Fortunati é multado por falta de plano para creches municipais

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SUA VIDA
ZERO HORA
QUINTA-FEIRA,
18 DE AGOSTO DE 2016
EDUCAÇÃO INFANTIL
Fortunati é multado por falta
de plano para creches municipais
DIOGO SALLABERRY, BD, 13/01/2016
JENNIFER GULARTE
[email protected]
O
prefeito de Porto Alegre
José Fortunati foi multado em R$ 1,5 mil pelo
Tribunal de Contas do
Estado (TCE) por não apresentar
um plano com ações para aumentar a oferta de vagas na Educação
Infantil da Capital. A decisão, da
qual cabe recurso, foi tomada em
sessão na tarde de ontem.
Fortunati tinha até 30 de junho
para apresentar ao tribunal propostas que ampliassem e melhorassem o serviço de creches. O
TCE aponta déficit de 13.942 vagas para crianças de zero a cinco
anos na Capital, usando como base dados do IBGE e do DataSus.
A determinação ocorreu após o
julgamento de uma inspeção que
analisou o serviço oferecido na
Capital. Entre as informações do
relatório, divulgado no ano passado, está a de que Porto Alegre
possui a menor oferta de vagas
no país para crianças entre zero
e cinco anos em escolas da rede
municipal.
Déficit de vagas
na Educação
Infantil motivou
determinação
do TCE
A secretária de Educação de
Porto Alegre, Cleci Jurach, contesta a decisão do TCE. Ela informa que a prefeitura entregou o
plano de ação com a previsão de
atendimento de demanda futura
de crianças com base em escolas que estão em obras. Cleci insiste que o déficit de vagas para
crianças de quatro a cinco anos
está zerado. Já na faixa de zero a
três anos, reconhece que 37% das
crianças não são atendidas.
– Não se pode fazer estimativa em cima de um censo de dez
anos atrás. Trabalhamos em cima
de uma demanda definida pela
procura de vagas no período de
matrícula, que é no final do ano –
justifica.
RELATE FALTA DE VAGAS
- Secretaria Municipal de Educação: Rua dos Andradas,
680, Centro, fone 3289-1788
- Atendimento ao público: de
terça a sexta-feira, das 9h
às 11h30min e das 14h às
17h30min
PORTO ALEGRE
Chikungunya autóctone é descartado
IVO GONÇALVES, PMPA, DIVULGAÇÃO
Após exames laboratoriais, a
Secretaria Municipal de Saúde
(SMS) de Porto Alegre descartou
o único caso autóctone (contraído
no local) de chikungunya, confirmado em julho deste ano. O exame
que identifica o vírus no corpo do
paciente teve resultado negativo.
Assim, a Capital não registrou casos autóctones da doença em 2016.
De acordo com a enfermeira
epidemiologista Adelaide Pustai,
da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis, o resultado
IgM reagente (exame realizado
para identificar anticorpos de fase
aguda no paciente) para chikungunya, divulgado há algumas semanas, foi uma reação cruzada
com outra virose.
Em 2016, a Capital teve confir- SMS registrou 83 notificações do vírus, com 30 casos importados confirmados
mados 354 casos de dengue – 301
autóctones e 53 importados; 27 de
NÚMEROS ATÉ 13 DE AGOSTO
zika, sendo 15 autóctones e 12 importados; e 30 casos importados
ZIKA
DENGUE
de chikungunya (leia ao lado). A
145 notificações, 12 casos importa- 1.679 casos notificados, 354 casos
revisão também acrescenta um
dos e 15 autóctones
confirmados (53 importados, 301
caso autóctone de dengue, já que
autóctones) e 1.309 descartados;
a mais recente divulgação dos núCHIKUNGUNYA
16 continuam em investigação.
meros, feita em julho, indicava 300
83 notificações, 30 casos importa- Confirmações foram realizadas em
casos autóctones da doença.
dos confirmados.
41 bairros da Capital.
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BISPO ITALIANO
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SAUDÁVEL”
PODE SER MITO,
DIZ ESTUDO
58 MIL
AINDA NÃO
SACARAM
PIS/PASEP
9
PESQUISA
“Pílula do câncer”
mostra resultado
inferior em testes
Um estudo encomendado pelo
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC) mostra que a fosfoetanolamina – mais conhecida
como “pílula do câncer” – em
doses altas foi capaz de reduzir
o tamanho de melanomas em camundongos. O desempenho obtido pelo composto, no entanto,
foi inferior ao apresentado pelo
quimioterápico ciclosfosfamida,
existente no mercado.
Conduzido pelo Núcleo de
Pesquisa e Desenvolvimento de
Medicamentos da Universidade
Federal do Ceará (NPDM/UFC),
de Fortaleza, o trabalho observou
a evolução do melanoma, um tipo agressivo de câncer, em 50 camundongos. Cinco tratamentos
distintos foram dispensados para
cada grupo de 10 animais. O primeiro deles recebeu, durante 16
dias, doses de fosfoetanolamina
equivalentes às de 200 miligramas por quilo.
Outro grupo recebeu uma dosagem equivalente a 500 miligramas por quilo, e o terceiro grupo,
com doses altas, de 1 mil miligramas por quilo. Ao fim do período,
somente o terceiro grupo apresentou uma redução da massa
tumoral. Ela foi equivalente a
64%. O desempenho, no entanto,
foi inferior ao apresentado pelo
grupo de animais submetido a
um tratamento com quimioterápico. Para esse grupo, a redução
foi de 93%.
Este é o oitavo estudo sobre
o composto encomendado pela
pasta com resultados considerados pouco animadores – não
haveria por que apostar na nova
substância se outra existente é
mais eficiente. Há dois meses, integrantes do governo que acompanham o resultado dos trabalhos chegaram a sugerir a interrupção das pesquisas, em virtude
dos resultados negativos obtidos. Questionado nesta quarta, o
MCTIC informou que as pesquisas devem continuar.
De acordo com a pasta, estão
em curso pesquisas pré-clínicas
e a previsão é de que, ainda neste
semestre, tenha início um estudo com voluntários saudáveis. O
objetivo é avaliar a segurança da
fosfoetanolamina e o comportamento da droga no organismo
humano.
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fosfoetanolamina
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