Estratégia SIR(PAL)

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03/07/2012
Estratégia SIR(PAL)
Curso Nacional de infec e tuberculose-2012
ACMLemos
Prof. Associado da FAMED/UFBA
Doutor em Medicina e Saude
Chefe Serviço Pneumologia HUPES/UFBA
Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Penumologia
(NUPEP)/HEOM/SESAB
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03/07/2012
Incidência de casos de TB por estado. Brasil, 2008.
Brasil 38/100.000 hab.
72.147 casos
Fonte: SINAN em 31/12/2007
* Dados parciais.
Tabela 2 - Total de internamentos por asma,
DPOC e penumonias e por todas as outras
doenças: SUS 1998 a 2005
ADP- asma, DPOC e pneumonia
%%
Total ADP
Total Geral
1998
1604796
12243388
13,11
1999
1692413
12438376
13,66
2000
1601593
12426137
12,89
2001
1509302
12227236
12,34
2.002
1403872
12233702
11,48
2.003
1361666
12094875
11,26
2.004
1319150
11953856
11,4
2.005
1180040
11861194
9,95
11672832
97478764
11,97
Total
Aumento nas causas de óbito
Brasil 1980-1999
%
400
301 %
300
215 %
200
112 %
100 %
100
0
DPOC
DIABETES
PNEUMONIA
CÂNCER
datasus.gov.br
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Abordagem do SR na APS-Guias TB
Suspeitos de TB
Baciloscopia de escarro
BK -
BK+
10–15 dias AB
Tratamento TB
Tosse persistente
Baciloscopia de
escarro
BK+
???
BK -
Sistema de Saúde
•
As queixas respiratórias têm um padrão de comportamento de demanda que é
comum na APS mundial
–
–
•
Respondem por 20%–30% da demanda
11 milhões de mortes/ano
Suspeitos de TB são identificados pelos programas de TB na atencão primária à saúde
–
–
Respondem por 5% das visitas de pacientes acima de 15 anos de idade
Casos de TB BK+ agregam apenas uma pequena porcentagem de todos os suspeitos de TB
2006
VEN
Suspeitos de TB
Casos TB BK+
% BK+
No de suspeitos de TB
sem diagnósticos
BRA
RDO
COL
MEX
ELS
84240
522329
62492
224166
548508
50557
3494
42093
2929
4320
11566
900
4
8
5
2
2
2
80741
480236
59563
219846
536942
49657
APS: Manejo inadequado das
doenças respiratórias
Aumento de casos TB BAAR negativo;
Ausência de Dx ou Dx incorreto de outras doenças
respiratórias;
Ausência de critérios para referir pts. respiratórios para
níveis superior de assistência;
Tratamento não padronizado e inapropriado.
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ASPECTOS HÍSTÓRICOS: Brasil
• 1975 - CRIADO O II PLANO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO: INCLUI PNCT, FINANCIADO PELO
MS/INAMPS/SES (INTEGRAR DIFERENTES NÍVEIS GOVERNO)
• 1976 - CRIADA DIVISÃO NACIONAL DE
PNEUMOLOGIA SANITÁRIA (DNPS)
Abordagem sindrômica do
sintomático respiratório
 1997- OMS: Estratégia coordenada e padronizada de manejo
combinado de TB e outras doenças respiratórias, inicialmente
denominada ALHI (Adult Lung Health Initiative), renomeada
de Estratégia PAL.
 Fase de adaptação e desenvolvimento: Chile, Marrocos, Nepal
e Africa do Sul.
 1997-2000: Nove países, 20% dos pts. na APS foram SR, 1,4%
TB, super prescrição de ATB e falta de outros medicamentos.
Linhas Estratégicas / stop tb
Linha estratégia 1: Expansão e/ou fortalecimento da estratégia DOTS
Linha estratégica 2: Implementacão e/ou fortalecimento de:
–
–
–
Atividades colaborativas inter-programas TB e HIV/AIDS;
Atividades de controle e prevencão de TB-MDR;
Controle da TB em populacões negligenciadas – populacões indígenas, encarceirados, etc.
Linha estratégica 3: FSS enfatizando APS, uma abordagem compreensiva para as doencas
respiratórias (iniciativa PAL), a rede de laboratório e o desenvolvimento de políticas de
recursos humanos
Linha estratégica 4: Melhoria do acesso da populacão ao diagnóstico e
tratamento de TB através da iniciativa PPM
Linha estratégica 5: Envolvimento das pessoas afetadas e da comunidade
(implementando atividades de ACMS)
Linha estratégica 6: Inclusão de pesquisas operacionais nos planejamentos dos Programas
Nacionais de Controle da TB
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Practical Approach to Lung Health
O que é PAL?
• Uma abordagem sindrômica
para manejo de pacientes que
procuram a atenção básica
sintomas
Deve ser utilizadacom
uma
rede respiratórios
de
• O alvo deve ser países com
Saúde pública capacitada
para
realizar
baixa e média renda per capta
e que tenha tido
sucesso
uma abordagem programática
para
os sem
programas de controle de TB
sintomáticos Respiratórios que procuram a
APS. A rede deve ser o PCT na APS que deve
Ser reforçada
Conceito - Estrategia PAL
Abordagem prática de saúde pulmonar:
•
•
•
•
•
•
Sistematizada
Atenção integrada (TB, IRAs, Asma, DPOC…)
Embasada na APS
Sindrômica
A partir dos 5 anos de idade
Países em desenvolvimento
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Como a Estratégia PAL
(Practical Approach to Lung Health) pode
fortalecer o sistema de saúde?
O que nós precisamos?
Padronização e integracão do
manejo de casos para priorizar
as enfermidades respiratórias
em cada nível do sistema de saúde
A presenca de muitos guidelines de doenças
em separado tende a resultar em um não
coordenado e anárquico manejo da saúde
respiratória do paciente.
A Estrategia PAL reúne todos esses protocolos
em seus níveis de atenção.
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Pilares - Estrategia PAL
• Padronização do tratamento das afecções
respiratórias
• Coordenacão entre os organismos pertinentes
implicados
• APS existente e estruturada
• PCT estruturado (DOTS)
• Compromisso político
• Financiamento
• Adaptação dos protocolos com a observação de
requisitos mínimos
OMS/STOP TB/Sint Resp
Estratégia PAL
Diretrizes baseada
em sintomas
PNCT
GINA
GARD
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Sintomáticos respiratórios entre os atendidos
em cuidados primário de saúde
20-30%
70-80%
Sintomas
respiratórios
Sintomas não respiratórios
90% Sintomas respiratórios
agudo (PAL questionário)
10% Tosse >2 semanas
+ RX
tórax
BAAR do escarro
>95%
Negativo
«5% Positivo
Investigar para doenças respiratórias
outras & monitorando para TB entre as
DRC (PAL questionário)
TB
Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos gerais da PAL
1.
2.
Melhorar o manejo clínico (qualidade da atencão) para as
doencas respiratórias, especialmente no nível primário.
Melhorar a capacidade de tomada de decisões do
sistema de saúde para as doencas respiratórias
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Epidemiológico
• Qualidade da atenção
• Gestão
• Rentabilidade
• Educacional
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Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos epidemiologicos
1) Diminuir a morbi-mortalidade por TB e o risco de
transmissão da infecção TB
2) Diminuir o índice de letalidade por PAC
3) Prevenir complicações das IVAS bacterianas
4) Reduzir o número de crises de asma e
exacerbações de DPOC, assim como reduzir o número
de casos de formas graves de asma.
PLATINO
Proporção de portadores de DPOC com
diagnóstico médico prévio
Estudo PLATINO (Amostra total = 918 pessoas)
Portadores de DPOC = 144 pessoas (15,8%)
• Espanha: 78,2%
• Suécia:
• 50% nos graves
• 81% nos leves e moderados
12,5%
87,5%
Diagnóstico prévio de
Bronquite Crônica e/ou
Enfisema e/ou DPOC
Nunca receberam
diagnóstico
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Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos de qualidade de atencao:
1)
Melhorar a detecção de casos de TB nos pacientes com
outras pneumopatias
2) Melhorar a qualidade do diagnóstico de TB
3) Reforçar a qualidade da atenção de pacientes com TB
4) Padronizar/melhorar o manejo das IRAs, asma e DPOC
Baciloscopias realizadas: nove paises
OMS/PAL-2004
19.943 pts avaliados, 1,4% casos TB
Pts com suspeita de TB- 43,4% realizaram baciloscopia
Pts com outras doenças respiratórias- 56,6% realizaram
baciloscopia
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Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos de qualidade de atencao:
1)
Melhorar a detecção de casos de TB nos pacientes com
outras pneumopatias
2) Melhorar a qualidade do diagnóstico de TB
3) Reforçar a qualidade da atenção de pacientes com TB
4) Padronizar/melhorar o manejo das IRAs, asma e DPOC
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Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos de gestão
1) Padronizar os medicamentos usados nas enfermidades
respiratórias
2) Promover listas de medicamentos essenciais
3) Contribuir com os critérios de solicitação de exames
complementares
4) Estabelecer critérios de referência e contra-referência
Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos de gestao
5) Definir a função de cada categoria de trabalhadores de
saúde em função do nível de atenção
6) Determinar os equipamentos essenciais para o
diagnóstico e tratamento das enfermidades respiratórias
7) Contribuir na racionalização do manejo dos recursos
existentes no sistema de saúde
8) Definir indicadores de vigilância e avaliação da
eficiência da prestação dos serviços de saúde
PAL: na APS
Equipamentos
necessários
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03/07/2012
Objetivos - Estrategia PAL
Objetivos de rentabilidade
1) Reduzir o custo de gestão por paciente com
enfermidade respiratória
2) Reduzir o custo total do manejo da asma e o grau de
absenteísmo e incapacidade associados à asma e à
DPOC.
3) Reduzir o número de consultas de urgência e
necessidade de internamento por parte de pacientes com
asma e DPOC
4) Aumentar o número de pacientes com sintomas
respiratórios atendidos na APS
5) Reduzir o nível de morbi-mortalidade hospitalar
relacionado com as enfermidades respiratórias.
PAL: na APS
Objetivo de educação
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Sintomáticos respiratórios entre os atendidos
em cuidados primário de saúde
20-30%
Sintomas
respiratórios
70-80%
Sintomas não respiratórios
90% Sintomas respiratórios
agudo (PAL questionário)
10% Tosse >2 semanas
+ RX
tórax
BAAR do escarro
90%
Negativo
«5% Positivo
TB
Investigar para doenças respiratórias
outras & monitorando para TB entre as
DRC (PAL questionário)
- (N=237)
2(1,4%)
Lemos et al, 2009
Projeto Respira – Bahia/SESAB
14
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