Clipping Farmacêutico

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Clipping Farmacêutico
13 de Novembro de 2015.
Índice
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Extrafarma entra em SP e tem plano para lojas em rodovias
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Governo tenta conter aumento de remédio
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Aché inaugura laboratório de síntese molecular
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Farmácias reagem a corte do governo federal
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Para estancar crise, BR Pharma vende Mais Econômica e terá novo aporte
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Lanza Pharma planeja trazer ao país o THC sintético
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Verti espera levar Mais Econômica ao azul em 2016
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BR Pharma espera recursos da oferta de ações até início de 2016
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Fornecimento de remédio
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Nanotecnologia brilha na área médica e da saúde
DOCS - 1592036v1
Notícias
Extrafarma entra em SP e tem plano para lojas em rodovias
Rede de farmácias do grupo Ultra, a Extrafarma, controlada há um ano e meio pela empresa,
atingiu receita líquida de R$ 1 bilhão de janeiro a setembro, e se prepara para entrar no
mercado de São Paulo nos próximos meses, apurou o Valor. Deve, discretamente, começar a
ganhar terreno em outras regiões, conforme plano já desenhado a cadeia ocupa a nona
colocação no ranking geral num segmento em que escala é crucial. A primeira loja da
empresa fora da região Norte e Nordeste ficará num posto de combustível Ipiranga na
avenida dos Bandeirantes, na capital paulista.
Será uma unidade piloto da rede e a segunda farmácia da companhia num posto Ipiranga,
empresa também do grupo Ultra, dentro de um projeto de criar uma estrutura de serviços
mais completa na cadeia de combustível da companhia. A entrada da marca em São Paulo foi
confirmada pela empresa para analistas na sexta-feira, sem informar prazo. A primeira
farmácia em posto foi aberta em Belém poucas semanas atrás, com 250 metros quadrados.
Ainda há outro projeto de abertura de farmácias em postos em rodovias de São Paulo, apurou
o Valor. O presidente da holding Ultrapar, Thilo Mannhardt, disse, na teleconferência de
resultados, que o grupo está trabalhando em uma nova identidade para a rede Extrafarma,
com mudanças em layout, que serão implementadas na operação da loja de São Paulo.
Trata-se de um outro formato, com arquitetura e conceito de loja diferentes do atual, com
reorganização dos espaços, ajustes no mix e na disposição de mercadorias, por exemplo. Em
termos de aberturas de lojas, porém, a Extrafarma reduziu o ritmo. O plano informado até
ano passado previa inaugurar cerca de 100 unidades em 2015, chegando a 300 ao fim deste
ano. Em setembro, porém, a rede somava 244 pontos de venda, e não deve atingir essa
marca anual. Em 12 meses até setembro, o número passou de 210 para 244 pontos.
A empresa afirma que a desaceleração foi uma opção, para que as unidades abertas nos
próximos meses já sejam inauguradas dentro do novo conceito. Segundo apurou o Valor,
trâmites legais para abertura de unidades, mais lentos que o previsto, teriam reduzido a
projeção. Reduções em aberturas tendem a diminuir desembolsos do caixa de varejistas, já
que inaugurações são o item que mais consome recursos no setor. A rede de farmácias
representou 6% dos investimentos do grupo até setembro.
"A Extrafarma deve abrir entre 15 a 20 lojas [por trimestre] a partir do quarto trimestre, o
que deve se manter ao longo de 2016", disse. Até então, a empresa esperava atingir 25
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aberturas, em média, por trimestre. As 244 lojas da rede somaram uma receita líquida de R$
998 milhões de janeiro a setembro, alta de 27% sobre 2014, e expansão de 10% no terceiro
trimestre. Se manter esse crescimento acumulado do ano, a rede (apesar da menor expansão
orgânica) deve ampliar vendas numa velocidade duas vezes superior ao mercado. Até agosto,
o setor se expandiu 12,7%, segundo a Abrafarma, entidade setorial.
Apesar de representativo no ano, o resultado ainda mantém a empresa, calculou o Valor, no
nono lugar do ranking geral de redes de farmácia de janeiro a setembro (posição já ocupada
em 2014) atrás da Panvel, com mais de R$ 1,5 bilhão nos nove primeiros meses de 2015,
segundo cálculos do mercado. Apesar dos números positivos, a Extrafarma está num
segmento em que rivais também crescem muito rapidamente, mesmo com o país em
recessão econômica. Envelhecimento acelerado da população e alta resiliência do mix de
produtos (medicamentos e cosméticos) explicam o desempenho. Números do trimestre
publicados na quarta-feira mostraram que as despesas operacionais da Extrafarma subiram
12%, acima do ritmo da receita líquida, e o prejuízo operacional diminuiu de R$ 2 milhões
para R$ 100 mil de julho a setembro de 2014 para 2015. A margem bruta subiu um ponto,
para 30%, e a margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda,
da sigla em inglês) passou de zero para 2%.
As despesas subiram principalmente por causa do crescimento no número de lojas, dos
efeitos da inflação sobre as despesas com pessoal, da adição de despesas para estruturação
do crescimento mais acelerado e do início da operação de um novo centro de distribuição no
Ceará.
O Ebitda do trimestre totalizou R$ 6 milhões, aumento de R$ 4 milhões em relação ao ano
anterior, em função do maior faturamento e de menores despesas com integração. No
material de resultados, a empresa não informa lucro líquido ou prejuízo da Extrafarma no
ano, apenas o dado operacional.
Fonte: Valor
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Governo tenta conter aumento de remédio
Ministério atrasa divulgação de índice que orienta cálculo para 2016 e indústria já
ameaça ir à Justiça e definir reajuste pela inflação
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Indústria farmacêutica vive indefinição sobre os preços de medicamentos que serão
praticados no ano que vem
Apesar de pregar um discurso de previsibilidade, o governo trava uma batalha com a
indústria farmacêutica, que vive indefinição sobre os preços de medicamentos que serão
praticados no ano que vem. Mais uma vez, a Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (Cmed) não divulgou o fator de produtividade ou fator X da indústria, variável
essencial para o cálculo dos reajustes que serão feitos em março de 2015 e necessários para
a realização do orçamento de 2016. A indústria ameaça ir à Justiça.
O fator, que é calculado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da
Fazenda, teria de ser divulgado em setembro para que as empresas conseguissem fazer
cálculos básicos de planejamento para o ano seguinte. Mas o governo não tem respeitado a
regra.
Em resposta, o presidente da Sindusfarma, Nelson Mussolini, afirmou ao Broadcast Político,
serviço de informação online do Grupo Estado, que o sindicato entrará com uma notificação
judicial para que o fator seja divulgado rapidamente e, caso contrário, quer considerar fator
de produtividade zero - de forma que os medicamentos serão reajustados pela inflação. “O
governo está descumprindo norma que ele mesmo fez.”
O discurso da transparência e previsibilidade foi empregado pelo presidente da Cmed,
Leandro Safatle, quando apresentou aos industriais a proposta de divulgação em setembro. O
fator X é calculado com base em números específicos do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados do setor. Esses dados não são públicos e a série não fica disponível para que
a indústria possa realizar cálculos. Segundo apurou o Broadcast, algumas empresas
multinacionais do setor estão com dificuldade de apresentar à matriz as explicações para a
demora, já que o governo não apresenta uma justificativa oficial para o atraso. Nem o
Ministério da Fazenda nem a Anvisa se manifestaram até as 20 horas desta sexta-feira, 6.
Saúde poderá ter gasto extra de R$ 1,5 bilhão
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Além do impacto para o consumidor, o próprio governo sofreria com um reajuste de remédios
com base no índice de inflação. No início da semana, ao falar sobre racionalização de gastos,
o ministro Joaquim Levy destacou a importância de desenvolver diretrizes para a escolha de
medicamentos, já que esse é um dos elementos mais caros no orçamento da Saúde. Neste
ano, o governo espera gastar R$ 14,3 bilhões com a compra de remédios. Aplicando o
possível reajuste que leva em consideração a inflação de 2015 - já próxima dos 10% -, o
custo desses medicamentos teria um acréscimo de quase R$ 1,5 bilhão no ano que vem,
considerando a mesma quantidade comprada.
Hoje, o reajuste de medicamentos é calculado por meio de uma fórmula definida pela Cmed,
em que o reajuste é igual ao IPCA menos três fatores - fator de produtividade, parâmetros
calculados de acordo com a variação de tarifa de energia elétrica e de taxa de câmbio (fator
Y), por exemplo, e incorporação de índices internacionais (fator Z). As datas para divulgação
dos outros dois índices é: fator Y até 30 dias antes do reajuste anual e o Z 60 dias após o
término do prazo para entrega do relatório de comercialização das empresas.
Fonte: Estadão
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Aché inaugura laboratório de síntese molecular
Com
investimentos
de
R$
200
milhões
em
inovação,
farmacêutica
quer
internacionalização da marca
O grupo Aché anunciou ontem a inauguração do laboratório de design e síntese molecular,
ligado ao novo Centro de Inovação Radial da empresa. A área de inovação, que teve
investimentos de R$ 200 milhões em 2015, é aposta da Aché para internacionalizar sua
marca.
"A inovação em produtos é o caminho de crescimento da empresa. Não acreditamos em um
modelo de crescimento internacional com a compra de ativos, porém apostamos na
apresentação de um portfólio inovador, que possa abrir espaço no mercado internacional de
nossa linha de produtos", explica o presidente da farmacêutica, Paulo Nigro. Ele confirma
que, hoje, a exportação é muito baixa, representando 1% da receita da empresa, que visa os
mercados da América Latina.
De acordo com o executivo, os planos da Aché é manter o número de lançamentos de
produtos. Atualmente, a farmacêutica conta com 303 marcas que atendem diagnósticos a
mais de 20 especialidades médicas. "Nosso objetivo é manter o lançamento de produtos ao
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mercado", frisa Nigro. Ele confirma que até 2020, a empresa trabalha para o lançamento de
180 produtos.
Perspectiva
Com receita bruta de R$ 4,5 bilhões em 2014, a empresa estima um crescimento de 10% em
2015. "Estamos com ganho em market share, especialmente, no segmento de prescrição.
Mantemos uma aceleração nos primeiros meses do ano. O mercado, em geral, sentiu uma
queda entre os meses de setembro e outubro, com registro de uma acomodação nos níveis
de estoque. Mas a tendência é manter uma retomada em novembro e com isso mantermos a
meta", diz Nigro.
Ele também observa ainda que, diante do aumento de custos devido a escalada do dólar, a
indústria terá que se habituar com uma margem de lucro reduzida. "Temos que buscar a
redução de custos de um modo sistêmico. A variação cambial deve impactar em 3% de nosso
Ebitda", estima.
"Vamos trabalhar com foco no segmento de nosso institucional, com abertura de uma nova
área de negócios em 2016", destacou ele.
Fonte: DCI
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Farmácias reagem a corte do governo federal
Possibilidade de redução de 50% nos repasses ao programa de medicamento
popular pode atingir empresas menores e já leva algumas redes a buscar
alternativas para fidelizar clientes
A possibilidade de redução de 50% no orçamento destinado ao Programa Farmácia Popular
em 2016, que engloba o projeto Aqui tem Farmácia Popular (onde o setor privado de
farmácias tem participação), faz com que os players do setor busquem soluções para atrair o
cliente mesmo sem o apelo do incentivo do programa.
De cartões de descontos até o não repasse da alta do dólar aos medicamentos, vale de tudo
para que o setor mantenha ritmo de avanço mesmo com cortes do governo. "Eu acredito que
2016 será o melhor ano para o setor", disse ao DCI o presidente da rede Pague Menos,
Deusmar Queiroz. Ele afirmou que a crise passa longe das lojas e projeta fechar o ano com
faturamento a cima de R$ 5 bilhões. "Temos o cartão fidelidade, fechamos parcerias com a
indústria e mesmo com a alta do dólar, não repassamos ao consumidor", disse.
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Na opinião de Queiroz será pouco provável que o governo acabe totalmente com o programa,
e que esse corte está restrito aos medicamentos de co-pagamento, aqueles com valor
dividido entre o estado e o cliente. "A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e
Drogarias (Abrafarma) esteve em Brasília e foi garantido que o projeto será mantido", disse.
Em nota oficial o Ministério da Saúde afirmou que o "programa segue funcionando
normalmente, tendo garantido orçamento para este ano na ordem de R$ 2,8 bilhões".
Ainda segundo o Ministério, o orçamento para o programa - divido em gratuidade e copagamento - visa manter o caráter distribuitivo dos medicamento. "Com isso, ficam mantidos
os 14 medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes e asma, cuja oferta é gratuita
ao cidadão que respondem por mais de 85% dos pacientes atendidos mensalmente pelo
Programa", diz.
O ministério se posicionou ainda, no sentido de " informar que todos os medicamentos
cofinanciados
ofertados
como
parte
do
programa
integram
a
Relação
Nacional de
Medicamentos (RENAME) devem ser ofertados na rede pública de saúde, independente da
disponibilização no Programa Farmácia Popular".
Danos colaterais
Na opinião do assessor econômico da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABC
Farma), Geraldo Monteiro, além de prejudicar as farmácias independentes - que não têm o
mesmo volume de vendas das grandes redes e nem conseguem negociar preços melhores
nos medicamentos -, a população de menor renda será a mais afetada caso o corte seja
aprovado no ano que vem. "Essa parcela da sociedade, que faz uso contínuo de
medicamentos, será a mais afetada, pois não terá condição de manter o tratamento", afirmou
Monteiro.
Ainda segundo o especialista no setor, por mais que o governo tente cortar custo, é o
Sistema Único de Saúde (SUS) que ficará ainda mais sobrecarregado. "Eles vão gastar mais
com atendimento, já que existe a possibilidade de muitos parar de tomar medicação e
precisar de atendimento emergencial", enfatizou ele.
Tanto o porta-voz da ABC Farma - Geraldo Monteiro -, quanto o presidente da Pague Menos,
Deusmar Queiroz, descartaram a possibilidade do encerramento do Programa Farmácia
Popular. "Se isso acontecer o governo federal vai ver o que é manifestação", enfatizou
Queiroz.
O Ministério da Saúde, no entanto, garantiu a continuidade do ação. "É importante ressaltar
que não há nenhuma proposta do governo federal no sentido de acabar com o Programa
Farmácia Popular", finalizava a nota ao DCI.
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Fonte: DCI
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Para estancar crise, BR Pharma vende Mais Econômica e terá novo aporte
Fundo de investimento Verti Capital paga R$ 44 milhões por rede gaúcha de 160
farmácias que pertencia ao BTG Pactual
A BR Pharma, empresa de varejo farmacêutico controlada pelo BTG Pactual, vendeu a rede
gaúcha Mais Econômica por R$ 44 milhões para o fundo de investimento carioca Verti. O
mercado considera o negócio do BTG um “ponto fora da curva” dentro do setor farmacêutico,
que tem crescido mais de 10% ao ano. Em processo de reestruturação desde 2013, a BR
Pharma está altamente endividada e também deverá receber novo aporte de R$ 600 milhões
dos acionistas para tentar estancar a crise.
A Mais Econômica é o primeiro ativo que a BR Pharma consegue vender desde que tomou a
decisão de enxugar o portfólio. Terceira maior companhia de farmácias do País, atrás das
líderes Raia Drogasil e SP Pacheco, a BR Pharma vem fazendo um esforço para integrar seu
heterogêneo grupo de marcas, que incluía, até agora, seis bandeiras, do Rio Grande do Sul
ao Pará.
Com a venda da Mais Econômica, sediada em Canoas, a empresa reduz bastante sua
exposição ao mercado do Sul do País, onde não tinha escala. Das 160 lojas da rede, 154
ficam no Rio Grande do Sul e 6 em Santa Catarina. “O valor da transação não é alto, mas o
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prejuízo de ficar com lojas deficitárias seria maior”, disse uma fonte de mercado sobre o
negócio.
Com dívida líquida de R$ 837 milhões no segundo trimestre, a BR Pharma foi criada em 2009
pelo BTG com a ambição de ser líder nacional em farmácias. A empresa cresceu, chegou a
1,2 mil lojas no País, mas se logo se revelou uma colcha de retalhos deficitária. Atualmente, o
mercado considera a rede paraense Big Ben, comprada em 2011, seu melhor ativo.
Os problemas da BR Pharma iam da falta de integração entre os diferentes negócios a
problemas com os estoques. Diante das dificuldades, a empresa trocou de presidente duas
vezes em dois anos. Em 2015, contratou a consultoria de Enéas Pestana (ex-presidente do
Grupo Pão de Açúcar) para acelerar as mudanças e fazer a companhia voltar ao azul. A ideia
do BTG, segundo fontes, é recuperar o negócio e vendê-lo, no todo ou em partes.
Procurados, BTG e BR Pharma não comentaram.
Estreia do Verti. A aquisição da rede Mais Econômica é o primeiro investimento feito pelo
fundo Verti Capital, do Rio de Janeiro. Formado em 2014, a gestora usa capital dos sócios e
dinheiro de investidores para comprar negócios e assumir a gestão. No caso da Mais
Econômica, os sócios da Verti viajam ainda hoje a Porto Alegre para iniciar o turnaround
(melhoria de resultados) da companhia. A empresa chegou a faturar R$ 600 milhões. Em
2015, por causa do fechamento de lojas e da crise, viu a receita cair 15%, para R$ 510
milhões.
A decisão do BTG de se desfazer da Mais Econômica, segundo apurou o Estado, está
relacionada ao fato de a rede se concentrar no segmento popular e estar localizada fora do
eixo dos negócios de maior peso para a BR Pharma.
Sócio da Verti Capital responsável pela compra da Mais Econômica, Cauê Cardoso conta que a
administração da empresa será concentrada em Porto Alegre, o que vai agilizar a tomada de
decisões. O objetivo de curto prazo da nova administração é trazer o faturamento da rede de
volta ao patamar de R$ 600 milhões para depois expandir o negócio. Além da presença
próxima dos sócios da Verti, a empresa terá dois novos executivos responsáveis pelo dia a
dia da operação.
Formada por profissionais que já trabalharam em fundos e bancos como Pactual, Gávea e
Bozzano, a Verti “estreia” no mercado durante a crise, mas diz acreditar que existem boas
oportunidades no Brasil, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo. “Se o investidor ficar
sentado na Faria Lima (em São Paulo) ou na Dias Ferreira (no Rio), ele certamente não vai
ganhar dinheiro”, afirma Cardoso.
Fonte: Estadão
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Lanza Pharma planeja trazer ao país o THC sintético
A Lanza Pharma, empresa brasileira que fornece princípios ativos importados para a indústria
farmacêutica nacional, pretende trazer ao país o dronabinol, nome genérico da versão
sintética do THC. O Tetrahidrocannabinol (THC) é um composto químico presente na
maconha, assim como o canabidiol.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda proíbe a comercialização de
medicamentos a base de canabinoides no país e somente tem liberado seu uso em casos
individuais, conforme a comprovação da necessidade pelos pacientes. Nesta semana, porém,
a Justiça Federal do Distrito Federal determinou que a Anvisa retire o THC da lista de
substâncias proibidas no país em dez dias, a partir do momento em que for notificada,
permitindo seu uso para fins medicinais e científicos. A decisão responde a um pedido feito
pela Procuradoria da República do DF, mas ainda é provisória e passível de recurso.
Caso seja mantida, essa decisão libera a importação de medicamentos a base de THC. A
terapia com o dronabinol, que nos Estados Unidos foi desenvolvido pelo laboratório Roxane
(comercializado com a marca Marinol), é indicada para o controle da náusea decorrente de
quimioterapia ou como estimulante de apetite em pacientes com Aids.
Há muito debate e controvérsia em relação aos efeitos colaterais que os componentes
químicos da Cannabis sativa podem produzir nos pacientes, entre os quais o risco de
dependência. Especificamente no caso do dronabinol, seu uso foi liberado, por enquanto,
apenas nos Estados Unidos, na Espanha, na Inglaterra e no Canadá.
De acordo com o fundador e presidente da Lanza Pharma, Vanderlanzs Dantas, grandes
laboratórios brasileiros já demonstraram interesse no princípio ativo. "Esses laboratórios vão
buscar a regulação junto à Anvisa e estaremos preparados para atendê-los", afirma Dantas.
"É difícil falar em prazos, mas poderíamos ter os primeiros medicamentos nacionais em sete
ou oito anos."
Uma das vantagens da regulação dessa terapia, conforme o executivo, seria a redução do
custo do tratamento, que gira em torno de R$ 5 mil por mês. Neste ano, afirmou, o governo
já gastou mais de R$ 462 mil para atender a apenas onze mandados de segurança para
entrega de canabidiol a pacientes que foram à Justiça.
Para atender a essa necessidade das farmacêuticas nacionais, a Lanza Pharma fechou
recentemente uma parceria com a americana Rhodes Technologies, que atua desde 2002 no
desenvolvimento e produção de princípios ativos de uso controlado (entre os quais o
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dronabinol) e fatura cerca de US$ 8 bilhões por ano. "O Brasil é um dos mercados
farmacêuticos com maior velocidade de crescimento e a Rhodes Technologies tem interesse
em apresentar aos laboratórios nacionais suas habilidades em ingredientes farmacêuticos
ativos", diz em comunicado o presidente da empresa, Randy Shamblen.
O interesse da Rhodes, conforme Dantas, está alinhado ao foco da Lanza Pharma, que é
trazer ao país ativos farmacêuticos de ponta. Foi assim com o ativo usado nos medicamentos
para tratamento do diabetes tipo 2 e com o orlistate, princípio ativo do campeão de vendas
Xenical, que reduz a absorção de gordura. Mais recentemente, afirma o empresário, a
percepção é que a indústria está em busca de insumos farmacêuticos controlados, usados no
tratamento de dores crônicas.
Nessa área, os canabinoides também aparecem como uma das terapias inovadoras.
"Acreditamos que o Brasil vai liberar o uso. Essa é uma tendência global", diz Dantas. A
Lanza foi constituída há 15 anos, praticamente no mesmo momento em que surgia no país a
indústria de medicamentos genéricos, com o objetivo de fornecer princípios ativos aos
laboratórios. Em 2008, com a regulação do mercado de genéricos, diz o empresário, surgiu a
necessidade de traduzir as exigências da Anvisa aos fornecedores estrangeiros de princípios
ativos, o que levou a Lanza a acelerar o ritmo de parcerias internacionais. Em 2014, a
empresa faturou R$ 250 milhões.
Fonte: Valor
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Verti espera levar Mais Econômica ao azul em 2016
A aquisição da rede de farmácias Mais Econômica marca a estreia da Verti Capital - gestora
de investimento criada no fim do ano passado por três executivos do mercado financeiro.
Além da rede de farmácias com 165 lojas no Sul do país, que pertencia ao grupo BR Pharma,
a Verti negocia um outro ativo no setor de saúde que deve ser concluído no primeiro
trimestre de 2016.
"Vamos montar uma estrutura em Porto Alegre com executivos dedicados exclusivamente à
operação. O negócio de farmácia é resiliente à crise, porém, a Mais Econômica está situada
no Sul, uma praça com demandas e hábitos bem regionais", disse Cauê Cardoso, um dos
sócios-fundadores da Verti Capital. Além de Cardoso, a gestora tem também como sócios-
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fundadores Marcelo Martins e Lourenço Tigre - os três executivos atuaram em importantes
gestoras de private equity como Gávea, Pactual, Tudor e Bozano.
Com uma gestão direta e maior controle de despesas e receitas - num estilo "barriga no
balcão" - os novos donos da rede de farmácia acreditam que já no começo do próximo ano a
Mais Econômica deixe de gerar prejuízo, que hoje é de cerca de R$ 3 milhões por mês.
Segundo Cardoso, será possível melhorar a margem de rentabilidade da rede de farmácias do
Rio Grande do Sul mesmo que ela não faça mais parte de um grande grupo como a BR
Pharma que tem poder de barganha com fornecedores devido ao seu tamanho.
"As farmácias da Mais Econômica são voltadas para um público mais popular que, muitas
vezes, consome itens diferentes daqueles comprados em grande escala pela BR Pharma",
disse o sócio da Verti. Para os medicamentos, as compras continuarão sendo feitas por meio
de distribuidoras. A rede gaúcha tem um centro de distribuição em Canoas, região
metropolitana de Porto Alegre.
Segundo fontes do setor, a Verti disputou o ativo com outros interessados, inclusive, com o
fundador da Mais Econômica que tentava recomprar a rede vendida em 2011 para o BTG. A
Verti pagou R$ 44 milhões pela rede. Quando foi adquirida pelo BTG, a cadeia de drogarias
tinha cerca de 200 unidades. Hoje tem 165 lojas, sendo seis em Santa Catarina. Entre os
projetos vislumbrados para a rede gaúcha estão a expansão para outros mercados na região
Sul.
A rede de farmácias Mais Econômica deve fechar o ano com um faturamento de
aproximadamente R$ 500 milhões, o que representa uma queda de 15% em relação ao
apurado em 2014 e um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda)
negativo.
Fonte: Valor
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BR Pharma espera recursos da oferta de ações até início de 2016
Com o capitalização na Brasil Pharma, de até R$ 600 milhões, como confirmado ontem pela
varejista, a companhia prevê a entrada de recursos no caixa até o início do ano que vem,
apurou o Valor. Como será oferta restrita de ações, sem a necessidade de pedido de registro
prévio na Comissão de Valores Mobiliários, prazos e custos são menores. Analistas ainda
recomendam cautela em relação ao papel, na expectativa de maior clareza sobre os termos
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da oferta - antecipada na quarta-feira pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real
do Valor.
Segundo fonte ouvida, o BTG Pactual, maior acionista da companhia, não deve ter sua
participação diluída na operação. O BTG pretende participar com parcela relevante, mas não
teria batido martelo em relação ao montante. Por meio de fundos, o banco tem cerca de 38%
do capital da rede. A oferta de ações deve variar de R$ 400 milhões a R$ 600 milhões, com
preço mínimo por ação de R$ 0,40. No último aumento de capital no grupo, de R$ 400
milhões em 2013, o banco entrou com a soma total, incluindo posição de minoritários que
não subscreveram.
"Em nossa opinião, os resultados empresa e os movimentos corporativos poderiam ter um
impacto positivo no preço das ações, considerando que a empresa finalmente parece estar
resolvendo algumas questões de longa data. No entanto, não a recomendamos a investidores
até que os termos da oferta pública sejam definidos", escreveu em relatório Guilherme Assis,
analista da Brasil Plural.
O comando da BR Pharma detalhou, em teleconferência ontem, os efeitos da saída da Mais
Econômica do grupo. A rede foi vendida para a gestora Verti Capital. O prejuízo da BR
Pharma somou R$ 67,6 milhões de julho a setembro, uma queda de 27% - perda ajustada foi
de R$ 66 milhões e, ao se excluir a cadeia vendida, o prejuízo cai para R$ 50,5 milhões. O
grupo não informou quanto pagou pela rede em 2011 e a vendeu por R$ 44 milhões. A
empresa não deve vender suas outras cadeias (Rosário, Sant'Ana, Big Ben e Farmais).
Analistas questionaram o efeito da venda da Mais Econômica. "Mesmo sem a rede, a geração
de caixa continua a ser baixa e a empresa teve de incorrer em dívidas adicionais para apoiar
o plano de recuperação, fazendo com que a injeção de capital seja crucial para apoiar a
operação de simplificação até a empresa ter fluxo de caixa positivo", afirmou Assis. A
empresa está abrindo negociação com bancos para alongar perfil da dívida.
A companhia mostrou alguns avanços na operação, em reestruturação coordenada pela Enéas
Pestana & Associados. Mas com lojas ainda com mau desempenho, registra vendas fracas. A
empresa teve uma queda de 3,1% na receita líquida no terceiro trimestre para R$ 878,5
milhões. Mas houve recuperação da margem bruta (de 27% para 27,6%) e maior
racionalização das despesas (caíram 10% sobre ano passado), o que levou à um lucro
operacional (não ajustado) positivo de R$ 9 milhões, o primeiro desde fim de 2013.
Fonte: Valor
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Fornecimento de remédio
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento sobre fornecimento de medicamentos
e tratamentos médicos não listados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estão na pauta três
recursos e uma proposta de súmula vinculante, apresentada pela Defensoria Pública da
União. Só para a União o impacto de uma derrota em todos os processos em andamento no
Judiciário seria de R$ 2,08 bilhões, de acordo com o anexo "Riscos Fiscais" da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. Em um dos recursos (embargos de declaração), os
ministros discutirão ainda uma prática que adotaram há cinco anos para dar vazão aos
processos: o julgamento de mérito por meio virtual, sem debates em plenário. A prática é
questionada pela União. Para o governo, como não houve unanimidade para reafirmação da
jurisprudência sobre a responsabilidade solidária dos três níveis de governo (União, Estados e
municípios) pelo fornecimento de medicamentos, o processo deveria ser analisado novamente
pelos ministros e de forma presencial. Até o fim de 2010, o Plenário Virtual era utilizado
apenas para reconhecimento de repercussão geral. Ainda não há uma nova data para o
julgamento dessas questões.
Fonte: Valor
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Nanotecnologia brilha na área médica e da saúde
É tudo muito menor do que o mínimo. Na aparência, no entanto, os produtos que utilizam a
nanotecnologia são comuns e a maioria das pessoas nem sabe que os usa. A técnica já é
aplicada na medicina, na eletrônica, na engenharia dos materiais, na química, na biologia,
para citar alguns. Produtos cotidianos como pasta de dentes, filtro solar, creme hidratante e
até curativos podem ser nanotecnológicos. Como também o para-choque dos automóveis.
E há muito mais por vir. A área da saúde e da medicina é um dos focos principais das
pesquisas com a técnica. O Laboratório Cristália, por exemplo, desenvolveu uma cápsula para
administrar vacinas não por injeção, mas por via oral.
Uma nano esponjinha leva o antígeno pelo tubo digestivo, sem irritá-lo, e então estimula o
desenvolvimento de anticorpos.
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Além de mais fácil de ser administrada, a vacina encapsulada pode ser mais barata, garante
Ogari Pacheco, presidente do Cristália.
A cápsula ainda passa por estudos clínicos, e a mais avançada para entrar no mercado é a
vacina contra hepatite C. O laboratório, que há cerca de sete anos faz pesquisa com
nanotecnologia, também está desenvolvendo uma nano emulsão que aumenta a velocidade
de absorção de anestesia. Essa anestesia, segundo Pacheco, tem uma carga lipídica muito
menor e, portanto, é interessante para pacientes com altas taxas de colesterol, por exemplo.
A vacina foi pesquisada em colaboração com o Instituto Butantan. Já o anestésico, totalmente
desenvolvida nos laboratórios do grupo. "A nanotecnologia é uma ferramenta importante e
agrega muitas possibilidades de desenvolvimento", diz Pacheco.
A nanotecnologia entrou nos laboratórios de O Boticário em 2002. A pesquisa foi evoluindo e
em meados de 2008 o grupo lançou os primeiros produtos com a tecnologia. Na unidade de
negócios O Boticário e Eudora, hidratantes têm moléculas funcionais que fazem com que o
creme penetre mais profundamente na pele. "A eficácia é percebida tanto pela consumidora
quando instrumentalmente", diz Gustavo de Campos Dieamant, gerente de pesquisa científica
e tecnológica do grupo.
Entusiasmado com as possibilidades da nanotecnologia, o grupo vem investindo nas
pesquisas, na compra de equipamentos. Produtos nanotecnológicos para cabelo também
podem chegar ao mercado. O Boticário costuma analisar as tendências em cenários de cinco
a dez anos, e a nanotecnologia aparece sempre, afirma Dieamant. "Sem dúvida identificamos
a nanotecnologia como tendência, por sua performance e pelos benefícios que traz", diz.
"As empresas têm se interessado pela nano como tecnologia habilitadora, pela diferenciação
que traz na performance do produto", confirma Maria Luisa Campos Machado Leal, diretora
de desenvolvimento tecnológico e Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI). No Brasil, segundo ela, os setores que têm mais utilizado a técnica são o
de químicos, de metal, borracha e plástico.
Há também as áreas da saúde e odontológica, a agrícola e de alimentos. Segundo estimativa
da ABDI, há cerca de 200 produtos nanotecnológicos de medicina no país.
Fonte: Valor
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