geografia - COLÉGIO ESTADUAL JOANA D

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SEED
COLÉGIO ESTADUAL JOANA D'ARC ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
2010
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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Durante séculos o ser humano teve uma visão limitada do que existia; de
maneira progressiva seu horizonte foi ampliando-se até chegar a um conhecimento de
si mesmo e do mundo que o rodeia não imaginado até nossos dias.
Globalização, redes, nova ordem mundial, multipolaridade, acirrada competição
econômica e tecnológica, revolução técno-científica (microeletrônica, transmissão de
informações, automatização e robotização dos processos produtivos), são temáticas
presentes na mídia e no dia a dia das populações.
São inegáveis os impactos e as mudanças econômico-sociais dessa terceira
revolução industrial na força de trabalho e conseqüentemente na escola e no ensino de
Geografia.
A Geografia Tradicional da década de 30, assim como as demais Ciências
Humanas, era sustentada metodologicamente pelo Positivismo. Tendia-se ao estudo
regional, procurando explicações objetivas e quantitativas da realidade. A análise
geográfica do espaço deveria ser “asséptica” e não politizada. As relações do homem
com a natureza eram estudadas de forma objetiva, desprezando-se as relações
sociais, abstraindo assim do homem o seu caráter social. Eliminava-se qualquer
forma de compreensão que comprometesse a análise “neutra” da paisagem estudada.
O aluno podia descrever, relacionar fatos naturais, fazer analogias, elaborar sínteses
ou generalizações, mas objetivamente.
No pós-guerra o mundo tornou-se mais complexo. O capitalismo tornou-se
monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir as megalópoles, o
espaço agrário subordinou-se à industrialização, as realidades locais passam a se
articular a uma rede de escala mundial. A Geografia Tradicional, neutra, com seus
métodos e teorias descritivos, não era mais suficiente para explicar a complexidade do
espaço. Para entender como os espaços se organizavam era necessário recorrer a
análises ideológicas, políticas, econômicas e sociais. A Geografia foi procurar esses
instrumentos nas teorias marxistas. Surge então, a partir da década de 60, se
contrapondo à Geografia Tradicional, a Geografia Crítica.
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O estudo do espaço, dentro dessa perspectiva, procura a explicação nas
relações entre sociedade, o trabalho e a natureza na produção e apropriação dos
lugares e territórios.
Assim, a Geografia ganhou conteúdos políticos que passaram a ser
significativos na formação do cidadão. É por meio deles que se poderá chegar a
compreender as desigualdades na distribuição da renda e da riqueza que se
manifestam no espaço pelas contradições entre o espaço produzido pelo trabalhador e
aquele de que ele se apropria, tanto no campo quanto na cidade.
No sistema educacional brasileiro, o controle e regulamentação estatal,
deslocado dos anseios e interesses da população, se fizeram sentir de forma muito
drástica, principalmente nas décadas de 60 e 70, com o golpe militar de 64.
Nesse período, com o referencial tecnicista da educação, surge a Nova
Geografia,
sustentada
pela
ideologia
do
desenvolvimento
tecnocrático,
acentuadamente controladora, que considerava que a Geografia, além de nada
acrescentar à política vigente, poderia concorrer apenas para a formação de espíritos
críticos e contestadores, o que seria extremamente negativo e prejudicial aos planos
políticos que procuravam a construção de uma sociedade obediente e massificadora.
Uma análise da educação brasileira, com reflexos no ensino de Geografia, nos
permite afirmar que a política educacional tem se caracterizado por uma sucessão de
ações que na sua maioria têm visado à consolidação da ideologia dominante, do
“status quo”, excluindo do universo do conhecimento e portanto, da cidadania digna, a
maioria da população.
No final do século XX, a história do pensamento geográfico esteve marcada por
um intenso debate entre o positivismo clássico, o empirismo lógico, o historicismo, a
dialética e a fenomenologia. A influência marxista deixou marcas profundas neste
debate.
Nas últimas décadas a educação brasileira, assim como o ensino de Geografia,
pautado nos PCNs, tem sido orientada por diretrizes neoliberais, que agravam cada
vez mais a crise que atinge em especial, a camada da população mais desfavorecida e
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promovem um distanciamento do Estado, enxugamento dos serviços públicos
essenciais e propicia à população maior envolvimento com os mecanismos deliberados
da exclusão social.
Os PCNs, ao se configurar como uma proposta organizada de forma
conservadora, tanto em relação ao seu conteúdo, dissociada das reivindicações e das
vivências daqueles que estão mais próximos da escola real, não significaram uma
verdadeira mudança de qualidade; mas provavelmente a continuidade da política
educacional historicamente dominante em nosso país.
Redimensionar o ensino de Geografia com vistas à formação do aluno-cidadão
exige de docentes e pesquisadores um repensar constante e permanente de suas
práticas e de suas concepções. A Geografia, transformada numa disciplina viva, plena
de desafios para educadores e educandos, passa a se constituir numa área vital de
conhecimento e de formação do cidadão político, objetivo maior da educação escolar.
Ela deve propiciar a observação, percepção, análise e compreensão do espaço
geográfico enquanto espaço da ação humana em interação com a natureza, portanto,
espaço social, histórico, em permanente movimento, e transformação, com inúmeras
contradições, resultado das múltiplas determinações da ação humana.
Isso posto, é necessário partir de uma concepção de Geografia como ciência
humana, e do espaço geográfico como espaço social, resultado da progressiva
humanização da natureza. Uma Geografia que se faz presente dentro de uma dinâmica
social pensando e repensando o espaço, as transformações em que nele ocorre,
preocupando-se em direcionar seu pensamento para o ser humano e seus
relacionamentos, seja homem/natureza, homem/sociedade, seja esta qual for.
Assim, ainda ao ensino da Geografia cabe o comprometimento com a
contextualização e interdisciplinaridade, com a visão de que uma área de
conhecimento deve ser compreendida como uma “totalidade orgânica”, síntese de
diversas
determinações,
com
aspectos
de
generalidade
mas
também
de
particularidade. Considerar o que há de específico em cada campo do saber não
implica o isolamento dos saberes. As áreas podem expressar uma interessante
unidade composta por uma diversidade que se articula e que se comunica entre si.
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Dessa forma, a contextualização de conhecimentos não pode ser um simples
estabelecimento de relações entre conteúdos, requer um compromisso com a realidade
social dos educandos, um combate efetivo contra qualquer forma de exclusão; onde ao
contrário; um tudo fazer para inclusão daqueles que enfrentam preconceitos com
relação a gênero, raça, opção sexual e religiosa, condição social, necessidades
especiais etc.
Deste modo, o ensino de Geografia requer um comprometimento com a
realidade social dos educandos, portanto, um processo de investigação coletiva, um
interrogar permanente sobre a cotidianidade contraditória, muitas vezes perversa frente
ao papel que deve cumprir a escola. Ao se deparar com o ensino de geografia deve ter
em sua prática de aprendizagem alguns aspectos
• Observar , analisar, compreender e atuar na realidade que o cerca, através de
subsídios fornecidos pelo professor em sua dimensão espacial tanto física
quanto humana, e no contexto de suas transformações, velocidade e
complexidade.
• Permitir a compreensão do espaço geográfico dentro de um processo que
transite por diferentes escalas de análise.
• Propiciar a vivência de um método de aprendizagem que possa ser usado em
situações diversificadas, para que os estudantes, gradativamente adquiram
autonomia no processo de produção do conhecimento.
• Criar situações no interior do processo educativo para favorecer as condições
necessárias ao entendimento da Geografia como uma ciência que pesquisa o
espaço construído pelo trabalho das sociedades humanas, vivendo em
diferentes tempos, considerando o espaço como resultado do movimento de
uma sociedade em suas contradições e nas relações que estabelece com a
natureza e com o mundo nos diversos tempos históricos.
• Desvelar por meio de acurada reflexão, a linguagem do aluno, assim como a das
pessoas em geral, a qual está impregnada de significados, de conhecimento, de
emoção e de afetos.
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• Criar condições que facilitem o desenvolvimento do sentido de pertença e de
atitudes de solidariedade territorial, a diferentes escalas, numa perspectiva de
sustentabilidade, bem como a compreensão de que a humanidade se encontra
num momento decisivo para inverter a degradação ambiental da Terra.
• Contribuir para a formação de cidadãos, e que o exercício da cidadania
pressuponha a crítica e não a doutrinação.
• Perceber o ser humano como agente ativo na construção de relações sociais
que respeitem, admitam e valorizem as diferenças de condição social,
sexualidade, gênero, raça, cultura, religião, necessidades especiais entre as
pessoas, no processo de inserção no multiculturalismo.
• Estimular a capacidade para a leitura de representações geográficas e para o
mapeamento cotidiano de fatos, fenômenos e processos geográficos, em
diferentes instrumentos e técnicas da cartografia assim como de diferentes tipos
de linguagem.
• Reconhecer impactos resultantes das produções sociais e dos processos da
natureza no meio ambiente.
• Analisar intervenções sobre a organização do espaço geográfico para melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis.
• Relacionar a ética ao consumo para o exercício pleno da cidadania planetária.
• Valorizar o patrimônio natural e cultural, local e mundial, por meio da pesquisa e
da ação, para garantir sua manutenção e usufruto pelas populações.
• Possibilitar o conhecimento sobre os locais e saber os porquês de grupos sociais
estarem neste ou naquele lugar.
• Compreender que as ações dos homens decorrem de construções políticas,
coletivas e históricas e se materializam no espaço geográfico.
• Incentivar ações afirmativas que visem atingir os níveis vivencial, social e
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cultural, possibilitando através da convivência, a quebra de preconceitos
arraigados, uma vez que a convivência, a participação social, educacional e
econômica dos grupos minoritários gerará uma cadeia de transformações que,
num crescente, abre possibilidades de interferência nos níveis político e
econômico.
• Dar suporte ao aluno para que ele possa assumir posições diante dos problemas
que enfrenta na família, na escola e nas instituições das quais participa ou que
poderá vir a participar, aumentando seu nível de consciência sobre as
responsabilidades e os direitos sociais, participando efetivamente de uma
transformação social.
• Apropriar-se de conceitos geográficos básicos como lugar, território, paisagem,
região, redes, sociedade, natureza, espaço/tempo etc.
• Oportunizar diversas possibilidades interpretativas do espaço geográfico para
nele interagir criticamente.
• Facilitar a sintonia e percepção quanto às transformações do mundo,
acrescentando sempre que pertinente e relevante.
1.1.
Concepção de Ensino
Propor o ensino da Geografia caracterizada pela interdependência e conexão
dos fenômenos, físicos e humanos estudando as contradições da contemporaneidade
e suas implicações sociais motivadas pelos diferentes indivíduos que a compõem
utilizando-se de elementos que auxiliem na visão crítica construtiva da formação do
espaço em âmbito físico, social e histórico, que contribuem para a compreensão da
dinâmica da Geografia Moderna e suas transformações e interações associadas as
diversas áreas do conhecimento. Por isso ao considerar a geografia uma ciência
institucionalizada, um ensino eficaz de conhecimento geográfico auxiliado de técnicas
que facilitem a assimilação ativa do conhecimento e o desenvolvimento cognitivo dos
educandos, utiliza-se da linguagens cartográficas, textos e outros recursos que
auxiliam o ensino/aprendizagem, possibilitando a adaptação dos indivíduos nas
diversas sociedades
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O objeto de estudo da geografia parte do espaço que o ser é compreendido,
nos questionamentos do dia a dia , guiando os pensamentos geográficos tais com:
Onde? Que lugar?Ordenamento do espaço? Quais as consequenciais naturais e
transformadas.
1.2. 5ª Série
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico
•
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
•
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
•
A Formação, localização e exploração dos recursos naturais;
•
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem a (re)organização do espaço geográfico;
•
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
•
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural;
•
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
1.2. 6ª Série
2. Dimensão Econômica do espaço geográfico
3. Dimensão Politica do espaço geográfico
4. Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
5. Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico
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6. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
•
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro;
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
•
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
•
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
•
A transformação demográfica, a distribuição espacial os indicadores
estatísticos da população.
•
Movimentos Migratórios e suas motivações;
•
O espaço rural e a modernização da agricultura;
•
A formação, e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização;
•
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico;
•
A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.
6.1. 7ª Série
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
•
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
•
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
•
O comercio e suas implicações socioespaciais;
•
A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e informações;
9
•
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico;
•
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
•
O espaço rural e a modernização da agricultura;
•
A transformação demográfica , sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
•
Os movimentos migratórios e suas motivações;
•
As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
•
A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.
6.2. 8ª Série
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão Cultural e demogŕafica do espaço geográfico
•
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
•
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
•
A revolução tecno cientifico informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
•
O comercio mundial e as implicações socioespaciaais;
•
A Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
•
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população
•
As manifestações sociespaciais da diversidade cultural,
•
Os Movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
•
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico;
•
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
•
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
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configuração territorial;
6.3. Ensino Médio
1º Ano
Conteúdos estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Política do espaço geográfico
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão Cultural e demográfica do espaço geográfico
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
•
Conteúdos Básicos:
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
• A formação e transformação das paisagens;
• A revolução técnico cientifica informacional e novos arranjos no espaço da
produção;
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
2º Ano
Conteúdos estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Política do espaço geográfico
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
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• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• Dimensão Cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
• Espaço em rede: produção transporte e comunicação na atual configuração
territorial;
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• A circulação de mão de obra do capital das mercadorias e das informações;
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
• Os movimentos migratórios e suas motivações;
• As manifestações socioespaciaais da diversidade cultural;
3º Ano
Conteúdos estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Política do espaço geográfico
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização recente.
• Dimensão Cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
• A revolução técnico cientifica informacional e novos arranjos no espaço da
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produção;
• O comercio e as implicações socioespaciais;
• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização;
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
7. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para que o educando se aproprie dos conceitos fundamentais da geografia e
compreenda o processo de produção e transformação do espaço geográfico, os
conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando com a
realidade em coerência com o que será ensinado.
A intervenção do docente mediante a articulação dos conteúdos considerando
o conhecimento prévio do aluno relacionando com o saber científico. Esta prática
possibilitará a superação do senso comum para o saber científico. O professor criará
momentos problemas, mobilizando o aluno a desenvolver criticamente o raciocínio
fazendo que o educando seja o responsável pela sua aprendizagem.
A contextualização do conteúdo ralacionando-o na realidade vivida pelo aluno,
buscando conceitos históricos, relações políticas sociais,econômicas culturais. O aluno
deve compreender que a participação de todos formam e constrói a realidade de hoje e
as das gerações futuras.
Ao abordar sobre a cultura e História Afro brasileira e indígena ( Leis nº
10.639/03 e nº 11,645/08 e também Educação Ambiental nº9795/99 o professor
contextualizará de forma relacionada ao conteúdo estudado, por meio de textos,
imagens, mapas, maquetes, aula de campo e a Geografia do Estado do Paraná
As práticas pedagógicas
permitindo assim
facilitarão a compreensão
do espaço geográfico
a interação do educando com o conhecimento. As atividades
poderão ser encaminhadas das seguintes maneiras: Aula de Campo, recursos áudio
visuais(filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações) e recursos cartográficos com mapas e
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maquetes, obras literárias e pesquisas bibliográficas. Entende-se que estas práticas
possibilitam o entendimento do educando com o conteúdo estudado. Cada professor
com seu método deverá da melhor maneira assegurar a aprendizagem do seu aluno.
Será estimulada a participação do aluno no sentido dele perceber-se como
integrante de um todo, sempre considerando as mudanças no meio técnico-científicoinformacional, bem como a valorização das diversas formas de diversidade, discutindo
a presença da diferença, numa visão pluriétnica, multicultural, tomando como desafio
novas possibilidades, mais democráticas no cotidiano escolar.
Também serão adotados alguns fundamentos para que seja contemplada a
interdiscipliridade, sendo importante ao professor:
•
Perceber-se interdisciplinar;
•
Historicizar e contextualizar os conteúdos;
•
Estimular a transformação, construção, investigação e descoberta;
•
Dinamizar o entrosamento entre as áreas evitando repetições inúteis e
cansativas;
•
Criar espaço na escola, estimule a iniciativa, a criatividade, a cooperação
e a co-responsabilidade, como é o caso da Educação Fiscal que permitirá
informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em
que poderá tornar o cidadão ciente da importância da sua contribuição,
pois...”Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a
transformação social, também é verdade que a transformação não se
efetivará e não se consolidará sem a educação” (Paulo Freire)..
Contanto, o desenvolvimento teórico metodológico dar-se-á de modo contextualizado,
interdisciplinar, considerando os conteúdos estruturantes, respeitando as diferenças e
nas diversas escalas de espaço e tempo.
8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação deve servir como ferramenta na construção de uma educação e de
uma sociedade includente e transformadora e na formação
da cidadania
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emancipatória.
A função da avaliação segundo Perrenoud, 1999, é antes de tudo, ajudar o
aluno a aprender e ao professor ensinar.
É considerando esta perspectiva que se dará os critérios de avaliação. Ela terá
como finalidade conhecer melhor o aluno em seus vários aspectos,
permitindo a
constatação do que está ou não sendo aprendido, a adequação do processo de ensino
bem como uma visão global do processo ensino-aprendizagem.
Deverá ser contínua e integrada ao fazer diário do professor, devendo ser
realizada sempre que possível em situações normais, evitando a exclusividade da
rotina artificial das chamadas “provas”. Também global tendo em vista as várias áreas
de capacidade do aluno (cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação) e, a
situação do aluno nos vários componentes do currículo escolar
Será praticada enquanto processo que se caracteriza no cotidiano do aluno,
nos seus acertos e nos “erros” denominados de construtivos, pois serão dadas
alternativas para o aluno refazer o que não aprendeu.
Deverá ser diagnóstica para conhecer qual é a situação de partida dos alunos,
ou seja, a gama de conhecimentos prévios da turma, e também que:
No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida como
um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que
o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido as avaliações
ocorrerão nas modalidades:
§ formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de
diferentes instrumentos avaliativos;
§ contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do
período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
§ diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se
a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações
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toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,
§ formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo
para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar
sobre as ações e não o resultado;
§ somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos
no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível
de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao
aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se
ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, partese da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes
instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:
• Interpretação e produção de textos de geografia;
• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas, e mapas;
• Pesquisas bibliográficas;
• Relatórios de aula de campo;
Construção, representação e análise do espaço por meio de maquetes.
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OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia e Ensino: Os Parâmetros Curriculares
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GIBRAN, Raimunda Abou. A Geografia no Ensino Fundamental – Trajetória
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CAPELO, Maria Regina C. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais: Primeiras
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento
de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Livro Didático Público. Geografia. 2.ed. Curitiba: SEED – PR, 2006.
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