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BOLETIM INFORMATIVO nº 02 - CIPA 2016/2017
Novembro de 2016 - Orientações Gerais
O que são DST?
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato
sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se
manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mais conhecidas são
gonorreia e sífilis.
Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso
requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas
com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e
tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e
até a morte.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais
eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da aids, o HIV.
Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo
compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A
aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o
bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da aids, também na amamentação.
O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de
transmissão dessas doenças. O atendimento e ao tratamento são gratuitos nos serviços de
saúde do SUS.
Sintomas das DST
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são muitas e podem ser causadas por
diferentes agentes. Apesar disso, elas podem ter sintomas parecidos. Veja, abaixo, os
principais sintomas das doenças mais comuns.
Sintomas: Corrimento pelo colo do
útero e/ou vagina (branco, cinza ou
amarelado), pode causar coceira, dor
ao urinar e/ou dor durante a relação
sexual, cheiro ruim na região. DST
prováveis: Tricomoníase, gonorreia,
clamídia.
Sintomas: Presença de feridas na região
genital (pode ser uma ou várias), dolorosas
ou não, antecedidas ou não por bolhas
pequenas, acompanhadas ou não de “íngua”
na virilha. DST prováveis: Sífilis, cancro
mole,
herpes
genital,
donovanose,
linfogranuloma venéreo.
Sintomas: Corrimento pelo canal de
onde sai a urina, que pode ser amarelo
purulento ou mais claro - às vezes, com
cheiro ruim, além de poder apresentar
coceira e sintomas urinários, como dor
ao urinar e vontade de urinar
constante.
Sintomas: Dor na parte baixa da barriga
(conhecido como baixo ventre ou "pé da
barriga") e durante a relação sexual.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia, infecção
por outras bactérias.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia,
tricomoníase, micoplasma, ureoplasma.
Sintomas: Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias), que são pequenas no
início e podem crescer rapidamente e se parecer como uma couve-flor.
DST prováveis: Infecção pelo papilomavírus humano (HPV)
Não sinta vergonha de conversar com o profissional de saúde e tirar
todas as dúvidas sobre sexo ou qualquer coisa diferente que esteja
percebendo ou sentindo. É direito de todo brasileiro buscar
esclarecimento e informações durante o atendimento de saúde.
EXEMPLOS DE DST
CANCRO MOLE
CLAMÍDIA E GONORREIA
O cancro mole pode ser chamado de cancro
venéreo, mas seu nome mais popular é “cavalo”.
Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é
mais frequente nas regiões tropicais, como o
Brasil.
Clamídia e gonorreia são infecções causadas
por bactérias que podem atingir os órgãos
genitais masculinos e femininos. A clamídia é
muito comum entre os adolescentes e adultos
jovens, podendo causar graves problemas à
saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o
colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e
os olhos. Quando não tratadas, essas doenças
podem causar infertilidade (dificuldade para
ter filhos), dor durante as relações sexuais,
gravidez nas trompas, entre outros danos à
saúde.
A transmissão ocorre pela relação sexual com
uma pessoa infectada, sendo o uso da camisinha
a melhor forma de prevenção.
Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e
fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o
contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas
feridas com pus nos órgãos genitais, que
Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no
aumentam progressivamente de tamanho e
baixo ventre (pé da barriga), aumento de
profundidade. A seguir, aparecem outras lesões
corrimento, sangramento fora da época da
em volta das primeiras.
menstruação, dor ou sangramento durante a
Após duas semanas do início da doença, pode relação sexual. Entretanto, é muito comum
aparecer um caroço doloroso e avermelhado na estar doente e não ter sintoma algum. Por
virilha (íngua), que pode dificultar os isso, é recomendável procurar um serviço de
movimentos da perna de andar. Esse caroço saúde periodicamente, em especial se houve
pode drenar uma secreção purulenta esverdeada sexo sem camisinha.
ou misturada com sangue.
Nos homens, normalmente há uma sensação
Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do de ardor e esquentamento ao urinar, podendo
pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou causar corrimento ou pus, além de dor nos
no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas testículos. É possível que não haja sintomas e
provoca dor na relação sexual e ao evacuar.
o homem transmita a doença sem saber. Para
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa evitar, é necessário o uso da camisinha em
DST, é recomendado procurar um profissional de todas as relações sexuais.
saúde, para o diagnóstico correto e indicação do O diagnóstico é Por meio da consulta com um
tratamento com antibiótico adequado.
profissional de saúde, exame clínico específico
e coleta de secreções genitais.
Na presença de qualquer sinal ou sintoma
dessas DST, é recomendado procurar um
profissional de saúde, para o diagnóstico
correto e indicação do tratamento adequado,
com o uso de antibióticos específicos.
Oftalmia Neonatal
É uma conjuntivite do recém-nascido após contaminação durante o nascimento, com secreções
genitais da mãe infectada por clamídia e gonorreia, que não foram tratadas. Surge no primeiro
mês de vida e pode levar à cegueira, se não prevenida ou tratada adequadamente.
Sinais e sintomas - Vermelhidão e inchaço das pálpebras e/ou presença de secreção (pus) nos
olhos.
Prevenção - Deve ser feita a prevenção em todos os recém-nascidos com um colírio, aplicado na
primeira hora após o nascimento ainda na maternidade.
Tratamento - Toda oftalmia neonatal deve receber tratamento imediato para as principais
bactérias causadoras (gonococo, causador da gonorreia e clamídia), a fim de prevenir
consequências graves, como a cegueira. A mãe e seu(s) parceiro(s) sexuais devem sempre ser
avaliados e tratados.
Condiloma acuminado (HPV)
O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou
cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais
de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do
ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame
de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo
do útero e deve ser feita de rotina por todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores
responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços
de saúde para consultas periodicamente.
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais
comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns
surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na
boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem
apresentar sintomas.
A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa
infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de
transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a
transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de
saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do
útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da
vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é
dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes
em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas
genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame
de citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o
enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST.
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
A doença inflamatória pélvica (DIP) pode ser
causada por várias bactérias que atingem os
órgãos sexuais internos da mulher, como útero,
trompas e ovários, causando inflamações.
Donovanose
É uma infecção causada pela bactéria
Klebsiella granulomatis, que afeta a pele e
mucosas das regiões da genitália, da virilha e
do ânus. Causa úlceras e destrói a pele
infectada. É mais frequente no Norte do Brasil
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato
e em pessoas com baixo nível socioeconômico
com as bactérias após a relação sexual
e higiênico.
desprotegida. A maioria dos casos ocorre em
mulheres que tem outra DST, principalmente Os sintomas incluem caroços e feridas
gonorreia e clamídia não tratadas. Entretanto vermelhas e sangramento fácil. Após a
também pode ocorrer após algum procedimento infecção, surge uma lesão nos órgãos genitais
médico local (inserção de DIU - Dispositivo Intra- que lentamente se transforma em úlcera ou
Uterino, biópsia na parte interna do útero, caroço vermelho. Essa ferida pode atingir
grandes áreas, danificar a pele em volta e
curetagem).
facilitar a infecção por outras bactérias. Como
A DIP manifesta-se por dor na parte baixa do
as feridas não causam dor, a procura pelo
abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre).
tratamento pode ocorrer tardiamente,
Também pode haver secreção vaginal (do colo
aumentando o risco de complicações.
do útero), dor durante a relação sexual, febre,
desconforto abdominal, fadiga, dor nas costas e O tratamento, com uso de antibióticos, deve
vômitos. Pode haver evolução para forma grave, ser prescrito pelo profissional de saúde após
com necessidade de internação hospitalar avaliação cuidadosa. Deve haver retorno após
término do tratamento para avaliação de cura
tratamento com antibióticos por via venosa.
da infecção. É necessário evitar contato sexual
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa
até que os sintomas tenham desaparecidos e o
DST, é recomendado procurar imediatamente
tratamento finalizado.
um profissional de saúde, para o diagnóstico
correto e indicação do tratamento adequado.
Herpes
É uma doença causada por um vírus que, pesar
de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas
são geralmente pequenas bolhas agrupadas que
se rompem e se transformam em feridas. Depois
que a pessoa teve contato com o vírus, os
sintomas podem reaparecer dependendo de
fatores como estresse, cansaço, esforço
exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo,
uso prolongado de antibióticos e menstruação.
Em homens e mulheres, os sintomas geralmente
aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina,
colo do útero).
Infecção pelo Vírus Tlinfotrópico humano (HTLV)
A doença é causada pelo vírus T-linfotrópico
humano (HTLV), que infecta as células de
defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV
foi o primeiro retrovírus humano isolado (no
início da década de 1980) e é classificado em
dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.
A transmissão desse vírus se dá pelo sexo sem
camisinha com uma pessoa infectada,
compartilhamento de seringas e agulhas
durante o uso de drogas e da mãe infectada
para o recém-nascido (também chamado de
transmissão vertical), principalmente pelo
aleitamento materno. Evitar a doença não é
difícil. Basta usar camisinha em todas as
relações sexuais e não compartilhar seringa,
agulha e outro objeto cortante com ninguém.
O preservativo está disponível gratuitamente
na rede pública de saúde.
O herpes genital é transmitido por meio de
relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem
camisinha com uma pessoa infectada. Em
mulheres, durante o parto, o vírus pode ser
transmitido para o bebê se a gestante apresentar
lesões por herpes. Por ser muito contagiosa, a
primeira orientação dada a quem tem herpes é
uma maior atenção aos cuidados de higiene:
lavar bem as mãos, evitar contato direto das A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV
bolhas e feridas com outras pessoas e não furar não apresentam sintomas durante toda a vida.
Mas um pequeno grupo dos infectados pode
as bolhas.
desenvolver manifestações clínicas graves,
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de
como alguns tipos de câncer, além de
pequenas bolhas na região genital, que se
problemas musculares (polimiosite), nas
rompem formando feridas e desaparecem
articulações (artropatias), nos pulmões
espontaneamente. Antes do surgimento das
(pneumonite linfocítica), na pele (dermatites
bolhas,
pode
haver
sintomas
como
diversas), na região ocular (uveíte), além da
formigamento, ardor e coceira no local, além de
síndrome de Sjögren, doença autoimune que
febre e mal-estar. As bolhas se localizam
destrói as glandulas que produzem lágrima e
principalmente na parte externa da vagina e na
saliva.
ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o
herpes pode reaparecer no mesmo local, com os Como o risco do desenvolvimento da doença
associado ao HTLV é muito baixo, não há
mesmos sintomas.
tratamento específico para a infecção. O
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa
paciente deve ser acompanhado em serviço de
DST, é recomendado procurar um profissional de
saúde especializado, para diagnosticar e tratar
saúde, para o diagnóstico correto e indicação do
precocemente doenças que podem estar
tratamento adequado. Não furar as bolhas e não
associadas.
aplicar pomadas no local sem recomendação
profissional.
Linfogranuloma venéreo
É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os
gânglios da virilha.
A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa
infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene íntima após a relação
sexual.
Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma
ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria
(pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. É preciso
estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão, além de passageira, não é facilmente
identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da
virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de
secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor
nas articulações, febre e mal estar.
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de
saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, que consiste em uso de
antibióticos por tempo determinado.
Sífilis
É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em
três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é
mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão
de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis,
principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto
e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da
gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado
também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e
deficiência mental.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com
alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê
durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto
acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se
contra a sífilis.
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas
(ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida
e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento,
essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se
desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo
(inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a
ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que
surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos,
podendo, inclusive, levar à morte.
Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas,
como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito a partir da primeira à
terceira semana após o contágio.
Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e
indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as
orientações médicas para curar a doença.
Sífilis congênita
É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do
feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante
fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar
corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois
anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos
primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira,
dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis
pode ser fatal.
O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da
gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do
parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior
problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a
doença após o exame.
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e
iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para
evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o
tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o
bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita,
necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber
tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames da mãe. Os
bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma série de exames antes de
receber alta.
Tricomoníase
É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do
útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis.
Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar,
coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não sente alterações no
organismo.
A doença pode ser transmitida pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Para evitá-la,
é necessário usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais). É a forma mais
simples e eficaz de evitar uma doença sexualmente transmissível.
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de
saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Os parceiros também
precisam de tratamento, para que não haja nova contaminação da doença.
Por que alertar o parceiro
O controle das doenças sexualmente transmissíveis (DST) não se dá
somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de
saúde. Para interromper a transmissão dessas doenças e evitar a
reinfecção, é fundamental que os parceiros sejam testados e
tratados com orientações de um profissional de saúde.
Os parceiros devem ser alertados sempre que uma DST é
diagnosticada. É importante repassar a eles informações sobre as
formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de
atendimento em uma unidade de saúde e a importância de evitar
contato sexual até que o parceiro seja tratado e orientado.
Cipeiro Designado: Valdemir Pezzo
Fonte: http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/temas-de-saude/dst/
http://www.crt.saude.sp.gov.br/
http://www.aids.gov.br/
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