GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SEED COLÉGIO ESTADUAL JOANA D'ARC ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA 2010 1 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA Durante séculos o ser humano teve uma visão limitada do que existia; de maneira progressiva seu horizonte foi ampliando-se até chegar a um conhecimento de si mesmo e do mundo que o rodeia não imaginado até nossos dias. Globalização, redes, nova ordem mundial, multipolaridade, acirrada competição econômica e tecnológica, revolução técno-científica (microeletrônica, transmissão de informações, automatização e robotização dos processos produtivos), são temáticas presentes na mídia e no dia a dia das populações. São inegáveis os impactos e as mudanças econômico-sociais dessa terceira revolução industrial na força de trabalho e conseqüentemente na escola e no ensino de Geografia. A Geografia Tradicional da década de 30, assim como as demais Ciências Humanas, era sustentada metodologicamente pelo Positivismo. Tendia-se ao estudo regional, procurando explicações objetivas e quantitativas da realidade. A análise geográfica do espaço deveria ser “asséptica” e não politizada. As relações do homem com a natureza eram estudadas de forma objetiva, desprezando-se as relações sociais, abstraindo assim do homem o seu caráter social. Eliminava-se qualquer forma de compreensão que comprometesse a análise “neutra” da paisagem estudada. O aluno podia descrever, relacionar fatos naturais, fazer analogias, elaborar sínteses ou generalizações, mas objetivamente. No pós-guerra o mundo tornou-se mais complexo. O capitalismo tornou-se monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir as megalópoles, o espaço agrário subordinou-se à industrialização, as realidades locais passam a se articular a uma rede de escala mundial. A Geografia Tradicional, neutra, com seus métodos e teorias descritivos, não era mais suficiente para explicar a complexidade do espaço. Para entender como os espaços se organizavam era necessário recorrer a análises ideológicas, políticas, econômicas e sociais. A Geografia foi procurar esses instrumentos nas teorias marxistas. Surge então, a partir da década de 60, se contrapondo à Geografia Tradicional, a Geografia Crítica. 2 O estudo do espaço, dentro dessa perspectiva, procura a explicação nas relações entre sociedade, o trabalho e a natureza na produção e apropriação dos lugares e territórios. Assim, a Geografia ganhou conteúdos políticos que passaram a ser significativos na formação do cidadão. É por meio deles que se poderá chegar a compreender as desigualdades na distribuição da renda e da riqueza que se manifestam no espaço pelas contradições entre o espaço produzido pelo trabalhador e aquele de que ele se apropria, tanto no campo quanto na cidade. No sistema educacional brasileiro, o controle e regulamentação estatal, deslocado dos anseios e interesses da população, se fizeram sentir de forma muito drástica, principalmente nas décadas de 60 e 70, com o golpe militar de 64. Nesse período, com o referencial tecnicista da educação, surge a Nova Geografia, sustentada pela ideologia do desenvolvimento tecnocrático, acentuadamente controladora, que considerava que a Geografia, além de nada acrescentar à política vigente, poderia concorrer apenas para a formação de espíritos críticos e contestadores, o que seria extremamente negativo e prejudicial aos planos políticos que procuravam a construção de uma sociedade obediente e massificadora. Uma análise da educação brasileira, com reflexos no ensino de Geografia, nos permite afirmar que a política educacional tem se caracterizado por uma sucessão de ações que na sua maioria têm visado à consolidação da ideologia dominante, do “status quo”, excluindo do universo do conhecimento e portanto, da cidadania digna, a maioria da população. No final do século XX, a história do pensamento geográfico esteve marcada por um intenso debate entre o positivismo clássico, o empirismo lógico, o historicismo, a dialética e a fenomenologia. A influência marxista deixou marcas profundas neste debate. Nas últimas décadas a educação brasileira, assim como o ensino de Geografia, pautado nos PCNs, tem sido orientada por diretrizes neoliberais, que agravam cada vez mais a crise que atinge em especial, a camada da população mais desfavorecida e 3 promovem um distanciamento do Estado, enxugamento dos serviços públicos essenciais e propicia à população maior envolvimento com os mecanismos deliberados da exclusão social. Os PCNs, ao se configurar como uma proposta organizada de forma conservadora, tanto em relação ao seu conteúdo, dissociada das reivindicações e das vivências daqueles que estão mais próximos da escola real, não significaram uma verdadeira mudança de qualidade; mas provavelmente a continuidade da política educacional historicamente dominante em nosso país. Redimensionar o ensino de Geografia com vistas à formação do aluno-cidadão exige de docentes e pesquisadores um repensar constante e permanente de suas práticas e de suas concepções. A Geografia, transformada numa disciplina viva, plena de desafios para educadores e educandos, passa a se constituir numa área vital de conhecimento e de formação do cidadão político, objetivo maior da educação escolar. Ela deve propiciar a observação, percepção, análise e compreensão do espaço geográfico enquanto espaço da ação humana em interação com a natureza, portanto, espaço social, histórico, em permanente movimento, e transformação, com inúmeras contradições, resultado das múltiplas determinações da ação humana. Isso posto, é necessário partir de uma concepção de Geografia como ciência humana, e do espaço geográfico como espaço social, resultado da progressiva humanização da natureza. Uma Geografia que se faz presente dentro de uma dinâmica social pensando e repensando o espaço, as transformações em que nele ocorre, preocupando-se em direcionar seu pensamento para o ser humano e seus relacionamentos, seja homem/natureza, homem/sociedade, seja esta qual for. Assim, ainda ao ensino da Geografia cabe o comprometimento com a contextualização e interdisciplinaridade, com a visão de que uma área de conhecimento deve ser compreendida como uma “totalidade orgânica”, síntese de diversas determinações, com aspectos de generalidade mas também de particularidade. Considerar o que há de específico em cada campo do saber não implica o isolamento dos saberes. As áreas podem expressar uma interessante unidade composta por uma diversidade que se articula e que se comunica entre si. 4 Dessa forma, a contextualização de conhecimentos não pode ser um simples estabelecimento de relações entre conteúdos, requer um compromisso com a realidade social dos educandos, um combate efetivo contra qualquer forma de exclusão; onde ao contrário; um tudo fazer para inclusão daqueles que enfrentam preconceitos com relação a gênero, raça, opção sexual e religiosa, condição social, necessidades especiais etc. Deste modo, o ensino de Geografia requer um comprometimento com a realidade social dos educandos, portanto, um processo de investigação coletiva, um interrogar permanente sobre a cotidianidade contraditória, muitas vezes perversa frente ao papel que deve cumprir a escola. Ao se deparar com o ensino de geografia deve ter em sua prática de aprendizagem alguns aspectos • Observar , analisar, compreender e atuar na realidade que o cerca, através de subsídios fornecidos pelo professor em sua dimensão espacial tanto física quanto humana, e no contexto de suas transformações, velocidade e complexidade. • Permitir a compreensão do espaço geográfico dentro de um processo que transite por diferentes escalas de análise. • Propiciar a vivência de um método de aprendizagem que possa ser usado em situações diversificadas, para que os estudantes, gradativamente adquiram autonomia no processo de produção do conhecimento. • Criar situações no interior do processo educativo para favorecer as condições necessárias ao entendimento da Geografia como uma ciência que pesquisa o espaço construído pelo trabalho das sociedades humanas, vivendo em diferentes tempos, considerando o espaço como resultado do movimento de uma sociedade em suas contradições e nas relações que estabelece com a natureza e com o mundo nos diversos tempos históricos. • Desvelar por meio de acurada reflexão, a linguagem do aluno, assim como a das pessoas em geral, a qual está impregnada de significados, de conhecimento, de emoção e de afetos. 5 • Criar condições que facilitem o desenvolvimento do sentido de pertença e de atitudes de solidariedade territorial, a diferentes escalas, numa perspectiva de sustentabilidade, bem como a compreensão de que a humanidade se encontra num momento decisivo para inverter a degradação ambiental da Terra. • Contribuir para a formação de cidadãos, e que o exercício da cidadania pressuponha a crítica e não a doutrinação. • Perceber o ser humano como agente ativo na construção de relações sociais que respeitem, admitam e valorizem as diferenças de condição social, sexualidade, gênero, raça, cultura, religião, necessidades especiais entre as pessoas, no processo de inserção no multiculturalismo. • Estimular a capacidade para a leitura de representações geográficas e para o mapeamento cotidiano de fatos, fenômenos e processos geográficos, em diferentes instrumentos e técnicas da cartografia assim como de diferentes tipos de linguagem. • Reconhecer impactos resultantes das produções sociais e dos processos da natureza no meio ambiente. • Analisar intervenções sobre a organização do espaço geográfico para melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. • Relacionar a ética ao consumo para o exercício pleno da cidadania planetária. • Valorizar o patrimônio natural e cultural, local e mundial, por meio da pesquisa e da ação, para garantir sua manutenção e usufruto pelas populações. • Possibilitar o conhecimento sobre os locais e saber os porquês de grupos sociais estarem neste ou naquele lugar. • Compreender que as ações dos homens decorrem de construções políticas, coletivas e históricas e se materializam no espaço geográfico. • Incentivar ações afirmativas que visem atingir os níveis vivencial, social e 6 cultural, possibilitando através da convivência, a quebra de preconceitos arraigados, uma vez que a convivência, a participação social, educacional e econômica dos grupos minoritários gerará uma cadeia de transformações que, num crescente, abre possibilidades de interferência nos níveis político e econômico. • Dar suporte ao aluno para que ele possa assumir posições diante dos problemas que enfrenta na família, na escola e nas instituições das quais participa ou que poderá vir a participar, aumentando seu nível de consciência sobre as responsabilidades e os direitos sociais, participando efetivamente de uma transformação social. • Apropriar-se de conceitos geográficos básicos como lugar, território, paisagem, região, redes, sociedade, natureza, espaço/tempo etc. • Oportunizar diversas possibilidades interpretativas do espaço geográfico para nele interagir criticamente. • Facilitar a sintonia e percepção quanto às transformações do mundo, acrescentando sempre que pertinente e relevante. 1.1. Concepção de Ensino Propor o ensino da Geografia caracterizada pela interdependência e conexão dos fenômenos, físicos e humanos estudando as contradições da contemporaneidade e suas implicações sociais motivadas pelos diferentes indivíduos que a compõem utilizando-se de elementos que auxiliem na visão crítica construtiva da formação do espaço em âmbito físico, social e histórico, que contribuem para a compreensão da dinâmica da Geografia Moderna e suas transformações e interações associadas as diversas áreas do conhecimento. Por isso ao considerar a geografia uma ciência institucionalizada, um ensino eficaz de conhecimento geográfico auxiliado de técnicas que facilitem a assimilação ativa do conhecimento e o desenvolvimento cognitivo dos educandos, utiliza-se da linguagens cartográficas, textos e outros recursos que auxiliam o ensino/aprendizagem, possibilitando a adaptação dos indivíduos nas diversas sociedades 7 O objeto de estudo da geografia parte do espaço que o ser é compreendido, nos questionamentos do dia a dia , guiando os pensamentos geográficos tais com: Onde? Que lugar?Ordenamento do espaço? Quais as consequenciais naturais e transformadas. 1.2. 5ª Série • Dimensão Econômica do espaço geográfico • Dimensão Politica do espaço geográfico • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico • Formação e transformação das paisagens naturais e culturais; • Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • A Formação, localização e exploração dos recursos naturais; • A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem a (re)organização do espaço geográfico; • As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; • A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural; • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. • As diversas regionalizações do espaço geográfico. 1.2. 6ª Série 2. Dimensão Econômica do espaço geográfico 3. Dimensão Politica do espaço geográfico 4. Dimensão socioambiental do espaço geográfico; 5. Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico 8 6. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • As diversas regionalizações do espaço brasileiro; • As manifestações socioespaciais da diversidade cultural • A transformação demográfica, a distribuição espacial os indicadores estatísticos da população. • Movimentos Migratórios e suas motivações; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A formação, e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização; • A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico; • A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações. 6.1. 7ª Série • Dimensão Econômica do espaço geográfico • Dimensão Politica do espaço geográfico • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado; • O comercio e suas implicações socioespaciais; • A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e informações; 9 • A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico; • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A transformação demográfica , sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. • A formação, a localização, exploração dos recursos naturais. 6.2. 8ª Série • Dimensão Econômica do espaço geográfico • Dimensão Politica do espaço geográfico • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado; • A revolução tecno cientifico informacional e os novos arranjos no espaço da produção; • O comercio mundial e as implicações socioespaciaais; • A Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população • As manifestações sociespaciais da diversidade cultural, • Os Movimentos migratórios mundiais e suas motivações; • A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual 10 configuração territorial; 6.3. Ensino Médio 1º Ano Conteúdos estruturantes: • Dimensão Econômica do espaço geográfico • Dimensão Política do espaço geográfico • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • Dimensão Cultural e demográfica do espaço geográfico • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. • Conteúdos Básicos: • A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; • A formação e transformação das paisagens; • A revolução técnico cientifica informacional e novos arranjos no espaço da produção; • O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. 2º Ano Conteúdos estruturantes: • Dimensão Econômica do espaço geográfico • Dimensão Política do espaço geográfico • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; 11 • Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. • Dimensão Cultural e demográfica do espaço geográfico Conteúdos Básicos: • A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; • Espaço em rede: produção transporte e comunicação na atual configuração territorial; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A circulação de mão de obra do capital das mercadorias e das informações; • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • As manifestações socioespaciaais da diversidade cultural; 3º Ano Conteúdos estruturantes: • Dimensão Econômica do espaço geográfico • Dimensão Política do espaço geográfico • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. • Dimensão Cultural e demográfica do espaço geográfico Conteúdos Básicos: • A revolução técnico cientifica informacional e novos arranjos no espaço da 12 produção; • O comercio e as implicações socioespaciais; • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • As implicações socioespaciais do processo de mundialização; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado; 7. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Para que o educando se aproprie dos conceitos fundamentais da geografia e compreenda o processo de produção e transformação do espaço geográfico, os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando com a realidade em coerência com o que será ensinado. A intervenção do docente mediante a articulação dos conteúdos considerando o conhecimento prévio do aluno relacionando com o saber científico. Esta prática possibilitará a superação do senso comum para o saber científico. O professor criará momentos problemas, mobilizando o aluno a desenvolver criticamente o raciocínio fazendo que o educando seja o responsável pela sua aprendizagem. A contextualização do conteúdo ralacionando-o na realidade vivida pelo aluno, buscando conceitos históricos, relações políticas sociais,econômicas culturais. O aluno deve compreender que a participação de todos formam e constrói a realidade de hoje e as das gerações futuras. Ao abordar sobre a cultura e História Afro brasileira e indígena ( Leis nº 10.639/03 e nº 11,645/08 e também Educação Ambiental nº9795/99 o professor contextualizará de forma relacionada ao conteúdo estudado, por meio de textos, imagens, mapas, maquetes, aula de campo e a Geografia do Estado do Paraná As práticas pedagógicas permitindo assim facilitarão a compreensão do espaço geográfico a interação do educando com o conhecimento. As atividades poderão ser encaminhadas das seguintes maneiras: Aula de Campo, recursos áudio visuais(filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) e recursos cartográficos com mapas e 13 maquetes, obras literárias e pesquisas bibliográficas. Entende-se que estas práticas possibilitam o entendimento do educando com o conteúdo estudado. Cada professor com seu método deverá da melhor maneira assegurar a aprendizagem do seu aluno. Será estimulada a participação do aluno no sentido dele perceber-se como integrante de um todo, sempre considerando as mudanças no meio técnico-científicoinformacional, bem como a valorização das diversas formas de diversidade, discutindo a presença da diferença, numa visão pluriétnica, multicultural, tomando como desafio novas possibilidades, mais democráticas no cotidiano escolar. Também serão adotados alguns fundamentos para que seja contemplada a interdiscipliridade, sendo importante ao professor: • Perceber-se interdisciplinar; • Historicizar e contextualizar os conteúdos; • Estimular a transformação, construção, investigação e descoberta; • Dinamizar o entrosamento entre as áreas evitando repetições inúteis e cansativas; • Criar espaço na escola, estimule a iniciativa, a criatividade, a cooperação e a co-responsabilidade, como é o caso da Educação Fiscal que permitirá informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que poderá tornar o cidadão ciente da importância da sua contribuição, pois...”Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem a educação” (Paulo Freire).. Contanto, o desenvolvimento teórico metodológico dar-se-á de modo contextualizado, interdisciplinar, considerando os conteúdos estruturantes, respeitando as diferenças e nas diversas escalas de espaço e tempo. 8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação deve servir como ferramenta na construção de uma educação e de uma sociedade includente e transformadora e na formação da cidadania 14 emancipatória. A função da avaliação segundo Perrenoud, 1999, é antes de tudo, ajudar o aluno a aprender e ao professor ensinar. É considerando esta perspectiva que se dará os critérios de avaliação. Ela terá como finalidade conhecer melhor o aluno em seus vários aspectos, permitindo a constatação do que está ou não sendo aprendido, a adequação do processo de ensino bem como uma visão global do processo ensino-aprendizagem. Deverá ser contínua e integrada ao fazer diário do professor, devendo ser realizada sempre que possível em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das chamadas “provas”. Também global tendo em vista as várias áreas de capacidade do aluno (cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação) e, a situação do aluno nos vários componentes do currículo escolar Será praticada enquanto processo que se caracteriza no cotidiano do aluno, nos seus acertos e nos “erros” denominados de construtivos, pois serão dadas alternativas para o aluno refazer o que não aprendeu. Deverá ser diagnóstica para conhecer qual é a situação de partida dos alunos, ou seja, a gama de conhecimentos prévios da turma, e também que: No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades: § formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos; § contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; § diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações 15 toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho, § formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado; § somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, partese da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue: • Interpretação e produção de textos de geografia; • Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas, e mapas; • Pesquisas bibliográficas; • Relatórios de aula de campo; Construção, representação e análise do espaço por meio de maquetes. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pd f?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010. MOURA, Leonardo de Menezes e SILVA, Péricles Gomes da. O Ensino da Geografia. CEB. Queimados, RJ. PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia, representações sociais e escola pública. FAC Educação Universidade de São Paulo. VESENTINI, José William. O Ensino da Geografia no século XXI. Editora Ática, 1995. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia e Ensino: Os Parâmetros Curriculares Nacionais em Discussão. São Paulo: Contexto, p.43 – 67, 1999. GIBRAN, Raimunda Abou. 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