Anticorpos

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MARÇO | 2016
Anticorpos
Como entender seu
funcionamento em nosso
organismo.
Anticorpos são produzidos pelo sistema
imunológico. São proteínas (imunoglobulinas) que
protegem as pessoas contra vírus, bactérias,
substâncias químicas e toxinas. Cada anticorpo
produzido reconhece uma estrutura específica de
uma célula ou partícula invasiva, chamada de
antígeno. Anticorpos se ligam aos antígenos,
criando
complexos
antígeno-anticorpo
(complexos imunes), que servem de sinal para sua
destruição pelo sistema imunológico.
A dosagem das imunoglobulinas é útil no estudo
diagnóstico das gamopatias monoclonais,
gamopatias policlonais, imunodeficiências
congênitas e adquiridas. Existem cinco classes
diferentes de imunoglobulinas:
Imunoglobulina M (IgM)
Este é o principal anticorpo de reação aguda. É o
primeiro que surge e predomina no início da
reação imunológica contra um determinado
patógeno (microrganismo causador da doença). A
IgM confere uma imunidade de resposta rápida,
porém, não muito efetiva e com uma duração
pequena (dias, semanas ou meses). Encontra-se
elevada na macroglobulinemia de Waldenstron,
doenças hepáticas e infecções crônicas. A IgM
pode estar reduzida na imunodeficiência
adquirida,
imunodeficiências
congênitas,
gestação, síndromes perdedoras de proteínas e
nas gamopatias monoclonais não IgM.
Imunoglobulina G (IgG)
É nosso principal anticorpo (cerca de ��% do
total de imunoglobulinas no nosso corpo são IgG).
Aparece em um estágio posterior ao da IgM e
confere uma imunidade mais efetiva e duradoura
(meses e anos – toda a vida para algumas
doenças). Pode estar elevada no mieloma IgG,
sarcoidose, doença hepática crônica, doenças
autoimunes e infecções. A IgG pode estar
diminuída na imunodeficiência adquirida,
imunodeficiências
congênitas,
gestação,
síndromes
perdedoras
de
proteínas,
macroglobulinemia de Waldenstron e nas
gamopatias monoclonais não IgG.
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A IgG é constituída de � subclasses: IgG�, IgG�,
IgG� e IgG�. Na regulação da resposta
imunológica contra antígenos proteicos, os
anticorpos produzidos são usualmente das
subclasses IgG� ou IgG�. Quando o estímulo
antigênico é feito por polissacarídeos, incluindo
cápsulas de bactérias, os anticorpos produzidos
são principalmente da subclasse IgG�. Baixas
concentrações, ou mesmo ausência de IgG� e
IgG�, estão associadas à infeccções recorrentes
das vias respiratórias, causadas principalmente
por pneumococos e hemófilos. Nos adultos, ��%
das imunoglobulinas da classe IgG são IgG�, ��%
IgG�, �% IgG� e �% IgG�.
Imunoglobulina E (IgE)
A IgE tem um papel central na patogênese das
reações de hipersensibilidade imediata devido a
sua capacidade de se ligar a receptores IgE
específicos de alta afinidade em mastócitos ou
basófilos. Indivíduos com concentrações séricas
de IgE acima do limite superior do intervalo de
referência, frequentemente, são portadores de
doença alérgica mediada por IgE, como rinite
alérgica, asma e dermatite atópica.
As concentrações séricas de IgE sao idade
dependente e altamente variáveis, sendo mais
altas nos indivíduos alérgicos do que nos não
alérgicos. As concentrações médias de IgE em
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Anticorpos: como entender seu funcionamento em nosso organismo
crianças saudáveis aumentam progressivamente
até � a �� anos de idade, declinando, então, a
partir da segunda até a oitava década de vida. Por
isso, a interpretação dos níveis de IgE total sempre
deve ser feita de acordo com valores de referência
específicos para cada faixa etária.
Devido a sobreposição dos níveis de IgE sérica
total entre indivíduos atópicos e não atópicos,
indivíduos com IgE total normal podem apresentar
IgE específico positivo e doença alérgica.
Os testes sanguíneos de alergia são a IgE total e
IgE específico para alérgenos isolados ou em
conjunto (múltiplos), sendo úteis para
complementar o diagnóstico clínico de alergia. Há
vários tipos diferentes de alergias, e as reações
alérgicas podem variar de irritações leves a
situações graves, com risco de morte.
Imunoglobulina A (IgA)
É o principal anticorpo presente em nossas
mucosas e secreções (boca, nariz, garganta,
pulmões, trato urinário e genital), conferindo uma
imunidade mais dirigida às bactérias. Está
relacionada à doença celíaca e funciona como
uma espécie de barreira nos locais em que está
presente, protegendo nosso organismo das
infecções. A deficiência seletiva de IgA é a
imunodeficiência primária mais comum. Níveis
elevados de IgA são encontrados nas gamopatias
monoclonais, doenças inflamatórias crônicas e na
vigência de infecção.
Imunoglobulina D (IgD)
É encontrada na superfície dos linfócitos,
provavelmente responsável por ser um receptor de
antígenos (funciona como um receptor de
informações para que os linfócitos possam
trabalhar).
Características importantes
Na primeira vez que alguém é exposto a um
agente infeccioso, como um vírus ou uma bactéria,
o sistema imunológico demora algum tempo para
reconhecer os antígenos envolvidos e produzir
anticorpos específicos em quantidade suficiente
para combater a infecção. A resposta inicial é
formada por anticorpos IgM, algum tempo depois
inicia-se a produção de anticorpos IgG. Na
próxima vez que nosso organismo for exposto ao
mesmo microrganismo, a resposta imunológica é
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mais intensa e eficaz, fornecendo proteção
principalmente por meio de anticorpos IgG.
A produção adequada de anticorpos depende
da capacidade do corpo de distinguir entre
substâncias próprias e estranhas. Normalmente, o
sistema imunológico de uma pessoa identifica e
ignora os antígenos que estão presentes no
próprio corpo. Às vezes, porém, identifica uma
parte do corpo da pessoa como estranha e produz
autoanticorpos contra ela, que provocam uma
reação inflamatória causando lesão dos tecidos
envolvidos. Uma resposta autoimune pode afetar
um único órgão (como a glândula tireóide) ou ser
sistêmica, atingindo vários tecidos ou órgãos.
Essas reações induzidas por autoanticorpos
causam os distúrbios ou doenças autoimunes.
Os exames de anticorpos são usados para:
Documentar a exposição a um agente
infeccioso;
Avaliar o nível de proteção (estado de
imunidade) contra um microrganismo
específico;
Diagnosticar um distúrbio autoimune;
Diagnosticar a razão de uma reação
transfusional ou da rejeição de um órgão
transplantado;
Diagnosticar uma alergia;
Monitorar a evolução de uma infecção ou de
um processo autoimune.
Os exames de anticorpos são individuais e
específicos para a doença envolvida. São pedidos
isoladamente ou em combinações, dependendo
dos sintomas do paciente ou das informações que
o médico quer obter.
Não há realmente uma concentração “normal” de
anticorpo, já que as pessoas os produzem em
quantidades diferentes. Pacientes com os
sistemas imunológicos comprometidos podem não
ser capazes de responder normalmente,
produzindo menos anticorpos ou respondendo
mais devagar à exposição antigênica. O
significado detalhado de um resultado de exame
de anticorpos depende dos sintomas do paciente
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Anticorpos: como entender seu funcionamento em nosso organismo
e das circunstâncias específicas que levaram à
realização do exame.
Quando se faz exame de imunoglobulinas na
verdade não se verifica a presença da doença ou
do microrganismo e sim a resposta imune do
corpo humano mediada por anticorpos, o que de
certa forma leva ao médico uma possível
conclusão diagnóstica.
Para mais informações e/ou esclarecimentos
favor contactar-nos pelo telefone (��) ����-����
ou pelo e-mail:
[email protected]
Dr. Guilherme Vaz de Mello
Biomédico
Departamento de Bioquímica
Referências:
Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (����). Mosby’s Diagnostic and
Laboratory Test Reference �th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO.
Milone, M. Updated (���� November ��, Updated). Antibody Titer.
MEDLINEplus Health Information [On-line information]. Available online
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/������.htm.
Michel, J. & Proust, J. Chapter ���. Aging and the Immune System. The Merck
Manual of Geriatrics [On-line information]. Available online at
http://www.merck.com/pubs/mm_geriatrics/sec��/ch���.htm
through
http://www.merck.com.
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The Merck Manual of Medical Information--Home Edition [On-line information].
Available
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http://www.merck.com/mrkshared/mmanual_home/sec��/���.jsp
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Pagana, Kathleen D. & Pagana, Timothy J. (© ����). Mosby’s Diagnostic and
Laboratory Test Reference �th Edition: Mosby, Inc., Saint Louis, MO.
(���� September). Understanding the Immune System, How it Works. National
Institute of Allergy and Infectious Diseases and the National Cancer Institute
[On-line
information].
PDF
available
for
download
at
http://www.niaid.nih.gov/publications/immune/the_immune_system.pdf through
http://www.niaid.nih.gov. Accessed on �/��/��.
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