BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 19/04/2011 19:46

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Página -1De: BRASEMB WASHINGTON
CARAT=Ostensivo
Recebido em: 19/04/2011 19:46:39 N.°: 00832
DE BRASEMB WASHINGTON PARA EXTERIORES EM 19/04/2011 (BPM)
CARAT=OSTENSIVO
PRIOR=NORMAL
DISTR=DEUC
DESCR=POIN-EUA
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.Pesquisa
de opinião. Desempenho do Presidente Obama. Queda do índice
de aprovação.
//
Nr. 00832
RESUMO=
Pesquisa de opinião publicada pelo Washington Post
indicam queda do percentual de aprovação de Obama,
em comparação com dados colhidos em janeiro último;
pessimismo
com
relação à
economia; e vantagem
democrata
para as eleições de 2012. Índice de
aprovação de Obama alcança marca de 47% contra 50%
dos entrevistados que indicam desaprovação com o
desempenho do Presidente.
MG.
O "Washington Post" publicou, em sua edição de
hoje, 19/4, pesquisa de opinião que avaliou a percepção
popular a respeito do desempenho do Presidente Barack
Obama, do desempenho da economia norte-americana e sobre
as perspectivas paras as próximas eleições presidenciais.
Os dados da pesquisa indicam queda do percentual de
aprovação de Obama, em comparação com dados colhidos em
janeiro último; pessimismo com relação à economia; e
vantagem democrata para as eleições de 2012.
2.
O índice de aprovação do Presidente Obama alcançou
a
marca de 47% dos entrevistados, enquanto que 50%
indicou desaprovar o desempenho do mandatário norteamericano.
Dentre aqueles que desaprovam Obama, 37%
Distribuído em: 19/04/2011 19:46:51
Impresso em: 15/09/2016 - 12:12
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Recebido em: 19/04/2011 19:46:39 N.°: 00832
responderam "desaprovar fortemente" seu trabalho na Casa
Branca. O periódico sugere que a situação econômica, e
principalmente o aumento do preço dos combustíveis ao
consumidor,
contribuiu
para a
queda do índice de
aprovação de Obama. Apesar dos sinais de recuperação
econômica, 44% dos norte-americanos indicaram perceber
piora
da
situação econômica do país. O efeito da
percepção do quadro econômico pela população sobre a
avaliação
do
Presidente
Obama é
direto: 57%
dos
entrevistados desaprovam a condução da economia pelo
Presidente.
3.
A queda do índice de aprovação de Obama, no
entanto, parece não afetar suas chances de reeleição no
próximo
pleito eleitoral. Em comparação a possíveis
candidatos republicanos nas eleições presidenciais de
2012, Barack Obama se manteve à frente de sete potenciais
concorrentes republicanos na pesquisa realizada pelo
"Post". De acordo com a pesquisa, Obama venceria o exGovernador de Massachusetts Mitt Romney (49% a 45%), o
ex-Governador do Arkansas Mike Huckabee (50% a 44%), além
de
superar a
Deputada Michele Bachmann (R-Minn.), o
empresário Donald Trump, o líder do partido Republicano
Newt Gingrich, o ex-Governador de Minnesota Tim Pawlenty
e Sarah Palin por mais de dois dígitos percentuais de
diferença. O fraco desempenho republicano deve-se ao fato
de
haver forte descontentamento e dúvidas entre os
eleitores
republicanos
com
relação aos potenciais
candidatos do partido ao pleito do próximo ano. Certo
está que, no autal cenário, os ex-Governadores Romney e
Huckabee se posicionam como os candidatos republicanos
com melhores chances de derrotar Obama em 2012.
4.
Não obstante sua atual vantagem sobre possíveis
candidatos
presidenciais
republicanos,
analistas
políticos avaliam que índices de aprovação inferiores a
50% deixariam Obama em posição vulnerável. A recente
pesquisa de opinião demonstra que Obama não logrou
sustentar os ganhos políticos provenientes das conquistas
legislativas alcançadas durante o "lame duck session" do
último ano. Esse fato seria indicativo da dificuldade
demonstrada pelo Presidente Obama de definir o debate
político em favor de seu Governo e de se defender contra
os ataques da oposição republicana. Em janeiro último,
sua
taxa
de
aprovação atingira 54% da população,
refletindo o desempenho democrata na "lame duck session"
e, também, a reação positiva da população a discurso
proferido por Obama em homenagem às vítimas do tiroteio
ocorrido em Tucson, Arizona, e que vitimou a Deputada
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Democrata Gabrielle Giffords. Por outro lado, os índices
negativos da última pesquisa repercutiriam, além da
situação econômica, a percepção popular a respeito das
negociações em torno do orçamento, corte de gastos e
déficit
do
Governo
Federal,
em
que a liderança
republicana
extraiu
importantes
compromissos
do
Presidente Obama.
5.
Motivo de maior preocupação para a Casa Branca e a
equipe de campanha de Obama é a posição do Presidente
entre os eleitores independentes. Como se sabe, a parcela
do eleitorado situada ao centro do espectro político foi
fundamental para a vitória de Obama e outros democratas
em 2008.
No entanto, o voto dos "independentes" foi
decisivo
para a
vitória
republicana
nas eleições
legislativas
de 2010. Assessores políticos de Obama
estariam acompanhando as tendências de voto do eleitorado
independente
para a
definição da estratégia para a
campanha de reeleição.
6.
As questões econômicas continuam a ser o maior
obstáculo para a reeleição de Obama. Cresce entre os
norte-americanos a percepção de que a economia não está
se
recuperando.
Segundo o "Post", 80%
das
pessoas
entrevistadas afirmaram haver inflação de preços em suas
comunidades, sendo que sete em cada dez entrevistados
apontaram que os atuais preços da gasolina têm causado
dificuldades nas finanças domésticas. Com efeito, os
preços
dos
combustíveis,
que
sofreram
aumento
significativo nos útlimos meses, representa indicador de
grande
sensibilidade
para a
população.
Entre
os
entrevistados que apontam a deterioração da situação
econômica, Obama perderia a próxima eleição para todos os
sete
potenciais
candidatos
republicanos
citados
anteriormente. A
ansiedade econômica entre eleitores
brancos
sem
diploma
universitário, que representa
importante parcela do eleitorado norte-americano, também
criaria dificuldades para os prognósticos de reeleição do
Presidente. De acordo com o "Post", pela primeira vez em
pesquisas de opinião, mais da metade dos brancos sem
diploma universitário indicaram perceber piora do quadro
econômico. Tal fato poderia ter impacto direto nos
prognósticos para a reeleição do Presidente Obama.
MAURO VIEIRA, Embaixador
LPLM
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