Home Sacerdos o Lex orandi, lex credendi o Ad Orientem Vida Interior o Sermões | Instruções | Exortações | Artigos o Oratio o Leituras Espirituais o Devotio o Meditações o Estudos o Sensus fidei Artigos em Destaque o ESPECIAL | Fátima 1917 – 2017 o Informes | Apontamentos | Reflexões o Hombridade Sobre Contato Pe. Paulo Ricardo responde a Karl Barth: “Porque não sou protestante” Neste curso especial de férias, você vai descobrir, a partir da doutrina tradicional da Igreja e da teologia de Santo Tomás de Aquino, qual é o princípio “desprotestantizante”, a razão fundamental que torna inaceitável todo o protestantismo, desde 1517 até os dias de hoje Pe. Paulo Ricardo: Geralmente, quando debatem entre si, católicos e protestantes pressupõem que têm a mesma fé em Jesus Cristo, tomando isso como ponto de partida para o diálogo ecumênico. As discussões sempre se concentram em outros assuntos – dos quais parece haver uma lista interminável – e fica a impressão de que estaríamos de acordo no que é essencial, discordando apenas nas coisas que são acidentais. Mas será mesmo assim? Onde está realmente a base das controvérsias entre católicos e protestantes? Qual é a verdadeira razão que impede os católicos de deixarem a sua posição “intransigente” e adotarem a posição aparentemente mais evangélica e liberal do protestantismo? Neste curso especial de férias, você vai descobrir, a partir da doutrina tradicional da Igreja e da teologia de Santo Tomás de Aquino, qual é o princípio “desprotestantizante”, a razão fundamental que torna inaceitável todo o protestantismo, desde 1517 até os dias de hoje. Será uma oportunidade para oferecer uma resposta sincera e profunda das razões de nossa fé católica. Como sacerdote católico, o Padre Paulo Ricardo convida seus alunos e filhos espirituais a um diálogo diante de Deus e de sua própria consciência: por que, afinal, eu não sou protestante? Estas aulas não pretendem ser um alimento à curiosidade vã ou a um acirrar desnecessário de ânimos, mas um “alimento sólido” para os católicos e um “cartão de visitas” a todos os que querem conhecer, com respeito e sinceridade, a razão de nossa alegria e de nossa esperança (cf. 1 Pd 3, 15). Se você ainda não é aluno dos Cursos de Pe. Paulo Ricardo, inscreva-se aqui! Se você já é assinante, seja um apóstolo e divulgue essa mensagem aos seus amigos e familiares. A sua iniciativa é muito importante. Vamos alargar as fronteiras do reino de Cristo e aumentar as fileiras do exército da Virgem Maria! *** Confira, à seguir, uma pequena introdução da primeira aula do curso: Quem quer que se diga católico já foi alguma vez confrontado com as incontáveis perguntas que os protestantes das mais variadas denominações costumam lançar-nos à cara. “Não se podem adorar imagens!” “Por que vocês idolatram o Papa?” “Cristo é o único Mediador!” Essas são algumas das inúmeras contestações que, sempre ouvidas e incansavelmente repetidas, fazem titubear a fé de não poucos católicos. Embaraçados em meio a tantas interrogações — feitas muita vez com uma indignação pouco favorável ao diálogo franco e sereno —, os fiéis acabamos perdendo a chance de, diante de Deus e de nossa própria consciência, perguntarmo-nos: “Afinal, por que motivo sou católico, e não protestante? Qual é, enfim, a minha identidade?” Fazemo-nos reféns de perguntas periféricas e, à busca de respostas apressadas, deixamos sem solução um problema mais fundamental, a saber: a razão mesma de nossa pertença a uma Igreja que, desde suas origens, é por todos rechaçada e de todos os lados fustigada. É a essa reflexão que queremos dedicar o presente curso. Com efeito, é curioso notar que, apesar da desunião que lhes é própria, basicamente todas as igrejas ou comunidades que, por hábito e simplificação, costumamos chamar “protestantes” parecem fazer coro e entoar, uníssonas, as mesmas e tão conhecidas objeções que, desde Lutero e Calvino, são aduzidas contra a Igreja que há dois milênios se diz fundada por Jesus Cristo. De fato, não há um só ponto de nossa doutrina que, para o espírito protestante, mereça ficar de pé. Diga ou não respeito ao papado ou ao Batismo de crianças, tudo quanto cheire a catolicismo é desde logo rejeitado como mera idolatria e invencionice humana, quer sejam evangélicos, metodistas, batistas, adventistas ou mórmons os cristãos com os quais estamos debatendo. Esse fato por si só já nos deveria despertar para a existência de uma realidade que, até onde se pode ver, passou despercebida a muitos teólogos e apologetas, qual seja: o princípio de unidade a que se podem reduzir todas e quaisquer impugnações que, do lado protestante, são feitas à Igreja Católica. Referimo-nos, por assim dizer, a um coração que bombeia sangue a corpos distintos, ao princípio teológico capitalque une irmãos há muito separados, que, enfim, dá um só tom a uma multidão de vozes. É ainda mais curioso notar, porém, que este trabalho já foi feito. E justamente por um protestante. À frente do movimento neo-ortodoxo, Karl Barth buscou condensar num só princípio o motivo por que, para ele, não se pode ser católico. “Por isso”, escreve em sua Dogmática Eclesial, “sustento que a analogia entis é uma invenção do anticristo, e penso que exatamente por causa dela não é possível tornar-se católico.” [1] O primado da analogia fidei, por sua vez, encontra em Barth uma tal radicalidade que, em consonância com a visão luterana de uma natureza humana essencialmente corrompida em suas faculdades, toda teologia natural — na medida em que se serve de conceitos extraídos do mundo criado para exprimir a realidade de Deus — se torna uma verdadeira fábrica de ídolos. “Quero acrescentar ainda”, conclui, “que todas as outras razões que se podem aduzir para não se tornar católico parecem-me pueris e sem importância.” [2] Ora, se entre os protestantes, quaisquer que sejam suas placas denominacionais, foi possível chegar a um denominador comum à luz do qual o catolicismo se torna inaceitável, não podemos também nós mostrar o porquê de o protestantismo ser, à luz da fé católica, radicalmente inadmissível? Afinal, não podemos nós, na linha do que ensinam o Magistério Eclesiástico bimilenar e os mais aprovados teólogos, encontrar um princípio antiprotestante? É em vista disso que o Padre Paulo Ricardo, num esforço de reflexão pessoal, convida todos os católicos a considerar as razões fundamentais de nossa esperança (cf. Pd 3, 15) e as notas distintivas da doutrina da Igreja, una, santa e católica. Referências 1. Karl Barth, Die kirchliche Dogmatik, I/1, 1993, apud R. Gibellini, A Teologia do Século XX. Trad. port. de João P. Netto. São Paulo: Loyola, 1998, p. 27. 2. Id., ibid. Sensus fidei 25 de janeiro de 201627 de janeiro de 2016 Sacerdos, Sermões | Instruções | Exortações | Artigos 3 Comentários ← [Sermão] Conselhos aos jovens que pensam em casar Os santos inocentes → 3 ideias sobre “Pe. Paulo Ricardo responde a Karl Barth: “Porque não sou protestante”” Polibio 13 de março de 2017 em 13:26 Permalink Porque se eu fosse como poderia viver na esbornia,na bebedeira,na mentira,nos palavroes,nas traições no casamento.Sair do acampamento babando pra tomar alcool no primeiro boteco que eu encontrar? Como eu seria protestante…ai não dáva né? Resposta jose ivan noberto da silva 9 de junho de 2016 em 10:25 Permalink 101. Por que não sou protestante? Versão áudio É muito comum encontrar pessoas que tiveram a graça de nascer em uma família católica, mas que ainda não fizeram uma opção consciente pela sua fé, achando que tanto faz pertencer à Igreja Católica ou a qualquer outra comunidade cristã, mesmo que seja protestante. São Pedro nos exorta: “Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir” [1]. Afinal, por que somos católicos, e não protestantes? Em primeiro lugar, é importante entender como e por que os protestantes se separaram da Igreja. O século XVI foi um período muito difícil, principalmente por conta do fenômeno do “renascimento”, que foi o retorno do paganismo à cultura da Europa. Com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, muitas pessoas que viviam no Oriente vieram para o Ocidente, levando manuscritos não só da filosofia clássica, como também da mitologia grega. Imersos nas histórias e valores da Antiguidade pagã, os homens dessa época – também os da Igreja -, experimentaram um arrefecimento na fé. O clero encontrava dificuldades para viver o celibato e era constantemente agitado por jogos de poder e preocupações políticas. Os reformadores protestantes, como Martinho Lutero, João Calvino e Ulrich Zwinglio, vendo a triste situação em que se encontravam os homens da Igreja, quiseram empreender uma mudança, mas, no fim, acabaram mutilando a Igreja. Eles tentaram fazer uma reforma prescindindo da fé na Igreja e acabaram criando um dualismo, pelo qual aceitavam a Igreja invisível, mas rejeitavam qualquer instituição visível, que não passaria de criação humana. É por isso que os protestantes não ficam escandalizados quando um pastor briga com outro e decide fundar outra igreja. Para eles, Jesus veio a este mundo, deixou a sua mensagem, que está na Bíblia, e todos estão entregues à sua própria interpretação das Escrituras. Se não há, como postula a doutrina do livre exame, nenhuma autoridade humana que interprete fielmente a Bíblia, então, todos se tornam autoridades legítimas para interpretá-la; cada crente é o seu próprio Magistério. Assim, a cada intérprete autorizado da Bíblia, abre-se uma nova igreja, sem nenhum escrúpulo. Para entrar em contato com a Igreja invisível – que é a única que existe -, ou eles recorrem aos carismas – como fazem os pentecostais – ou à interpretação livre das Escrituras. As “igrejas visíveis” existem tão somente para que as pessoas congreguem e se ajudem mutuamente, mas nada disso é fundado por Deus, senão pelos homens. No fim, toda essa doutrina protestante chega a um beco sem saída. Pois, se tudo o que é visível não passa de invenção dos homens, o que dizer das Escrituras que, tendo como autor último o Espírito Santo, têm, no entanto, autores verdadeiramente humanos, de carne e osso? O que dizer das Escrituras, que foram estabelecidas como verdadeiras justamente pela autoridade da Igreja Católica, como diz Santo Agostinho: “Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas – Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja Católica” [2]? Ora, cortar da árvore do Credo a fé na Igreja é serrar o próprio galho em que se está sentado. Para resolver o seu dilema, os protestantes acabaram se dividindo em duas correntes principais. A primeira, mais tradicional, crê que basta recorrer ao texto literal para se chegar à verdadeira interpretação da Bíblia. A experiência histórica comprova que esse método “realista” não funciona: milhares de protestantes ao redor do mundo interpretam de forma diferente as Escrituras. Para aceitar como verdadeiro o livre exame, ter-se-ia que admitir ou que Deus fala várias coisas divergentes entre si – o que não é possível – ou que todos, mesmo com opiniões contrárias, falam a verdade – o que é igualmente impossível. Por isso, o livre exame é muito difícil de se sustentar. Alguns teólogos, principalmente a partir do século XIX, vendo a fragilidade dessa doutrina, procederam à investigação histórica e científica das Escrituras, procurando identificar as interpolações, gêneros literários e acréscimos presentes na Bíblia. Ao fazê-lo, porém, esqueceram-se do todo coerente que são as Escrituras e fragmentaram-na em um “mosaico de pequenas teologias”. Olhando de longe para uma redutiva figura de “Jesus histórico”, perderam de vista a fé no Verbo que irrompeu na história dos homens. Enquanto eles olham para um Jesus distante e pensam que, quanto mais o tempo passa, menos precisos são seus apontamentos, nós, católicos, ao contrário, à medida que o tempo passa, temos cada vez mais certeza de nossa fé. Porque, ainda que os tempos, os lugares e os estilos mudem, uma só é a Palavra que sai da boca dos santos e doutores da Igreja: Jesus. De fato, nós cremos que a Palavra de Deus não é um livro, mas uma pessoa que “se fez carne e veio morar entre nós” [3]. Cremos também que essa realidade da Encarnação continua na Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo [4] e o que garante a interpretação autêntica das Sagradas Escrituras. Olhando para o organismo vivo da Igreja, para os seus Concílios e Papas, para a vida dos santos e todos os seus ensinamentos, é impossível não dirigir uma imensa ação de graças a Deus, por nos dar a graça de ser como anões no ombro de gigantes. Que alegria é ser católico e saber que não é preciso inventar um novo caminho, mas já existe um, deixado por Cristo e muito bem “pavimentado, iluminado e policiado” pelos santos da Igreja de Deus. De fato, a verdadeira história da Igreja é feita por esses homens e mulheres que devotaram toda a sua vida à vontade de Deus. Muitos querem estudar a história eclesiástica, mas o fazem a partir das personagens corruptas e pecadoras, que foram justamente as primeiras a trair a Igreja. Ora, qualquer pessoa que se proponha a contar a história da própria família, fá-lo-á narrando os episódios de quem entregou o seu sangue por ela ou contando as histórias dos que a abandonaram? Quem se propõe a conhecer a arquitetura, começa estudando os prédios que caíram ou os que deram certo? Do mesmo modo, não se estuda a história da Igreja senão pela via dos santos e mártires, que entregaram a sua vida por ela [5]. A religião protestante, no entanto, não acredita na santidade. Eles se recusam a crer que um ser humano possa se santificar em vida ou mesmo ser invocado após a sua morte, ignorando que nada, absolutamente, pode nos separar do amor de Cristo [6]. Uma só é a Igreja de Cristo. Não existem várias, apenas uma. Enquanto os próprios protestantes assumem que as congregações a que pertencem são meras fundações humanas, nós, católicos, cremos firmemente que a Igreja Católica é de instituição divina e que nenhuma das fragilidades e dos pecados dos homens pode macular a sua santidade real, concreta e visível nos Sacramentos e na doutrina e na vida de seus santos. E cremos que esse organismo vivo existe e continuará a existir até o fim dos tempos, porque “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” [7]. Resposta Cleunice 25 de janeiro de 2016 em 18:52 Permalink Os protestantes fazem resistência à natureza humana de Nosso Senhor. Com isso eles desprezam o infinito sacrifício que o Filho de Deus fez por nós ao encarnar. Resposta Deixe uma resposta O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com * Comentário Nome * E-mail * Site Publicar comentário Artigos em Destaque ADMITEM COMPLÔ CONTRA CARD. SARAH 24 de maio de 2017 Cena dantesca 23 de maio de 2017 PLANO B: A Queda do Novus Ordo Seclorum 22 de maio de 2017 Leia Também Jesus livrou-nos de todo o mal para dar-nos todo o bem A porta larga da esterilização Frutos de santificação que produz o pensamento da Eternidade VI Marcha pela Vida em Roma Categorias Categorias Arquivos Arquivos MISSAS TRIDENTINAS NO BRASIL O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO, SEGUNDO A IGREJA CATÓLICA Receba Atualizações Seu e-mail aqu Subscreva Todos os Tópicos Home Sacerdos o Lex orandi, lex credendi o Ad Orientem Vida Interior o Sermões | Instruções | Exortações | Artigos o Oratio o Leituras Espirituais o Devotio o Meditações o Estudos o Sensus fidei Artigos em Destaque o ESPECIAL | Fátima 1917 – 2017 o Informes | Apontamentos | Reflexões o Hombridade Sobre Contato Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. Por favor, dê-nos o crédito e o link ao reproduzir livremente nossos artigos, assim como nos empenhamos em dar os devidos créditos para autores, conteúdo e mídias que aqui citamos, republicamos e/ou traduzimos. Categorias Categorias Arquivos Arquivos Copyright © 2017 Sensus fidei | Iesus Christus heri et hodie idem, et in saecula!. Powered by WordPress. Tema: Spacious por ThemeGrill. Home Sacerdos Lex orandi, lex credendi Ad Orientem Vida Interior Sermões | Instruções | Exortações | Artigos Oratio Leituras Espirituais Devotio Meditações Estudos Sensus fidei Artigos em Destaque ESPECIAL | Fátima 1917 – 2017 Informes | Apontamentos | Reflexões Hombridade Sobre Contato