Ocorrência de catapora cresce no calor

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MINAS GERAIS QUINTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2010 - 4
Saúde
Ocorrência de catapora cresce no calor
A identificação rápida dos sintomas da doença pode evitar complicações
Erupções em forma de vesículas e bolinhas vermelhas na
pele, na cabeça e no tronco,
febre e muita coceira são os sintomas da catapora, doença provocada pelo vírus da varicela.
Com alto potencial contagioso
pelo ar ou através de secreções,
a ocorrência da doença é aumentada no período de julho a
outubro.
Historicamente, no início da
primavera é quando acontece o
pico da doença, com elevação de
até 60% do atendimento. E para
que o caso não se agrave é
importante identificar os sintomas logo no início. A orientação
dos médicos é observar o aparecimento de bolhas de líquido
claro pelo corpo, juntamente
com sintomas semelhantes a um
quadro gripal, com febre branda
ou alta, dores no corpo, malestar e irritabilidade, principalmente em crianças menores de
dois anos de idade. Em alguns
casos, as bolhas podem ser os
únicos indicativos da doença.
A infectologista do Hospital
Infantil João Paulo II (HIJPII),
da Rede Fhemig, Andréa Lucchesi Carvalho, explica que os
cuidados com a criança são simples, mas devem ser imediatos,
Cuidados
Confirmado o diagnóstico
da catapora, os doentes devem
ficar em repouso e longe de
outras crianças para evitar
contaminação. Também devem
ser redobrados os cuidados
com a higiene. Água e sabão
são os itens necessários para
manter a limpeza do corpo,
sobretudo do tronco - onde tem
maior predominância dos ferimentos - unhas e couro
cabeludo. Também deve ser
evitado o uso de pasta d'água e
o contato com terra ou areia,
Funed e René Rachou firmam
parcerias para pesquisas
A Fundação Ezequiel Dias
(Funed) e o Centro de Pesquisa
René Rachou/Fiocruz (CPqRR)
firmaram, neste ano, oito parcerias para projetos de pesquisa em
conjunto nas áreas de prevenção,
vacinas, diagnóstico, tratamento
de doenças e capacitação de
recursos humanos para a saúde.
Seis deles foram assinados nesta
terça-feira (5), no René Rachou.
Entre as propostas de trabalho em conjunto estão a validação de metodologia para identificação molecular da bactéria
causadora da pneumonia; parceria para estudo do vírus influenza em nanopartículas para produção de uma vacina oral contra
gripe; testes de extratos para
atividade antioxidante; e o fortalecimento de parcerias para a
epidemiologia e controle das
leishmanioses no Estado.
"Nosso objetivo é concretizar a
intenção de construção de parcerias que efetivamente gerem
novos produtos e serviços para o
SUS", afirma o presidente da
ADAIR GOMEZ
logo aos primeiros sintomas. Os
pais, ao identificá-los, devem
levar a criança a um médico
para que se tenha o diagnóstico
da doença confirmado. Um dos
cuidados é manter as unhas da
criança sempre cortadas, para
não haver a infecção das
vesículas. Além disso, é importante a limpeza de todo o corpo.
"Alguns pais têm receio de lavar
a cabeça da criança quando há
um quadro febril. Não existe
nenhum risco neste procedimento e, no caso da catapora, é fundamental a higienização, principalmente da cabeça e do tronco", ensina Andréa Lucchesi.
Funed, Carlos Alberto Pereira
Gomes.
Durante os encontros, três
ao todo, foram assinados Termos
de Abertura de Projeto (TAP),
nos quais ficam estabelecidos
prazos, objetivos dos projetos,
responsabilidades de cada pesquisador e de cada instituição,
custos previstos e necessários
para execução, premissas, riscos
e resultados esperados. "A Funed
e o René, juntos, têm capacidade
de inovação e criação enormes.
Essas parcerias são um marco no
relacionamento entre essas
importantes instituições de
saúde pública, pois permitem a
proposição de novas interações,
o compartilhamento de conhecimentos e, claro, resultados concretos para a saúde", disse o
diretor do Centro de Pesquisas
René Rachou/Fiocruz Minas,
Rodrigo Correa Oliveira.
Até o final deste ano, novos
encontros serão realizados entre
Funed e René Rachou para assinatura de outros sete projetos.
Atendimento de casos cresce em até 60% durante primavera
que podem ocasionar infecção
na pele.
Andrea Lucchesi ainda
afirma que grávidas e pessoas
em tratamento de doenças graves (como o HIV e câncer)
devem ficar em alerta para não
contrair a catapora. "Há o risco
de transmissão da doença para
o recém-nascido e nos pacientes com histórico de imunodeficiência, pois a varicela atinge
os órgãos internos, podendo
evoluir para óbito", informa.
Em situações extremas, a
catapora pode provocar infecção generalizada, pneumonia
bacteriana e até morte.
Minas Gerais desenvolve
produtos à base de própolis
A própolis verde já é
conhecida popularmente pela
sua capacidade terapêutica,
sendo utilizada especialmente
para combate a bactérias causadoras de infecção de
garganta. Mas pesquisadores
da Fundação Ezequiel Dias
(Funed) descobriram, a partir
de diversos experimentos, que
a própolis também tem potencial contra a ação de fungos,
possui atividade antitumoral,
conserva alimentos (capacidade antioxidante), previne a
cárie e o envelhecimento.
A descoberta está resultando em produtos farmacológicos que poderão ser disponibilizados no Sistema Único de
Saúde (SUS), como um enxaguatório (anti-séptico) e um
gel bucal, ambos à base da
própolis indicados para o tratamento de mucosites na boca
(inflamações na mucosa). "Os
produtos apresentam ótimos
resultados, nenhum efeito
colateral e custo bem menor
que o de produtos comerciais
similares", afirma uma das
autoras da pesquisa, a bióloga
da Funed, Esther Margarida
Bastos.
Propriedades
O enxaguatório bucal possui ação contra a periimplantite (inflamação bacteriana do
tecido ao redor dos implantes
dentários) e mucosites. O gel é
recomendado para o tratamento de candidíase atrófica crônica, comum em pessoas que
usam dentadura. Segundo a
pesquisadora, o produto pode
ser utilizado para colar a dentadura e sarar as feridas da
boca. "Além de não apresentarem efeitos colaterais, por
serem naturais, os produtos
não possuem sal à base de
declorixidina e, por isso, não
amarelam os dentes, como
acontece com os remédios
comerciais existentes indicados para esse tipo de infecção",
explica
Esther
Margarida.
As pesquisas já passaram
pelos testes em laboratório e
em humanos, realizados em
parceria com as faculdades de
odontologia da PUC-Minas e
da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) e já
foram encaminhadas para o
registro de patentes. "Laboratórios internacionais, inclusive, já demonstraram interesse
em produzir os medicamentos,
por meio da assinatura de um
convênio de transferência de
tecnologia", revela a bióloga
da Funed.
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