55º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009 Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 112 Avaliação do exercício físico como protetor genotóxico em ratos diabéticos Garcia, MT1; Moritz, CEJ1; Barreto, RP1; Casali, EA1; Cardoso, VV1 Laboratório de Genotoxicidade e Toxicologia - Centro Universitário Metodista-IPA Palavras-chave: micronúcleos, exercício fisico, diabetes, estreptozotocina, efeito genotóxico. Diabetes Mellitus é definida como uma síndrome crônica caracterizada por hiperglicemia decorrente da deficiência na secreção e/ou na ação da insulina, sendo considerada um problema de saúde pública tanto de países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Já é bem conhecido que a melhora do controle glicêmico, por meio de modificações do estilo de vida e/ou tratamentos farmacológicos adequados comprovadamente reduzem o risco de complicações micro e macrovasculares. Intervenções que abordam simultaneamente os múltiplos fatores de risco apresentados pelo paciente diabético de fato parecem reduzir o risco de doença cardiovascular. Através de um tratamento intensivo da hiperglicemia, dislipidemia e hipertensão arterial associado à dieta, atividades físicas, uso de agentes antiplaquetários e cessação do tabagismo foi obtida redução das taxas de doença cardiovascular em aproximadamente 50%. A Streptozotocina (STZ) é um agente amplamente empregado para induzir diabetes experimental e tem habilidade de escolher um alvo seletivo, destruindo as células beta das ilhotas do pâncreas, cessando com a produção de insulina. Pesquisas anteriores mostraram que o STZ induz a aberrações cromossômicas e trocas nas cromátides irmãs em mamíferos e em células de insetos. Este agente também induz frequências significativas de micronúcleos (MN) em células da médula óssea de ratos e em linfócitos e eritrócitos de humanos. Os MN são porções de cromatina que permanecem próximas ao núcleo, resultantes de mitoses aberrantes após a ação de agentes genotóxicos. Dessa forma, sua ocorrência reflete o grau de exposição celular a carcinógenos. O presente projeto tem como objetivo avaliar o exercício físico como protetor (antimutagênico) do efeito genotóxico da STZ, em animais diabéticos treinados (com exercício) e diabéticos sedentários comparados com o grupo controle saudável (treinados e sedentários). Os ratos do grupo controle treinado e diabetes treinado, foram submetidos a um treinamento de natação, com carga de 2-10% em relação ao peso corporal acoplada ao tórax (aumento progressivo semanal, 2-5-10%), uma hora por dia, cinco dias na semana, num total de quatro semanas de treinamento, iniciando após a primeira semana da indução do diabetes. Os animais dos grupos sedentários foram colocados no recipiente por dois minutos ao dia para simular a manipulação dos grupos treinados. Ate o presente momento os animais diabéticos tanto sedentários quanto treinados apresentam um aumento significativo do número de micronúcleos em relação aos controles (sedentários e treinados). Os controles treinados apresentam um número de MN menor que os apresentados pelos animais sedentários. Os animais diabéticos sedentários apresentam um aumento no número de MN em relação aos animais diabéticos treinados. Podemos concluir que o exercicio parece ter uma efeito protetor na ação mutagênica da STZ, mais análises serão feitas em nosso laboratório para observar o efeito do exercicio físico nestes animais.