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Trânsito brasileiro já matou 477 mil em 12 anos, mostra estudo da
Ambev
Relatório desenvolvido em parceria com a consultoria Falconi indica que acidentes com motos
são a principal causa de morte, subindo de 19% do total de vítimas fatais em 2003 para 37% em
2014
Dezembro de 2016 – Com um dos trânsitos mais violentos do mundo segundo a OMS (Organização
Mundial da Saúde), o Brasil vivencia um aumento de 3,2% no número total de mortes em decorrência de
acidentes em um ano, segundo os dados mais recentes, referentes a 2014. O crescimento volta a ser
constatado, depois de uma queda de 5,7% entre 2012 e 2013, que reverteu a tendência de aumento que
já durava quatro anos. Em 2014, 44.471 brasileiros perderam suas vidas em acidentes viários e o número
absoluto de feridos cresceu 5,9% em relação a 2013, chegando a mais de 203 mil. No mesmo período, os
feridos por 100 mil habitantes aumentaram 5%. De 2003 a 2014, mais de 477 mil brasileiros morreram
nas ruas, avenidas e estradas e mais de 1,7 milhão ficaram feridos.
A terceira edição do relatório “Retrato da Segurança Viária”, desenvolvido pela Ambev em parceria com
a consultoria Falconi, mostra ainda que, nos 12 anos analisados pelo estudo, os acidentes com motos
passaram a ser a principal causa de morte no trânsito, subindo de 19% para 37% do total de vítimas fatais.
Enquanto isso, o número de feridos entre motociclistas quase quadruplicou: de 31.073 para 119.846. Em
2003, os acidentes fatais com pedestres eram a maioria, representando 43% do total. Os carros de passeio
apareciam na sequência, 29%. De acordo com os dados mais recentes, 24% dos acidentes que levam a
óbito são com pessoas a pé e 32% com carros.
Com o objetivo de auxiliar a elaboração de políticas efetivas de combate aos acidentes de trânsito, o
material oferece um cruzamento inédito de dados de entidades como Associação Nacional dos
Transportes Públicos (ANTP), Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde),
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), além da Organização Mundial da Saúde
(OMS). “Queremos e podemos ser parte da solução por um trânsito mais seguro para todos. Temos uma
das maiores frotas do país e desenvolvemos tecnologias e treinamentos exclusivos capazes de mapear e
mudar comportamentos de risco para garantir a segurança de toda nossa força logística. Além disso,
também atuamos na prevenção o uso indevido da bebida alcoólica que, quando associada à direção,
também se torna um fator de risco no trânsito”, esclarece Pedro Mariani, vice-presidente de relações
corporativas da Ambev.
Há bastante tempo, a Ambev realiza ações, como doação de bafômetros e campanhas de conscientização
para promover a segurança no trânsito. Com o Retrato de Segurança Viária, a cervejaria resolveu ir além
para construir uma base de dados consolidada sobre essa questão. “São inúmeras as ações para que
mudanças efetivas aconteçam e o trabalho em rede, aliado a uma base de dados confiável e sólida como
a desse retrato, é fundamental para que elas sejam levadas à prática”, pontua Mariani. A partir daí, a
Ambev liderou a formação de uma coalizão com agentes privados, públicos e da sociedade civil. O
primeiro fruto dessa coalizão nasceu do engajamento do Governo do Estado de São Paulo, que articulou
e vem executando o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. Recentemente, o Governo do Distrito
Federal também iniciou, com apoio da cervejaria, um projeto semelhante com o programa Brasília Vida
Segura.
Óbitos por região
A região Sudeste concentrou o maior número de mortes em 2014, com 15.603 vítimas, um crescimento
de 4,5% em relação a 2013. O Nordeste vem em seguida, com 13.430 mortes, 3,1% a mais que no ano
anterior. No Centro Oeste, o total de vítimas foi de 4.725 (aumento de 2,7%) e no Norte, 3.768
(crescimento de 3,9%). No Sul, foram 6.945 mortes em 2014, um aumento mínimo de 0,8% na
comparação com 2013.
Ao analisar o número de óbitos por 100 mil habitantes, o Sudeste é a região mais segura, com taxa de
18,3. Em seguida vem a região Norte, com 21,9. Com taxas semelhantes estão as regiões Nordeste e Sul,
ambas com 23,9. Por último, fica a região Centro-Oeste, com uma taxa elevada: 31 mortes a cada 100 mil
habitantes.
A análise por região também revela que no Nordeste e Norte, os usuários de moto representam o grupo
predominante entre as vítimas. No Nordeste, foram 6.849 vítimas fatais de acidentes com moto (51% do
total), mais que o dobro das 3.223 vítimas de acidentes com carro (24%). Em 2003, as motos
representavam 25% das mortes no trânsito na região Nordeste. Desde então, a frota de motos nos estados
nordestinos saltou de 1,2 milhão para 6,2 milhões, um aumento de 414%. O usuário de automóvel lidera
o ranking de óbitos nas regiões Sudeste (34% do total de acidentes), Sul (39%) e Centro-Oeste (37%).
Número de óbitos, variação e indicador de óbitos dos estados brasileiros
Perfil de maior risco
Apesar de as motos constituírem apenas 27% da frota nacional de veículos automotores, os motociclistas
integram o maior grupo de vítimas de trânsito no Brasil, representando 37% das mortes e 59% dos feridos
em acidentes. Em 2014, 54,4% de todas as internações por acidentes de transporte em hospitais estavam
relacionadas a esse tipo de veículo.
“O número de motocicletas se expande em velocidade superior ao de outros tipos de veículos. Enquanto
a frota de carros entre 2003 e 2014 dobrou, a de motos mais que triplicou. Dessa forma, o número de
óbitos e de feridos com motociclistas pode crescer ainda mais”, explica Daniel Oliveira, consultor da
Falconi e gerente responsável pelo Retrato da Segurança Viária 2016.
Já usuários de automóveis representam 32% das pessoas que morreram nas ruas e estradas brasileiras
em 2014, seguidos pelos pedestres (24%), bicicletas (4%) e caminhões e ônibus (3%).
Óbitos e feridos por tipo de usuário no Brasil
Para acessar o conteúdo completo do Retrato de Segurança Viária 2016 entre em contato com a
assessoria de imprensa da Ambev:
Máquina Cohn & Wolfe
[email protected]
(11) 3147-7900
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