09-Trabalhos enfermagem-AF

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Trabalhos
Enfermagem
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
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INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL EM PORTADORES DE
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC) DURANTE AS SESSÕES DE
HEMODIÁLISE
ANDRÉA CORREIA CAVALCANTE
HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA
AS AÇÕES DO ENFERMEIRO NO TRANSPLANTE DE PÂNCREAS: UMA
CONTRIBUIÇÃO NA CONSTRUCÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL.
ADRIANA CRISTINA DE ASSIS RIBEIRO, ADELAIDE DE MATTIA ROCHA,
SELME SILQUEIRA MATOS
HOSPITAL FELICIO ROCHO.
Facilitadora no processo de reabilitação junto a portadores de Insuficiência Renal
Crônica (IRC) que realizam sessões de hemodiálise, reconhecendo suas limitações e
potencialidades que venham conduzir melhor adaptação e satisfação à vida. O estudo
objetiva-se evidenciar a contribuição da Terapia Ocupacional com esses portadores, no
efeito de amenizar as alterações quanto aos aspectos físicos, funcionais, psicoemocionais e sociais gerados do procedimento da hemodiálise. Portanto, elaborou-se um
protocolo de intervenção da Terapia Ocupacional de atividades terapêuticas (autoexpressivas, oficina de memória, produtivas e sociais) como alternativas de minimizar os
fatores que agravam o seu estado de saúde; proporcionando um melhor bem-estar e maior
aceitação da sua condição de vida, por submeter-se num tratamento químico e de duração
constante. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo e como método de análise
respalda-se na análise de conteúdo de Bardin. Efetiva-se a investigação no Hospital Geral
de Fortaleza; com amostra composta por vinte e seis portadores de Insuficiência Renal
Crônica de ambos os sexos, independente de faixa etária e classe social, durante sessões
de hemodiálise, distribuído em dois setores específicos deste tratamento. A coleta de
dados foi realizada nos dias de 2ª à 6ª feira dos meses de dezembro (2005) à abril (2006),
através de uma entrevista semi-estruturada sócio-demográfico com perguntas subjetivas,
observação livre e diário de campo, para as anotações precisas. Os resultados
encontrados mostram e confirmam as angústias, tristezas e inutilidades dos portadores de
IRC que enfrentam a hemodiálise, fazendo-se necessário da intervenção da Terapia
Ocupacional a partir de um plano de ações, diante da problemática, proporcionando a
ressignificação de vida dessas pessoas.
O presente trabalho dicorre sobre a experiência do enfermeiro junto aos pacientes no pósoperatório de transplante de pâncreas em um hospital de grande porte de Belo Horizonte.
Neste estudo as autoras apresentam a construção de um protocolo assistencial para essa
clientela, bem como, relatam as ações do enfermeiro na áreas administrativa, assistencial,
ensino e de pesquisa, privativas do enfermeiro.
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ALTERAÇÕES DA ARQUITETURA RENAL DURANTE O ENVELHECIMENTO
LEMOS, JRD; CHICA, JEL; PIZARRO, PP; SOUSA, GLC; REIS, MA; TEIXEIRA,
VPA.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM/ UBERABA-MG
OCORRÊNCIA DE FÍSTULA PERITÔNIO-PLEURAL E FÍSTULA
PERITÔNIO-ESCROTAL NOS PACIENTES EM DIÁLISE PERITONEAL
SUSANA ZANARDO CHIOZI, MIGUEL MOYSES NETO, BEATRIZ NAKAGAWA,
OSVALDO MEREGE V. NETO, EDMUNDO O. RASPANTI, CASSIANO
AUGUSTO B. SILVA, RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, SÉRGIO A. D. DA
SILVEIRA JÚNIOR
SENERP – SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
O envelhecimento envolve alterações histológicas e fisiológicas em vários órgãos, e há
aproximadamente quatro décadas foram documentadas alterações da arquitetura renal
que possivelmente levariam ao comprometimento da função renal (HAZZARD, 1999).
Em muitos indivíduos com idades entre 30 e 85 anos, há uma redução de 20-25% do
conteúdo renal, principalmente da região cortical, além da presença de glomérulos
esclerosados, fibrose intersticial com atrofia tubular e redução do fluxo sangüíneo renal
(BECK, 2000). Em relação às mudanças estruturais descreveu-se que o tamanho e o peso
renais apresentam redução de 10 a 43% até a idade de 80 anos. Microscopicamente, o
número de glomérulos e de túbulos proximais diminui se comparado com a massa renal
total, e essa diminuição é mais expressiva na região cortical (JASSAL e OREOPOULOS,
1998). O objetivo do estudo foi avaliar alterações da estrutura renal no envelhecimento,
em relação ao peso, em 38 pacientes ausentes de nefropatias primárias e secundárias na
faixa etária de 20 a 79 anos, através de material de autópsia contendo fragmentos de
córtex renal corados pelo Picro sírius. O estudo mostrou que houve correlação negativa
e significativa entre o peso renal total e a idade dos pacientes, bem como entre o peso dos
rins direito e esquerdo e a idade, demonstrando que a hipotrofia renal é uma alteração
morfológica que acompanha o envelhecimento. Houve também correlação positiva e
significativa entre o peso renal total e o peso corporal e entre o peso renal total e o IMC,
ilustrando que a massa corporal do indivíduo influencia diretamente o peso de ambos os
rins. Assim, concluímos que durante o envelhecimento existem alterações já esperadas,
porém com intensidades variáveis entre as décadas, mas que são responsáveis por
acarretar mudanças importantes na arquitetura renal.
Objetivo: verificar a ocorrência de fístula peritônio-pleural (pp) e peritônio-escrotal (pe)
em pacientes submetidos a diálise peritoneal. Pacientes e métodos: foram avaliados
todos os pacientes em capd e apd que apresentaram fístula peritônio-pleural e fístula
peritônio-escrotal no período de julho de 2001 a dezembro de 2006, totalizando 66 meses
de observação. Relato dos casos: nos 66 meses de observação foram admitidos no
serviço 177 pacientes. destes, 5 (2.8%) apresentaram fístula peritônio-pleural e 3 (1.7%)
apresentaram fístula peritônio-escrotal, totalizando 8 pacientes. a idade média dos
pacientes foi de 56.9 anos, variando de 28 a 88 anos, com tempo médio de tratamento na
época do diagnóstico de 9.7 meses (variando de 1 a 29 meses). a etiologia da
insuficiência renal crônica (irc) mais prevalente foi a nefropatia diabética 87.5% (7/8
pacientes), seguida por nefropatia hipertensiva 12.5% (1/8 paciente); 75% dos pacientes
(6/8) eram da raça branca e 62,5% (5/8) eram do sexo feminino. no momento da
descoberta, os 3 pacientes que apresentaram fistula pe encontravam-se em capd: em 1
dos pacientes, a terapia foi suspensa por 3 dias e ele foi encaminhado para apd, onde
permaneceu até o final do estudo sem recidiva (35 meses); 1 paciente foi transferido para
hd por contra-indicação da urologia em fazer cirurgia e em outro paciente foi suspensa a
terapia por 4 dias e reiniciado capd, sem recidiva até o final do estudo (7 meses). dos que
apresentaram fístula pp, 2 encontravam-se em capd e 3 em apd. o diagnóstico das fístulas
pp foi realizado com os pacientes internados, sendo realizado teste de azul de metileno:
em 2 pacientes, o tratamento foi suspenso por 15 dias e em seguida eles foram
transferidos para apd e continuaram no método até o final do estudo, sem recidiva (1
paciente por 23 meses e o outro por 3 meses); em 3 pacientes o tratamento foi suspenso
e eles foram transferidos para hd. nenhum dos pacientes que foi submetido a hd voltou
ao programa de pd. Conclusões: houve uma prevalência grande dessas alterações em
pacientes diabéticos, e em 50% dos pacientes esse tipo de morbidade dificultou ou
encerrou a possibilidade do paciente se manter em programa de pd.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
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SERVIÇO DE HEMODIÁLISE NO JAPÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
TEREZINHA HIROKO FUJIKI HASHIMOTO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES EM USO DE CATETERES
PARA HEMODIÁLISE EM CLÍNICA SATÉLITE DE SÃO PAULO.
MARIA BEZERRA, ROSILENE MORAES SILVA, ROGÉRIO BARBOSA DE DEUS
CINE – CENTRO INTEGRADO DE NEFROLOGIA S/C LTDA
Este relato descreve a minha experiência como enfermeira estagiária no setor de
hemodiálise (Hd) do Hospital Universitário (HU) de Nagasaki, patrocinada pela Japan
International Cooperation Agency (JICA). Inaugurado em 1857, o HU de Nagasaki
possui 869 leitos, distribuídos por especialidades, tendo por finalidade a assistência, o
ensino e a pesquisa. O setor de Hd destina-se ao atendimento de pacientes internados na
instituição e conta com uma equipe de 4 enfermeiros, 2 médicos e 1 técnico de
equipamentos. Os enfermeiros desenvolvem os planos de cuidados por meio do Processo
de Enfermagem informatizado, que integra o Prontuário Eletrônico do Paciente. A
instalação da Hd é atribuição do médico que utiliza aparelho de ultra-som portátil para a
punção de FAVs mais complicadas. Pacientes com cateter de duplo lúmem permanecem
hospitalizados até a confecção da FAV ou inicio de CAPD. O fluxo sanguíneo estipulado
para a Hd é de 200ml/hora, durante 4 horas. Os dialisadores capilar e equipos artériovenoso são de uso único, sendo que os equipos possuem infusores para a conexão de
seringas, sem a necessidade de agulhas, visando a coleta de sangue e/ou administração
de medicamentos. Após a instalação da Hd, a cada turno, 3 enfermeiros checam,
individualmente, todos os parâmetros estabelecidos prevenindo a ocorrência de erros. Os
pacientes são dializados em camas que possuem balanças acopladas. Em virtude da
eficiência da atenção primária a maioria dos pacientes renais crônicos inicia a Hd após
os 55 anos, contudo a fila de espera para transplante renal é extremamente demorada no
Japão.
Introdução: O paciente com insuficiência renal crônica dialítica (DRC5) necessita de
via de acesso para tal procedimento, por fístula arteriovenosa (que pode demorar de 30 a
60 dias para uso) ou por uso de cateteres. Casuística e métodos: Foram selecionados
pacientes de clínica de Hemodiálise de Guarulhos-SP e levantados dados de prontuário.
Objetivos: Analisar, retrospectivamente, perfil de diálise em pacientes em uso de
cateteres, como via de acesso, para hemodiálise. Resultados: Foram analisados 43
pacientes, sendo 27F/16M com idade de 53,3 ± 13,8 anos (média ± desvio padrão, X ±
DP), destes 25(58,1%) da raça branca, 10(23,3%) negra, 7(16,3%) parda e 1(2,3%)
amarela. 11 pacientes em uso de cateter tipo Perm-cath e 32 com cateter tipo Schilley. Os
pacientes apresentavam 2,6 ± 1,0 kg de ganho interdialítico e com número de trocas de
cateter de 3,2 ± 2,2 x . O tempo em hemodiálise dos pacientes foi de 11 meses (10 e 180)
[mediana, min e max]. Dos 43 pacientes, 8 se encontram com possibilidade de confecção
de fístula arteriovenosa e 11 já fizeram e estão em período de maturação. O tempo de uso
de cateteres foi de 47,7 ± 46 dias (X ± DP).
Exames
Fósforo (mg/dL)
Albumina(mg/dL)
Hemoglobina(mg/dL)
Resultados
5,5 ± 1,4
3,6 ± 0,6
9,9 ± 1,8
Dados
Kt/v
Nº de infecções*
Resultados
1,3 ± 0,2
2,2 ± 1,6
* 19 pacientes não apresentaram episódios de infecção em cateter.
Conclusão: Observamos que o tempo médio de uso de cateteres e o número de
processos infecciosos foram comparados aos da literatura e que o uso de cateteres para
hemodiálise se mostrou adequado com manutenção de diálise adequada, no período
estudado.
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AVALIAÇÃO DO ENFRENTAMENTO FRENTE A REALIDADE DO
CATETER E DA DOENÇA RENAL: MELHOR COM CONHECIMENTO
PRÉVIO OU NÃO?
RODRIGO MATOS GOMES DA CUNHA, ROGÉRIO BARBOSA DE DEUS
CINE – CENTRO INTEGRADO DE NEFROLOGIA S/C LTDA
ENTENDIMENTO DO PACIENTE EM NECESSIDADE DE PASSAGEM DE
CATETER PARA DIÁLISE FRENTE AS SUAS DÚVIDAS. O QUE FAZER?
RODRIGO MATOS GOMES DA CUNHA, ROGÉRIO BARBOSA DE DEUS
CINE – CENTRO INTEGRADO DE NEFROLOGIA S/C LTDA
Introdução: O paciente com perda de função renal e que requer terapia renal substitutiva
(hemodiálise), necessita de via de acesso para realizar este procedimento e esta via pode
ser por fístula arterio-venosa ou por uso de cateteres, que são por muitas vezes, colocados
de urgência. Objetivos: Analisar, retrospectivamente, as características do
enfrentamento do paciente frente ao uso de cateter para diálise com ênfase no
conhecimento pré e pós-implante cateter, em clínica satélite de São Paulo. Casuística e
métodos: Foram selecionados pacientes de clínica de hemodiálise de Guarulhos-SP e
divididos em 2 grupos, sendo GI: com “bom” enfrentamento, n=18 pacientes e GII: com
“mal” funcionamento, n=11 pacientes. Resultados: Analisados 29 pacientes, sendo
16F/13M com idade de 53,2 ± 16 anos (X ± DP). O tempo de uso de cateteres foi de 28
± 19 dias (X ± DP). Os grupos GI e GII não diferiram significativamente nos parâmetros:
idade; tempo de uso de cateter e em hemodiálise; ganho de peso interdialítico e kt/v.
Também não houve diferença significante entre os grupos GI e GII com relação ao
conhecimento prévio vs. sem conhecimento prévio de cateter. Dos 18 pacientes do GI,
16 deles procuraram se informar sobre cateter e sua doença de base, significativamente
maior do que o GII. Conclusão: Observamos que os indivíduos com “bom”
enfrentamento frente à realidade da doença renal e do uso do cateter apresentaram maior
adesividade ao tratamento, procurando melhorar seus conhecimentos sobre sua condição
clínica e necessidades de tratamento.
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Introdução: O paciente com perda de função renal necessita tratamento muitas vezes em
caráter de urgência, quando isto ocorre há a necessidade de implante de cateter sem aviso
prévio. Objetivos: Analisar o nível de entendimento do procedimento de implante de
cateter sem aviso prévio, em clínica satélite de São Paulo. Casuística e métodos: Foram
selecionados 29 pacientes de clínica de hemodiálise satélite de São Paulo/SP e analisados
sentimentos mencionados e o comportamento antes e depois do implante do cateter.
Resultados: Foram analisados 29 pacientes, sendo 16F/13M com idade de 53,2 ± 16
anos (X ± DP). A urgência de implante de cateter foi observada em todos os casos
analisados e o tempo médio de uso de cateteres foi de 28 ± 19 dias. Dos 29 pacientes
somente 01 apresentava bom conhecimento sobre a doença renal, 27 desconheciam e 01
não informou. Quando dividimos o grupo de pacientes em 2 instantes, a saber instante 1
(Inst.1): antes do procedimento e 2 (Inst.2): depois do procedimento, observamos que em
Inst.1 26 pacientes desconheciam cateteres e suas funções ao passo que 03 pacientes
conheciam e no Inst.2: 07 pacientes permaneceram sem conhecimento e 22 apresentaram
significativo aumento do conhecimento do procedimento, de sua necessidade e seu
motivo. 09/29 pacientes experimentaram sentimentos ruins com relação ao
procedimento, 11/29 não revelaram seus sentimentos e 09/29 disseram se tratar de um
tratamento necessário. Conclusão: Observamos que os indivíduos precisam do
conhecimento prévio, quando possível, da necessidade de uso de cateteres, bem como ter
espaço para expressar seus sentimentos. Os pacientes estão interessados em aprender
sobre o que lhes aflige e o conhecimento é muito necessário na aceitação da nova
realidade.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
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PALESTRAS INFORMATIVAS: PROMOVENDO AUTONOMIA E
CONSCIENTIZAÇÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
SHEILA ARAÚJO COSTA, SUSY MARA A. F. LASTIRI, ROGÉRIO BARBOSA DE
DEUS
CINE – CENTRO INTEGRADO DE NEFROLOGIA S/C LTDA
O JOVEM EM HEMODIÁLISE – O QUE MUDA NA SUA VIDA?
GLEICE ELLEN SILVA DOS SANTOS, MÔNICA MARTINS GUIMARÃES
GUERRA, SELMA VAZ VIDAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
Introdução: A insuficiência renal crônica, seus tratamentos e co-morbidades, na maioria
das vezes são assuntos praticamente desconhecidos por pacientes que iniciam diálise e
seus familiares. Desta forma, sentimentos como: medo, angústia, apreensão, impotência
e tristeza mostram-se de maneira marcante e clara na vida destas pessoas. A educação e
a transmissão de informações é uma ferramenta que auxilia na mudança do
comportamento do paciente em diversos níveis, deixando-o além de tudo mais tranqüilos
com relação aos procedimentos e condutas. Objetivos: Sensibilizar e ensinar o paciente
a fim de se obter uma conscientização e autonomia dentro do seu quadro clínico, através
e palestras informativas. Metodologia: A demanda para participar da palestra é
espontânea, onde pacientes e familiares devem terá apenas cadastro na clínica. As
palestras são oferecidas 2 vezes por mês, durante as palestras, são colocados temas como
hemodiálise, aspectos nutricionais e psicológicos, cuidados com a fístula arterio-venosa,
insuficiência renal, transplante renal e sexualidade. Resultados: Foram realizadas 4
palestras, ministradas pelo psicólogo, nutricionista e pela assistente social, observou-se
que na primeira palestra compareceram 22 indivíduos (entre pacientes e acompanhantes)
e a última: 38 pacientes. As 2 últimas palestras foram seguidas de debates por iniciativa
dos pacientes. Conclusão: As palestras de educação em saúde tem sido um sucesso entre
pacientes, funcionários e acompanhantes, quando avaliado pela demanda crescente e a
freqüência assídua dos usuários do Centro Integrado de Nefrologia S/C Ltda.
O tratamento de Hemodiálise impõe mudanças que resultam no comprometimento de
várias atividades do portador da Doença Renal Crônica (DRC). Essa pesquisa objetivou:
conhecer o perfil do jovem de idade inferior a vinte e quatro anos com relação ao
significado e as mudanças vivenciadas por ele; descobrir as possíveis causas da doença
renal crônica relatadas pelos jovens em hemodiálise; conhecer o significado para o jovem
com relação ao método dialítico; saber por meio de relatos dos jovens que fazem
hemodiálise quais mudanças ocorreram em sua vida nos aspectos: físicos, emocional,
social, familiar, educacional e laboral. Seguiu os passos metodológicos da pesquisa com
abordagem qualitativa de natureza descritiva. Foram sujeitos da pesquisa cinco jovens
com DRC, em Terapia Renal Substitutiva-hemodiálise, inscritos em um Serviço de
Nefrologia, em um município do Estado do Rio de Janeiro. O instrumento utilizado foi
um questionário com três perguntas abertas, aplicado no período de fevereiro a março de
2007. Na análise dos dados foi construído inicialmente o perfil dos sujeitos do estudo
com as variáveis: sexo, idade, estado civil, profissão, trabalho atual, grau de escolaridade,
se estuda atualmente, o tempo de hemodiálise, se possui familiar com DR e doença de
base. Da primeira questão emergiu a categoria: “Sinais Clínicos que Levaram ao
Diagnóstico da DRC”. Da segunda pergunta surgiu a categoria: “Hemodiálise: O
Tratamento Necessário à Vida”. Foi construído um quadro demonstrativo para ilustrar
o resultado na terceira e última questão. Portanto a pesquisa possibilitou conhecer as
mudanças ocorridas na vida dos clientes jovens em Terapia Renal Substitutiva –
hemodiálise, essas mudanças são conseqüências da DRC, e podem se tornar complexas
e problemáticas, dependendo do grau de aceitação e adaptação ao tratamento.
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OLHANDO O CUIDADOR: A ESCUTA PSICOLÓGICA PARA A
ENFERMAGEM
MÍRTHIS DENILZA MACÊDO DA SILVA, SHIRLEY HELENA DOS SANTOS
HENRIQUES
CLÍNICA DO RIM – BELÉM/PARÁ
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CENTROS
DE DIÁLISE:UMA REALIDADE POSSÍVEL
ARMINDA L.A.M. SANTIAGO, MICHELLE C.M.MELGAÇO
Introdução: os profissionais da área da saúde estão sujeitos a inúmeros desgastes,
físicos, sociais e emocionais, por conta do ambiente desafiador em que trabalham,
traduzido aqui como “campo de sofrimento”. porém, este desgaste global, em especial, o
psicológico, é intensificado quando a atuação se dá em uma clínica de hemodiálise.
Objetivos: oportunizar a fala e a escuta terapêutica da equipe de enfermagem, bem
como, criar momentos de reflexão para a motivação de relacionamentos saudáveis e de
qualidade no ambiente de trabalho. Método: a partir da solicitação da enfermeira do 3º
turno para a intervenção da psicóloga, por conta do nível elevado de estresse, desgaste
com os médicos e pressa em terminar o turno, a equipe de 9 técnicos de enfermagem foi
dividida em 3 grupos, em encontros de duas horas de duração aproximadamente. porém,
não foi possível realizar o encontro com o terceiro grupo durante período o proposto.
Resultados: o primeiro encontro teve a função de “esvaziamento” do desgaste que
vinham apresentando. neste momento, os técnicos puderam falar do que mais os
incomodava e de como se vêem e vêem o colega no trabalho. percebeu-se um
desaceleramento imediato das atividades, bem como um ambiente “menos pesado” tanto
para a equipe quanto para os pacientes. vale ressaltar que o grupo não-participante dos
encontros, assimilou e absorveu o novo funcionamento dos demais. Conclusões: os
profissionais de saúde foram ensinados a curar, cuidar e/ou salvar vidas, mas se vêem
diante de situações de estresse diariamente, que fogem ao seu controle, como na
hemodiálise. por isso a importância e a necessidade da escuta psicológica, como apoio às
reações emocionais e como possibilidade para o alívio das tensões na vida e no trabalho,
buscando-se um olhar diferenciado.
Introdução: A maioria dos centros de diálise tem dificuldade de implantar a
sistematização da assistência de enfermagem (SAE) por se trata de pacientes renais
crônicos terminais e ambulatoriais, ou seja traçar um plano de cuidados para pacientes
que permanecem na instituição durante anos e fazem tratamento de terapia renal
substitutiva (TRS). Objetivo: Implantar a SAE a fim de cumprir as normas do exercício
profissional de enfermagem exigido pelo COREN e prestar uma assistência qualificada,
individualizada e dinâmica, aos pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica
Terminal (IRCT) em TRS. Metodologia: O processo de implantação realizou-se
gradativamente passando pelas diversas fases da sistematização da assistência. Iniciando
pelo histórico de enfermagem, evolução, observação e plano de cuidados já instituídos,
tendo o diagnóstico ainda em fase de implantação. Este processo vem sendo construído
dentro de um perfil dos pacientes da instituição, e através de um levantamento baseado
em Vanda Horta, com freqüência mensal; sendo acrescentado o plano de cuidados
especiais a fim de suprir as necessidades diárias dos pacientes. Resultados: Melhora da
qualidade da assistência de enfermagem ao portador de IRCT; construção de novos
diagnósticos por enfermeiros da instituição, instrumento para melhor terapêutica, registro
para consulta da equipe multidisciplinar e melhora da qualidade de vida conseqüente de
uma melhor qualidade da assistência. Conclusão: Implantar a SAE nos centros de diálise
é possível apesar das peculiaridades da IRCT, na qual o paciente está em tratamento
ambulatorial.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
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Trabalhos Enfermagem
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INTERAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM HEMODIÁLISE
LEMOS, JRD; VAZ, VF; SANTOS, MJF; IWAMOTO, HH; IWAMOTO, S; FONTES,
MPS.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM/ UBERABA-MG
MUDANÇAS NA VIDA DO JOVEM EM TRS-HEMODIÁLISE
ELISÂNGELA FONTES, GLEICE ELLEN S. SANTOS; MÔNICA MARTINS
GUIMARÃES GUERRA; SELMA VAZ VIDAL; ARTHUR FONTES
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
A informação do estado de saúde do indivíduo, principalmente os renais crônicos, deve
ser buscada por todos os integrantes da equipe multiprofissional. Neste contexto, destacase a Resolução 272/2002 do Conselho Federal de Enfermagem que institucionaliza a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como prática de um processo de
trabalho realizado pelo Enfermeiro e adequado às necessidades dos clientes como
modelo de assistência à saúde. Com isso, o objetivo do estudo foi a formulação de
protocolos assistenciais baseados em um instrumento único de coleta de dados, para
acompanhar a evolução mensal de cada paciente frente ao tratamento e instituir a
aplicação destes protocolos no desenvolvimento da SAE. O estudo mostrou que os doze
protocolos padronizados relacionados com o programa dialítico, com os medicamentos
hospitalares e ambulatoriais prescritos, com as complicações agudas e crônicas em
hemodiálise, com as doenças associadas, com os manejos da anemia e da osteodistrofia
na IRC, com a adequação nutricional, vacinal e do esquema de hemodiálise e com o
transplante, conseguiram fornecer dados necessários para a aplicação de todas as etapas
da SAE junto aos clientes; além disso, a aplicação dos protocolos individualizou o
planejamento do cuidado e permitiu a organização das informações relativas ao
tratamento hemodialítico, o que facilitou as atividades exercidas pela equipe
multidisciplinar. Dessa forma, concluímos que as anotações de enfermagem, quando
cientificamente estruturadas, apresentam elementos valiosos para o diagnóstico das
necessidades do cliente, além de contribuírem também para o avanço na prática
assistencial do Enfermeiro em nefrologia, na medida em que evidencia não só a interação
dos profissionais de saúde como também o papel educativo do enfermeiro juntos aos
pacientes com IRC em tratamento hemodialítico.
O tratamento de Hemodiálise impõe mudanças que resultam no comprometimento de
várias atividades do portador da Doença Renal Crônica (DRC). Essa pesquisa objetivou:
conhecer o perfil do jovem de idade inferior a vinte e quatro anos com relação ao
significado e as mudanças vivenciadas por ele; descobrir as possíveis causas da doença
renal crônica relatadas pelos jovens em hemodiálise; conhecer o significado para o jovem
com relação ao método dialítico; saber por meio de relatos dos jovens que fazem
hemodiálise quais mudanças ocorreram em sua vida nos aspectos: físicos, emocional,
social, familiar, educacional e laboral. Seguiu os passos metodológicos da pesquisa com
abordagem qualitativa de natureza descritiva. Foram sujeitos da pesquisa cinco jovens
com DRC, em Terapia Renal Substitutiva-hemodiálise, inscritos em um Serviço de
Nefrologia, em um município do Estado do Rio de Janeiro. O instrumento utilizado foi
um questionário com três perguntas abertas, aplicado no período de fevereiro a março de
2007. Na análise dos dados foi construído inicialmente o perfil dos sujeitos do estudo
com as variáveis: sexo, idade, estado civil, profissão, trabalho atual, grau de escolaridade,
se estuda atualmente, o tempo de hemodiálise, se possui familiar com DR e doença de
base. Da primeira questão emergiu a categoria: “Sinais Clínicos que Levaram ao
Diagnóstico da DRC”. Da segunda pergunta surgiu a categoria: “Hemodiálise: O
Tratamento Necessário à Vida”. Foi construído um quadro demonstrativo para ilustrar
o resultado na terceira e última questão. Portanto a pesquisa possibilitou conhecer as
mudanças ocorridas na vida dos clientes jovens em Terapia Renal Substitutiva –
hemodiálise, essas mudanças são conseqüências da DRC, e podem se tornar complexas
e problemáticas, dependendo do grau de aceitação e adaptação ao tratamento.
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NECESSIDADES EDUCATIVAS DO CLIENTE COM DOENÇA RENAL
FONTES, ELISÂNGELA CORRÊA BARBOSA; VIDAL, SELMA VAZ; GUERRA,
MÔNICA MARTINS; FONTES, ARTHUR FIGUEIREDO TEIXEIRA
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE TERESÓPOLIS COSTANTINO OTAVIANO
CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM, QUE
TRABALHA EM UNIDADES DE DIÁLISE, SOBRE TUBERCULOSE, NA
GRANDE SÃO PAULO.
MORAES, FLAVIA APARECIDA DE; NOGUEIRA, PÉRICLES ALVES
FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
A educação é um processo que envolve mudanças de comportamento das pessoas e deve
ser realizado pelo enfermeiro junto a elas, e não nelas, norteadas pela interação de todos.
Objetivou avaliar ações educativas realizadas pelo enfermeiro junto aos clientes
portadores de doença renal em tratamento conservador na consulta de enfermagem em
ambulatório de um hospital-escola; saber junto ao cliente o seu conhecimento sobre
doença renal; identificar as necessidades educativas do cliente portador de doença renal
em tratamento conservador; conhecer os fatores intervenientes no ensino/ aprendizado
desses clientes na adesão ao tratamento; colher sugestões para ações educativas que
subsidiem as consultas de enfermagem ambulatorial. Metodologia: abordagem
qualitativa e descritiva, no cenário da consulta de enfermagem em um ambulatório do
Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano, do Estado do RJ, com 10
clientes portadores de doença renal em tratamento conservador. Utilizou-se um
questionário com questões semi-estruturadas aplicado no período de fevereiro/março de
2007. Resultados e conclusões: o perfil dessa amostra foisignificativa. Na primeira
pergunta os relatos geraram um quadro demonstrativo com ênfase na consequência da
doença. Na segunda questão foi construída a seguinte categoria:“Atende às necessidades
no processo saúde-doença da pessoa e atende o encaminhamento médico”. Na terceira
e quarta perguntas as declarações dos sujeitos originaram as categorias: “As explicações
e demonstrações” e “Nada que dificulte o aprendizado”. Na última questão emergiu a
seguinte categoria: “As orientações poderiam ser por escrito”. Portanto, o enfermeiro
como educador pode contribuir na mudança de parte da história desses clientes e
enriquecer a sua própria história.
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Introdução: Entre os pacientes renais crônicos ocorre a imunodeficiência celular, que
realizaria a primeira resposta imunológica contra a tuberculose. O que torna esse paciente
suscetível a desenvolver a tuberculose. Comparando o coeficiente de incidência de
tuberculose entre pacientes renais crônicos e da população geral do estado de São Paulo,
40,69/100.000 pacientes (2005) e 43,9/100.000 hab (2004), respectivamente, pode
sugerir que não há diferenças estatísticas entre os números de casos dessas populações.
Esses números sugerem a importância da tuberculose para o paciente renal crônico e a
potencialidade de exposição de risco para os profissionais da área da saúde,
especialmente os da enfermagem. Objetivo: Descrever o conhecimento e práticas de
enfermagem realizadas pelos profissionais da enfermagem, que trabalham em unidades
de diálise da Grande São Paulo, sobre a tuberculose, contemplando os aspectos
epidemiológicos e clínicos. Método: Estudo descritivo que usou um questionário como
instrumento de coleta de dados. A amostra utilizada foi de conveniência após uma
seleção das unidades que possuíam mais do que 15 máquinas de diálise. Os sujeitos
foram todos os componentes das equipes de enfermagem dessas unidades (auxiliares,
técnicos de enfermagem e enfermeiros). Resultados: Os resultados apontam que as
equipes de enfermagem apresentam um bom domínio do conhecimento relacionado à
tuberculose. Mas, isso não os isentou de expressar, em alguns momentos, conhecimentos
limitados. Conclusão: A sugestão desse estudo é que sejam intensificadas as atividades
educacionais, voltadas para a tuberculose, incluindo esclarecimentos sobre as medidas de
prevenção e controle específicas, para que sejam diminuídos os casos de tuberculose
entre os pacientes renais crônicos e as situações de exposição de risco para a equipe de
enfermagem.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
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O PERFIL DOS PACIENTES DE UMA UNIDADE DE DIÁLISE DA ZONA
OESTE DO RIO DE JANEIRO: PASSOS PARA PLANEJAMENTO
TRANSDISCIPLINAR
CUNHA, CLÁUDIA V.S.; COELHO, MARCELE R.S.; CORBEICEIRI, GISELE M.;
FIGUEIREDO, MÁRCIA C. F; VIGNOLI, MARCIA C.
CONTAMINAÇÃO DOS ACESSOS VASCULARES EM HEMODIÁLISE
LUCELIA COSTA TEIXEIRA, ISABEL CRISTINA LUIZ, MARIA DE FÁTIMA
MOREIRA, PATRÍCIA MORAES SOUZA
INSTITUTO DE TERAPIA RENAL LTDA (RENALDUC)
A doença renal é um problema mundial de saúde pública, com uma média de 70.000
pacientes em diálise, 85 novos pacientes/ano, levando a elevados gastos com terapia
renal substitutiva, segundo proferido no último CBEN realizado em outubro de 2006. As
complicações e comorbidades destes pacientes levam a uma diminuição da qualidade de
vida, aumentado assim a morbi-mortalidade. Os objetivos do presente estudo foram
traçar o perfil do pacientes em tratamento hemodialítico na unidade, orientar a prevenção
e tratamento das principais doenças de base encontradas nessa população, prevenindo
assim as comorbidades, além de intensificar a política de revisão do ganho interdialítico
destes pacientes, promovendo melhora no auto-cuidado e adesão ao tratamento. O estudo
realizado foi do tipo quali-quantitativo com 172 pacientes através de questionário
fechado que realizam hemodiálise em uma unidade ambulatorial conveniada ao SUS. Na
população assistida encontramos 50% de homens e 50 % de mulheres, sendo desse total,
47 % hipertensos e 19% diabéticos. Aproximadamente77 % dessa população encontrase na faixa etária de 41 a 80 anos. Em relação ao ganho interdialítico, observou-se que
66 % estão na faixa de 3 a 5 l. Quanto ao Índice de massa corporal foi observado que
66% encontram-se na faixa normal, enquanto 17 % apresentaram baixo peso, 15%
sobrepeso e 5% obesidade. Os resultados obtidos possibilitaram uma melhor visualização
da população permitindo um melhor planejamento, visando prevenir comorbidades,
promover o auto cuidado e maior adesão ao tratamento, intensificando as orientações
quanto ao ganho interdialítico através da equipe transdisciplinar.
Este trabalho aborda como tema a contaminação de acesso vascular permanente em
hemodiálise, onde resolvemos aborda este tema na tentativa de minimizar a
contaminação. Objetivou identificar os fatores que contribuem para a contaminação do
acesso vascular permanente, esclarecer aos profissionais de saúde e aos pacientes, sobre
os fatores que levaram a contaminação e verificar a eficácia da assistência de
enfermagem, como fator contribuinte na minimização da contaminação dos acessos
vasculares. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho aborda aspectos
qualitativos. A coleta de dados foi realizada através da fala dos entrevistados que foram
membros da equipe de enfermagem. Partimos do pressuposto que o ambiente hospitalar
é um local para que ocorra o desenvolvimento das infecções. Ao realizamos este trabalho
podemos concluir que as infecções de fístula ocorrem principalmente pela não realização
de alguns procedimentos simples e também a falta de conhecimentos específicos sobre a
importância que tem a enfermagem na minimização das infecções. Nossas intervenções
foram realizadas através de palestras expositivas para a equipe de enfermagem e para os
pacientes renais crônicos e entrega de folder contendo os dez mandamentos para ter uma
boa fístula. As palestras foram realizadas em duas clínicas do Rio de Janeiro.
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O LÚDICO NA OTIMIZAÇÃO DA HEMODIÁLISE
ANALU LOPES CRUZ, ANA CLÁUDIA LEAL SOUZA
CLÍNICA EM SALVADOR - BA
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE FÍSTULA ARTERIO VENOSA
DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UMA UNIDADE DE
HEMODIÁLISE
LUCIANA FASSONI RUFINO1, POLINS, B. R. G.2
1 ENFERMEIRA, ALUNA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ENFERMAGEM
EM NEFROLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO –
UNIARARAS; 2 DOCENTE E COORDENADORA DO CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO DE ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA DO CENTRO
UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO – UNIARARAS.
Estados de ansiedade e descontentamento durante uma sessão de hemodiálise são
freqüentes, podendo manifestar-se como sintomas de dor, mal estar e outras
intercorrências. Atividades lúdicas e/ ou de entretenimento realizadas durante estas
sessões podem minimizar estas queixas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Buscando avaliar o impacto da exibição de filmes durante sessões de hemodiálise, o
Serviço Social e o Serviço de Psicologia desenvolveram este projeto que viabiliza
sessões de cinema nas salas de Hemodiálise numa Clínica de Salvador – Ba. O estudo
teve duração de um mês e foram realizadas duas sessões em duas turmas de 24 pacientes,
homens e mulheres de idade entre 18 a 87 anos. Os filmes foram pré selecionados,
considerando aspectos psico-sócio-culturais dos pacientes. Como indicadores do impacto
a ser avaliado, foram utilizados o número de intercorrências, o uso de medicações e o
número de chamadas à equipe, registrados no livro de ocorrência da enfermagem nas
sessões com e sem exibição do filme. O estudo mostra que nas sessões que a atividade
foi realizada os resultados apontam quase a metade de intercorrências, uso de medicações
e chamadas à equipe, em relação Às sessões que pó cinema não foi realizado nas duas
turmas. Portanto, durante um mês de estudo, a diferença estatística muito significativa
nos fez concluir que a otimização da sessão de hemodiálise com a exibição de filmes
consegue alcançar um estado de bem estar psico-físico, que redunda em menor número
de descompensações intradialíticas.
A presente pesquisa tem como objetivo avaliar o conhecimento dos profissionais de
enfermagem de uma unidade de hemodiálise sobre, os cuidados, o manuseio e o rodízio
na punção da fístula arterio venosa. A doença renal crônica acomete muitos indivíduos
que necessitam de diálise para sobreviver e para a realização desse tratamento é
necessário a confecção de um acesso vascular, podendo ser temporário ou permanente,
mas que esse seja adequado ás necessidades desse tratamento, pois, um acesso adequado
vascular define não só um melhor resultado terapêutico, como também a sobrevida
desses pacientes. A realização desse trabalho com os enfermeiros justifica-se pelo fato de
ser ele o profissional responsável por orientar e supervisionar os auxiliares e técnicos de
enfermagem para que esses profissionais sejam orientados e bem treinados a fim de não
prejudicar o acesso por manuseio inadequado, pois um bom acesso deve ser capaz de
manter um fluxo adequado para o paciente realizar uma boa diálise, outro fator relevante
são os altos índices de complicações em fístula arterio venosa. Sabe-se que fístula arterio
venosa é o acesso temporário mais utilizado, dessa forma constituindo o tema desta
pesquisa qualitativa com a utilização de um questionário que será respondido pelos
profissionais de enfermagem de uma unidade de hemodiálise do interior paulista.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
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J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
Trabalhos Enfermagem
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MANUAL DE ORIENTAÇÃO AO PORTADOR DE DOENÇA RENAL
CRÔNICA: UMA FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
SOUSA, S R,POLINS, B R G;BELASCO, A S; BARROS, L F N M; OLIVEIRA, E.;
BARBOSA, D
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP
ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM
TRATAMENTO HEMODIÁLITICO
ALINE RAQUEL PILON; VIVIANE FERREIRA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA (UNIARA)
Objetivo: Elaborar um manual de orientações como instrumento do processo de
educação para a saúde ao paciente portador de Doença Renal Cônica e familiares.
Metodologia: Estudo descritivo exploratório a partir das dúvidas dos pacientes e
familiares na opinião de um grupo de alunos do curso de Especialização em Enfermagem
em Nefrologia On line da Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP. No fórum de
discussão do curso foi criado um tópico intitulado Manual de Orientação para o Cliente
a fim de que os alunos registrassem as principais dúvidas dos pacientes encontradas no
serviço em que trabalham ou realizam o estágio obrigatório do curso. Resultados:
Tivemos uma grande participação dos alunos, todos aprovaram a idéia da criação desse
manual. Foram colocados assuntos que seriam importantes aos clientes como: Contatos
da clínica de hemodiálise com horários de funcionamento, objetivos do manual,
Fisiologia Renal, causas e sintomas da doença renal crônica e aguda, cuidados com
acesso venoso (cateter e fístula artério venosa), complicações da doença e da falta à
sessão de hemodiálise, descrição sobre a hemodiálise, orientações gerais sobre o
tratamento, conduta do cliente na clínica e com equipe, alimentos proibidos e dietas
apropriadas, exames, medicamentos, vacinas e orientações sobre o transplante renal.
Conclusão: Sabemos que elaboração do manual de orientação aos portadores de doença
renal crônica é um fator primordial para a compreensão da doença renal de sua
progressão e tratamento além de colaborar com a participação ativa do paciente em seu
tratamento. Com esse manual, os alunos do curso de especialização on line, sentiram-se
estimulados a participar da discussão mostrando um pouco da realidade que cada um
vivencia diariamente em seu trabalho, bem como, o processo ensino-aprendizagem foi
bastante marcante comprovando a importância da problematização para esse processo e
contribuir para enriquecimento e conhecimento mais aprofundado sobre cada um dos
problemas e assuntos levantados que com certeza culminará na qualidade da
assistênciade enfermagem em nefrologia.
Introdução: levando em consideração os aspectos relacionados às alterações fisiológicas
das doenças crônicas, em específico a insuficiência renal crônica, acredita-se que esses
pacientes tenham também alterações emocionais influenciadas pela patologia. Objetivo:
descrever as alterações emocionais do paciente portador de insuficiência renal crônica
em tratamento hemodialítico. Metodologia: trata-se de um estudo de pesquisa
bibliográfica baseada em referências teóricas (livros, revistas científicas) do ano de 1985
à 2007. Resultados: as doenças crônicas em geral, têm a capacidade de causar alterações
emocionais nas pessoas que por ela são acometidas. A resposta psicológica de um
determinado paciente à doença depende de sua personalidade antes da patologia, da
extensão do apoio familiar, dos círculos de amizade e do curso da doença de base. O
paciente submetido à hemodiálise tem que aprender a conviver com limitações, medo da
morte, desânimo, desespero, desorientação, dependência, insatisfação com a imagem
corporal, dificuldade de estabilidade física e bem estar, além da dor. Os renais crônicos
em fase terminal apresentam mudanças no padrão emocional ao entrarem em contato
com a realidade; pois ao observarem o sangue passar por um sistema complicado de
tubos e voltar para o seu próprio corpo, percebem que a desconexão deste sistema pode
resultar em morte, tanto que não é incomum presenciar pacientes se dizendo “mortosvivos”. Por causa do contato com a real condição de vida, estes clientes apresentam a
negação e a fase de formação reativa; ou seja, estes negam a dependência para com as
máquinas, familiares e para com a própria equipe de saúde; e em função disto criam uma
situação de dependência psicológica. Considerações Finais: os pacientes com
insuficiência renal crônica enfrentam novas condições de vida que os obrigam à
reabilitação de suas atividades físicas, sociais, culturais e alimentares; a vida destes
pacientes deixa de ser livre e passa a ser regrada, o que implica na mudança do
comportamento do mesmo para com a sociedade e para consigo mesmo, apresentando as
alterações emocionais.
P 023
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CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO TRANSPLANTADA ATENDIDA NO
AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SÃO PAULO.
CARMEN ROSA N. PUJOL, DENISE DINIZ, JOSÉ O. MEDINA-PESTANA.
HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO, DISCIPLINA DE NEFROLOGIA, UNIFESP.
DESCRIÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DA POPULAÇÃO DE PACIENTES EM
HEMODIÁLISE DA SANTA CASA DE MARINGÁ-PR.
LETICIA SILVA DANTAS, ROSELI ORDIG, KAZUME G. NAKAYAMA,
JANAINA PADULA, RAFAEL F. RADAELI, PAULO R. A. TORRES, JANAINA S.
MARTINS.
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGÁ-PR
Introdução: o serviço social possui como principal função intervir no âmbito das
políticas e gestão de programas sociais. essa intervenção objetiva a melhoria das
condições de vida da população, para isso é necessário à caracterização específica da
população que será assistida. Objetivo: caracterizar a população transplantada atendida
no ambulatório do pós-transplante renal. Material e métodos: foram entrevistados 200
pacientes, aleatoriamente independentes do tipo de doador, tempo da realização do
transplante, sexo, grau de escolaridade, idade. as entrevistas foram realizadas com
questionário utilizado pelo serviço social com perguntas fechadas. foi avaliada a
característica sócio-econômica através da tabela da associação brasileira aba-abipeme.
Resultados: dos pacientes entrevistados 49% estavam na faixa etária de 31 a 50 anos. a
media de tempo de seguimento em pós-transplante foi de 15 meses. dos entrevistados,
51% eram homens, 62% receptores de transplante com doador vivo. grau de instrução:
44,5% de 1° grau incompleto, 8% 2 °grau completo, 4% com superior incompleto, e
5,5% sem escolaridade. 52,5% possuíam residência própria, 23,5% alugadas, 15,5% são
cedidas, 4% em aquisição e 4,5% em terrenos da prefeitura. quanto à classe social: 47%
pertenciam à classe d, 26% classe c e 4% classe e. renda salarial familiar: 32%: um a três
salários, 22%: três a cinco salários, 20%: cinco a sete salários, 11%: sete a nove salários
e 14% com mais de nove salários. tipos de atividades remuneradas: 12,5% possuem
registro em carteira de trabalho, 45% vivem de beneficio (auxilio doença, aposentadoria
por invalidez e loas) e 42,5% exercem trabalho informal. Conclusão: o estudo mostrou
que a população atendida pertence às classes sociais menos favorecidas, através dos
trabalhos da associação de pacientes transplantados realizamos ações de humanização
visando sua inclusão social.
108
Introdução: O programa de hemodiálise crônica intermitente é o mais utilizado para o
tratamento da doença renal crônica no Brasil. Objetivo: Melhorar a abordagem dos
pacientes em hemodiálise, conhecer a condição sócio-econômica da população atendida
na Santa Casa de Misericórdia de Maringá. Pacientes e Métodos: Foi aplicado
questionário dirigido por um dos co-autores nos pacientes que estavam em programa há
mais de 6 meses. Resultados: Foram avaliados 75 pacientes, 42 homens, com média de
idade de 56 anos, e 33 mulheres com média de 49,6 anos. Desses, a média de meses em
tratamento foi de 55,5 nos homens e 54,3 nas mulheres. Dos pacientes 55 % residiam na
própria cidade e 45 % em cidades vizinhas. Em relação à religião, 57,3% eram católicos
e 42,6% pertenciam a outras religiões. Eram casados 53,3%, solteiros 20%, viúvos 12%
e separados 14,7%. Aposentados eram 57,3% dos pacientes, porém 28% não tinham o
benefício. Oito pacientes (10,6%) trabalhavam no mercado informal, 4 (5,3%)
mantinham-se no mercado formal e 4 (5,3%) eram empresários. A renda variou de menos
de 1 salário mínimo em 11 (14,6%) e superior a 10 salários mínimos em 4 pacientes
(5,3%), sendo que a grande maioria, 35 (46,6%) ganhava entre 1 e 3 salários mínimos, 4
(5,3%) não souberam informar sua renda mensal. Em relação à escolaridade, 45,3% dos
nossos pacientes não concluíram o primário, sendo 17 (22,6%) eram analfabetos. Dez
pacientes (13,3%) tinham o 1° grau completo, 14 (18,6%) tinham o 2° grau completo, e
uma pequena minoria com acesso ao ensino superior, sendo 04 pacientes (5,3%) tinham
o curso superior completo e 05 pacientes (6,6%), ensino superior incompleto.
Conclusão: A população de pacientes renais crônicos atendidos em nossa unidade tem
condição sócio-econômica menos favorecida, corroborando com a idéia de que a doença
renal terminal incide mais nas populações mais carentes, refletindo dificuldade de acesso
à atenção primária de saúde.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
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P 026
ABSENTEÍSMO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UMA CLÍNICA DE
NEFROLOFIA DO INTERIOR PAULISTA
EDSON JOSÉ DA COSTA, MICHELE TAVARES KOST; BIANCA REGINA
GUARINO POLINS; JAIRA LOPES BRANDÃO CRESPSCHI; EMILIANA
APARECIDA DE FREITAS.
CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO - UNIARARAS
EXAMES COM PERMANÊNCIA PROLONGADA NO LABORATÓRIO:
ACEITAÇÃO POR PARTE DO PACIENTE
THIAGO RIBEIRO LOPES, VALMIR C. ARAUJO, JULIANA ZANOCCO, SÔNIA K.
NISHIDA, GIANNA MASTROIANNI-KIRSZTAJN
SETOR DE GLOMERULOPATIAS, DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - EPM/UNIFESP
A organização do trabalho constitui-se uma nova tecnologia de submissão e disciplina do
corpo, geradora de exigências fisiológicas, em especial as exigências de tempo e ritmo
de trabalho. No século XVIII com a Revolução Industrial, uma nova produção e
organização do trabalho, transformaram o modo de viver dos trabalhadores, que
passaram a ser vistos e analisados como indivíduos que segundo suas ocupações,
estariam expostas a riscos específicos de adoecimento e morte, e que poderiam, a partir
de então, contarem com medidas de proteção, prevenção e cuidados médicos
especializados, o que atualmente denominamos “medicina do trabalho” (MENDES,
1995). O absenteísmo é o comportamento de faltar ao trabalho com freqüência, praticado
por um individuo ou grupo de indivíduos independente das causas que os motivam e das
conseqüências que provoca. O comportamento de faltar implica em tomar a decisão de
que não comparecer ao trabalho o que exclui as ausências por folgas, férias e licenças
programadas. Este trabalho é de natureza bibliográfica com coleta, manual de dados das
escalas dos profissionais de enfermagem e tem como objetivo um estudo sobre o índice
e as causas de absenteísmo dos profissionais da equipe de enfermagem, em uma Clinica
de Nefrologia do interior paulista no município de Campinas no período de Janeiro a
Dezembro de 2005, com o objetivo de compreender a realidade e sugerir possíveis
intervenções, melhorando assim, a qualidade da assistência prestada ao cliente. Concluise que o absenteísmo ocorre por inúmeras causas sendo desde as condições de trabalho
a característica e o comprometimento de cada membro da equipe ao trabalho, cabendo
assim, ao enfermeiro traçar estratégicas para incentivar e estimular a equipe.
Introdução: A nível laboratorial existem alguns exames que exigem uma permanência
maior dos pacientes, e um deles é o clearence de ioexol, considerado como “gold
standard” para a avaliação de função renal; sua realização demanda um período médio de
5 horas para pacientes sem insuficiência renal severa. Objetivo: Avaliar o nível de
aceitação e preocupação dos pacientes para a realização de exames de longa permanência
no laboratório. Pacientes e Métodos: Foram selecionados para fazer o exame de
clearence de ioexol, pacientes adultos com glomerulopatias que necessitavam de
determinação precisa do ritmo de filtração glomerular. Etapas do procedimento: todos os
pacientes compareceram em jejum e foram submetidos a uma avaliação inicial, com
coleta de breve história clínica atual e prévia de alergia a iodo e derivados, além de
aferição de pressão arterial; em seguida, eles foram pesados, medidos e orientados a
esvaziarem a bexiga com marcação do horário. Foi puncionada veia em membro
superior, para a instalação e manutenção de acesso venoso, sendo realizada a coleta de
amostra de sangue e injetado o ioexol endovenoso (EV), em dose única; depois, foram
feitas as coletas padronizadas de sangue e de urina no período das 5 horas de duração do
exame. Após a primeira coleta de sangue o paciente era liberado do jejum e recebia
alimentos leves, mas não podia ausentar-se do setor. Resultados: Foram analisados 20
pacientes (9M / 11F), com mediana de idade de 39,5 anos (mínimo 20 e máximo 86).
Observou-se que 12 (60%) deles apresentaram maior dificuldades para aceitação do
procedimento no primeiro momento, 15 (75%) relataram medo do resultado do exame,
todos (100%) expuseram inúmeras reclamações devido à duração do exame, sendo que
14 (70%) mostraram-se impacientes, 4 (20%) preocupados com o que deixaram de fazer
no período e 2 (10%), apesar de prévia reclamação quanto à duração, demonstraram
grande serenidade no curso do exame. Conclusões: Observou-se que, apesar da maioria
dos pacientes com indicação de serem submetidos ao exame terem apresentado certa
resistência inicial, relacionada, sobretudo à sua duração prolongada, aceitaram fazê-lo
após compreenderem a importância da determinação precisa de seu ritmo de filtração
glomerular. Os autores acreditam que, além da motivação decorrente do valor intrínseco
do exame, oferecer ao paciente, formas de se distrair no período pode ajudar na
realização deste tipo de procedimento, que apesar de complexo, pode se fazer sem
maiores desconfortos com os devidos cuidados e organização por parte dos responsáveis.
P 027
P 028
CONDIÇÃO DE VIDA DOS PACIENTES EM TRATAMENTO DE DIÁLISE
PERITONEAL INTERMITENTE POR CICLADORA.
RITA DE CÁSSIA HELÚ M. RIBEIRO; DE VECHI, AP; SCATOLIN, BE; DE
MIRANDA, ALL; CESARE, AP; CESARINO, CB; RIBEIRO, DF; BERTOLIN, DC;
LIMA, ICPC; DE LIMA,LCEQ.
FAMERP
A FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
DE UM AMBULATÓRIO ESCOLA
RITA DE CÁSSIA HELÚ MENDONÇA RIBEIRO; DOSSE, C; CESARINO, CB;
MIRANDA, ALL; RIBEIRO, DF; LIMA, ICPC; MARTIM, JFV; DE LIMA, LCEQ;
CASTEDO, MCA; MARTINS, MI.
FAMERP
Os objetivos deste estudo foram caracterizar os idosos com insuficiência renal crônica
em tratamento de diálise peritonial intermitente (DPI) com cicladora e descrever as
condições de vida destes pacientes de um Hospital – Escola do interior do estado de São
Paulo. Participaram do estudo cinco idosos, submetidos ao tratamento DPI com cicladora
com idade entre 52 a 75 anos, residentes em São José do Rio Preto, e cidades vizinhas do
estado de São Paulo. O referencial teórico metodológico foi à história oral temática,
proposta por Meihy e a análise dos dados, segundo Bardin. A apresentação desta análise
constituiu-se em duas categorias: a condição de vida do paciente antes do tratamento de
DPI com cicladora e a condição de vida do paciente durante este tratamento. Destas
categorias originaram-se as subcategorias: atividades da vida diária (AVD) e processo
saúde/doença. As categorias evidenciaram as modificações na condição de vida destes
pacientes antes e durante o tratamento de DPI, que podem ser entendidas como alterações
biopsicossociais nas condições de vida dos pacientes com ênfase ao processo saúde –
doença e tratamento.
Este estudo teve como objetivos: determinar as freqüências à consulta e/ou tratamento
medicamentoso e não medicamentoso e identificar os principais motivos referidos pelos
pacientes hipertensos para não adesão aos tratamentos. Trata-se de um estudo descritivo
exploratório realizado em um ambulatório escola. Os sujeitos do estudo foram 68
pacientes, sendo selecionados 44 mulheres e 24 homens, média de idade foi de 63,9 anos
para o sexo feminino e 55,7 anos para o sexo masculino. Para a coleta de dados foi
utilizado o formulário de atendimento da equipe multiprofissional e o teste de MoriskyGreen. Considerou-se a não adesão, os pacientes hipertensos que apresentaram PA média
da MAPA superior a 130/80 mmHg nas 24 horas. Posteriormente foi realizada uma busca
por telefone, para identificar os motivos referidos pelos da não adesão e para análise dos
dados utilizou-se à estatística descritiva. Os resultados mostraram que 61,7% são
assíduos às consultas bem como no grupo de hipertensão, observou-se que 82,0%
possuíam relação cintura quadril alterada, verificou-se que 61,3% das mulheres fazem
uso de três medicamentos ou mais, 58,3% dos homens fazem uso de dois
antihipertensivos e apenas um dos pacientes era tratado com monoterapia. Observou-se
que a maioria (85,3%) mantinha pelo menos um hábito de vida não saudável e 69,1% dos
motivos, relatados para o não controle da PA, foram os emocionais. Apesar da maioria
dos pacientes freqüentarem regularmente o grupo de hipertensão, foram altos os
percentuais que demonstraram a não adesão ao tratamento medicamentoso e não
medicamentoso.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
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Trabalhos Enfermagem
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QUALIDADE DE VIDA E DEPRESSÃO EM PACIENTES
COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA
RITA DE CÁSSIA HELÚ M. RIBEIRO; CESARINO, CB; RIBEIRO, DF; DE ABREU,
FM; DAVID, GMS; COSTA, IS; MELO RES; DOMINGOS, VC; DAMIANO, VB.
UNIP
PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA EM TRS NA CIDADE DE MANHUAÇU – MG.
SCHUENGUE LOBATO, C.M.O, GUIMARÃES, G.L., RODRIGUES, V.P., SILVA,
E.N., OLIVEIRA, E.M.N., RIBEIRO, R.
RENALCLIN – MANHUAÇU - MG
O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de trabalhos sobre Insuficiência Renal
Crônica (IRC) que utilizam como descritores: “IRC/diálise”, “depressão”, “qualidade de
vida” e “enfermagem” utilizando resumos de trabalhos científicos da LILACS, no
período de 2000 a 2005. Trata-se de um trabalho não experimental descritivo
exploratório. Foi realizado um levantamento dos resumos de trabalhos científicos sobre
insuficiência renal crônica na Base de dados da LILACS, de 2000 a 2005. O resultado da
pesquisa dos resumos sobre insuficiência renal crônica revelou que o descritor
“depressão” esteve presente na maioria dos trabalhos de 2000. No ano de 2001 e 2002
prevaleceu o descritor “Insuficiência Renal Crônica”, muitos trabalhos avaliaram essa
doença que tem evolução rápida e agressiva e que prejudica a qualidade de vida de muitas
pessoas portadoras. A partir de 2003 são encontrados trabalhos com o descritor
“qualidade de vida”. Em 2004 e 2005 o descritor “enfermagem” prevaleceu com
destaque. Os trabalhos demonstram que o descritor IRC/diálise foi o mais citado nos seis
anos da pesquisa (31), seguido de enfermagem (23), qualidade de vida (22) e depressão
(11). Concluímos que os resumos revelaram priorizar a doença e o tratamento
primeiramente, sendo que a qualidade de vida, enfermagem, a depressão são aspectos
estudados nos anos seguintes. Consideramos que os profissionais da enfermagem devam
realizar trabalhos que reconheçam as reais necessidades dos pacientes, buscando a
humanização da assistência de enfermagem e a valorização da qualidade da vida destes
pacientes.
Objetivos: Avaliação do perfil dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica no serviço
de diálise em Manhuaçu – MG. Métodos: Estudou-se pelo período de um ano, 167
pacientes, (idade média de 53 anos), sendo 99,9% dos pacientes em Hemodiálise e 1%
em Diálise Peritoneal. Resultados: A Hipertensão Arterial foi à etiologia principal com
50% dos pacientes, seguida pelo Diabetes Melitus com 22% e causa desconhecida com
17%. A maioria dos pacientes realiza a terapia renal substitutiva há mais de 4 anos.
Naqueles em Hemodiálise, a FAV (85%) representava o principal acesso vascular. O
óbito foi a principal causa de saída com 10%. A doença cardiovascular foi responsável
por 50% dos óbitos, seguido das causas infecciosas com 20%. Ao final do estudo 70
pacientes apresentavam albumina menor que 3,4g/dl, e o produto cálcio fósforo maior
que 70 estava presente em 80% dos pacientes. Conclusões: A Hipertensão Arterial foi a
principal etiologia da doença renal crônica. As doenças cardiovasculares e infecciosas
foram responsáveis por 70% dos óbitos, e a taxa de mortalidade global ficou em 10%,
inferior a taxa de mortalidade do Brasil.
P 031
P 032
MODOS DE ENFRENTAMENTO DAS PESSOAS EM TRATAMENTO
HEMODIALÍTICO.
BERTOLIN, DANIELA COMELIS; PACE, ANA EMILIA; KUSUMOTA, LUCIANA;
CESARINO, CLAUDIA BERNARDES; RIBEIRO, RITA H. MENDONÇA
EERP-USP-RIBEIRÃO PRETO-SP
PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO E O
VÍNCULO COM A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO
ÍRIS TERESA LAFUENTE ÁVILA, SIBELA BM VASCONCELOS, DENISE HMP
DINIZ
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – ESCOLA PAULISTA DE
MEDICINA
Os modos de enfrentamento podem amenizar os efeitos do estresse, favorecendo o
processo adaptativo. O objetivo deste estudo foi analisar os modos de enfrentamento das
pessoas com IRCT frente à situação de doença e ao tratamento por hemodiálise, segundo
variáveis sociodemográficas e clínicas. Foi realizado um estudo descritivo em São José
do Rio Preto, entrevistados 107 pacientes com IRCT em tratamento hemodialítico há seis
meses ou mais, com idade 18 anos ou mais, orientados, que concordaram em participar
do estudo, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Os instrumentos
utilizados foram o Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus
(1985) e um questionário de caracterização. A maioria das pessoas entrevistadas era do
sexo masculino, de idade adulta (18 a 59 anos) e as principais causas da IRCT foram
GNC e diabetes mellitus. Os modos de enfrentamento com maiores escores médios
foram relacionados ao fator reavaliação positiva. As mulheres apresentaram escores
médios mais elevados que os homens para todos os fatores; idosos tiveram escores
médios mais elevados que os adultos nos fatores confronto, afastamento e fuga-esquiva;
pessoas que referiram trabalhar apresentaram escores médios mais elevados para os
fatores autocontrole, suporte social, resolução de problemas e reavaliação positiva;
pessoas que realizaram transplante obtiveram escores mais elevados nos fatores
autocontrole, suporte social, aceitação de responsabilidades, fuga-esquiva, resolução de
problemas e reavaliação positiva; pessoas que não tinham religião obtiveram os menores
escores médios para todos os fatores. A identificação dos modos de enfrentamento das
pessoas, em tratamento hemodialítico favorece o planejamento da assistência para
melhor adaptação das pessoas aos estressores associados à IRCT e ao tratamento
hemodialítico.
110
Introdução: A doença renal afeta o funcionamento biopsicosocial a percepção da
própria saúde e auto-imagem do paciente. A assistência psicológica ao paciente em
hemodiálise vem sendo valorizada nas últimas décadas por auxiliar na adaptação à
doença e ao tratamento (Diniz, 2006). Ojetivo: Analisar aspectos psicológicos de um
paciente em tratamento hemodialítico apresentando agressividade verbal e resistência à
assistência psicológica. Método: Sujeito: Estudo de caso de paciente do sexo masculino,
40 anos, diabético, com comprometimento visual total, solteiro, escolaridade: 2o. Grau
completo. Profissão: guarda de carro forte, aposentado. Tempo de doença e tratamento
hemodialítico: 3 anos. Queixa da equipe: Apatia emocional, agressividade verbal,
dificuldades no relacionamento com a equipe multiprofissional e falta de habilidade
social. Desenho do estudo: Análise qualitativa das sessões psicológicas com abordagem
Cognitivo-Comportamental. Procedimento: 1) Psicodiagnóstico, realizando-se
inicialmente a coleta de dados em relação à história de vida e processo de enfrentamento
do adoecer. 2) Assistência psicológica individual, com manejo de contingências e
mudanças de comportamentos das crenças centrais e pensamentos disfuncionais.
Resultados: Psicodiagnóstico:o paciente encontrava-se vigil, orientado no tempo e
espaço, pensamento organizado, humor deprimido, pouco contactuante, não receptivo ao
atendimento. Constatamos que a postura adotada pelo paciente era decorrente da crença
central do paciente de ser doente e totalmente dependente, sem possibilidades de
retrocesso e essa realidade. Esta crença era reforçadora dos comportamentos –
problemas. Foram trabalhados, então, seus comportamentos de busca de segurança e
crenças de ameaça. Estimulou-se a autonomia, auto-confiança, fortalecimento da autoestima, mobilização dos seus recursos internos para adaptação à sua condição de saúde.
O paciente foi progressivamente apresentando maior receptividade ao atendimento
psicológico, menor agressividade em relação a equipe médica e de enfermagem, menor
nível de apatia emocional e melhor adesão ao tratamento. Conclusão: A assistência
psicológica, através de abordagem cognitivo-comportamental propiciou ao paciente o
entendimento de seus problemas emocionais, trazendo novos formas de comportamento,
inclusive uma melhora gradativa do vínculo com a equipe multiprofissional.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
P 033
P 034
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
EM TRATAMENTO HEMODIALITICO
MARIA APARECIDA DE ARAÚJO, ANA PAULA BARBOSA LOURENÇO,
ANDRÉ LUIZ GARCIA, ROBERTA FERNANDES BARROSO, SÉRGIO ROBERTO
MARTINS DE SOUZA, WALQUÍRIA DE ARAÚJO COUTO.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO.
RECRIANDO O JOGO DA VIDA – UMA ATUAÇÃO COM PACIENTES
DURANTE SESSÕES DE HEMODIÁLISE
PATRICIA APARECIDA BARBOSA TSUNEMATSU, FÁBIO RIEMESNSCHNEIDER,
DENISE PARÁ DINIZ
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – DISCIPLINA DE NEFROLOGIA –
SETOR DE PSICONEFROLOGIA – NÚCLEO DE QUALIDADE DE VIDA
O Tratamento hemodialítico é um processo dinâmico, onde ocorrem rapidamente
alterações na química sanguínea e no equilíbrio hídrico do paciente, exigindo do
enfermeiro a modificação do plano de cuidados de acordo com as alterações nos dados
objetivos e subjetivos observados e a avaliação dos sintomas. A sistematização da
assistência de enfermagem é uma metodologia de trabalho cientifico utilizada para
organizar, individualizar e qualificar o cuidado, sendo descrita nas fases de histórico,
diagnóstico, prescrição e evolução de enfermagem. Neste estudo, um grupo de
enfermeiros do Serviço de Nefrologia de um Hospital Universitário do Rio de Janeiro,
fez um levantamento bibliográfico dos diagnósticos de enfermagem, segundo a
Classificação da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), aplicáveis
ao paciente submetido ao tratamento hemodialitico e a Classificação das Intervenções de
Enfermagem. Objetivos: Levantamento bibliográfico dos diagnósticos de enfermagem,
segundo a NANDA, aplicáveis ao paciente em tratamento hemodialitico e Classificação
das Intervenções de Enfermagem. Materiais e Métodos: A metodologia usada é de
natureza qualitativa, com caráter exploratório sobre o discurso da literatura profissional
de enfermagem, por meio da busca bibliográfica computadorizada e manual, abrangendo
o período de 2002 a 2007. A fonte principal de dados foi a Base de Dados LILACS.
Resultados: O estudo possibilitou a identificação dos diagnósticos de enfermagem,
segundo a NANDA, aplicáveis ao paciente em tratamento hemodialitico e a
Classificação das Intervenções de Enfermagem. Conclusão: A identificação dos
diagnósticos de enfermagem aplicáveis ao paciente em tratamento hemodialítico
fomentou no grupo o desejo de implementar o histórico de enfermagem e implantar a
consulta de enfermagem na sala de hemodiálise.
Introdução: “O brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; o brincar
conduz aos relacionamentos grupais; podendo ser uma forma de comunicação na
psicoterapia” (Winnicott 1975, 63). A qualidade das horas que o paciente
permanece “ligado” à máquina de hemodiálise pode transformar-se em uma
abordagem proveitosa tanto para o paciente quanto para a equipe, quando a mesma
promove a interação adequada entre os pacientes e conteúdos causadores de
angústias. Pensando na brincadeira como instrumento universal e próprio da
saúde, foi adaptado um jogo para possibilitar, de forma lúdica, a abordagem de
algumas vivências do paciente renal crônico em hemodiálise. Método: Partiuse do modelo do Jogo da Vida para inserir experiências da rotina de vida do
paciente portador de Insuficiência Renal Crônica num novo jogo. Assim, as
experiências apresentadas no Jogo da Vida, foram substituídas por experiências
comuns a pacientes em hemodiálise. Enquanto no lugar dos pinos que no Jogo
original representa um jogador, foram oferecidas miniaturas de animais como,
leão, elefante, girafa, escorpião, cobra, louva-deus, borboleta, jacaré, cavalo
e formiga (estes animais forma escolhidos pelos pacientes numa dinâmica
anterior, onde cada participante dizia: “Se eu fosse um animal gostaria de
ser...”). Após três semanas, foi aberta discussão em grupo, para que cada
participante falasse sobre as contribuições que perceberam durante a realização
do jogo. Amostra: 10 jogadores (pacientes durante sessões de hemodiálise) de
ambos os sexos, variando de 26 a 69 anos, que brincaram por três semanas
seguidas. Resultados: O “Brincar” do paciente, durante as sessões de
hemodiálise, permitiu que os mesmos utilizassem-se de recursos internos e
externos, num exercício de criatividade que promoveu contato direto com as
possibilidades e limitações impostas pela IRC, proporcionando a percepção, verbalizada,
de facilidade na abordagem de conteúdos causadores de angústias,
inseguranças, medos, tristezas e outros sentimentos que não são facilmente
verbalizados. Conclusões: A equipe constatou que através do brincar, os
pacientes puderam expressar suas angústias de forma lúdica, utilizando-se de um
contexto não formal, o que possibilitou a abordagem de conteúdos mais
resistentes à doença, ao tratamento, a equipe e a unidade de diálise.
P 035
TL 001
ESTUDO DE QUALIDADE DE VIDA PARA PACIENTES EM DIÁLISE
LUCIANA SILVA RAMOS MOREIRA CASTRO, LEANDRO JUNIOR LUCCA;
MARCOS RODRIGUES ALVES; ROBRIGO ENOKIBARA BELTRAME.
IBENE – INSTITUTO BEBEDOURO DE NEFROLOGIA
MORBIDADE E MORTALIDADE CARDIOVASCULARES EM PACIENTES
SUBMETIDOS AO PROGRAMA DE DIÁLISE PERITONEAL
SUSANA ZANARDO CHIOZI, MIGUEL MOYSES NETO, BEATRIZ NAKAGAWA,
MARIA ESTELA P. NARDIM, MARIA TEREZINHA I. VANNUCCHI, JÚLIO
CÉSAR WESTPHAL, BRUNO REIS GOUVÊA, LUCIANA B. D. GOUVÊA,
HENRIQUE L. CARRASCOSSI
SENERP – SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
Introdução: o acompanhamento de pacientes em diálise, quanto a sua qualidade de
vida(qv) vem sendo aperfeiçoado através da coleta de dados com diversos materiais. a
insuficiência renal crônica acarreta inúmeras mudanças na vida destes pacientes e seus
familiares, que nem sempre encontram-se preparados para compreender e colaborar com
seu tratamento. objetivo: adaptar materiais de coleta de dados sobre a qv em pacientes
renais crônicos; auxiliar a análise periódica destes pacientes e otimizar seu tratamento.
Método: o instrumento utilizado, foi baseado no sf-36,kdqol-sftm1.3, qvrs-2005 e
nefrodata-acd 2006 e adaptado à realidade do ibene. foram aplicadas questões de múltipla
escolha e diferencial semântico, avaliando a qv em 9 dimensões: bem estar físico,
emocional, social e funcional; dor; relação com o tratamento; preocupações adicionais,
dados pessoais e sobre o questionário. Resultados: foram avaliados 74 questionários,
sendo 55% deles, pacientes do sexo masculino e 45% feminino, com idades variando de
20 à 90 anos. 38% respondeu individualmente e 62% com auxílio, sendo 68% com
escolaridade até o ensino fundamental. o tempo de tratamento em diálise variou de 0 à
20 anos, sendo a maioria(42%),com até 1 ano de diálise. a maior parte deles(54%) reside
com até 2 pessoas e a maioria, sobrevive com a renda mensal de 1 à 2 salários
mínimos/mês(57%).84% diz não possuir dúvidas sobre sua doença e/ou tratamento.
Conclusão: a qualidade dos resultados mostra a utilidade do material, que poderá
auxiliar na conscientização de como se apresenta a qv destes pacientes, vislumbrando
com o auxílio da equipe de saúde, melhorias em seu tratamento.
Introdução: Pacientes com IRC em Diálise Peritoneal têm elevados índices de
morbidade e mortalidade cardiovasculares, segundo vários relatos da literatura.
Objetivo: Verificar as causas de morbidade cardiovasculares que necessitaram de
internação, bem como a mortalidade cardiovascular em pacientes submetidos a Diálise
Peritoneal. Pacientes e Métodos: Foram avaliados todos os pacientes que iniciaram
tratamento em CAPD (Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua) e APD (Diálise
Peritoneal Automatizada) no período de julho de 2001 a dezembro de 2006, totalizando
66 meses de observação. Foram registradas todas as internações, suas causas e a evolução
dos pacientes. Resultados: Nos 66 meses de observação foram admitidos no Serviço 177
pacientes. Dos 177 pacientes observados, 63 (35.6%) foram internados por problemas
cardiovasculares. Desse total de 63 pacientes, 42 (66.6%) foram submetidos a CAPD e
21 (33.4%) a APD; a idade média foi de 63 anos, variando de 21-93 anos; 33 (52.4%)
pacientes eram do sexo masculino e 57 (90.5%) eram brancos. 55.5% dos pacientes que
internaram por problemas cardiovasculares eram diabéticos. O tempo em diálise variou
de 1 a 51 meses, com média de 24 meses de tratamento. Foram computadas 119
internações por causas cardiovasculares. As principais causas foram Edema Agudo de
Pulmão (31.9%), Crise Hipertensiva (16.0%), Acidente Vascular Cerebral (14.3%),
Arritmias (10.9%), Insuficiência Cardíaca Congestiva (5.9%), Infarto Agudo do
Miocárdio (5.9%) e outras causas (15.1%). Dos 177 pacientes avaliados no período, 71
foram a óbito, destes 21 (29.5%) por eventos cardiovasculares: 7 por Infarto Agudo do
Miocárdio, 5 por Acidente Vascular Cerebral, 4 por Insuficiência Cardíaca Congestiva e
5 por outras causas; 12 (16.9%) pacientes foram a óbito por morte súbita no domicílio, o
que também é sugestivo de problemas cardiovasculares. Dos 71 pacientes que foram a
óbito no período, 45% eram diabéticos. Conclusões: Há um alto índice de internação e
mortalidade por problemas cardiovasculares. Metade dos pacientes internados e que
foram a óbito por causas cardiovasculares eram diabéticos.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
111
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
TL 002
TL 003
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DE VOLUME E DA ESTRATIFICAÇÃO
DO RISCO CARDIOVASCULAR EM RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE
DEUSDÉLIA DIAS MAGALHÃES RODRIGUES, MELANI R CUSTÓDIO;
GLEIDEMAR N A DIAS; HÉLIO TEIXEIRA; JOÃO B MICHELOTTO; PAULO C
OLIVEIRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Introdução: A hipertensão Arterial (HA) apresenta alteração hemodinâmica provocada
pela hipervolemia sistêmica, promovendo doenças cardiovasculares que lideram a
mortalidade dos pacientes em diálise. O controle terapêutico da HA ainda é um dos
principais problemas a serem resolvidos na prevenção da doença cardiovascular. A
normalização efetiva e sustentada da PA é o principal meio de se reduzir lesão de órgãoalvo. Nos renais crônicos em hemodiálise (HD), sensibilidade de volume detecta
hipervolemia e eletrocardiograma padrão em repouso de 12 derivações detecta a
Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE). Objetivo: Avaliação da sensibilidade de
volume, do peso corporal e HVE em pacientes em HD. Material e Método: Foram
estudados 62 pacientes em HD, durante 6 sessões seguidas com Obtenção da média de
seis medidas da Pressão Arterial (PA) em cada sessão nos períodos: pré-, diálise e pós-.
A PA elevada foi definida como uma Pressão Arterial Média (PAM) ≥114mmHg e o
controle da PA como uma PAM ≤114mmHg, com ou sem o uso da medicação
antihipertensiva. A PAM era calculada pela fórmula: PAS+1/3 (PAS-PAD) mmHg. A
sensibilidade de volume (∆PAM) % era calculada pela fórmula: (PAM pós-PAM pré PAM pré) x 100. A sensibilidade do peso corporal (∆Peso) %, calculado pela fórmula:
(peso pós-peso pré peso pré) x 100. A Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE)
calculada por: 1-Voltagem de Sokolow-Lyon (SL): Soma da onda S em VI e da onda R
em V5 = 36 mV e 2- Critério de Cornell (CC): Soma da onda R em aVL e S em V3 = 27
mV. Os dados são mostrados na tabela abaixo em média±dpm e analisados pelo teste t
de Student. p<0,05% °(N vs H); *(Pré vs Pós).
Resultados: G=Global; N=Normotenso; H=Hipertenso; Prev=Prevalência
Prev
PAM mmHg
∆PAM %
% Pré-diálise Pós-diálise Pós - Pré
G (n=62) 100 104,8±10,2 99,4±10,1*
-5,1±78
N (n=17) 27 100,5±8,5 94,4±7,5*
-5,8±6,2
H (n=45) 73 106,4±10,2° 101,4±10,2°* -4,6±8,3°
Trabalhos Enfermagem
Peso Kg
Pré-diálise Pós-diálise
66,3±12,6 63,2±12,2
66,3±11,5 63,3±11,1
66,4±12,9 63,3±12,5
∆Peso %
SL mV
CC mV
Pós - Pré
-4,7±1,6 52,5±20,6 40,6±19,7
-4,6±1,4 28,2±21,6 23,6±10,4
-4,7±1,6 51,0±18,9° 44,4±18,4°
ESTUDO COMPARATIVO DO TRATAMENTO COM SEVELAMER VS.
CARBONATO DE CÁLCIO NO CONTROLE DO FÓSFORO SÉRICO EM
PACIENTES MASCULINOS EM HEMODIÁLISE (HD) EM UNIDADE
SATÉLITE SÃO PAULO.
JANDYRA FURLAN, ROGÉRIO BARBOSA DE DEUS
CINE – CENTRO INTEGRADO DE NEFROLOGIA S/C LTDA
Introdução: A associação da elevação do produto cálcio x fósforo sérico (P+) e do P+
no paciente com IRC em HD, tem sido considerada como causa de aumento da
mortalidade. O Sevelamer tem pouco ou nenhum efeito sobre o cálcio. Objetivos:
Avaliar o uso do sevelamer versus o CaCO3 em pacientes masculinos submetidos à HD,
em unidade satélite de São Paulo. Cauística e métodos: Levantamento retrospectivo dos
prontuários de pacientes em HD. Selecionados 31 pacientes: idade média de 55 ± 14
anos (X ± DP) de uma população de 72 pacientes, em condições clínicas estáveis,
submetidos à HD 3x/sem/4h., capilar Fresenius (K/uf adequado ao paciente). Critérios de
inclusão: masculinos adultos; sem uso de drogas que interfiram com metabolismo ósseo;
sem apresentar amputação de MMII e/ou imobilização prolongada; comparecimento à
HD e com fístula artério-venosa. Os pacientes foram divididos em 3 grupos: GI: em uso
de CaCO3 como quelante de P+ n= 9, idade 55 ± 12 anos (X ± DP). GII: em uso do
sevelamer como quelante de P+ n=14 e idade 48 ± 14 anos. GIII: sem uso de quelantes
n=8 e idade 53 ± 13 anos. Resultados: Os grupos GI, GII e GIII não diferiram
significativamente nos parâmetros: idade; tempo em diálise; número de HD extras; ganho
de peso interdialítico; PTH inicial; fosfatase alcalina, cálcio iônico, creatinina, albumina
e TGP iniciais e finais. Observamos uma diferença estatisticamente significante no P+
inicial maior em GII vs GI e GIII (p=0,001) e no PTH final maior (p=0,042) em GI
quando comparado a GIII. Não houve diferença significativa entre os fósforos finais de
GII vs GIII. Coclusões: Notamos uma melhora significativa no fósforo sérico do GII, que
iniciou o estudo com fósforo significativamente mais alto que em GI e GIII. O sevelamer
é um quelante de P+ que não contém cálcio nem alumínio e vem sendo proposto como
uma nova alternativa para o controle da hiperfosfatemia em pacientes em HD.
Conclusão: O presente estudo mostrou que na diálise a sensibilidade de volume revelou
uma remoção significativa da sobrecarga volêmica no grupo de hipertensos em
detrimento do não controle da PAM associada com elevação do índice de Sokolow-Lyon
e do Critério de Cornell neste grupo de hipertenso.
TL 004
TL 005
PROPOSTA DE PROTOCOLO DE ENFERMAGEM PARA CUIDADOS COM O
CATETER DUPLO LÚMEN PARA HEMODIÁLISE
JULIANA FERRETTO, DAIANE CRISTINA PEREIRA, ANDRESSA GARCIA
NICOLE, ADRIANE LOPES, JULIANA GALDEANO CORTÊS, THIAGO GÍRIO
DOS SANTOS
HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO PIERRO – PUC-CAMPINAS
GERENCIAMENTO DE INDICADORES DE DESEMPENHO EM UMA
UNIDADE DE HEMODIÁLISE
HILDETE FREITAS DA SILVA, MÁRCIA FERNANDA CARNEIRO, ANGIOLINA
CAMPOS KRAYCHET, SÉRGIO LUIS M. CORREIA E CACIA MATOS
INSTITUTO DE NEFROLOGIA E DIÁLISE – INED
Cerca de 13% dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica fazem uso de cateteres de
uso temporário ou permanente (CDL). Seu uso trouxe benefícios, porém, agravos como
infecção e trombose. As medidas de prevenção e controle implicam na necessidade de
programas organizados que monitorem e avaliem o cuidado prestado. Não há um
consenso quanto à padrões de assistência que ofereçam segurança ao paciente e sejam
viáveis às instituições. Os protocolos normatizam o padrão de atendimento à saúde.
Objetivo: Propor um protocolo de assistência de enfermagem relacionado ao uso de
CDL. Metodologia: Realizou-se uma revisão bibliográfica e análise das intervenções
adequadas ao controle de infecções associadas ao CDL. Em 2006, realizou-se um
diagnóstico situacional da unidade, que caracterizou a infecção segundo sítio de inserção
e agente etiológico; a partir dos resultados traçaram-se estratégias adequadas. Para
elaborar o protocolo usou-se como referencial teórico a sistematização da assistência de
enfermagem, através do diagnóstico de enfermagem “risco para infecção”. Resultado: O
protocolo padronizou questões relevantes ao controle das infecções relacionadas ao CDL
desde o implante ao curativo de manutenção, como: avaliação do paciente, determinação
de sala para implante, realização da tricotomia; utilização de digluconato de clorexidina
2% para higienização da pele pré-implante, clorexidina alcoólica 0,5% no curativo de
manutenção e álcool 70% na anti-sepsia de conectores do cateter, e padronização do uso
de curativo com gaze e micropore. Conclusão: Importantes estudos mostraram a eficácia
do uso do digluconato de clorexidina 2% e clorexidina alcoólica 0,5%, devida a
comprovada sensibilidade do Staphyloccocus aureus à essas soluções. A cobertura com
gaze foi considerada a mais adequada. Este protocolo será implementado e validado
clinicamente.
112
Introdução: O gerenciamento de indicadores de desempenho como ferramenta de gestão
é de fundamental importância na melhoria dos processos assistenciais em serviços de
saúde. Objetivos: Relatar a experiência de um serviço de hemodiálise no gerenciamento
de indicadores de desempenho assistenciais, criando um “benchmarking” interno que
permita o aprendizado a cerca dos processos e a tomada de decisões direcionada para o
estabelecimento de metas estratégicas. Metodologia: Durante o ano de 2006, dados
referentes a procedimentos e intercorrências relacionadas à assistência de pacientes em
hemodiálise, foram levantados prospectivamente, através de relatórios diários de
enfermagem e prontuário médico. Após revisão de literatura e discussões com o núcleo
de qualidade, foram selecionados os seguintes indicadores assistenciais de desempenho
considerados estratégicos para o gerenciamento: Tx de pacientes sem acesso definitivo/
mês, tx de pacientes com infecção de acesso vascular/mês, tx de pacientes
hemotransfundidos/mês, tx de hospitalização relacionada a acesso vascular/mês, tx de
pacientes com hemoglobina ≥ 11, tx de pacientes com fósforo sérico < 5,5 e tx de
pacientes com KT/V ≥ 1.2. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente,
discutidos em reuniões e divulgados para toda equipe. Baseados nestes resultados metas
de melhoria foram estabelecidas para o ano de 2007. Resultados: No primeiro semestre
de 2007, pode-se observar melhoria em todos os indicadores em relação a média do ano
anterior, cujos gráficos serão mostrados. Conclusão: A implantação do sistema de
gerenciamento de indicadores de desempenho assistenciais, permitiu uma visão global da
efetividade na execução dos processos assistenciais facilitando identificação de
oportunidades de melhoria, a aplicação de medidas corretivas e o estabelecimento de
metas baseadas em referenciais internos da instituição.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
TL 006
TL 007
INFLUÊNCIA DE EDUCAÇÃO SIMPLES E CONTINUADA POR EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR EM GRUPO DE PACIENTES EM INÍCIO DE TERAPIA
DIALÍTICA – NECESSIDADE DE EDUCAR.
BÁRBARA MARGARETH MENARDI BIAVO,ROGÉRIO BARBOSA DE DEUS
CINE – CENTRO INTEGRADO DE NEFROLOGIA S/C LTDA
NEFROLOGIA HUMANIZADA: RELATO DE CASO
FRAUENDORF, RENATA
NEFROMED (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS)
Introdução: a incidência de insuficiência renal crônica tem aumentado nos últimos anos,
observando as altas taxas de mortalidade de pacientes em hemodiálise, tem-se procurado
reconhecer todos os fatores relacionados a esses resultados. Objetivo: levantar casos de
alteração em albumina e estado nutricional em um grupo de pacientes que iniciaram
diálise há 6 meses em clínica satélite de são paulo. Métodos: estudo retrospectivo de 31
pacientes submetidos à hd como primeiro tratamento dialítico, por no mínimo de 6
meses, entre jan/2007 a jun/2007. levantamos dados: idade, sexo, raça, estado civil,
hábito intestinal, presença de diurese, peso seco, ganho interdialítico, imc; comorbidades: diabete melito e hipertensão arterial e albumina sérica. Resultados:
observou-se 17m/14f, idade de 69 ± 16 anos, x ± dp, houve predominância de pacientes
brancos 15/31, destes 20 eram casados, 09 viúvos e 2 desquitados; dos 31 pacientes do
estudo, 18 eram diabéticos e 29 hipertensos, vale dizer que todos os diabéticos também
eram diabéticos. do total de pacientes, 12/31 apresentavam-se com desnutrição leve, 09
com desnutrição ii e 10 com obesidade. oito pacientes com constipação intestinal. 24/31
pacientes apresentavam diurese residual > 500 ml/dia.
dados dos pacientes
peso seco (kg)
ganho interdialitico (kg)
imc
albumina sérica (mg/dl)
x ± dp
65 ± 12
2,4 ± 1,4
24 ± 4,1
4,1 ± 0,7
Introdução
O avanço tecnológico trouxe melhores alternativas de tratamento para as pessoas com
Insuficiência Renal Crônica e também provocou discussões sobre a qualidade dos
serviços prestados. A implantação de programas de humanização hospitalar surge frente
a um novo paradigma referente ao atendimento hospitalar. O foco de atendimento passa
da doença para o doente. A sala de diálise pode parecer um ambiente hostil e assustador
e por estas razões que realizamos algumas atividades de humanização como: acolhimento
de novos pacientes, acompanhamento psicológico, atenção aos cuidadores, visitas
flexíveis, biblioteca na sala de espera, realização de campanhas e eventos, treinamento
contínuo da equipe, aniversariantes do mês, salão de beleza, videokê e festas temáticas.
Objetivo: Relatar experiência de atividades de humanização no setor de Nefrologia
como complemento ao serviço prestado e apresentação de vídeo com imagens das festas.
Metodologia: Método Qualitativo. Resultados: Através das atividades humanizadoras
percebem-se algumas melhorias comportamentais como diminuição da ansiedade,
mudança da crença sobre a realidade hospitalar, favorecimento das relações interpessoais
entre pacientes e equipe, maior adesão ao tratamento, menor insegurança e menores
índices de evolução de transtornos psiquiátricos. Com as festas temáticas foi possível
diminuir as intercorrências médicas, divertir, distrair os pacientes e aumentar a tolerância
quanto ao tempo da sessão. Conclusões: A implementação de atividades humanizadoras
no setor de nefrologia possibilitou a amenização do sofrimento decorrente da condição
de saúde dos pacientes que tem se mostrado mais satisfeitos em relação ao atendimento
prestado.
Conclusão: relatamos se tratar de uma população jovem em diálise, que está em
acompanhamento nutricional e psicológico e reforçamos neste estudo a importância da
atuação precoce neste pacientes crônicos, sabendo-se que pode influenciar na sobrevida
desses a médio e longo prazos; ressalta-se que os valores de albumina sérica, o imc e o
ganho interdialítico mostram-se adequados, que mostra uma boa aceitação do tratamento
neste grupo de pacientes.
TL 008
TL 009
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA
VIVIANE FERREIRA, REGIANE DE MACEDO; THAIS REGINATTO LOTTI;
MIGUEL MOYSES NETO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO
PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
ARARAQUARA (UNIARA).
APRESENTAÇÃO CLÍNICA E HISTOPATOLÓGICA DE 2575 PACIENTES
ENCAMINHADOS PARA O SETOR DE GLOMERULOPATIAS E
IMUNOPATOLOGIA RENAL DA UNIFESP (1988-2006).
THIAGO RIBEIRO LOPES, MICHELLE TIVERON PASSOS, ROBERTO HIDEAKI
YAMAMOTO, GIANNA MASTROIANNI KIRSZTAJN.
SETOR DE GLOMERULOPATIAS, DISCIPLINA DE NEFROLOGIA -EPM/UNIFESP
Introdução: a insuficiência renal aguda caracteriza-se por uma redução abrupta da
função renal que pode manter-se por períodos variáveis. Muitos dos pacientes que estão
sob cuidados em unidades de terapia intensiva adquirem essa insuficiência como
diagnóstico secundário a outras patologias, e este quadro apresenta altos índices de
mortalidade devido ao tratamento agressivo, diagnóstico tardio e as infecções. Objetivo:
descrever as características sóciodemográficas dos pacientes que desenvolveram ou
internaram com insuficiência renal aguda em uma unidade de terapia intensiva de um
hospital escola, que necessitaram de terapia renal substitutiva, e que receberam alta
hospitalar; e descrever a evolução desses pacientes. Metodologia: trata-se de uma
pesquisa descritiva, explorativa, retrospectiva, quantitativa. A coleta de dados foi
realizada utilizando um instrumento por meio de levantamento dos dados em prontuários
médicos referentes a 3 anos (2002 a 2004). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa em seres humanos.Resultados: no período foram internados 120 pacientes
com insuficiência renal aguda, que foram submetidos a terapia renal substitutiva, desses
49 (40,8%) receberam alta hospitalar. Foram disponibilizados pelo serviço de arquivo
médico do hospital 37 prontuários, desses 68% dos pacientes eram do gênero masculino,
com idade média foi de 51 anos, 75,7% eram da raça branca, 51,3% eram casados. As
doenças associadas a insuficiência renal aguda foram classificadas por sistemas, sendo a
do sistema pulmonar de maior freqüência em 29 (20%) dos pacientes, seguida de 24
(16,2%) do sistema cardiovascular. O número de sessões de terapia renal substitutiva
variou de 1 a 42, com média de 9 sessões/paciente, sendo realizadas por meio do cateter
de duplo lúmen. Do total, 17 (46%) após acompanhamento ambulatorial da equipe de
nefrologia receberam alta, 15 (40,5%) mantiveram em tratamento conservador pela
equipe de nefrologia, 5 (13,5%) foram a óbito após a alta hospitalar. Conclusão: diante
dos resultados obtidos neste estudo consideramos que as doenças relacionadas à
insuficiência renal aguda são muito específicas de cada paciente, e que sua evolução está
diretamente relacionada com todo o contexto clínico e do tratamento oferecido.
Objetivo: Levantamento de informações clínicas e histológicas de pacientes atendidos
no Ambulatório de Nefrites de 1988 a 2006, com o fim de determinar os principais
diagnósticos encontrados no início da avaliação. Pacientes e métodos: Estudo
retrospectivo de 2575 pacientes, encaminhados para este ambulatório, com história e/ou
alterações laboratoriais sugestivas de acometimento glomerular. Resultados: Em 861
pacientes, os resultados de biópsia renal estavam disponíveis para este estudo. Entre os
demais: 163 receberam diagnóstico de síndrome nefrítica aguda, 232 proteinúria nãonefrótica + hematúria, 146 proteinúria isolada, 332 hematúria, 116 tinham alterações
urinárias com alguns critérios para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico, 72 eram
parentes de pacientes com glomerulopatias, 38 tinham IRC, 10 apresentavam rim único,
e 198 tiveram outros diagnósticos que não correspondiam a GPs. Vale ressaltar que
ocorreram 143 abandonos após a 1.ª consulta, 108 na 2.ª consulta e 156 até o 3.º retorno.
Achados em biópsias renais de 644 pacientes
Histologia
N
Histologia
N
Síndrome de Alport
04
GN M sem graduação
58
Amiloidose
06
GN M I/I-II/II/II-III/III/III-IV 09/10/33/13/04/02
GN PD
64
GN MP (I,II ou III)
68
GN com crescentes
25
GN proliferativa mesangial
45
DLM e DLM/GESF 72/23
LES II/III/IV/ IV-V/V
07/07/50/06/14
GESF
162
NIgA
55
GPs pós TX
30
NTI
12
outros
82
GN: glomerulonefrite; PD: proliferativa difusa, DLM: doença de lesões mínimas, GESF:
Glomerulosclerose segmentar e focal, TX: transplante renal, GN M: membranosa, GN MP:
membranoproliferativa, LES: lúpus eritematoso sistêmico, NIgA: nefropatia por IgA. NTI:
nefrite túbulo-intersticial.
Conclusão: Muitos pacientes avaliados não eram portadores de glomerulopatias, por
encaminhamento indevido. Encontramos elevada taxa de abandono na fase inicial de
investigação. Predominaram os seguintes diagnósticos à biópsia renal, em ordem
decrescente: GESF, GNM, DLM, nefrite lúpica (principalmente a classe IV), GNMP e
NIgA. Os diagnósticos mais freqüentes estão de acordo com relatos de outros serviços,
com predomínio de GESF ou GNM entre as GN primárias e nefrite lúpica entre as
secundárias. Na seqüência da investigação, muitos outros pacientes foram submetidos a
biópsia renal (dados não relatados aqui).
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
113
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
Trabalhos Enfermagem
TL 010
TL 011
ATENDIMENTO HOSPITALAR DE PACIENTES RENAIS AGUDOS:
EXPERIÊNCIA COM O SISTEMA GENIUS
J.S. ALMEIDA, M.A.F. ROMÃO, L. YU, M.A. SANTOS, L.B.T. KOBA, K.
MAGDALENO, G.S. FERREIRA, M.B. SOUZA, M.R.V. LIMA, E.S.F.C. PARDELLI,
E. MACEDO, R.C.R.M. ABDULKADER
HOSPITAL DAS CLÍNICAS-FMUSP
ÍNDICE DE GRAVIDADE DE PACIENTES E INCIDÊNCIA DE LESÃO RENAL
AGUDA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CARDIOLÓGICA:
ANÁLISE SEGUNDO TISS-28
M.A.B. GONÇALVES, M.L.M. ARAÚJO; C.R.R. FERREIRA; D.I. TRONDOLI; L.A.
COUTO; G.F. SILVA; R.S. MOREIRA; S.C. SILVA; C.M. ANDRADE
INSTITUTO DO CORAÇÃO - HCFMUSP
O número de pacientes portadores de IRA ou IRC descompensado vem aumentados nos
últimos anos. A maioria deste pacientes encontra-se nas UTI. Cerca de 50% deste
pacientes necessitam de tratamento dialítico. Cada vez mais utilizado métodos
hemodialítico, principalmente os métodos contínuos. No HC-FMUSP, estes métodos tem
aumentado de 40% de 1997 para 63,4% em 2000. Outra alternativa hemodialítico que
vem sendo utilizada são os métodos híbridos, Hemodiálise Estendidas (HE). Entretanto
uma das dificuldade deve-se a necessidade de instalações adequadas para realização
destes métodos na UTIs. Recentemente, o sistema desenvolvido por Tersteegen e Van
Endert vem para ser mais uma possibilidade para o paciente que necessita de TRS. É um
sistema de hemodiálise tanque com passagem única de banho sendo comercializado com
o nome Genius® pela Fresenius Medical Care. Este sistema que utiliza um dialisato
ultrapuro, que não precisa de osmose reversa para o preparo da água onde o paciente está
internado. Este equipamento utiliza uma bomba rolete única, que gera fluxo tanto para o
dialisato como para o sangue e também possui um reservatório de 90L de dialisato. O
dialisato já utilizado é drenado para o fundo deste reservatório e ali fica sem se misturar
com o dialisato fresco, esta mistura teoricamente não ocorre devido à diferença de
temperatura e densidade. Esse sistema pode ser usado tanto para Hemoclássica (HC),
como para HE, e com mudança do diâmetro da linha do dialisato permite sua utilização
para métodos de fluxo lento. No nosso serviço, estamos utilizando este sistema tanto para
HC e HE. No levantamento realizado num período de 20 meses foram realizados 297
procedimentos, sendo 247 HC e 50 HE, nas várias unidades do Hospital, sendo que deste
procedimentos foram realizados 9 em enfermarias e 287 em UTIs e 1 CO. Em conclusão,
este sistema de hemodiálise mostrou-se eficiente, pratico permitido o atendimento de
pacientes dialíticos em qualquer unidade hospitalar sem a necessidade de instalações para
hemodiálise convencional.
Estudo descritivo, prospectivo, com abordagem quantitativa que pretende mensurar a
gravidade de pacientes e incidência de Lesão Renal Aguda em unidade de terapia
intensiva (UTI) especializada em cardiologia segundo o índice de gravidade TISS-28
(Therapeutic Intervention Scoring System-28). Este indicador permite classificar a
gravidade do paciente considerando a quantidade de intervenções terapêuticas, a
complexidade, grau de invasividade e indiretamente a demanda de trabalho da
enfermagem dispendido na assistência ao paciente crítico. A amostra constituiu-se 63
pacientes portados de cardiopatias submetidos a tratamento clínico, avaliados
diariamente, período de 30 dias, total de pacientes/dia igual a 403, média de 13
pacientes/dia. Os resultados revelaram que a média diária TISS-28 por paciente foi de
26.65 pontos/dia; considerando-se que cada ponto TISS-28 consome 10,6 minutos do
tempo de trabalho de um profissional de enfermagem na assistência direta ao paciente
crítico, a carga por paciente foi de 858 minutos em 24 h, ou 14 h por paciente. A
incidência de Lesão Renal Aguda foi em 14 pacientes (22.2%), 08 do sexo masculino e
06 femininos e 11 (78.5%) necessitaram de terapia de substituição renal (TSR). Dentre
as modalidades terapias contínuas de substituição renal (CRRT) foram às mais prescrita
(92.8%). Todos os pacientes que evoluíram com LRA estavam categorizados na classe
III (20-39 pontos – instáveis, exigem assistência intensiva); evoluíram para óbito 03
pacientes (27.2%) com LRA dialítica e 01(33,3%) com LRA não dialítica. Esta análise
demonstrou que o TISS-28 é um índice sensível para predizer em bases probabilísticas o
desfecho de pacientes portadores de cardiopatias, clinicamente considerados críticos ou
semi-críticos que evoluem com complicação renal aguda.
TL 012
TL 013
CAUSAS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES E ÓBITOS DE PACIENTES
COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC) EM PROGRAMA DE
HEMODIÁLISE.
SCHUENGUE LOBATO, C.M.O; GUIMARÃES, G.L.; RODRIGUES, V.P.; SILVA,
E.N.
RENALCLIN – MANHUAÇU - MG
CONSULTA DE ENFERMAGEM EM DIÁLISE PERITONEAL - AVALIAÇÃO
DE UM INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS
FABRÍCIO DE ANDRADE GALLI, DACLÉ VILMA CARVALHO, SELME
SILQUEIRA DE MATOS.
HOSPITAL FELÍCIO ROCHO.
Objetivo: Devido à alta taxa de morbidade nos pacientes com IRC, o objetivo desse
trabalho foi verificar as causas de internação e óbito dos pacientes em programa regular
de Hemodiálise (HD). Material e Método: Durante um período de 12 meses foram
registradas, de maneira prospectiva, todas as internações, suas causas e evolução, além
dos óbitos e suas causas, de todos os pacientes em tratamento HD. Resultados: Foram
acompanhados 168 pacientes no período, (90 masculino e 78 feminino) num total de 204
internações. A idade média dos pacientes foi de 53 anos, com tempo de tratamento
hemodialítico com mediana de 34 meses. A etiologia da insuficiência renal Crônica
(IRC) mais prevalente foi a Nefropatia Hipertensiva 50% (84 pacientes), seguida da
Nefropatia diabética 22% (36 pacientes); porém foi observado que a maioria dos
pacientes apresenta etiologia desconhecida 17% (28 pacientes). As principais causas de
internações estão relacionadas com acesso de diálise (25,3%), eventos cardiovasculares
(15,5%) e causas infecciosas (11,2%). Dentre as patologias isoladas as principais causas
de internações foram: confecção de Fístula Artério-Venosa (8,6%), Pneumonia (3,5%).
O número de óbitos neste período foi de 21 pacientes (23%) sendo as principais causas
os eventos cardiovasculares (61%) e infecções (22%). Dentre as patologias isoladas as
principais causas de óbito foram: Acidente vascular cerebral (16%), Infarto Agudo do
Miocárdio (9%) e infecção de Cateter de Duplo Lúmen (8%). Conclusão: A maior causa
de internações está relacionada ao acesso vascular, causas infecciosas e eventos
cardiovasculares e infecções. Concluímos que apesar do acesso vascular ser uma
complicação freqüente dos pacientes em hemodiálise, os eventos cardiovasculares e
infecciosos é ainda as principais causas de óbitos entre esses.
114
A sistematização da Assistência de Enfermagem cresce muito no mundo e mais
precisamente no Brasil. Ocorreram modificações no enfoque da profissão que passou a
se preocupar com a identificação dos problemas dos pacientes e, posteriormente com os
diagnósticos de enfermagem. Os diagnósticos de enfermagem, segunda fase do processo
de enfermagem, são essenciais para o planejamento de uma assistência efetiva,
permitindo a identificação dos problemas reais ou potenciais do paciente, visando à
prevenção, promoção e o restabelecimento de sua saúde. A Taxonomia proposta pela
North American Nursing Diagnosis Association-Nanda é atualmente o sistema de
classificação de diagnósticos mais utilizados no mundo e está em construção. Assim este
estudo teve como objetivo, avaliar um instrumento de coleta de dados utilizado na
consulta de enfermagem de pacientes em tratamento dialítico. Teve como referência o
modelo conceitual de Wanda de Aguiar Horta e taxonomia da NANDA para estruturar
diagnósticos de enfermagem. O estudo foi realizado em um hospital de grande porte de
Belo Horizonte - MG, junto a 20 instrumentos de coleta de dados (Históricos de
enfermagem) utilizados pelos enfermeiros durante a consulta de enfermagem dos
pacientes em diálise peritoneal, onde a coleta de dados foi realizada nos meses de junho
e julho de 2006 durante as consultas de enfermagem. Pela analise dos registros dos
enfermeiros no Histórico permitiu identificar 12 diagnostico de riscos e 22 reais. Estes
diagnósticos foram agrupados em 8 Domínios e 13 Classes. Considera-se assim que o
instrumento é adequado para coleta de dados e permiti a elaboração da segunda fase do
Processo de Enfermagem, ou seja, oferece elementos para estabelecer diagnósticos
segundo a taxionomia da NANDA. Esperamos também que estes resultados contribuam
para o desenvolvimento na implementação de outros modelos de assistência e para a
produção científica.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
TL 014
TL 015
ANÁLISE DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA A VACINAÇÃO ANTI HEPATITE
B NOS PACIENTES DA CLÍNICA DO RIM DE SANTO ANTº DE JESUS-BA.
LIANA FABRÍZIA DE SOUZA COSTA; ELISSANDRA STºS DE SOUZA; LUIZA
BISPO VALE
ATN- ADM., ASSESSORIA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE, LTDA-BA.
DEZ PASSOS PARA SUCESSO NA PUNÇÃO DA FAV
POLINS, B R G; SOUZA, S R; BELASCO, A S; BARROS, L F N M; OLIVEIRA, E;
BARBOSA, D
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP
O vírus da Hepatite B é da família Hepadnaviridae e tem tropismo primário pelo fígado.
O único reservatório natural é o homem doente ou portador sadio. A susceptibilidade é
geral e a transmissão é iniciada antes do aparecimento dos sintomas, mantendo-se na fase
aguda e estado de portador crônico. É transmitido através do contato com sangue e
fluídos corpóreos de uma pessoa infectada, existindo a possibilidade de transmissão
vertical. O período de incubação é de 30 a 180 dias. O indivíduo sadio deve receber a
vacina contra o vírus que pode ser composta de partículas virais inativadas ou de
recombinação do DNA. O esquema vacinal é diferenciado, consta de 4 doses de 2ml.
Segundo Daugirdas, apenas 50 a 60% dos pacientes em Hemodiálise e vacinados
desenvolvem a resposta imune protetora, no entanto a experiência vivenciada na Clínica
do Rim, supra citada, no período de Janeiro a Dezembro de 2006 evidenciou taxas
maiores de resposta à vacinação, a resposta imunológica com base no marcador
sorológico Anti HBs variou entre 65% a 85%. Surgiu então, a necessidade de se
comparar a porcentagem de resposta obtida na prática, com o percentual encontrado nas
literaturas, avaliar o aumento da resposta imune protetora da vacinação e sua relação com
a melhora na qualidade e expectativa de vida do paciente com Insuficiência Renal
Crônica e acompanhar as variações no marcador sorológico Anti-HBs. Concluindo, as
taxas de resposta à vacinação contra o vírus da Hepatite B precisam ser acompanhadas e
periodicamente revistas para somar conhecimento sobre a condição clínica do Renal
Crônico.
Objetivo: Elaborar um manual de orientações como instrumento do processo de
educação para a saúde ao profissional de enfermagem da hemodiálise com relação aos
cuidados com a punção Fistula artério venosa. Metodologia: Estudo descritivo
exploratório a partir de informações e dúvidas dos alunos do curso de especialização de
enfermagem em nefrologia On Line da Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP.
No fórum de discussão do curso foi criado um tópico intitulado Dez passos par sucesso
na punção da FAV a fim de que os alunos registrassem as principais informações e
dúvidas encontradas no serviço em que trabalham ou realizam o estágio obrigatório do
curso. Resultados: Tivemos uma grande participação dos alunos, todos aprovaram a
idéia da criação dessa discussão para criação desse manual. Foram colocados assuntos
que seriam importantes no cuidado com a FAV com relação ao autocuidado do paciente
com a FAV e orientações que possam favorecer o manuseio profissional Conclusão:
Sabemos que elaboração do manual de orientação dos profissionais e clientes sobre
cuidados com a fistula arterio venosa é um fator primordial para a compreensão da
realização do acesso e seus cuidados além de colaborar com a participação ativa do
paciente em seu tratamento. Com a discussão sobre esse manual, os alunos do curso de
especialização on line, sentiram-se estimulados a participar da discussão mostrando um
pouco da realidade que cada um vivencia diariamente em seu trabalho, bem como, o
processo ensino-aprendizagem foi bastante marcante comprovando a importância da
problematização para esse processo e assim contribuir para enriquecimento e
conhecimento mais aprofundado sobre cada um dos problemas e assuntos levantados
sobre a FAV, que com certeza culminará na qualidade da assistência de enfermagem em
nefrologia.
TL 016
TL 017
SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADE EM UNIDADE DE DIÁLISEMONITORIZAÇÃO PERMANENTE DO PACIENTE ATRAVÉS DOS
INDICADORES DE DESEMPENHO
ALVES, RM; RODRIGUES, IJ; BANDEIRA, MF
CDR – CLÍNICA DE DOENÇAS RENAIS – UNIDADE BOTAFOGO
AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES MÉTODOS DE ANTICOAGULAÇÃO NA
HEMOFILTRAÇÃO VENOVENOSA CONTÍNUA
LUCIA BIANCA TUTIYA KOBA; REGINA CRM ABDULKADER; JULIANA
SILVA ALMEIDA; MARIA APARECIDA FADIL ROMÃO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP
Introdução: O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é um conjunto de processos que
busca melhoria dos serviços, satisfação do cliente, melhora da produtividade e custos,
estabelecendo clima organizacional com responsabilidades e tarefas definidas. Para aferir
o desempenho do SGQ foram definidos Indicadores de processos ligados ao tratamento
da diálise (indicadores da área médica, enfermagem e administração). Para cada
indicador foi estabelecida meta que na dependência da avaliação poderia ser modificada
anualmente visando sempr emelhor performance. Os Índices que as metas não são
atingidas são abertas Não Conformidades e elaborados planos de ação. Objetivo:
Apresentar os resultados dos Indicadores da Qualidade de uma Unidade de Diálise em 3
anos e o impacto na melhoria contínua do sistema. Método: Período de 2003 e 2007, 250
pacientes foram avaliados através dos indicadores e de suas metas mensais: KT/V ≥1.2 > 85% dos pac, PA≤ 140x90 - 65% dos pac, Hb ≥11g/dL - 70% PO4 ≤ 5,5 mg/dL 50% - Perda de Acesso Vascular = 1%, Análise Bacteriológica da água <100 col/ml,
Absenteísmo do pac. = 0,6%, Soro conversão para Hepatite B e C = 0, Treinamento de
funcionários = 0,5% hora trabalhada /Ano Resultados: Ao final de 3 anos, as metas
foram alcançadas e 4 indicadores tiveram metas reajustadas ao final de 12 meses, por
terem sido superadas. Conclusão: Os indicadores da qualidade de diálise são uma
ferramenta importante de monitoramento das boas práticas do tratamento dialítico e
permite que seja gerenciado o controle necessário da melhor sobrevida e qualidade de
vida do paciente. A visão integrada do tratamento e atenção às expectativas do cliente
gera a melhora do atendimento e maior confiança.
O tipo de anticoagulação vai influenciar na efetividade da terapia de substituição renal
dos pacientes submetidos a método contínuo em UTI, visto que é necessário interromper
a terapia para troca do sistema, o que aumenta os custos. Em nosso serviço, na
hemofiltração venovenosa contínua (HVVC), a troca do hemofiltro é realizada a cada 24
h de uso, havendo ou não coagulação do sistema. Como anticoagulantes são utilizados a
heparina ou o citrato regional. Quando há contra-indicação de ambos, lava-se o sistema
com SF 0,9%. Objetivo: comparar os diferentes métodos de anticoagulação, em relação
à durabilidade do hemofiltro na HVVC em unidades de terapia intensiva de um hospital
universitário. Método: estudo retrospectivo de pacientes consecutivos submetidos à
HVVC no período de agosto de 2005 a abril de 2007. Análise dos registros dos
enfermeiros do grupo responsável pelo acompanhamento dos procedimentos de
pacientes em insuficiência renal (aguda ou crônica). Verificação da porcentagem de
procedimentos em que houve necessidade de troca do sistema antes de decorridas 24 h.
Resultados: foram realizadas 176 HVVC no período, sendo que 53 procedimentos não
completaram 24 horas de terapia e foram excluídos. Em 27 procedimentos não se utilizou
nenhum anticoagulante e houve coagulação do sistema em 66,7% dos casos. Dentre os
13 procedimentos com heparina, a prevalência de coagulação do sistema foi de 38,5%.
Com o citrato somente 15,7% dos 83 procedimentos coagularam. Esta freqüência de
coagulação do sistema foi estatisticamente menor (qui-quadrado, p < 0,0001) do que com
os outros métodos. Conclusão: a anticoagulação com citrato em HVVC foi o método
com melhor eficiência.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
115
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
Trabalhos Enfermagem
P 018
TL 019
ELEVADO GANHO DE PESO INTERDIALÍTICO: UM FATOR DE PIORA NA
QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTESEM DIÁLISE.
CRISTIANE AP OLIVEIRA, PRISCILA GARPELLI, CIBELE ISAAC SAAD
RODRIGUES, ELDINA SANTANA SILVA, ENIO MMGUERRA, RONALDO
D´AVILA
PUC/SP E CDTR/SOROCABA
AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DE PACIENTES COM
HIV DESDE O MOMENTO DO DIAGNÓSTICO.
FRIEDL, D.B.; FINO, L.C.; BELASCO, A.G.S.; BARBOSA,D
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO – UNIFESP
Introdução: Vários fatores contribuem para que a qualidade de vida do paciente renal
crônico dialisado seja baixa. É importante esclarecer o paciente sobre esses fatores, uma
vez que alguns deles podem ser modificados através da mudança de hábitos de vida. As
variações de ganho de peso no período interdialítico (GPI) podem influenciar a qualidade
de vida, uma vez que os pacientes que ganham muito peso estão mais expostos à
complicações cardiovasculares. Além disso, taxas de ultrafiltração elevadas durante o
procedimento dialítico podem se associar a maior freqüência de complicações. Objetivo:
Avaliar comparativamente a qualidade de vida em pacientes com baixo ou elevado ganho
de peso interdialitico. Método: Essa pesquisa foi realizada no Centro de Diálise e
Transplante Renal de Sorocaba (PUC/SP). A amostragem foi composta por 29 indivíduos
sob tratamento dialítico, divididos em dois grupos:16 com GPI médio <2,5Kg (grupo 1)
e 13 com GPI médio> 4,0 Kg (grupo 2). O estudo de qualidade de vida foi feito
aplicando-se o questionário SF-36 em duas ocasiões: em uma situação basal e após uma
tentativa de educar os pacientes a ganharem menos peso no período interdialítico.
Resultados: Entre os 16 pacientes do grupo 1 a média de idade foi 51,8 ± 15,9 anos, 7
pacientes eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino, 12 de etnia Branca e 4 Negra, 3
deles portadores de Diabetes Melitus e a média de tempo em diálise foi 1233 ± 900 dias.
No grupo 2, a média de idade foi 45,7 ± 12,5 anos, 3 pacientes eram do sexo feminino
e 10 do sexo masculino, 8 eram brancos e 5 negros. % dos pacientes eram diabéticos e a
média de tempo em diálise era 1989 ± 1191 dias. O cálculo do Raw Scale obtido através
do questionário SF-36 mostrou-se maior em alguns domínios no grupo 1, como: Estado
Geral da Saúde: grupo1 = 75,1± 20,5 versus grupo2 = 53,3 ± 30 (p= 0,025); Vitalidade:
grupo1 = 75,3 ± 22,5 versus grupo2 = 56,1 ± 21,1(p= 0,027); Aspectos Emocionais:
grupo1 = 81,25 ± 36,5 versus grupo 2 = 51,2 ± 48,3 (p= 0,07) e Saúde Mental: grupo1=
80,5 ± 17,1 versus grupo2 = 48,6 ± 31(p= 0,001). Os pacientes do grupo 2 não
modificaram o seu comportamento após a tentativa de educação e continuaram a
apresentar elevado ganho de peso interdialítico. Dois meses após a tentativa de educação
repetimos o questionário SF-36, e observamos resultados semelhantes aos observados
anteriormente, principalmente nos domínios Estado Geral da Saúde: grupo1 = 66,5 ±
21,5 versus grupo2= 45,4 ± 28,7(p= 0,032) e Saúde Mental: grupo 1 = 78,75 ± 25, 3
versus grupo2= 56,3 ± 28(p=0,03). Conclusão: Os pacientes renais crônicos dialisados
com elevado ganho de peso interdialítico apresentaram pior qualidade de vida do que os
com menor ganho de peso. As tentativas de educar o paciente a ganhar menos peso
interdialítico não surtiram efeitos práticos.
Introdução: Afecções renais não são incomuns nos pacientes infectados pelo HIV e
podem contribuir de forma significativa para o aumento da morbidade e mortalidade.
Entre as formas de apresentação dos problemas ocorridos nos portadores de HIV
encontramos desde apresentações comuns até formas específicas relacionadas à doença.
Além de que muitas drogas utilizadas para o tratamento do paciente e suas complicações
são nefrotóxicas. Objetivo: Avaliar a evolução da função renal dos portadores de
HIV/AIDS que iniciaram acompanhamento ambulatorial no Centro de Controle de
Doenças Infecciosas (CCDI) do Hospital São Paulo/UNIFESP. Metodologia: Trata-se
de um estudo descritivo e retrospectivo que utiliza como método para a coleta de dados
a análise dos prontuários de pacientes portadores de HIV/AIDS atendidos no CCDI. Os
prontuários que não contém dosagem de creatinina sérica e peso na primeira e na última
consulta são excluídos. A coleta de dados iniciou-se após a aprovação do projeto pelo
Comitê de ética e Pesquisa da UNIFESP em outubro de 2005. O tempo médio utilizado
para análise de cada prontuário é de 30 minutos. A análise é feita buscando as variáveis
contidas no estudo. Os resultados apresentados aqui são parciais. Resultados/
Discussões: Até o momento foram analisados 138 prontuários. A maioria da população
estudada foi masculina (63%), com idade média de 41,5 anos, branca (47,1%), com mais
de 50 meses de diagnóstico (68,1%), média de 2,7 comorbidades adquiridas variando de
0 a 9 patologias e 114 (86,6%) realizando o tratamento medicamentoso. Dos 138
pacientes analisados, apenas 11 (8%) apresentaram valores de creatinina maior que
1,2mg/dL na primeira dosagem. Através da análise dos dados concluímos que o grupo
analisado se mostrou sem alteração em relação à função renal, com algumas exceções.
Ao contrário de outros estudos, uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos na
Clínica Jhons Hopkins por Lucas M., AIDS, 2004, demonstrou que a terapia
antiretroviral pode ser um fator protetor para que os pacientes infectados com HIV não
desenvolvam nefropatias. Assim como a diabetes, hipertensão e hepatite C podem ser
fatores desencadeantes de diversas nefropatias, principalmente, na população infectada
com HIV com CD4+ baixos e carga viral alta. Porém são necessários maiores estudos
para afirmar tal observação. Estudo ainda em andamento.
TL 020
TL 021
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE UM NOVO DESIGN DE CATETER DE
DUPLO LÚMEN DE CURTA PERMANÊNCIA EM TERAPIAS DE
SUBSTITUIÇÃO RENAL.
CLAUDIA R.R. FERREIRA; D. I. TRONDOLI; L.A. COUTO; S.C. DA SILVA; G.F.
E SILVA; R.S. MOREIRA, M.A.B. GONÇALVES; A.C. NETO; C.M. ANDRADE
INSTITUTO DO CORAÇÃO – HCFMUSP
COMPLICAÇÕES TARDIAS DO ACESSO VENOSO CENTRAL PARA
HEMODIÁLISE.
RITA DE CÁSSIA HELÚ M. RIBEIRO, GOUVEA, A C J; GOUVEA, A F J;
MIRANDA, A L L; CESARE, A P; CESARINO, C B; BERTOLIN, D C; LIMA, I C
P C L; DAVID, G M S; COSTA, I S.
IUN
A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada pela incapacidade dos rins de excretar as
escórias metabólicas do organismo ou realizar suas funções reguladoras, podendo ser um
processo agudo ou crônico. A obtenção de acesso para terapias de substituição renal
(TRS) constitui o principal problema operacional para a manutenção da terapêutica
hemodíalitica e estando diretamente relacionado à eficácia e efetividade dos resultados
de qualidade. Este estudo exploratório, prospectivo, com abordagem quantitativa propõe
avaliar a eficácia do uso de uma nova tecnologia de design de ponta de cateter (cross
section) versus o cateter tradicional (extensão reta) de curta permanência nas TRS. Foram
avaliados 20 cateteres de dupla via de curta permanência, 10 cross section (11.5 F) e 10
extensão reta (12 F). Os resultados demonstraram que, não houve diferença estatística
quanto ao local de passagem; o tempo médio de uso dos cateteres variou de 7 a 28 dias
para os cross section, e 7 a 21 dias para os de extensão reta. Relacionado ao tempo médio
em horas de TSR, 101,2h para o cross section e 49,5h para extensão reta; esta diferença
foi propiciada pela ausência de problemas mecânico durantes as terapias. Concluímos
que, o cateter cross section permitiu maior tempo de permanência no sítio, menor
interrupção durante os procedimentos, conseqüentemente, maior tempo de terapia, o que
favorece a dialisância e otimizar os resultados em pacientes críticos ou semi-críticos
internados em unidades de terapia intensiva (UTI) acometidos de LRA que necessitam
de TSR.
Os objetivos deste estudo foram: caracterizar os pacientes com cateter venoso central
para hemodiálise; identificar as complicações tardias e motivos de retirada prevalentes;
avaliar o tempo de permanência do cateter; identificar os locais de implante e o tipo de
cateter mais utilizado; identificar os microorganismos prevalentes nas infecções
superficiais e sistêmicas. Trata-se de um estudo retrospectivo, da análise de arquivos dos
pacientes com IRC portadores de cateter para hemodiálise, implantados e retirados no
período de 1o de agosto de 2005 a 30 de novembro de 2006. Os resultados mostraram que:
51% dos pacientes eram do sexo masculino; 80% brancos; a faixa etária dos 31 aos 60
anos predominou com 52,4%; 62,3% estavam em tratamento de hemodiálise há menos
de um ano. Com relação às complicações tardias 32,4% dos cateteres foram removidos
por fluxo ruim e motivos de retirada do cateter em 29,6% foi por punção da fístula
artériovenosa (FAV). A média de permanência foi de 76,8 dias; sendo que 32,4% dos
cateteres permaneceram por mais de 90 dias; em 62% o local do cateter era na veia
jugular interna direita; 97,2% eram do tipo temporário (Cateter de Duplo Lúmen); o
Staphylococcus aureus predominou em 38,4% das hemoculturas; o S. coagulase negativo
foi encontrado em 57,1% das infecções superficiais. Concluímos que é necessário o
controle da freqüência e do tempo permanência do cateter temporário para hemodiálise,
priorizando o uso da FAV nativa; contribuindo para reduzir os riscos na ocorrência de
complicações tardias e melhorar os cuidados com a manipulação do cateter.
116
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
Trabalhos Enfermagem
J Bras Nefrol - Volume 29 - nº 3 - Supl. 2 - Setembro de 2007
TL 022
TL 023
EVOLUÇÃO DO CUIDADE EM DIÁLISE – AUTO PUNÇÃO DE FÍSTULA
ARTÉRIO VENOSA
ALVES, RM; BANDEIRA,MF
CDR – CLÍNICA DE DOENÇAS RENAIS – UNIDADE BOTAFOGO
DESESPERANÇA E DEPRESSÃO EM PACIENTES PORTADORES DE
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.
VASCONCELOS, SBM; MARTINS, SAF; PASSOS, CS; LAZZARO, GJS; SESSO,
RC; DINIZ, DHMP.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/ CLÍNICA DE NEFROLOGIA
SANTA RITA/SETOR DE PSICONEFROLOGIA/NÚCLEO DE QUALIDADE DE
VIDA
Introdução: A punção da Fístula Artério-Venosa (FAV) representa um dos momentos
de maior ansiedade na hemodiálise (HD). A expectativa da dor, a falta de vínculo
(confiança) com a equipe de enfermagem e muitas vezes, a preferência por um dos
membros para realização da punção, são fatores que interferem na qualidade do
atendimento ao cliente. A partir dessa observação incentivou-se a prática de punção da
FAV pelo próprio cliente, denominada auto-punção. Objetivo: Demonstrar a experiência
de auto-punção em clientes, observar intercorrências e avaliar beneficios desta atitude.
Métodos: Foram escolhidos clientes com FAV autóloga e que demonstrassem interesse
em participar do programa. Os clientes tiveram inicialmente treinamento do enfermeiro
sobre acesso vascular e noções de antissepsia. Nas primeiras punções havia supervisão
direta do enfermeiro. As agulhas de FAV eram de calibres 15 e 16Fr. Resultados: Foram
avaliados durante 12 meses, 1642 punções em 6 pacientes (idade média 35,8/DP13,81a
tempo médio de HD 7,2a/DP4,91a ) submetidos a Hemodiálise Intermitente e
Hemodiálise Diária. As intercorrências foram: 3 hematomas venosos e 1 baixo fluxo,
sendo necessária repunção. Nenhum episódio de infecção de FAV foi observado neste
período. O relato subjetivo é de menor dor na auto-punção. Esporadicamente houve
recusa em realizar a auto-punção e isto foi respeitado prontamente pela enfermagem.
Conclusão: O baixo índice de intercorrências justifica a promoção desta prática.
Incentivar a auto-punção representa uma evolução no cuidado, torna o cliente mais
participativo e comprometido no sucesso do seu tratamento, contribuindo também para a
relação de confiança na equipe.
Introdução: “Desesperança passou a ser considerada como um nexo causal entre
depressão e suicídio, compondo a tríade teórica de Beck sobre a depressão. ”(Cunha,
2001) Objetivo: Analisar a intensidade de sintomas de depressão e extensão da
desesperança de pacientes em hemodiálise. Método: Estudo prospectivo de corte
transversal. Sujeitos: pacientes em hemodiálise há mais de 7 meses; entre 19 e 64 anos;
que apresentassem intercorrências clínicas - segundo os critérios da equipe médica
responsável; sem histórico de transtornos psiquiátricos e que não estivessem utilizando
psicotrópicos. Local: Clínica de Nefrologia Santa Rita, São Paulo. InstrumentosEscalas Beck: BDI (Inventário de Depressão) e BHS (Escala de Desesperança), ambas
padrão ouro e com sua versão em português validada. Procedimentos: 1) Seleção
aleatória 2) Leitura do Consentimento Livre e Esclarecido e aplicação do questionário
sócio-demográfico e clínico. 3) Aplicação do BHS e do BDI, em um único encontro. 4)
Interpretação dos resultados, segundo o Manual da Versão em Português da Escalas
Beck. 5) Devolutiva para pacientes e especialistas da clínica que permitiu a pesquisa de
campo. Resultados: Foram analisados 28 pacientes: sendo 17 do sexo masculino, idade
média de 45 anos e tempo médio em hemodiálise de 4 anos. Sintomas de Depressão: 5
pacientes apresentaram sintomas de nível moderado; 10 nível leve, 13 mínimo e nenhum
apresentou nível grave. Sintomas de Desesperança: 1 paciente apresentou nível grave;
1 moderado; 4 nível leve e 22 nível mínimo. Todos os sujeitos que apresentaram
sintomas de desesperança com nível acima do leve não estavam exercendo nenhum tipo
de atividade laboral em sua rotina de vida, houve correlação positiva significante entre
a variável de estar desempregado/aposentado e desesperança (r=0,79 p<0,05). BDI e
BHS correlacionaram-se de forma estatisticamente significante (r=0, 457 p<0,05), ao
aumentar os escores do BDI o do BHS também aumenta. Conclusão: O conjunto de
dados obtidos revelam níveis importantes de desesperança e sinalização de possível
associação desse índice a falta de atividades laborais. Não houve prevalência de nível de
depressão grave. Por tratar-se de um estudo piloto, com uma pequena amostra, a qual
possuía assistência psicológica, constata-se a necessidade de ampliação desse estudo,
com critérios metodológicos que incluam exclusão de pacientes em tratamento
psicoterápico.
TL 024
ÍNDICE DE GRAVIDADE DE PACIENTES - TISS 28 (THERAPEUTIC
INTERVENTION SCORING SYSTEM-28) E LESÃO RENAL AGUDA EM PÓS
OPERATÓRIO CIRURGIA CARDÍACA
M.A.B. GONÇALVES; M.L.M. ARAÚJO; C.R.R.FERREIRA; D.I.TRONDOLI; L.A.
COUTO; G.F. SILVA; R.S. MOREIRA; S.C. SILVA; C.M. ANDRADE
INSTITUTO DO CORAÇÃO - HCFMUSP
Estudo descritivo, prospectivo, com abordagem quantitativa que pretende mensurar a
gravidade de pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) submetidos à
cirurgia cardíaca e correlacionar com a incidência de lesão renal aguda (LRA) segundo
o índice de gravidade TISS-28 (Therapeutic Intervention Scoring System-28). Este
indicador permite classificar a gravidade do paciente considerando a quantidade de
intervenções terapêuticas, a complexidade, grau de invasividade e indiretamente o tempo
dispendido pela enfermagem na assistência ao paciente crítico. A amostra constituiu-se
de 92 pacientes. Os resultados gerais demonstraram após 30 dias que a média diária
TISS-28 por paciente foi de 29.47 pontos/dia. Na categorização da gravidade em classes,
a maior pontuação deu-se na classe III, 23.46% para 75.07%. Correlacionando os dados
com a LRA, 08 pacientes (8.6%) apresentaram esta complicação no pós-operatório;
quanto ao sexo, 05 masculinos e 03 femininos, faixa etária predominante entre 55- 65
anos (75%); quanto ao tratamento cirúrgico, 04 revascularização do miocárdio, 03
valvares e 01 procedimento misto (troca valvar e revascularização do miocárdio). Todos
os 08 pacientes encontravam-se categorizados na classe III (20 – 39 pontos), instáveis e
exigem assistência intensiva. Quanto a LRA, 06 pacientes tiveram indicação de terapia
contínua de substituição renal (CRRT), e desfecho clínico para óbito de 04. A carga de
trabalho da enfermagem por paciente foi de 15.6 h. O instrumento TISS-28 mostrou ser
um indicador sensível para estimar a gravidade de pacientes.
XI Encontro Paulista de Nefrologia e XI Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia
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