Corporalidade, Consumo, Mercado ST. 43 Martha Celia Ramírez-Gálvez Unicamp Palavras-chave: Reprodução Assistida, Adoção, Família Deslocamentos, exclusões e consumo de tecnologias reprodutivas conceptivas Contexto da pesquisa A Reprodução Assistida (RA), termo sob o que se designam uma serie de métodos médicotecnológicos que possibilitam a realização de gestações que não aconteceriam espontaneamente, isto é, que colocam a intervenção médico-tecnológica como condição para sua ocorrência, está-se configurando como uma forma moderna e amplamente divulgada para resolver a ausência involuntária de filhos. Em pesquisa anterior sobre a configuração e consolidação do campo da RA no Brasil1, verifiquei o rápido crescimento do número de clínicas que proporcionam esses serviços no Estado de São Paulo e o aumento progressivo do número de materiais publicadas na imprensa sobre essa questão. A RA é um tipo de intervenção médica relativamente recente no país, iniciada na década de oitenta. Não sem disputas, dois grupos de São Paulo entraram na corrida por conseguir a gestação do primeiro bebê proveta do país, processo no qual houve financiamento de empresas privadas, entre elas, a principal emissora de televisão brasileira e a industria farmacêutica e de equipamentos médicos. A emissora de TV pretendia ter os direitos exclusivos para transmitir ao vivo a primeira fertilização in vitro do país2. Desde seu início, a RA tem contado com estratégias midiáticas, através das quais são divulgados os avanços e sucessos das técnicas; clínicas e especialistas que oferecem os serviços, assim como diversas campanhas que visam diminuir os custos desses procedimentos para “popularizar o bebê de proveta”. Os meios de comunicação de natureza diversa promovem a circulação de informação entre a população em geral, permitindo uma ponte entre as descobertas do mundo científico e as/os potenciais usuários/as. Além das matérias publicadas na imprensa escrita, essa temática tem sido abordada de maneira central ou tangencial em telenovelas como Barriga de aluguel, Araponga, O clone, Laços de Famílias, entre outras, ou é matéria de reportagens publicadas ou transmitidas, principalmente, em datas comemorativas como o dia das mães ou dos pais. É importante lembrar o papel estratégico atribuído à televisão na difusão, reiteração ou institucionalização de novos padrões de comportamento e de novas atitudes. As telenovelas, particularmente, seriam exemplo de como um gênero televisivo divulga informações que seus espectadores interpretariam como as novidades do que poderia ser o Brasil moderno3. A mídia joga um papel importante na difusão da RA como um bem de consumo moderno, sofisticado e valorizado. Nesse processo, populariza-se a temática privilegiando os aspectos da RA que mais combinam com os dramas de família e com os valores tradicionais a ela associados. É pelo seu aspecto dramático que o tema aparece ligado aos sentimentos, o que supõe um impacto considerável que transcende uma dimensão meramente informativa: Além do papel da mídia – sem dúvida o mais decisivo nesse caso –, parece contribuir para o interesse da população pela reprodução assistida a importância que o próprio tema da “cura” da infertilidade tem em nosso país, mobilizando valores ligados à reprodução, à paternidade, à maternidade, que sensibilizam bastante os indivíduos. O caso das novas tecnologias reprodutivas parece ter essa particularidade, segundo a qual os tratamentos propostos gozam de uma enorme relevância, sendo um fator capaz de antecipar-se a todos os outros na construção dos problemas aos quais se dirigem.4 Na imprensa escrita, observou-se um crescimento progressivo das matérias sobre RA publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, entre 1994 e 2001, especialmente das notícias produzidas no país. Durante 1998, ano em que se iniciou a discussão sobre a clonagem humana, houve uma consolidação na divulgação de técnicas e serviços de RA disponíveis no país. A análise sobre a forma como essas noticias são veiculadas indica seu caráter sensacionalista e pouco crítico. As técnicas são apresentadas de maneira esquemática, simplificada e banalizada, reforçando uma propaganda indiscriminada dos sucessos da ciência nessa área. A despeito disso, o que interessa é destacar o lugar desse tipo de reportagens nas transformações coletivas e na constituição dos processos sociais. A mídia reflete significados vigentes, como também contribui com o processo de inserção, familiarização, suscitação de interesse e aceitação das novidades tecnológicas. Mídia e ciência formariam um continuum que vai da divulgação de resultados científicos entre os pares até a difusão entre o público geral5. A divulgação e a popularização de informação correspondem ao processo de produção científica, visto que o conhecimento é constituído por transformações coletivas e a simplificação do mesmo faz parte desse empreendimento. O crescimento do número de matérias sobre RA, reflete também o crescimento desse tipo de serviços no país. Segundo o Cadastro Nacional em Reprodução Humana Assistida, até o ano 2000 seriam 117 as clínicas que ofereceriam serviços de RA no país, das quais 47% estão localizadas no Estado de São Paulo e 54% destas concentram-se na capital do Estado6. No primeiro cadastro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, realizado em 1992, o Estado contava com 10 serviços de RA7, passando a 23 em 19948. À vista desse panorama, muito mais complexo e extenso do que posso mostrar aqui, considero conveniente colocar o campo da RA em diálogo com a adoção de crianças. Com o acelerado 2 desenvolvimento biotecnológico, a reprodução assistida médica e tecnologicamente é acompanhada pelo interesse na qualidade do embrião, gerando um espiral de indagações tecnológicas e de conseqüentes manipulações à procura da “perfeição biológica” ancorada numa extrema racionalização da procriação9. Paralelamente, abriram-se outras possibilidades de reprodução, até agora inéditas, apropriadas e submetidas à lógica do mercado, transformando o que “faz abater o coração mais rápido” em commodities10. O surgimento e a promoção de pesquisa e expansão da RA no contexto dos países ditos desenvolvidos está associado à diminuição da taxa de fecundidade, promoção de serviços privados de saúde, mas também a uma tradição de “importação” de crianças de países latino-americanos. Mas, quais as implicações da expansão desse campo num país como o Brasil que, na década de 80, era o quarto fornecedor de crianças para adoção internacional, depois de Coréia, Índia e Colômbia11? Como indica Vieira12, se a escassez de crianças explicasse a preferência pelo uso da RA, este não seria o caso do Brasil. Uma possível hipótese a ser corroborada é que o crescimento e a consolidação desse campo no país trazem um cenário no qual a adoção de crianças tende a ser cada vez mais protelada em beneficio do uso de tecnologias reprodutivas. A adoção de crianças continua sendo colocada como uma alternativa, no entanto, esta seria cada vez mais deslocada à medida que surge uma técnica nova. Continua a ser um recurso para quem tentou, sem sucesso, várias técnicas, em várias ocasiões. Entre as matérias publicadas na imprensa sobre RA há poucas referências à adoção de crianças como uma possibilidade, também desejável, para driblar a ausência involuntária de filhos. Todavia, os casais, cuja infertilidade a tecnologia ainda não poderia superar, são animados a continuar à espera do acelerado desenvolvimento tecnológico que, teoricamente, superaria todas as formas de infertilidade. E, se o problema não for técnico e sim financeiro, também surgem alternativas esperançosas como os planos de financiamento ou a venda de pacotes que visariam “popularizar o bebê de proveta”. Para mulheres ou casais mais pobres são oferecidos programas como o da “doação compartilhada de óvulos”, no qual mulheres mais pobres doam seus óvulos em troca de tratamento. À biotecnologia é atribuída a virtude de realizar o sonho reprodutivo. Entretanto, a adoção é vista como uma forma de aliviar “um pouco” a frustração de casais ou pessoas sem filhos, sem que os satisfaça plenamente. O status conferido a cada uma destas formas de contornar a infertilidade parece ser diferente. A adoção de crianças é uma espécie de interlocutor oculto na discussão sobre RA, no entanto é ignorada na maioria das pesquisas desenvolvidas no país sobre esse assunto. Parece que a omitimos nas análises da mesma forma que os especialistas em RA a ignoram como alternativa desejável para contornar a infertilidade13. 3 Apresento uma análise, ainda pre-liminar, de narrativas produzidas sobre adoção com o intuito de fazer o contraste pertinente com o campo da RA, e observar possíveis deslocamentos e mudanças que poderiam estar acontecendo com o crescimento e popularização dos “bebês de proveta” no Brasil, particularmente no Estado de São Paulo14. Os dados são bastante diversificados e tomados de diversas fontes. Dados quantitativos acerca dos candidatos/as habilitados/as para adoção no Fórum de Santo Amaro/SP são analisados e complementados com a informação obtida na análise de 25 processos de adoção que correm no mesmo Fórum. A informação também é complementada pela observação de três Grupos de Apoio à Adoção; entrevistas com psicólogas e assistentes sociais das Varas da Infância e da Juventude de Campinas, do Fórum Santo Amaro (SP) e da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional de São Paulo. Foram realizadas entrevistas com voluntárias/os dos grupos de apoio à adoção e com casais que fizeram ou estão em processo de adotar. Também foram consideradas para a análise as discussões observadas durante o 10o Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, realizado em Goiânia, em 2005. Considerações gerais sobre adoção e reprodução assistida Os especialistas em RA, especialmente dos serviços privados − entrevistados por ocasião da pesquisa anterior15 afirmam que os casais sempre querem tentar, até último momento, ter o filho deles, naturalizando o fato de recorrer à RA em várias ocasiões antes de optar pela adoção de crianças. Para um destes profissionais, tal questão é colocada no plano dos direitos: as tecnologias reprodutivas seriam uma opção e os casais teriam o direito de tentar um filho próprio, antes de adotar o filho de outros. No panorama das possibilidades oferecidas pelas tecnologias reprodutivas, passa-se a considerar que, na adoção, a criança só é introduzida na nova família meses ou anos depois do seu nascimento, sendo o casal privado de participar da gestação, dos cuidados pré-natais e do parto, eventos considerados como dos mais gratificantes da vida reprodutiva. Desse modo, quando há impossibilidade da fecundação se realizar com o material genético do casal, é oferecida a possibilidade de adoção de gametas ou de embriões, que permitiria fazer a adoção numa fase anterior ao nascimento e, supostamente, com mais opções de escolha das características desejadas. Em função das inquietações acerca da possível relação entre RA e adoção de crianças, procurei informação sobre as adoções legais no Estado de São Paulo encontrando uma diminuição constante e progressiva no número de adoções concedidas legalmente entre 1994 e 2004. De 7.165 adoções autorizadas em 1994, passou-se para 3.339 em 2004, o que representa uma diminuição de mais de 50%. 4 Não foi possível encontrar pesquisas que analisaram ou explicaram tal tendência. De qualquer modo, esses dados têm que ser considerados com cautela e ponderados em função do número de pretendentes e do número de crianças disponíveis para adoção. Além do que, é necessário levar em consideração a queda da fecundidade no Brasil, uma maior aceitação social de mães solteiras, maior acesso ao aborto seguro e a métodos contraceptivos, fatores estes que podem criar condições favoráveis para a diminuição de crianças disponíveis para adoção. Também é necessário levar em consideração as alterações resultantes da implementação do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) que tornou o processo de adoção mais rigoroso. Da análise das narrativas sobre adoção de crianças e das características dos pretendentes a adoção e do perfil da criança desejada, pode se afimar que: RA e adoção são duas formas de driblar a ausência involuntária de filhos, partir de duas perspectivas diferentes: por um lado, a falta que estimula a produção de filhos por encomenda e, por outro lado, a falta cujo olhar, através do trabalho dos Grupos de Apoio à Adoção (GAA), é orientado para a distribuição das crianças que mais precisam ser acolhidas. Se a RA fomenta ou permite a realização do sonho de ter um bebê Johnsons, a nova cultura da adoção procura incluir as crianças excluídas bem distantes do padrão estético idealizado (bebês brancos e sadios). Se na RA há a busca de soluções no plano privado que afetam o social, no plano da adoção procura-se uma solução privada projetada no bem público. Não se trata aqui de legitimar uma opção deslegitimando a outra. Nem de militar nas fileiras de um humanismo salvacionista mas sim de politizar esse diálogo e de dirigir o olhar para o lado perverso e para as conseqüências da radicalização da satisfação de um ideal, da afirmação e satisfação de um desejo individual em detrimento do bem público, da exacerbação do desejo individual que abre espaço para todos os gostos. Uma das questões que chama a atenção, e é comum aos dois campos, é a tentativa de aproximação da adoção ao modelo “biológico-natural” da reprodução. Isto é, apesar dos grupos de apoio à adoção apostarem nos “filhos do coração” tentando se contrapor a uma naturalização do amor materno/paterno, que resgata a idéia de um amor construído, que pode ser desenvolvido sem uma vinculação biológica, encontra-se um apelo, por assim dizer, ao mimetismo ou aproximação a ao desenrolar “natural” da reprodução. Isto se dá através da “biologização da adoção”, da procura de uma semelhança entre o biótipo dos pais e o das crianças adotadas com as que, na maioria dos casos, pretende- se encontrar alguma semelhança. Apesar do discurso da nova cultura da adoção para estimular e priorizar adoções inter-raciais e de crianças mais velhas, torna-se um ideário pouco corroborado nas fontes consultadas para esta pesquisa, que mostraram a vigência da procura por bebês brancos ou, no máximo, pardos e de sexo feminino. A parecença se configura como um ideal a ser atingido e é em certa medida, como indica Costa16, uma condição para que a adoção dê certo. 5 Isto é, a proximidade ao modelo biológico está colocada em outros termos ou, de outro modo, como uma situação ideal a ser atingida ou a ser mimetizada. Nos Grupos de Apoio à Adoção o domínio do campo se dá a partir da experiência individual, das/os voluntárias/os e das/os freqüentadoras/es. As experiências vão se acumulando para fazer delas um repertório que define as diretrizes que são passadas aos outros acerca do que fazer e de como fazer. A presença, mais recente nestes grupos, de profissionais, principalmente psicólogas, assistentes sociais e advogados traz um conhecimento mais técnico sobre o campo, uma análise diferenciada que converge, em grande medida, para a promoção da nova cultura da adoção. No entanto, o que se observa nestes grupos é o predomínio da experiência como foi vivida por cada um dos participantes. Em contraste, no campo da RA o predomínio é do discurso científico, dos experts, do jogo das probabilidades. Se o campo da adoção se constitui a partir da tradição, da construção de um conhecimento que passa por anos de experiência, na RA o campo é construído a partir da projeção do futuro em alta velocidade, do que se poderá fazer com o desenvolvimento de novas tecnologias. À maneira de exemplo, pode ser citado o congelamento de gametas, de fragmentos de tecido ovariano ou das células de cordão umbilical. Ainda não está claro se esses tecidos terão utilidade futura, se permitirão o nascimento de bebês produzidos com óvulos de mulheres jovens implantados, muitos anos depois, em mulheres mais velhas ou se no tecido do cordão umbilical estará o remédio para curar as doenças que algum dia possam surgir. Mas, perante a dúvida as pessoas são instadas a investir no futuro. O desejo de adotar preferencialmente meninas brancas pode ter como fundamento atributos assinados a cada um dos sexos, concebidos corriqueiramente como tendências naturais. Como colocam Nelkin e Lindee (1995), nos debates públicos sobre diferenças humanas, a genética é estrategicamente empregada para demarcar limites, justificar direitos ou legitimar desigualdades e pode ser utilizada de diversos modos. A genética determinaria diferenças corporais, mas estas são historicamente específicas, escritas não no corpo mas na cultura que define que aspectos do corpo são mais importantes. Estereótipos raciais e de gênero, supostamente enraizados nos cromossomos, refletem e perpetuam atitudes populares. O discurso científico torna-se uma via para reforçar tais estereótipos, pois ela é uma forma de conhecimento cultural que é evocado para representar uma realidade tida como natural, objetiva e verdadeira. Como foi colocado durante o 10º Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção (Goiânia, 2005), a crença na hereditariedade conduz ao medo frequentemente evocado por parte de pais/mães adotivos/as acerca do que meninos e meninas poderiam herdar de ruim dos pais biológicos. Sob os meninos pairariam dúvidas acerca da sua propensão ao uso de drogas e à 6 manifestação de comportamentos criminosos e sob as meninas exitiriam dúvidas quanto à lisura do comportamento sexual. Os resultados desta pesquisa, ainda preliminares, e os obtidos por outras autoras mostram que a prática de adoção no país ainda está distante de atingir o ideário de uma nova cultura de adoção, na qual se busca privilegiar as necessidades das crianças sob o desejo dos pais. A adoção continua a ser, preferentemente, um jeito de driblar a ausência involuntária de filhos biológicos. Projeto cujo sucesso parece estar associado a um determinismo que não sendo de sangue é do destino, mas que vai além do controle humano. O que não está inscrito nos genes, parece estar escrito na estrelas. Afinal, o que parece estar escrito ou inscrito em um o outro registro senão o ideal de família naturalizado? O ideal de família como estrutural? 1 RAMÍREZ-GÁLVEZ, Martha Celia. Novas tecnologias reprodutivas conceptivas: fabricando a vida, fabricando o futuro. Tese (Doutorado em Antropologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Campinas, 2003a. 2 CORRÊA, Marilena. Tecnologias reprodutivas. Limites da biologia ou biologia sem limites? Rio de Janeiro, Editora da UERJ: 2001 3 ALMEIDA, Heloísa Buarque. Muitas mais coisas: telenovelas, consumo e gênero. Campinas, 2001. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Campinas; HAMBURGUER, Esther. Representações sobre reprodução em telenovelas brasileiras, 1970-1997. In: OLIVEIRA, Maria Coleta; ROCHA, Maria Isabel (Orgs.) Saúde reprodutiva na esfera pública e política na América Latina. Campinas, SP.: Editoria da Unicamp/Nepo, 2001; FARIA, Wilmar; POTTER, Joseph. Televisão, telenovelas e queda de fecundidade no nordeste. Novos Estudos, n.62, março de 2002; 4 Corrêa (2001), op. Cit. p.141 5 CITELI, Maria Teresa. Saúde reprodutiva: mídia, ciência e humanidades. In: OLIVEIRA, Maria Coleta; ROCHA, Maria Isabel (Orgs.) Saúde reprodutiva na esfera pública e política na América Latina. Campinas, SP.: Editoria da Unicamp/Nepo, 2001 6 SOCIEDADE BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA. Programa de cadastro nacional e critérios normativos em reprodução assistida. Disponível em: <http://nt2.hignet.com.br/sbranew/map.asp> Acesso em: 17/01/2001 7 BARBOSA, Rosana. Desejo de filhos e infertilidade: um estudo sobre a reprodução assistida no Brasil. São Paulo, 1999. Tese (Doutorado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo 8 ARILHA, Margaret. Desejo de maternidade, tecnologias conceptivas e o Estado: rápidas considerações. In: SCAVONE, Lucila (Org.) Tecnologias reprodutivas: gênero e ciência. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996 9 ROTANIA, Alejandra. Entre o sangue o gesto. Reflexões sobre as NTRc e a adoção. Trabalho apresentado no Congresso de bioética da América Latina e Caribe. São Paulo, outubro de 1995 (mimeo) 10 RAMÍREZ-GÁLVEZ (2003a) 11 FONSECA, Claudia. A circulação das crianças pobres no Brasil. Uma prática local em um mundo globalizado. Cadernos Pagu, 2006. No prelo 12 VIEIRA, Joice. Os filhos que escolhemos: discursos e práticas da adoção em camadas médias. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2004 13 RAMÍREZ, Martha. Questões e desafios decorrentes da fabricação de bebês. In: GROSSI, Miriam; PORTO, Rozeli; TAMANINI, Marlene. Novas Tecnologias Reprodutivas Conceptivas: questões e desafios. Brasília: LetraLivres, 2003b 14 Trato, o tempo todo, da adoção plena que implica a cassação do pátrio poder dos pais biológicos. Outras questões envolvidas na circulação de crianças (FONSECA, Claudia. Caminhos da adoção. São Paulo: Editora Cortez, 1995) e na transferência de guarda para parentes e conhecidos (VIANNA, Adriana. Quem deve guardar as crianças? Dimensões tutelares da gestão contemporânea da infância. In: LIMA, Antonio Carlos. (Org.) Gestar e gerir: estudos para uma antropologia da administração pública no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Núcleo de Antropologia da Política/UFRJ, 2002), que guardam alguma relação com a adoção, não são consideradas neste trabalho. 15 RAMÍREZ-GÁLVEZ (2003a), op. Cit, 16 COSTA, Maria Cecília. Os filos do coração: adoção em camadas médias brasileiras. Rio de Janeiro, 1988. Tese (Doutorado) – PPGAS, Museu Nacional, UFRJ 7