1 PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA A INFLUENZA A (H1N1

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE ATENÇÃO A SAÚDE
HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
NÚCLEO DE EPIDEMIOLOGIA
Rio de Janeiro, 20 de maio de 2009
ROTINA N 1
PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA A INFLUENZA A (H1N1)
Seguindo o protocolo divulgado pelo Ministério da Saúde, pautado nas
orientações da Organização Mundial de Saúde, desenvolvemos abaixo
orientações para todos os profissionais do HGB.
A influenza A é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A
(H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa
principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções
respiratórias de pessoas infectadas.
DEFINIÇÕES DE CASO
1. Caso em monitoramento
a) Procedentes de países afetados, com febre não medida E tosse, podendo ou
não estar acompanhadas dos demais sintomas referidos na definição de caso
suspeito OU
b) Procedentes, nos últimos 10 dias, de países não afetados E apresentando os
sintomas de acordo com definição de caso suspeito.
2. Caso suspeito
Indivíduo que apresentar febre alta de maneira repentina (> 38ºC) E tosse
podendo estar acompanhadas de um ou mais dos seguintes sintomas: dor de
cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória E
a) Apresentar sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos
pela Influenza A (H1N1) OU
b) Ter tido contato próximo1, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada
como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de Influenza A
(H1N1).
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Contato próximo: cuidar, conviver ou ter contato direto com secreções respiratórias ou
fluidos corporais de um caso suspeito.
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3. Caso provável
Caso suspeito que apresente um dos seguintes critérios adicionais:
a) Confirmação laboratorial de infecção por vírus da influenza A, porém sem
resultados laboratoriais conclusivos quanto à infecção por vírus de influenza
sazonal, OU
b) Indivíduo sintomático com clínica compatível de infecção respiratória aguda
indeterminada. OU
c) Indivíduo que evoluiu para óbito decorrente de infecção respiratória aguda
indeterminada E que tenha vínculo epidemiológico (de tempo, local ou exposição)
com outro caso provável ou confirmado (suspeito, segundo OMS) de infecção por
A (H1N1).
4. Caso confirmado
a) Indivíduo com a infecção pelo vírus Influenza A (H1N1), confirmado pelo
laboratório de referência por meio da técnica de RT-PCR, por PCR em tempo
real.
5. Caso descartado
a) Caso em monitoramento ou suspeito que sido negativo para todos os tipos de
influenza OU
b) Caso em monitoramento, suspeito ou provável em que não tenha sido
detectada infecção por influenza A (H1N1) OU
c) Qualquer caso em monitoramento ou suspeito em que tenha sido diagnostica
outra doença.
6. Definição de contato próximo aos casos suspeitos, prováveis ou confirmados
a. Contato próximo no voo
Devido ao sistema de refrigeração e filtros das aeronaves, é considerado contato
próximo durante o voo aqueles passageiros localizados na mesma fileira e nas duas
fileiras anteriores e posteriores ao do caso suspeito, provável ou confirmado, bem
como os passageiros localizados nas fileiras laterais correspondentes.
b. Contato próximo na comunidade
Pessoas que cuidam, convivem e que tiveram contato direto com secreções
respiratórias ou fluidos corporais de um caso suspeito, provável ou confirmado.
CASOS COM DEMANDA ESPONTÂNEA QUE CHEGUEM A
UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HGB
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MINIMIZAR AO MÁXIMO O TEMPO DE PERMANÊNCIA DE CASOS
SUSPEITOS NA RECEPÇÂO DA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
a) Caso em monitoramento ou suspeito
• Todo o paciente com sintoma respiratório (ver acima) será considerado caso
suspeito e deve receber prioridade no atendimento sendo convidado a se dirigir a
uma das enfermarias individuais (Enf. 307 – Clínica Médica A e Enf. 214 –
Ginecologia). Fazer contato com o NIR (ramal 9733) para avaliar disponibilidade
da enfermaria.
• No acolhimento ou triagem, investigar o histórico de viagens internacionais entre
os pacientes que apresentem sintomas de doença respiratória ou contato com
indivíduos com suspeita de Gripe A (gripe suína).
• Orientar e fornecer ao paciente a máscara cirúrgica que deverá ser utilizada
durante toda a sua permanência no hospital.
ORIENTAÇÕES GERAIS AO PACIENTE
Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
Lavar as mãos freqüentemente com água e sabonete, especialmente depois de
tossir ou espirrar.
Evitar contato próximo com outras pessoas.
Entrar imediatamente em contato com o CIEVS, conforme a
recomendação das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde.
Uma vez detectado um caso sujeito à investigação – em Monitoramento ou
Suspeito de Influenza A (H1N1) – notificar imediatamente o CIEVS.
· CIEVS/SMSDC-RJ: email [email protected] e telefones 2273.9530 /
9210.4130 (plantão 24 horas).
· CIEVS/SESDEC-RJ: email [email protected] e telefones 2240.6673 /
8596.6553 (plantão 24 horas).
Essas instâncias são responsáveis por realizar uma nova verificação do caso à
luz das diretrizes mais atualizadas do Ministério da Saúde e, quando indicado,
providenciar transferência imediata para o hospital de referência (Instituto de
Pesquisa Evandro Chagas, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho,
Hospital Universitário Pedro Ernesto ou Hospital Central do IASERJ) para manejo
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clínico e coleta de amostra, conforme estabelecido no “Plano de Preparação Para
Enfrentamento da Pandemia”.
• Preencher a Ficha de Investigação Epidemiológica “Influenza Humana Por Novo
Subtipo Pandêmico” (Anexo 1) e enviar imediatamente ao Núcleo Hospitalar de
Epidemiologia (NHE) do Hospital Geral de Bonsucesso para que a vigilância
epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Secretaria Estadual de
Saúde (SES) sejam notificadas. Após o atendimento do paciente e os contatos
com o CIEVS e NHE (ramal 9523), fazer contato a CCIH-HGB (ramais 9536 e
9840).
• Durante a sua permanência no HGB, acomodá-lo em uma das enfermarias
individuais (ver acima) evitar o trânsito e a permanência desnecessária de
pessoas no local, garantir a privacidade do indivíduo e orientar o uso constante de
máscara cirúrgica descartável. Não se recomenda a presença de acompanhantes
ou visitantes para esses pacientes.
• Todos os profissionais envolvidos com o atendimento ao paciente devem utilizar
equipamentos de proteção individual (EPI): máscara N95/ PFF2 ou (N99, N100,
ou PFF3), capote de manga longa e luvas de procedimento, gorro descartável.
QUEM UTILIZA EPI
Todos os profissionais de saúde que prestam assistência direta ao paciente (ex:
médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas,
equipe de radiologia, maqueiros, entre outros).
Toda a equipe de suporte, que necessite entrar no quarto/unidade de isolamento,
incluindo pessoal de limpeza, nutrição e responsáveis pela retirada de produtos e
roupas sujas da unidade de isolamento. Porém recomenda-se que o mínimo de
pessoas entre no isolamento.
Todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e manipulação de
amostras de secreção respiratória de pacientes suspeitos de infecção por
Influenza A (H1N1).
Familiares e visitantes que mantenham contato com pacientes suspeitos de
infecção por Influenza A (H1N1), durante o período de internação. (contágio)
Os profissionais de saúde que executam o procedimento de verificação de óbito
ou preparo do corpo.
Outros profissionais (recepcionista da emergência, etc) que entram em contato
com pacientes suspeitos de infecção por Influenza A (H1N1).
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ATENÇÃO!!!
A máscara de proteção respiratória deverá estar adequadamente ajustada à face.
A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as orientações do
fabricante.
Recomenda-se o manuseio cuidadoso dessa máscara a fim de não contaminar
sua face interna e externa.
Recomenda-se descartá-la imediatamente após o uso em procedimentos com
risco de geração de aerossol.
• Devem ser seguidas as orientações de transporte (como abaixo) para os
indivíduos que se enquadrem na definição de caso em monitoramento ou suspeito
que forem encaminhados a um hospital de referência, conforme orientação do
CIEVS.
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TRANSPORTE
Os profissionais envolvidos no transporte devem adotar as medidas de
precaução, inclusive com a utilização de EPI.
Melhorar a ventilação do veículo para aumentar a troca de ar durante o
transporte. Quando possível usar veículos com compartimentos separados para
o motorista e o paciente.
Proceder a limpeza e desinfecção das superfícies que entrar em contato com o
paciente durante o transporte. Por exemplo, se o paciente foi transportado em
ambulância, as partes internas do veículo devem ser limpas com água e sabão e
desinfetadas utilizando-se desinfetantes como álcool a 70% ou hipoclorito de
sódio a 1%.
• Proceder a limpeza e desinfecção das superfícies que entrar em contato com o
paciente durante o encaminhamento até a enfermaria. As superfícies devem ser
limpas com água e sabão e desinfetadas utilizando-se desinfetantes como álcool
a 70% ou hipoclorito de sódio a 1%.
• A limpeza concorrente do local do isolamento deve ser realizada duas vezes ao
dia ou quando se fizer necessário. A limpeza do piso, da pia e sanitário deve ser
realizada com hipoclorito ou o equivalente usado pela firma de limpeza. Os
utensílios usados na limpeza devem ser de uso exclusivo para o local de
isolamento e devem ser encaminhados para limpeza e desinfecção. O mobiliário e
outras superfícies devem ser desinfetados com álcool a 70%. O funcionário
deverá utilizar luvas de procedimentos com luvas de borracha de cano longo por
cima, avental de manga longa, óculos, máscara N95 e botas de borracha.
• Todo resíduo sólido gerado dentro do isolamento será armazenado em saco de
lixo com símbolo material biológico infectante. O lixo deverá ser re-ensacado por
outro profissional quando sair do local de isolamento. Armazenar o resíduo
identificado como Gripe Influenza A, até que exista outra orientação específica.
• Após a retirada do leito do paciente, a roupa suja deve ser ensacada no local
onde foi utilizada, e manipulada com o mínimo de agitação. Recomenda-se
transportá-la dobrada e enrolada a partir da área de maior sujidade e colocar no
centro do saco aquelas que estiverem molhadas ou com maior sujidade, evitando,
com isso, o vazamento de liquido e contaminação do ambiente e do funcionário.
O saco deve ser identificado adequadamente como contendo material de paciente
com suspeita de influenza A (gripe suína), para que profissionais que o
manipulem posteriormente no transporte e na lavanderia possam tomar as
devidas precauções e fazer uso de EPI conforme recomendado acima.
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