável.

> 36 meses: devem ser acomodadas em cama com as grades elevadas.
Transporte (adequar o dispositivo de transporte, conforme a idade e o estado clínico)

≤ 6 meses: devem ser transportadas no colo do responsável (ou acompanhante
e na ausência destes pelo profissional de enfermagem) e este em cadeira de
rodas.
Diagnóstico

> 6 meses ≤ 36 meses: o Em maca acompanhada do responsável (ou
acompanhante e na ausência destes pelo profissional de enfermagem) quando
for submetida a procedimentos com anestesia/sedação.

Em cadeira de rodas no colo do responsável (ou acompanhante e na ausência
destes pelo profissional de enfermagem).

> 36 meses: em maca ou em cadeira de rodas no colo do responsável (na
ausência deste pelo profissional de enfermagem), dependendo da avaliação do
profissional responsável.

Orientar o responsável sobre a influência do diagnóstico no aumento do risco
de queda.

Avaliar periodicamente pacientes com diagnósticos associados ao aumento do
risco de queda.

Orientar responsável para que a criança somente levante do leito
acompanhada por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de
acompanhante, de acordo com a idade e com as condições clínicas.

Avaliar se há condição de deambulação do paciente diariamente; registrar e
informar para o responsável se o mesmo está liberado ou não para deambular.

A criança deve estar sempre acompanhada na deambulação (no quarto, no
banheiro e no corredor) pelo responsável (na ausência deste pelo profissional
de enfermagem).

Avaliar a necessidade de utilizar protetor de grades para fechar as aberturas
entre elas.

Orientar o responsável a levantar a criança do leito progressivamente (elevar
a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 a 10
minutos, antes de sair da cama), de acordo com a idade da criança e/ou
condições clínicas, avaliadas pelo profissional responsável.

Avaliar risco psicológico ou psiquiátrico sempre que necessário.
10
Fatores Cognitivos

Orientar responsável sobre o risco de queda relacionado ao “comportamento
de risco” de acordo com a faixa etária da criança.
História Pregressa/ Atividade

Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível. Não levantar
do leito sozinho quando há história de queda pregressa com dano grave
Cirurgia/ Sedação/ Anestesia

Informar o paciente e/ou familiar/responsável sobre o risco de queda
relacionado ao efeito do sedativo e/ou anestésico.

Orientar o paciente e/ou familiar/responsável a levantar progressivamente
(elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5
a 10 minutos, antes de sair da cama.

Sair do leito acompanhado pela enfermagem.

Se o paciente estiver em cama, permanecer com as grades elevadas e rodas
travadas (pré-cirúrgico e pós operatório imediato).

O jejum por longo período deve ser levado em consideração, por exemplo,
logo ao acordar ou em pré e pós-operatório;

Atentar para as classes medicamentosas que alterem a mobilidade e equilíbrio
(de acordo com a avaliação clínica da enfermagem).

Realizar reconciliação medicamentosa, cuidadosa, na admissão.

Orientar paciente e/ou familiar/acompanhante quando houver mudança na
prescrição de medicamentos associados ao risco de queda.

Não levantar do leito sozinho.

Orientar, na hora da medicação, o paciente e/ou familiar/acompanhante
quanto aos efeitos colaterais e interações medicamentosas, que podem
potencializar sintomas, tais como: vertigens, tonturas, sonolência, hipotensão,
hipoglicemia, alteração dos reflexos.

O profissional responsável pode solicitar a avaliação do farmacêutico clínico
quanto ao uso dos medicamentos e ao risco de queda.
Medicações
ADAPTADO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE 2013
c). Orientações acompanhante:
 Não deixar a criança sozinha em lugares altos
 A criança não deve permanecer sem acompanhante
 Cuidado ao segurar o bebê, a maior parte das quedas em menores de ano são quedas
do colo!
 Assegure-se de que o chão está seco e livre de obstáculos
 Conheça os efeitos dos medicamentos que a criança toma
 Toda saída do leito deve ser orientada pela enfermagem ou com acompanhamento de
membro da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante;
 Exercícios de marcha devem ser realizados apenas com acompanhamento do
fisioterapeuta;
11
 Manter grades de cama elevadas durante todo o período. Utilize as grades de
proteção ao lado dos berços e camas.
 Escadas não são lugares para brincar
 Informar à enfermagem o período em que a criança permanecerá sem acompanhante.
d). Orientações da equipe multiprofissional:
 Agendamento dos cuidados de higiene pessoal/ troca de fraldas frequentes/
programar horários regulares para levar o paciente ao banheiro.
 Revisão periódica da medicação. Orientar sobre efeitos colaterais de medicações
uso que aumentam o risco queda.
 Atenção aos calçados utilizados pelas crianças.
 Acomodar os clientes com risco elevado para queda mais próximos do posto de
enfermagem;
 Assegurar que as camas permaneçam em posição mais baixa, com as rodas
travadas e as grades elevadas;
 Supervisão periódica para avaliação do conforto e segurança do paciente.
 Avaliar nível de dependência após instalação de dispositivos ou equipamentos.
 Manter a grade (distal do profissional) elevada no momento de mobilizações no
leito
 PIT STOP (horário de comunicação da equipe multiprofissional para repassar os
casos, as intercorrências, as mudanças de classificações etc. Este encontro deve
ser definido conforme rotina da unidade, preferencialmente deve ocorrer todos os
dias).
7. NOTIFICAÇÕES E AÇÕES NAS OCORRÊNCIAS DE QUEDAS
Na ocorrência de quedas medidas gerias devem ser tomadas:
1-No caso de ocorrer queda, colocar criança no leito, comunicar ao enfermeiro de
plantão para avaliação e exame físico
ATENÇÃO: O mais importante após a queda é observar a criança. Examine-a com
cuidado, veja se não tem nenhum sinal de fratura ou algum lugar na cabeça que está
mais inchado. É normal que a criança chore após a queda, porém se apresentar alguns
sintomas considerados “sinais de alarme”, deve ser avaliado por um médico. Logo
após a queda, pode-se colocar gelo no local da batida, para que diminua o inchaço. Se
houver algum corte, comprima com um pano limpo.
12
2- Solicitar avaliação médica
3- Registrar no prontuário as informações de ocorrência de queda e a conduta médica.
4- Observar a situação e circunstâncias que contribuíram para a ocorrência da queda e
registrar:
- Queda Envolvendo
Berço; Cama; Cadeira; Maca; Banheiro; Equipamento; Escada; Transporte;
Apoiado por outro indivíduo. Outros.
- Tipo de Queda
Tropeçar; Escorregar; Desmaio; Perda de Equilíbrio; Outros.
5-Notificação à Gerência de Risco (VIGIHOSP) - Anotar nº da Notificação
8. INDICADORES
 Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada na admissão.
 Número de quedas com dano.
 Número de quedas sem danos.
 Índice de quedas [(nº de eventos / nº de paciente-dia)*1000]: este indicador pode ser
monitorado utilizando um diagrama de controle, visando não só construir a série
histórica do evento, como também auxiliar a estabelecer metas e parâmetros de
avaliação.
9. ANEXOS
ANEXO A - FICHA DE AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA EM
AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA.
ANEXO B - FOLDER DE ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS
NO AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA
ANEXO C - TERMO DE ESCLARECIMENTO E CIÊNCIARISCO DE QUEDA
EM AMBIENTE HOSPITALAR
ANEXO D. FLUXO DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS CRIANÇA
13
ANEXO A - FICHA DE AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA EM
AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA.
14
15
ANEXO B - FOLDER DE ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS
NO AMBIENTE HOSPITALAR- CRIANÇA
16
ANEXO C - TERMO DE ESCLARECIMENTO E CIÊNCIARISCO DE QUEDA
EM AMBIENTE HOSPITALAR
17
ANEXO D. FLUXO DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS CRIANÇA
18
11.
REFERÊNCIAS
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Protocolo Prevenção de
Quedas, Anexo 01:12; 2013 [acesso em 09 JUN 2016]. Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/prevenca
o-de-quedas.
BRASIL. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP). Brasília(DF); 2013 [acesso 17 JUL 2016]. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html.
BORDALO, I.; CALDEIRA, N. Implementação de um Programa de Gestão de Quedas
em Contexto Pediátrico. 2013.
DE SOUZA PEREIRA, Aline et al. Determinação de fatores de risco para a queda infantil
a partir do modelo Calgary de avaliação familiar-doi: 10.5020/18061230.2010. p101.
Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 23, n. 2, p. 101-108, 2012.
JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. Metas Internacionais de Segurança do
Paciente. In: Padrões de Acreditação da Joint Commission International para
hospitais. Rio de Janeiro, Consórcio Brasileiro de Acreditação, 2010. p., 31-36.
MARTINEZ, Maria Carmen et al. Avaliação do risco de quedas em pacientes internados:
por que realizar e como conduzir?. Revista Acreditação, v. 6, n. 11, p. 136-145, 2016.
POLL, Márcia Adriana et al. Quedas em crianças e adolescentes: prevenindo agravos
através da educação em saúde. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 3, p. 589-598,
2014.
Download