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ORGANIZAÇÃO ASSISTENCIAL
ORGANIZAÇÃO
ASSISTENCIAL
Melhores práticas entre as instituições Anahp
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ana
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ana
associação nacional
de hospitais privados
associação nacional
de hospitais privados
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ORGANIZAÇÃO ASSISTENCIAL
Resultados da Implantação do
Protocolo Institucional de Queda
Instituição:
Hospital Vera Cruz (SP)
Autores:
Francisleine Franck dos Santos
Silvia M. Bueno
EIXO:
Modelos de organização do trabalho
RESUMO
Visando a segurança do paciente e as reduções das quedas na instituição, o Hospital Vera Cruz implantou o protocolo de queda. As ações propostas foram a implantação e gerenciamento do protocolo, visando à segurança da
assistência prestada. As etapas foram: elaboração do protocolo de queda na instituição, avaliação do risco através
da escala de Morse no sistema informatizado de gestão, treinamento das equipes multidisciplinares, aquisição de
placas para identificação do risco, auditorias mensais, análises das quedas (ishikawa), elaboração de planos de
ação e PDCA, orientação sobre as medidas de prevenção de queda para pacientes e/ou familiares, e participação
do 3º dia de integração da enfermagem para divulgação do protocolo. Os resultados foram: redução do tempo
de avaliação de risco na admissão, melhoria das informações sobre as medidas de prevenção de queda, redução
das quedas, adesão de 82% do protocolo na instituição.
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ORGANIZAÇÃO ASSISTENCIAL
Introdução
A hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que não lhes são
familiares, muitas vezes são portadores de doenças que
predispõem à queda, além dos procedimentos terapêuticos e as múltiplas prescrições de medicamentos que
podem aumentar esse risco. A queda é um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial. Considera-se queda quando o paciente é
encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão.
A elaboração do protocolo foi visando a redução das
quedas e segurança do paciente. Para tanto, a instituição optou por utilizar a escala de Morse no adulto para
a avaliação do risco de queda. A escala de Morse é validada no Brasil e avalia os seguintes fatores: história de
queda anterior, presença de diagnóstico secundário, necessidade de auxílio na deambulação, presença de terapia intravenosa, marcha e estado mental. De acordo
com a pontuação, o paciente é classificado como: alto
risco, baixo risco ou sem risco para queda.
Já na avaliação pediátrica, foi realizado um estudo
com a escala de Humpty-Dumpty, porém, como ainda
não é validada no Brasil, optou-se por utilizar os fatores de risco para a classificação da criança: com risco
e sem risco para queda. A escala de avaliação do risco
de queda foi padroniza para o momento da admissão
do paciente e a cada 24h de acordo com a evolução
realizada pelo enfermeiro.
Objetivos
Realizar auditoria dos eventos de queda a fim de
mensurar possíveis causas e monitorar resultados
clínicos, custos, tempo de permanência e procedimentos atribuíveis ao evento;
Orientar e sensibilizar o acompanhante e/ou paciente (se possível) quanto à prevenção de quedas.
Metodologia
Trata-se de um estudo de caso de metodologia de cariz
qualitativo e quantitativo de uma unidade de análise. A
proposta foi analisar e investigar se as medidas aplicadas no protocolo de queda apresentaram melhorias na
assistência prestada. Trata-se de uma instituição privada
do interior do estado de São Paulo, composta por 154
leitos e com perfil geriátrico.
O leito do paciente é identificado com placas que indicam
o risco para a queda (alto ou baixo) e mensalmente são
realizadas auditorias que avaliam os seguintes marcadores:
O paciente possui risco para queda?
Foi realizada a avaliação de risco de queda na admissão e a cada 24h?
Pulseira do paciente está identificada com risco de
queda?
A família/paciente foi orientada pela enfermagem
em relação ao risco de queda?
Promover a segurança do paciente;
Identificar a população de risco, por meio da avaliação de risco em pacientes hospitalizados e ambulatoriais;
Prevenir e reduzir a ocorrência de queda na população geral hospitalizada;
Prevenir e reduzir a ocorrência do evento no grupo
de alto risco para queda;
A placa de identificação de risco estava sinalizada
corretamente?
Foi realizado prescrição de enfermagem para prevenção do risco?
Há evidência na assistência de que a prescrição de
enfermagem estava sendo seguida pelo técnico de
enfermagem?
A anotação de enfermagem mostra evidência do
protocolo?
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ORGANIZAÇÃO ASSISTENCIAL
Resultados
Os resultados são divulgados nas unidades de internação.
A coleta de dados dos eventos de queda ocorridos
no mês e os indicadores que avaliam o perfil do risco
dos pacientes são realizados em sistema de prontuário eletrônico da instituição. Este sistema fornece dados dos atendimentos de todos os pacientes. Para a
análise dos eventos, o diagrama de ishikawa e bow tie
são aplicados e as melhorias são implantadas pela definição de plano de ação e ciclo de melhoria de acordo
com o PDCA.
Para fortalecer a cultura de segurança, foram definidos
treinamentos institucionais sobre o protocolo de queda,
que acontecem uma vez por semestre, e inclusão no
processo de integração de enfermagem da instituição.
Os dados de quedas começaram a ser monitoradas no
ano de 2014 (anterior ao protocolo), apresentando um
total de 43 quedas na instituição em 2014; e no ano
de 2015 (após implantação do protocolo), observou-se
uma redução das quedas na instituição para 33 casos
no ano. Em 2015, 30% dos pacientes avaliados pela
Morse possuíam alto risco para queda, 39% baixo risco
e 31% não possuíam risco, mantendo o perfil no primeiro semestre de 2016. Em 2016, a instituição notificou 18
quedas, todas classificadas como sem dano. Com relação às auditorias, houve adesão de 82% no primeiro
semestre do ano.
% perfil dos pacientes avaliados segundo
a classificação morse nas unidades de
internação 1º Semestre 2016
número de quedas sem dano e com dano
unidades de internação - janeiro à maio de 2016
36
6
34
5
4
3
30
0
Jan
0
0
Fev
0
Mar
Quedas sem dano
0
0
Abr
Mai
Quedas com dano
Alto Risco
Baixo Risco
Sem Risco
adesão protocolo de queda nas unidades de
internação - 1º semestre
100%
82%
82%
85%
81%
80%
80%
84%
82%
60%
40%
20%
18%
20%
18%
19%
15%
16%
18%
0%
Jan
Fev
Mar
Adesão
170
Abr
Não adesão
Mai
Meta
Jun
Média Global
ORGANIZAÇÃO ASSISTENCIAL
Discussão
Nas análises das unidades, observou-se quedas frequentes no setor de Pediatria, que ocorriam por falta
de berço na unidade. Foi levantado o perfil da unidade, realizado a aquisição de 12 berços e implantada às
medidas de prevenção do protocolo. Os resultados demonstraram redução das quedas: de 9 casos em 2014
para 1 caso em 2015.
Em relação às auditorias: em maio de 2015 houve adesão total de 68%, com um tempo de 5 horas para realização da primeira avaliação de risco; em outubro de
2015, a adesão foi de 72% e 4 horas para a primeira
avaliação. Diante dos resultados, foi realizado um novo
treinamento institucional em dezembro de 2015. No
primeiro semestre de 2016 a adesão total ao protocolo
foi de 82% e uma média de tempo de 2 horas para a
realização da avaliação de risco.
Nas análises das quedas, percebeu-se que a maioria ocorria na madrugada, com a presença de acompanhante e o não acionamento da enfermagem para
auxílio. Com base nisso, foi implantada as orientações
sobre as medidas de prevenção para o paciente e
acompanhante.
Concluí-se que houve uma redução do tempo de avaliação de risco na admissão, melhoria das informações
sobre as medidas de prevenção, redução das quedas e
melhoria na adesão ao protocolo. A meta da instituição
é chegar à adesão de 90%, com um tempo para avaliação de 1 hora. Outro desafio é criar barreiras para identificar as possíveis subnotificações e análise dos custos.
HOSPITAL VERA CRUZ S/A
Av. Andrade Neves, 402 - 13013-900 – Campinas,SP - Telefone (19) 3734-3000
CNPJ 46.009.718/0001-40
TERMO DE ESCLARECIMENTO SOBRE RISCO DE QUEDA EM AMBIENTE HOSPITALAR PARA
PACIENTE ADULTO
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
Orientações Preventivas
Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias
multifatoriais, resultando ou não em dano. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas,
cadeira higiênica, poltrona, etc.) incluindo vaso sanitário.
Fatores que aumentam o risco de queda







Idosos maiores que 65 anos.
Pacientes internados sem a presença de acompanhantes.
Histórico de quedas anteriores.
Uso de medicamentos que provocam sonolência, tontura, baixa de pressão arterial, fraqueza muscular, vista embaçada entre
outros efeitos colaterais.
Ambiente totalmente escuro durante a noite, piso molhado, uso de calçados inadequados.
Dificuldade para andar e uso de bengalas, muletas, andadores ou cadeira de rodas.
Doenças psiquiátricas, confusão mental e agitação psicomotora.
Medidas para prevenir a Queda


Não deixar o paciente sozinho, comunicar a equipe de enfermagem ao se ausentar do quarto, mantendo as grades de
proteção da cama/maca elevadas e rodas travadas. Não deixar o ambiente totalmente escuro.
O paciente deve utilizar calçado antiderrapante na locomoção auxiliado por um acompanhante.
Na ocorrência de queda COMUNICAR IMEDIATAMENTE A EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA QUE O PACIENTE SEJA AVALIADO.
Eu,______________________________________________________________, CPF ____________________________________ na
qualidade de paciente/responsável, grau de parentesco __________________________________, declaro ter recebido as devidas
orientações em linguagem clara quanto às ações e procedimentos necessários à prevenção de quedas no ambiente hospitalar.
Campinas, ______ de ____________________ de __________.
________________________________________
Assinatura do Paciente Desacompanhado
_________________________________________
Nome e Assinatura do Acompanhante
Declaração Enfermagem
Declaro para os devidos fins, que esclareci o (a) paciente e/ou seu(ua) responsável, sobre riscos de quedas na presente internação.
Respondi a todas as perguntas formuladas pelo(a) paciente e/ou responsável e acredito ter sido compreendido.
Campinas, _______ de ___________________de _________.
____________________________________________________
Assinatura/nome legível enfermagem/ carimbo - COREN
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº36, de 25 de julho de 2013. Institui Ações para a Segurança do Paciente em Serviços de Saúde e dá outras Providências.
BRASIL. Ministério da Saúde; Anvisa; Fiocruz. Protocolo Integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, 2014.
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