CB 18. Imunogenicidade de uma vacina codificando epítopos para

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CB 18. Imunogenicidade de uma vacina codificando epítopos para linfócitos CD4+ do HIV (HIVBr18)
na forma de partículas vírus-símile (VLP)
Fernanda Caroline Coirada1,2,3, Daniela Teixeira2, Juliana de Souza Apostólico2, Daniela Santoro Rosa2,
Edecio Cunha-Neto3.
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP. 2Escola Paulista de Medicina, UNIFESP. 3Faculdade de
Medicina, USP.
Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é a mais grave infecção emergente do
século XX e início do século XXI. Segundo a OMS, existem cerca de 38,8 milhões de indivíduos portadores
do HIV e o mesmo foi responsável por cerca de 20 milhões de mortes. Vacinas baseadas na indução de
respostas de células T podem reduzir a progressão para AIDS, além de diminuir a transmissão do vírus pela
geração de respostas amplas e funcionalmente relevantes. Nosso grupo desenvolveu, previamente, uma
vacina de DNA (HIVBr18) codificando epítopos de linfócitos T CD4+ do HIV-1. A vacina HIVBr18 foi
capaz de induzir respostas de células T CD4+ e T CD8+ amplas, de longa duração e polifuncionais dirigidas
contra epítopos em regiões conservadas do HIV. Uma das limitações das vacinas de DNA é sua limitada
imunogenicidade em primatas não humanos e humanos quando comparada à observada em camundongos e,
portanto, estratégias vacinais alternativas vem sendo avaliadas. As partículas vírus-símile são semelhantes
em tamanho e conformação a vírions intactos, sem capacidade de replicação e patogenicidade, mas com alta
imunogenicidade e com propriedade de induzir resposta imune celular e humoral, mimetizando a forma
natural de componentes virais. Objetivo: Avaliar o potencial imunogênico do inserto HIVBr18 na forma de
plasmo-VLP (pVLP-HIVBr18). Metodologia: Para obtenção dos plasmídeos, bactérias DH5a competentes
foram transformadas com os plasmídeos pVAX (controle), pVAX-HIVBr18, e pVLP-HIVBr18, e o DNA foi
purificado utilizando o kit comercial Endofree Plasmid Giga kit (Quiagen). Após a purificação, foi realizada
a análise por enzimas de restrição e eletroforese em gel de agarose para verificar a integridade dos
plasmídeos. Para as imunizações, camundongos fêmeas da linhagem BALB/c, receberam 3 doses de 100ug
dos diferentes plasmídeos pela via intramuscular, com intervalo de duas semanas. Duas semanas após a
última dose, os esplenócitos foram isolados após eutanásia e a produção de IFNγ por células T antígenoespecíficas foi avaliada pelo ensaio de ELISPOT. A contagem do número de células produtoras de IFNγ foi
realizada pelo leitor de ELISPOT AID ELISPOT reader e os resultados expressos em unidades formadoras
de spots por 106 células. Resultados e Discussão: Após a purificação do DNA, foi realizada a análise de
restrição com as enzimas HindIII e XhoI para o plasmídeo HIVBr18 e EcoRI para o pVLP-HIVBr18. A
análise de restrição dos plasmídeos revelou a liberação dos insertos com o tamanho esperado para cada
plasmídeo e confirmou a integridade das construções. Os esplenócitos dos camundongos imunizados com a
vacina pVAX-HIVBr18 e estimulados com os 18 peptídeos individuais do HIV-1 secretaram IFNγ
direcionados a 8 peptídeos codificados pela vacina, enquanto que nos animais imunizados com a formulação
pVLP-HIVBr18, os esplenócitos estimulados secretaram IFNγ direcionado a 5 peptídeos. Conclusão: A
imunização com a vacina pVLP-HIVBr18 induziu uma resposta de menor amplitude e magnitude que a
vacina de DNA HIVBr18.
Palavras-chave: HIV, vacina de DNA, plasmo-VLP.
Apoio financeiro: FAPESP.
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