DISCURSO PROFERIDO PELO DEPUTADO EUNÍCIO OLIVEIRA

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DISCURSO PROFERIDO PELO DEPUTADO EUNÍCIO OLIVEIRA
NA SESSÃO DO DIA ____ DE MAIO DE 2009.
Senhor Presidente
Senhoras e Senhores Deputados
Os cem primeiros dias do mandato de Barack Obama, como
presidente dos Estados Unidos da América, foram considerados
pelos mais importantes e influentes colunistas políticos da imprensa
norte-americana, e de jornais de diversos países, como suficientes
para uma análise do seu estilo de governar.
Ao investir-se na Presidência, no dia 20 de janeiro do corrente ano,
o ex-senador democrata Barack Obama, o fez com o apoio
consagrador da memória absoluta dos americanos, inclusive de
muitos republicanos. E a expectativa otimista de inúmeros países,
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todos confiantes em mudanças significativas na desastrada política
do antecessor, George W Bush.
Primeiro negro a chegar ao comando da mais poderosa nação do
mundo, com a responsabilidade de governar um país envolto em
uma das maiores crises econômica-financeira da sua história, o
presidente Barack Obama, ao completar cem dias do mandato,
conferido nas urnas, por mais de sessenta milhões de eleitores, em
um país no qual o voto não é obrigatório, demonstrou, sobretudo,
estar preparado para cumprir os compromissos assumidos durante
a campanha eleitoral, de soerguer a combalida economia dos
Estados Unidos, reduzir substancialmente o desemprego e
promover mudanças institucionais profundas, mesmo tendo de
enfrentar resistências poderosas e obstáculos consideráveis, de
setores historicamente conservadores, reacionários e imperialistas.
No seu estilo peculiar de agir, o presidente deixou evidente, logo
nos primeiros dias de atuação na Casa Branca, em Washington,
que a audácia e a ousadia serão as marcas mais fortes do seu
governo. Essa determinação, coragem, e obstinação, explicam
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melhor do que qualquer avaliação política, o apoio de quase 70%
dos americanos, ao seu Governo, conforme pesquisa realizada pelo
“The New York Times/CBS News”, divulgada no dia 20 de abril
último. A pesquisa mostra que 68% dos norte-americanos aprovam
o governo de Obama, - o que lhe confere a condição de o
presidente mais popular dos Estados Unidos desde Ronaldo
Reagan – 1981-1989. O mesmo percentual que Reagan atingiu no
período inicial de Casa Branca, há mais de duas décadas.
Segundo
avalistas
políticos
de
diferentes
países,
o
mais
impressionante na pesquisa foi a revelação da capacidade do atual
presidente de manter tão altos índices de popularidade, tendo
tomado medidas polêmicas, e de conviver, dia a dia, com
problemas graves na área econômica-financeira e crescentes
índices de desemprego. Apesar de todas essas dificuldades, o
presidente Barack Obama conseguiu, romper quase completamente
com as políticas defendidas por seu antecessor George W Bush,
admitindo uma reaproximação dos Estados Unidos com o Irã;
assumindo
posição
contra
as
leis
antiaborto;
liberando
financiamento para pesquisas com células-tronco embionárias e
elevando o valor de remessa de dólares de cubanos, residentes nos
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Estados Unidos, para familiares domiciliados na Ilha dos irmãos
Castro.
Para o “Washington Post”, a vitória maior obtida por Obama nos
cem primeiros dias de governo, foi a aprovação, pelo Congresso
dos Estados Unidos, de um pacote de 787 bilhões de dólares para
soerguer o país-abalado por uma recessão. E de fazer modificações
importantes nos direitos trabalhistas, para melhorar a situação de
milhares de americanos sem trabalho.
Na
área
externa,
o
presidente
conseguiu
alguns
êxitos
significativos, na avaliação de cientistas políticos de seculares
universidades americanas. Mas terá de tomar decisões mais
abrangentes para recuperar a liderança dos Estados Unidos, da
qual o presidente Franklin Delano Roosevelt foi o expoente maior. E
terá de propor ao Congresso medidas fundamentais para viabilizar
mudanças que o povo americano reclama e deseja.
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Paul Wolfowitz, ex-presidente do Banco Mundial, ex-Secretário de
Defesa do governo de George W Bush, atualmente pesquisador do
American Enterprise Institute, dos Estados Unidos, em artigo
publicado no “The Washington Post”, reconhece que a eleição de
Barack Obama - “representou uma poderosa mensagem de
abertura da sociedade americana”. E que – “a eloqüência do novo
morador da Casa Branca poderá ser uma grande contribuição para
melhorar a visão que o mundo tem dos EUA”.
E conclui dizendo: “O mundo todo poderia se beneficiar se o
presidente Obama usasse seus notáveis talentos não somente para
pedir desculpas pelos erros cometidos pelos EUA no passado, mas
também para a difícil tarefa de criar um mundo próspero, pacifico e
mais tolerante”.
Deve-se reconhecer, porém, que o presidente Barack Obama nos
cem primeiros dias à frente do governo dos Estados Unidos teve de
enfrentar muitos problemas, com o país envolvido em uma crise de
extensão mundial, crise que o levou a dizer ao povo americano ter
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sido pouco o tempo de cem dias, para superar os enormes desafios
de cada dia. E com humildade confessou:
-“Estamos longe de um bom começo. Mas é apenas um começo.
Estou orgulhoso do que conseguimos, mas não estou contente”.
Otimista, garantiu que o seu governo restituirá aos Estados Unidos
o respeito do mundo, como uma nação democrata, livre e guardiã
dos direitos humanos e das garantias constitucionais, dos quais os
presidentes Abrahão Lincoln e Franklin Delano Roosevelt foram
personagens históricos. Apoiado na doutrina liberal desses lideres
americanos, o presidente Obama começou seu Governo abolindo a
tortura na prisão de Guatamo.
- “Simulação de afogamento é tortura, e é por isso que eu acabei
com essa prática”, disse. E acrescentou:
-“Não importa que explicação jurídica arrumaram para isso, foi um
erro”.
Duas
outras
medidas
de
reconhecida
repercussão
internacional foram por ele postas em prática. A primeira, destinada
a reduzir, com a urgência possível, a emissão de gazes tóxicos na
natureza, virando a página sombria do governo Bush, que não
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aderiu ao protocolo de Kyoto, sob alegação de que prejudicaria a
economia americana. Coube a Obama, com outra visão, decidir
pela mudança da matriz energética do país em favor de alternativas
menos ou não poluentes, como a energia eólica e a dos
combustíveis vegetais. A segunda, foi o anuncio da retirada até
agosto de 2010, dos contingentes militares dos Estados Unidos no
Iraque.
A partir de agora, o presidente Barack Obama - assegura que se
dedicará à tarefa de reconstruir os Estados Unidos, cumprindo
promessa assumida na campanha eleitoral: a de tirar o país da pior
recessão desde os anos de 1930. Para tanto, colocará em
execução
ambicioso
programa
de
reformas,
priorizando
a
educação, a saúde, a energia e a recuperação das finanças, que
considera a melhor estratégia para criação de alguns milhões de
emprego.
Os indícios de recuperação da economia americana já começam a
surgir, abrindo um promissor leque de esperanças. Tudo leva a crer
que os novos cem dias de presidente Obama serão marcados por
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conquistas valiosas, com reflexos positivos na economia brasileira.
Para
avalistas
americana
vem
categorizados,
evoluindo
a
recuperação
significativamente,
da
economia
fortalecendo
o
presidente Obama, e assegurando-lhe a continuidade dos altos
índices de popularidade registrados 100 dias após ter assumido a
presidência dos Estados Unidos da América.
Essa expectativa otimista é admitida, principalmente, pelos mais
experientes colunistas da Mídia dos Estados Unidos, e por
cientistas políticos de seculares universidades americanas, o que é,
sem dúvida, uma perspectiva concreta e auspiciosa de dias
melhores, que virão, certamente, mais cedo do que se esperava.
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