Nematóides Posição sistemática dos nematóides Reino Animalia Sub-reino Metazoa Filo Platyhelminthes Classe Trematoda Classe Cestoda Filo Nematoda Posição sistemática dos nematóides Reino Animalia Sub-reino Metazoa Filo Platyhelminthes 600 milhões de anos Classe Trematoda Classe Cestoda Filo Nematoda Características gerais dos nematóides • Vermes redondos • Fusiformes, simetria bilateral, não segmentados • Grande número de espécies (~500 mil) • Ampla variedade de nichos • Tamanho: < 1 milímetro - 1 metro • Crescem por ecdise • Pseudocelomados • Sistema digestório fêmea macho • Sistema reprodutor dióicos dimorfismo sexual • Sistema nervoso e excretor anus A parede corporal Constituída de 3 camadas: cutícula, hipoderme e musculatura CAMADAS Ânulos Sulcos Cutícula • Atua como exoesqueleto a. camada cortical externa b. camada cortical interna c. camada fibrilar da matriz d. camada homogênea da matriz e. camadas fibrosas f. membrana basal Hipoderme • Entre a cutícula e a musculatura, é responsável pela produção dos componentes da cutícula Musculatura • Fibrocélulas: alongadas, com citoplasma repleto de mitocôndrias e reservas, e a porção próxima à hipoderme rica em miofibrilas • Disposição longitudinal cutícula ânulos sulcos aletas laterais lâmina basal músculo sulcos ânulos Pseudoceloma • Preenchido por líquido, constitui um esqueleto hidrostático que auxilia a locomoção • Transporta nutrientes e O2* Morfologia geral dos nematóides Morfologia geral dos nematóides Sistema digestório Completo (cavidade bucal, esôfago, intestino e ânus) Cavidade bucal • Lábios • Pode conter lâminas ou dentes para perfurar tecidos do hospedeiro • Papilas sensoriais (anfídios) a. lábios; b. cavidade bucal; c. esôfago; d. estiletes; e. dentes quitinosos Cavidade bucal copyright © Dennis Kunkel Ancylostoma duodenale Toxocara canis Jo Le Lannic, Université de Rennes Caenorhabidtis elegans Esôfago • Tubo muscular • Sistema de válvulas (bomba peristáltica*) p. lábio q. alimento r. válvulas bulbares Tipos de esôfago Oxiuróide (com bulbo) Rabditóide (com pseudobulbo, istmo e bulbo) Filarióide (sem bulbo) Intestino • Tubo epitelial • Superfície da luz com microvilosidades (região anterior: secretora; região posterior: absortiva) • Válvulas na junção com o reto • Reto com revestimento cuticular; terminado pelo ânus Ânus em forma de fenda; mantido fechado por músculo depressor Nutrição Tipos de alimentação de nematóides com hábito de vida parasitário: 1. Microrganismos e material orgânico da luz intestinal do hospedeiro (Ascaris, Enterobius) 2. Com cápsula bucal para fixação na mucosa do tubo digestório do hospedeiro e peças bucais (estilete, dentes) para cortar dos tecidos do hospedeiro (Ancylostoma, Necator) 3. Sem cápsula bucal, mas que penetram na mucosa intestinal, realizam histólise e absorvem material liquefeito (Trichuris) 4. Outros tecidos do hospedeiro que não o intestino, alimentando-se por histólise (Wulchereria, Onchocerca, Strongyloides e larvas de Ascaris, Ancylostoma, Necator e Strongyloides*) Metabolismo Glicogênio: principal fonte de reserva de energia (hipoderme, células musculares, epitelio intestinal e dos órgão reprodutores) Lipídios: principal fonte de reserva das fases de vida livre Aeróbios facultativos: obtenção de O2 do sangue do hospedeiro; possuem oxi-hemoglobina Sistema nervoso • Anel nervoso situado ao redor do esôfago; composto por fibras e células glanglionares • Nervos longitudinais: em direção posterior e em direção anterior: inervação dos lábios e órgãos sensoriais (anfídios) • Órgãos sensoriais: - anfídios - deirídios copyright © Dennis Kunkel - fasmídios - papilas genitais (cloaca dos machos) Toxocara canis Sistema excretor • Glândulas excretoras • Dutos excretores • Poro excretor Poro excretor Sistema Reprodutor • Dentre as espécies parasitas, todas são dióicas • Reprodução pode ser sexuada ou por partenogênese fêmea macho macho fêmea Aparelho reprodutor masculino • 1 testículo; 1 vaso deferente • vesícula seminal (reserva) • espermatozóides amebóides e aflagelados • canal ejaculador controlado por um esfíncter • glândulas prostáticas (adesão) • espículos • papilas genitais Terminação do aparelho reprodutor masculino: A. Asas caudais B. Campânula (bolsa copulatória) Aparelho reprodutor feminino • 2 ovários; 1 oviduto • útero (espermatozóides e ovos) • vagina (muscular: oviejetores) • vulva ovo em postura Fecundação • • • • Espículos são introduzidos na vulva para mantê-la aberta A secreção das glândulas prostáticas e as asas ou bolsas copulatórias auxiliam a fixação da extremidade do macho sobre a vulva A extremidade do macho enrola-se ventralmente para auxiliar a fixação Os espermatpozóides são injetados e migram até o útero Ovos • Variação de forma e estrutura Trichuris • Necator Ascaris Três envoltórios: - Membrana interna (lipídica = impermeável a água) - Membrana quitinosa (quitina + proteínas) - opérculo - Membrana externa (proteica) - produzida pelo útero) Desenvolvimento A ecdise basal Ascaridiose • • Causador: Ascaris lumbricoides Popularmente conhecidos como lombrigas e bichas Morfologia • • • Vermes longos (fêmeas 30-40 cm*; machos 15-30 cm) Fêmeas com região posterior retilínea; machos com extremidade caudal espiralada Cutícula lisa brilhante com estriações anulares • Boca com 3 lábios providos de anfídios • Fêmeas: 200.000 ovos/dia Prevalência da ascaridiose no mundo 20 mil óbitos/ano Habitat e comportamento • Infecções intensas: todo o intestino delgado pode estar ocupado por vermes • Consumo de material parcialmente digerido da luz intestinal (possuem enzimas para a digestão de lipídeos, proteínas e carboidratos) • Atividade contra o peristaltismo, podendo ocorrer eliminação pela boca ou narinas http://www.youtube.com/watch?v=5Bq7C6Hh9SI&feat ure=related Reprodução e Ciclo de Vida • Os espermatozóides acumulam-se no útero e ovidutos, onde os ovos são fertilizados (ovos férteis 60 x 45 mm) • Os ovos férteis contêm a célula germinativa e uma casca grossa (a mais interna impermeável à água; a média é espessa com substância quitinosa associada a proteína; a mais externa é produzida pela parede uterina) • O embrionamento ocorre no meio exterior e depende de O2 ovo fértil ovo embrionado ovo infértil Ciclo de Vida Patologia e Sintomatologia • Sintomas em 1 a cada 6 indivíduos Fase de infecção das larvas Síndrome de Loeffler, febre, tosse, eosinofilia e quadro radiológico com manchas isoladas ou confluentes nos campos pulmonares Patologia e Sintomatologia Infecção intestinal Geralmente assintomática, podendo ocorrer cólicas, dor epigástrica, náuseas, perda de apetite, perda de peso, coceira no nariz, irritabilidade, sono intranquilo, ranger de dentes a noite Mais raramente: manifestações alérgicas, obstrução intestinal, apendicite, abscesso hepático, pancreatite aguda, otites Diagnóstico Laboratorial • Exame de fezes (ovos) < 5.000 ovos/g de fezes = leve 5.000 – 10.000 ovos/g de fezes = regular > 10.000 ovos/g de fezes = pesada • Métodos imunológicos Tratamento Albendazol 400mg (dose única) Mebendazol 100mg 2x/dia (3 dias) Levamisol: 150mg dose única (adultos); 80mg (crianças acima de 8 anos); 40 mg (crianças abaixo de 8 anos) Em caso de obstrução intestinal: piperazina, 100mg/kg/dia + óleo mineral 40-60ml/dia + antiespasmódicos + hidratação SURGICAL INFECTIONS Volume 11, Number 2, 2009 Controle Educação sanitária • • • uso de instalações sanitárias lavar as mãos antes das refeições lavar alimentos antes do consumo Estrongiloidíase • • • Causador: Strongiloides stercoralis Reservatório: o homem Via de penetração: cutânea A. B. C. D. E. F. Fêmea de vida livre Macho de vida livre Ovo embrionado Larva L1 (rabditóide) Larva L2 (filarióide)* Fêmea parasita (partenogenética) Prevalência da estrongiloidíase no mundo Epidemiologia • Predominante em regiões tropicais e subtropicais • No Brasil, os estados que frequentemente diagnosticam Minas Gerais, Amapá, Rondônia e Goiás • Homem é reservatório • Hábito de defecar no chão (principalmente em solos de condições favoráveis: poroso, rico em matéria orgânica, em regiões quentes e úmidas) Ciclo de Vida O parasito (1a) apresenta dois ciclos possíveis: 1. Ciclo fêmeas direto: as parasitas são partenogenéticas; as larvas rabditóides (1b) eliminadas com as fezes transformam-se em larvas filarióides (1c) no meio exterior, capazes de infectar diretamente outros indivíduos 2. Ciclo indireto: larvas rabditóides (2a) formam machos e fêmeas (2b) no solo, estes copulam e produzem ovos (3-4); que eclodem produzindo larvas L1 (5) que passam a L2 (6) Larvas L2: infectantes para aqueles que andam descalços ou colocam alguma região cutânea em contato com o solo* • • • Após a penetração cutânea, as larvas alcançam a circulação venosa e, após cerca de 24h, fazem o ciclo pulmonar Em sequência, descem pelo tubo digestório até o intestino Tipos de infecção: - Heteroinfecção - Auto-infecção (externa ou interna) Patologia e Sintomatologia • Lesões cutâneas: placas ou pontos avermelhados no local da penetração Assintomática • Lesões pulmonares: hemorragias pontuais ou disseminadas na passagem dos capilares para os alvéolos; lesões inflamatórias (pode ocorrer Síndrome de Löeffler) Agravo: retenção das larvas que podem realizar mudas chegando a fêmeas partenogenéticas, as quais podem realizar postura de ovos Tosse, expectoração, febre, falta de ar • Lesões intestinais: lesões mecânicas e histolíticas levam a um quadro de inflamação; pontos hemorrágicos e ulcerativos; congestão e edema (duodenojejunite catarral); aumento de peristaltismo (diarréia); atrofia da mucosa (estrongiloidose crônica); lesões necróticas; agravo por microrganismos Diarréia, constipação, dores abdominais, dor pela ingestão de alimentos, perda de apetite, náuseas, vômitos, anemia, perda de peso, astenia, desidratação, irritabilidade, depressão Eosinofilia: 15-40% Complicações Imunocomprometidos Pacientes em tratamento com corticóides Diagnóstico Clínico: impreciso Laboratorial: exame de fezes, coprocultura, extração de larvas, testes imunológicos (imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta, ELISA*) Tratamento Ivermectina: dose única de acordo com o peso corporal Albendazol: 400 mg/dia por 3 dias Tiabendazol: 25mg/kg/dia (5-7 dias); 10 mg/dia (30 dias); 50mg/kg, dose única Cambendazol: 5mg/kg, dose única Enterobiose • Causador: Enterobius vermicularis • Popularmente conhecido como oxiúro • Verminose mais comum dos países desenvolvidos Morfologia Fêmeas (1 cm) maiores que os machos (3-5 mm) • • Vermes adultos vivem na região cecal de humanos, aderidos a mucosa ou na luz intestinal (saprófitas) Na região perianal, as fêmeas ovipositam • Ovos característicos: 50-60 µm de comprimento x 20-30 µm de largura; mais achatados de um lado; dupla casca; contêm uma larva L2 já formada por ocasião da postura (os ovos só se tornam infectantes após contato com o O2 no períneo ou no meio ambiente) • Os ovos são ingeridos, as larvas L2 eclodem e se desenvolvem até adultos (não há ciclo pulmonar) Patologia e sintomatologia • • Geralmente assintomática; pode ocorrer inflamação catarral Prurido anal, margem do ânus congestionada e avermelhada com presença de muco (muitas vezes com sangue) • • Irritabilidade, insônia Colite crônica (infecções maciças) Diagnóstico Clínico: ocorrência de prurido anal, irritação da região anal Laboratorial: teste de fita Scotch Tratamento • • • Pamoato de pirvínio 10 mg/kg de peso corporal dose única Mebendazol 100 mg 2x/dia por 3 dias Albendazol 10mg/kg de peso corporal dose única (até 400 mg) Profilaxia • Educação sanitária: banhos diários, lavar as mãos, trocar diariamente as roupas íntimas, trocar roupas de cama, higienização das roupas Tricurose • • • Causador: Trichuris trichiura Conhecido como tricocéfalo ~ 500 milhões de casos no mundo Prevalência da tricurose no mundo Morfologia • • • Tamanho: 3-5 cm Região anterior delgada mais longa que a posterior (verme “chicote”) Boca provida de um estilete; esôfago (esticossomo) não é musculoso • Habitat: ceco do intestino humano (histólise) Gastroenterology Clinics of North America Volume 25, Issue 3, 1 September 1996, Pages 579-597 • Machos com espículo • Fêmeas: 3.000-7.000 ovos por dia Pólos salientes 50-55 mm comprimento 22-23 mm largura Gastroenterology Clinics of North America Volume 25, Issue 3, 1 September 1996, Pages 579-597 Ovos embrionado são ingeridos Clivagem avançada Ciclo de Vida Larva eclode no intestino delgado Estágio de 2 células Ovos não embrionados liberados com as fezes Adultos no ceco Patologia e sintomatologia • Irritação mínima à mucosa intestinal, podendo ocorrer irritação ao nível das terminações nervosas (alterando peristaltismo, reabsorção de líquidos) ou hipersensibilidade aos metabolitos do verme • Diarréia, dor abdominal, eosinofilia, nervosismo, insônia, perda de apetite e perda de peso • Infecções maciças podem levar à intensa irritação, podendo ocorrer o prolapso do reto Diagnóstico Laboratorial: exame de fezes < 5.000 ovos/g de fezes = intensidade leve 5.000-10.000 ovos/g de fezes = intensidade média > 10.000 ovos/g de fezes = intensidade pesada Tratamento Albendazol até 400mg dose única Mebendazol 100mg 2x/dia por 3 dias Controle Educação sanitária • • • uso de instalações sanitárias lavar as mãos antes das refeições lavar alimentos antes do consumo Ancilostomose • Causadores: Necator americanus e Ancylostoma duodenale • Reservatório: o homem • No Brasil: conhecida como amarelão ou doença do Jeca Tatu Prevalência da ancilostomose no mundo • Vermes pequenos (1 cm) e redondos; coloração branca • Cápsula bucal característica: expansão globular e dentes ou lâminas Ancylostoma duodenale Necator americanus • Machos: presença de bolsa copulatória Ciclo de Vida Larva filarióide penetra a pele Larva filarióide Larva rabditóide eclode Adultos no intestino delgado Ovos nas fezes Larva filarióide penetra a pele Larva filarióide bainha de proteção Larva rabditóide eclode Adultos no intestino delgado Ovos nas fezes Patologia 1. Invasão cutânea: geralmente assintomática, exceto quando o número de vermes infectantes é muito alto ou quando ocorre hipersensibilidade por infecções sucessivas. 2. Migração pulmonar: em geral assintomática, podendo ocorrer complicações tais como hemorragias pontuais ou disseminadas na passagem dos capilares para os alvéolos; lesões inflamatórias (pode ocorrer Síndrome de Löeffler). Patologia 3. Parasitismo intestinal: • lesões na mucosa intestinal ocasionadas pela dilaceração da mucosas (dentes e lâminas); aspiração de sangue e do material necrosado e parcialmente digerido (ação de secreções do helminto) Patologia O parasitismo intestinal leva a uma espoliação sanguínea N. americanus: 0,03-0,06 mL de sangue/dia/verme A. duodenale: 0,15-0,30 mL de sangue/dia/verme 100-1.000 vermes: até 30mL/dia (15 mg de ferro) Consequências: anemia, hipoproteinemia, hiperplasia eritrocítica, dilatação do coração, lesões hepáticas e renais Sintomatologia 1. Forma aguda • Prurido durante a invasão da pele pelas larvas; • Tosse; • Eosinofilia (30-60%) • Anorexia, náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, febre, cansaço e perda de peso • Infecções maciças em indivíduos subnutridos: quadro de úlcera duodenal ou apendicite; anemia grave com dilatação cardíaca e óbito Sintomatologia 2. Forma crônica • anemia, palidez, cansaço, desânimo, fraqueza, tonturas, cefaléia, dores musculares, zumbido no ouvido, visualização de manchas • anemia crônica: palpitações, falta de ar e insuficiência cardíaca • em crianças: desenvolvimento é comprometido, ocorre dificuldade de atenção e apatia Diagnóstico • ovos detectados por exame de fezes 35-40 ovos/g de fezes = 1 fêmea (=50% da população do verme no intestino) < 50 vermes: infecção benigna 50-200 vermes: infecção moderada (já pode ocorrer anemia) acima de 500: infecção intensa Tratamento • Mebendazol 100mg (2x/dia por 3 dias) • Albendazol 400mg (dose única) Associação com tratamento antianêmico (administração de sulfato ferroso e ingestão de proteínas e de vitaminas em quantidades generosas) Controle • Calçados • Instalações sanitárias • Controle de larvas no solo • Antihelmínticos Larva migrans cutânea • Dermatite serpiginosa ou dermatite linear serpiginosa (popularmente: “bicho geográfico” ou “bicho das praias”) • Causadores: Ancylostoma braziliense; A. caninum; A. ceylanicum, A. stenocephala, Gnathostoma spinigerum e Dirofilaria spp. (formas imaturas) • Vermes adultos: intestino delgado de cães e gatos • No homem: não completam o desenvolvimento, permanecendo entre a epiderme e a derme Ciclo de Vida A larva rabditóide se desenvolve em larva filarióide no ambiente A larva rabditóide eclode Adultos no intestino delgado Ovos nas fezes Patologia A penetração das larvas na pele pode ser assintomática ou ocasionar prurido, eritema e pápulas Do ponto da penetração surgem desenhos de trajeto irregular sob a epiderme, em decorrência da formação dos túneis; ocorre reação inflamatória Lesão na forma de um cordão eritematoso, saliente, que pode apresentar vesículas Diagnóstico Clínico: aspecto dermatológico das lesões; histórico de contato com terrenos arenosos com presença de cães e gatos Tratamento • Ivermectina 150 mg/kg peso corporal (dose única) • Albendazol 200 mg (2x/dia por 3 dias) Profilaxia • Tratamento de cães e gatos com anti-helmínticos • Redução da população de animais errantes; • Evitar o acesso de cães e gatos em praias e tanques de areia de escolas e parques Toxocaríase • Causador: Toxocara canis • Larva migrans viceral • Vermes adultos: intestino delgado de cães e de gatos • As larvas L3 eclodem dos ovos no intestino de humanos, atravessam a mucosa intestinal e migram para o fígado, coração e pulmões. Também podem atingir o cérebro, os olhos e os linfonodos Patologia • Nos capilares do fígado, as larvas L3 são retidas e impedidas de continuar a migração, formando-se um granuloma alérgico (parasito e tecido necrótico circundados por eosinófilos e monócitos) • Nos olhos: abscesso ocasiona descolamento da retina e opacificação do humor vítreo com consequente perda da visão Granuloma (seta branca) e banda fibrótica (setas negras) Optometry - Journal of the American Optometric Association Volume 80, Issue 4, April 2009, Pages 175180 Prevalência da toxocaríase no mundo Sintomatologia • Leucocitose (12.000-100.000 leucócitos/mL) e eosinofilia (14-80%), hepatite, hepatomegalia, tosse, dificuldade para respirar, síndrome de Loeffler, nefrose e lesões cerebrais, podendo ocorrer óbito Diagnóstico Clínico Laboratorial: testes imunológicos (ELISA) hematológicos, radiológicos e Tratamento • Albendazol 400 mg 2x/dia (10-20 dias) • Mebendazol 100-200 mg 2x/dia (10-20 dias) • Tiabendazol 10mg/kg de peso corporal 3x/dia (mínimo 10 dias) • Dietilcarbamazina (derivado de piperazina) 2 mg/kg de peso corporal 2x/dia (10 -20 dias) Profilaxia • Tratamento de cães e gatos com anti-helmínticos • Redução da população de animais errantes; • Evitar o acesso de cães e gatos em praias e tanques de areia de escolas e parques http://nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/2002/illpres/ Outros nematóides • Capillaria hepatica: parasitose comum de roedores; rara em humanos; ataca o fígado • Trichinella spiralis: carne de porco; não registrada no Brasil; ataca os músculos e o sistema nervoso • Lagochilascaris minor: parasitose comum de roedores; em humanos, ocasiona lesões granulomatosas; também pode atingir sistema respiratório • Angiostrongylus: comum de roedores; A. cantonensis ocasiona lesões no sistema nervoso; A. costaricensis ocasiona lesões abdominais