Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes aegypti

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Forças Armadas no combate ao
mosquito Aedes aegypti
Foto Teresa Sobreira
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, anunciou nesta quarta-feira
(27) que vai ampliar, em todo o País, a atuação de militares
no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue,
chinkungunya e Zika vírus, e reforçou que a tarefa envolve a
participação de todos. “É preciso sensibilizar e reunir
esforços do Estado e da sociedade. Este é o caminho que pode
permitir que nós tenhamos êxito neste enfrentamento, e essa é
a disposição do Ministério da Defesa e das Forças Armadas para
apoiar na esfera da União e nos Estados e municípios”, disse.
O trabalho das Forças Armadas vai ocorrer em quatro fases:
mutirão em organizações militares, mobilização da população,
atuação direta no combate ao mosquito e trabalho de
conscientização em unidades de ensino. A primeira fase começa
nesta sexta-feira (29). Os efetivos das três forças vão
realizar um mutirão de limpeza nas 1.200 organizações
militares espalhadas por todo o Brasil. O objetivo da ação é
chamar a atenção para os cuidados necessários contra o
mosquito, além de eliminar possíveis focos de proliferação do
Aedes nestes locais. Essa fase ocorrerá até o dia 4 de
fevereiro.
A segunda etapa, prevista para ocorrer no dia 13 de fevereiro,
prevê a mobilização de 220 mil homens e mulheres das Forças
Armadas (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da
Força Aérea). Esse contingente atuará em 356 municípios,
incluindo todas as capitais e as 115 cidades consideradas
endêmicas pelo Ministério da Saúde.
Os militares farão a distribuição de material impresso com
orientações para que a população se informe e se engaje no
combate ao Aedes. No panfleto, que deverá ser entregue em
aproximadamente três milhões de residências, também vai
constar um número de telefone local para envio de denúncias
sobre onde haja proliferação do mosquito.
Entre os dias 15 e 18 de fevereiro ocorre a terceira etapa,
quando 50 mil militares estarão diretamente envolvidos no
combate ao mosquito. Essa fase do trabalho será realizada em
uma ação coordenada com o Ministério da Saúde e as autoridades
locais e terá visitas domiciliares dos efetivos das Forças
Armadas, acompanhados de agentes de saúde, para inspecionar
possíveis focos de proliferação, orientando moradores e, se
for o caso, fazendo aplicação de larvicida em criadouros. A
capacitação dos militares que vão atuar no combate ao mosquito
está prevista para a próxima semana.
A última etapa, ainda em fase de discussão com o Ministério da
Educação (MEC), prevê a utilização de efetivos militares em
visitas a escolas. A meta é reforçar o trabalho de
conscientização das crianças e adolescentes sobre como evitar
a proliferação do mosquito transmissor.
O Ministério da Defesa, por determinação do governo federal,
foi incorporado ao esforço do no combate ao mosquito Aedes
aegypti. O ministro acrescentou, em entrevista, que a
participação dos militares é subsidiária e que a
responsabilidade pela condução da campanha é do Ministério da
Saúde. “É o órgão que dispõe dos meios, do conhecimento e da
capacidade para fazer a campanha. Nós somos, nesse caso, uma
força subsidiária”, afirmou.
O ministro ressaltou ser necessária a união de esforços e a
mobilização de todos: poderes públicos, igrejas, sindicatos,
entidades e toda a população. Aldo citou como bom exemplo de
atuação o Acre, que conseguiu reduzir os casos de dengue, de
30 mil ocorrências, em 2010, para 350, em 2015. Não há, até o
momento, nenhum caso do vírus Zika no Estado. “O governador
mobilizou os prefeitos, os efetivos das Forças Armadas, da
Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, o Ministério Público,
os sindicatos, ou seja, toda a sociedade”, destacou o
ministro.
Sala de Controle
O Ministério da Defesa é um dos órgãos que integram a Sala
Nacional de Coordenação e Controle ao Aedes aegypti, criada
pelo governo federal com o objetivo de gerenciar e monitorar
as ações de mobilização e combate ao mosquito. A sala conta
com representantes dos ministérios da Integração Nacional, do
Desenvolvimento Social e da Educação, além da Casa Civil e da
Secretaria de Governo da Presidência da República. O
Ministério da Saúde é o responsável pela coordenação do grupo.
Forças Armadas
A atuação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica no combate
ao Aedes já vem ocorrendo desde novembro em algumas unidades
da federação. Atualmente, cerca de três mil militares estão
capacitados para atuar no combate ao transmissor da dengue, da
chinkungunya e do Zika vírus. O uso de efetivo das Forças
Armadas no enfrentamento ao mosquito é articulado a partir do
pedido de apoio de Estados e municípios e vai ser estendido
enquanto perdurar o Estado de Emergência de Saúde Pública de
Interesse Nacional, decretado pelo Ministério da Saúde.
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