MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas Curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas Juliana Tiraboschi COMO O HÁBITO DA TRADUÇÃO AFETA A APRENDIZAGEM DA COMUNICAÇÃO ORAL NA LÍNGUA INGLESA JULIANA TIRABOSCHI COMO O HÁBITO DA TRADUÇÃO AFETA A APRENDIZAGEM DA COMUNICAÇÃO ORAL NA LÍNGUA INGLESA Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas, Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Egidio José Romanelli CURITIBA 2007 TERMO DE APROVAÇÃO Juliana Tiraboschi Como o hábito da tradução afeta a aprendizagem da comunicação oral na língua inglesa. Monografia aprovada com nota ____ como requisito parcial para obtenção do título de Especialista, pelo curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas, do Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora: Orientador: Egidio José Romanelli UFPR Márcia dos Santos Lopes UTFPR Regina Helena Urias Cabreira UTFPR Coordenadora: Carla Barsotti UTFPR CURITIBA 2007 Dedicatória Ao meu pai e minha mãe, que hoje anjos, direcionam-me para aprender a viver. E principalmente às minhas tias Dayse e Luiza, que concretizam meu crescimento acadêmico com a dádiva do amor. Agradecimentos Aos professores que trabalham com essa metodologia; Danielli Pureza pelas idéias, Deus e minha família. A Rajindra, Jade, Sofia e Shiva pelos momentos de descontração. Epígrafe “Não deixe pra amanhã o que você pode fazer hoje, mas não se esqueça: QUERER é PODER.” Sumário 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................1 2 CARACTERÍSTICAS METODOLÓGICAS DO MÉTODO ...........................5 2.1 FERRAMENTAS DA METODOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DAS AULAS .........................................................................................................7 2.2 O MATERIAL DIDÁTICO .............................................................................8 2.3 OS CRITÉRIOS DE PREPARAÇÃO DOS CINCO PASSOS.......................9 2.4 TIPOS DE AULA ........................................................................................10 2.5 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ................................................................12 2.6 AVALIAÇÕES ............................................................................................12 2.7 INTERLÍNGUA ...........................................................................................13 3 PERFIL DO ALUNO ..................................................................................16 3.1 DEPARTAMENTO OPERACIONAL ..........................................................16 3.2 CAMPANHAS INFORMATIVAS.................................................................18 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................20 REFERÊNCIAS.........................................................................................................22 Anexo 1 ASSESSMENT CHART ................................................................... 23 Anexo 2 INTERLANGUAGE .......................................................................... 25 Anexo 3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR NÍVEIS................................. 27 Anexo 4 CONTEÚDO GRAMATICAL POR AULAS ...................................... 29 Resumo O presente estudo mostra a realidade de alunos que se dispõem a aprender a língua inglesa em 24 meses com o intuito de se comunicar usando o idioma, isto é, o aluno aprende a compreender e se comunica usando o essencial do idioma, sendo este conteúdo uma linguagem formal ou informal. Sendo assim o uso do recurso da tradução precisa ser orientado para que essa aquisição seja efetiva. Considera-se também que o histórico do aluno é um fator colaborativo neste processo, pois ele é a base das dificuldades, aptidões e interesse pela aprendizagem da segunda língua. Contudo, mostra também que para obter a aquisição da segunda língua em 24 meses, os alunos precisam estar cientes de que seu lado emocional traz grandes fatores, tais como inibição, auto-estima elevada, motivação e ansiedade, que alteram a percepção do aluno em sua interação com o idioma. Sendo assim, é preciso aprender a lidar com tais fatores. Aqui, avaliações curriculares são mais uma ponte que mostra se o aluno está pronto para assimilar um maior número de informações do idioma escolhido e assim construir a aquisição da linguagem direcionando para a fluência. Palavras-chave: Língua estrangeira, Comunicação oral, Hábito da tradução. 1 1 INTRODUÇÃO A busca pela aquisição da linguagem de um idioma estrangeiro, mais especificamente o idioma inglês, vem crescendo a cada dia em virtude do avanço da tecnologia e das relações interpessoais, que proporcionam o crescimento econômico globalizado. Sendo assim, dia após dia, a necessidade de se falar a língua Inglesa leva milhões de pessoas a contratar professores particulares, ou se mudarem para um país onde esse idioma seja a primeira língua, ou então buscar uma escola que ofereça essa aquisição de linguagem. Seja qual for a escolha, o aluno vai se deparar com o recurso da tradução. Nesse caso, podemos afirmar que a proporção; ou necessidade do uso do recurso da tradução para o aprendizado de uma língua estrangeira; varia de acordo com o tempo em que esse aluno vai aprender, com a metodologia escolhida, e também a finalidade do idioma para a vida do aluno, levando em consideração objetivos específicos para dominar a língua, tais como: passar numa prova de mestrado, falar o idioma ou somente escrever. Nas escolas brasileiras, os Parâmetros Curriculares Nacionais de língua estrangeira (PCN) objetivam aumentar os conhecimentos sobre linguagem que o aluno construiu sobre sua língua materna, por meio de comparações com a língua estrangeira em vários níveis. (PCN, Brasília 1998, p. 28). Dessa forma o aluno deixa o ensino médio conhecendo a língua estrangeira, e não dominando sua estrutura oral. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira descrevem que; No que se refere aos conhecimentos que o aluno tende a adquirir em relação á língua estrangeira, ele irá se apoiar nos conhecimentos correspondentes que tem e nos usos que faz deles como usuário de sua língua materna em textos orais e escritos. Essa estratégia de correlacionar os conhecimentos novos de língua estrangeira e os conhecimentos que já possui de sua língua materna é uma parte importante do processo de ensinar e aprender a língua estrangeira. Tanto que uma das estratégias típicas usadas por aprendizes é exatamente a transferência do que sabe como usuário de língua materna para a estrangeira (PCN, Brasília 1998, p. 32). 2 O mercado de trabalho globalizado esta em constante mudança e a cada dia busca profissionais que sejam fluentes em uma língua estrangeira, ou seja, profissionais que têm a capacidade de falar dominando assim a oralidade de uma língua estrangeira,aqui falaremos do idioma Inglês. A revista Gestão Plus nº. 20, ano IV (p. 28/29) ressalta que: Em tempos de globalização, aprender outro idioma é essencial para os profissionais que buscam se destacar no mundo dos negócios. Há muitos anos a língua inglesa tem sido a mais procurada. O que antes era apenas sinônimo de oportunidade de conquistar uma vaga no mercado de trabalho, ou a garantia de uma promoção, passou a ter uma relevância maior, ou seja, transformou-se em uma maneira de se destacar para poder almejar posições de sucesso. O contexto desta pesquisa envolve a proposta metodológica do desenvolvimento da comunicação oral em língua inglesa a ser alcançado em vinte e quatro meses. Sendo assim, ao buscar essa fluência, o aluno busca aprender a falar, mas o fator do seu histórico pessoal que o direciona a tradução traz implicações para essa aquisição de linguagem. Para continuar a apresentação dessa pesquisa, faz-se necessário esclarecer alguns conceitos, tal como diz ELLIS (1997), “Segunda língua é qualquer língua aprendida depois da língua materna.” Contudo, na Revista Vi-Va: Ciência e Cultura, FRAGOSO (2005), em seu artigo Aquisição / Aprendizado de L2, conclui que “Se você está aprendendo a língua naturalmente como resultado da residência no país onde a língua é falada, ou aprendendo em sala de aula por meio de instruções, é costume dizer genericamente aquisição de uma segunda língua.” O problema central do presente trabalho é: O hábito da tradução afeta a aprendizagem da comunicação oral na língua inglesa dentro da sala de aula? O presente estudo tem a finalidade de mostrar até que ponto o aluno pode usar o recurso da tradução para desenvolver a habilidade oral da Língua Inglesa em 24 meses, tempo esse estipulado por uma metodologia que tem como finalidade a 3 comunicação, ou seja, direcionar os alunos para capacidade de falar usando a língua estrangeira. Sendo assim, o objetivo geral desse estudo é relatar as falhas na aquisição da fluência oral de uma segunda língua, causadas pelo mal hábito do uso do recurso da tradução. Entende-se por mal hábito o uso da tradução quando a mesma é usada como única fonte de compreensão que direciona para a assimilação do idioma. Salientando que o uso desse recurso traz resultados ao longo de seis ou mais anos de estudo da língua estrangeira. Contudo, com base no histórico da trajetória de alguns alunos, será mostrado que estes, com o hábito do recurso da tradução, mostram mais dificuldades para aprender o idioma na metodologia comunicativa apresentada. Esta, por sua vez, conduz à exposição do aluno de L2 sem comparações com L1 e aciona emoções e reação da personalidade de cada um. Fatores como introversão, motivação, inibição e outros mais, vêm à tona no decorrer do processo de aprendizagem. Sendo assim será mostrado qual é a melhor maneira de alcançar o equilíbrio desses fatores. Como objetivos específicos podemos mostrar o seguinte: • Apresentar as características gerais da metodologia de vinte e quatro meses; • Analisar o perfil do aluno que hoje usufrui dessa metodologia e mostrar a eficiência do método através dos índices do departamento operacional; • Sugerir campanhas informativas para garantir o bom aproveitamento do aluno dentro da metodologia. Na seqüência serão desenvolvidos os temas da pesquisa. Na introdução será mostrada a característica geral do curso de vinte e quatro meses, os tipos de aula, o conteúdo do material didático, o processo de transferência caracterizado pela interlíngua, as ferramentas usadas para a condução das aulas e as características avaliativas. 4 Nas características metodológicas, será analisado o perfil do aluno que hoje usufrui dessa metodologia juntamente com os índices do departamento operacional que hoje zela pela excelência no ensino e ao manter um rígido controle de qualidade. No capítulo 3 serão apresentadas possíveis soluções de caráter informativo para envolver os alunos equivocados que hoje não conseguem adquirir a linguagem oral através do hábito da tradução. Considera-se também que a intuição para perceber o novo idioma é um fator importante para a aquisição da linguagem por parte do aluno, e este fator também é importante na vida do professor, pois tem a finalidade não só de identificar as dificuldades dos alunos, que os levam a usar o recurso da tradução como ferramenta fundamental para a compreensão, mas também mostrar soluções para que essas dificuldades sejam enfrentadas. Este estudo é uma ferramenta para que professores dessa mesma metodologia saibam identificar com mais clareza as falhas de aprendizagem dos alunos, e, além disso, auxiliar também os alunos que não confiam no fato dessa aquisição poder ser mais simples do que parece, eliminando a velha idéia de que saber inglês é traduzir; método o qual não direciona o aluno para a oralidade. O recurso da tradução pode ser danoso para um processo de aprendizagem em 24 meses, mas ele não é danoso à aprendizagem do idioma em 8 anos. Contudo, depois que a aquisição é alcançada o recurso de tradução pode ser utilizado em qualquer circunstância, pois nessa fase a tradução já não interfere mais na aquisição da linguagem que direciona para a fluência. 5 2 CARACTERÍSTICAS METODOLÓGICAS DO MÉTODO O Curso foi desenvolvido para um publico executivo, desenvolvida e organizada por Sergio Barreto (2003), as 154 franquias DO GRUPO WISE UP hoje optam por usar ou a metodologia de 24 meses (LEXICAL) que está no mercado a 4 anos, ou a metodologia de 18 meses (WISE UP)está no mercado a 13 anos. Aqui serão mostradas as características da metodologia do método de 24 meses. O Manual do Departamento de Ensino mostra que o objetivo do curso é encaminhar o aluno para o desenvolvimento da fluência na língua inglesa em um período mínimo de 24 meses. Para isso, é necessário colocar o aluno em contato com os elementos da língua que geram fluência, sendo eles: a gramática, vocabulário, fonética e semântica, operadas no âmbito do discurso para treinar o aluno para que ele seja um bom “discourse / language player”. Assim, a fluência reinventa o jogo comunicativo. A importância do jogo, o Semântico. O método é essencialmente fundamentado na construção de jogos cênicos nos quais os alunos vão aprender, experimentar e vivenciar a linguagem, desempenhando diversos papéis sociais durante essa interação. O objetivo central do curso é colocá-lo em contato com as informações úteis para que ele possa se tornar um bom “language player”. Para isso, a concepção de jogos nos é fundamental. Jogo deve ser compreendido como toda interação construída em sala de aula envolvendo alunos e instrutores, onde a língua inglesa é utilizada como ferramenta para alcançar um objetivo dado. Dessa forma o ponto nevrálgico do curso é a semântica. Aprender a dar significados. (Manual do Departamento de Ensino, 2005, p. 54) Lexis. Acreditamos que uma das melhores portas para trabalharmos o semântico e a formação de sentido seja através do estudo do vocabulário. Como ficou bem demarcado pelo estudo realizado por Michael Lewis (1995) em “The Lexical Approach”, palavras e expressões são o primeiro passo para a formulação de mensagens coerentes. Por isso a expressão “investigação de vocabulário”, é extremamente importante para nosso trabalho. Por exemplo, o verbo ver: Pense em expressões, usos freqüentes e frases fechadas com esse verbo: Ver a vida passar; Veja só; Veja bem; Me vê um sanduíche / o troco; Quem está vendo?; Ficar a ver navios; Ver pra crer; Ver televisão, novela, jogo, filme, pessoas, a rua, acidente, problema, solução, a situação, (Manual do Departamento de Ensino, 2005, p. 54). 6 A investigação de vocabulário traz a riqueza semântica de uma simples palavra, Assim desfazendo a necessidade do uso do recurso da tradução direcionando o aluno a assimilar o vocabulário através de seu uso, pois ao explorar este vocabulário, o direcionamento da compreensão vai além da definição da palavra traduzida. Contudo a explicação gramatical segue princípios básicos, ela deve ser útil, pois o conhecimento de determinada informação leva o aluno a desempenhar melhor o papel nos jogos que lhe são propostos. Concisa, mostrar o essencial, o necessário a cada nível, pois trabalhamos com o acumulo de informações ao longo do curso e não explicações longas que direcionam apontar a importância de um tópico gramatical isolado. Interativa, o aluno tem que fazer parte da explicação, iniciando assim os estágios básicos usados para explicar a gramática. Sendo assim todos os tópicos gramaticais mostrados no decorrer dos 24 meses seguem as etapas: • “Context”: Interação, alunos e instrutores, cena onde o instrutor ativa a necessidade do aluno de conhecer um tópico novo. • “Structure”: Apresentação da estrutura gramatical usada no estágio anterior. Aqui o aluno tem a possibilidade de associar a estrutura com o contexto em que foi usada. • “Use”: Refere-se ao como usamos e pra que usamos tal estrutura do estágio anterior. • “Example”: Mais exemplos são mostrados à lousa com a finalidade de dar ao aluno a chance de analisar o que foi apresentado até então. • “Student´s turn”: Por fim, ele mostra sua compreensão através de frases criadas por ele próprio, o que foi aprendido dentro desse processo. 7 Tal procedimento pode ser reforçado por Rod Ellis em seu artigo cientifico: Grammar Teaching - Practice or Consciusness - Raising? onde ele mostra que a prática de exercícios de fixação é mecânica, contudo acionar a consciência do aluno em relação ao tópico gramatical a ser apresentado através de um contexto onde o idioma é falado, facilita a aquisição do conhecimento gramatical, o conhecimento suficiente que ele precisa para desenvolver a comunicação oral. Contudo, a metodologia de 24 meses exige interação baseando-se na experiência situacional ou provocada, direcionando o aluno a assimilar o tópico gramatical através do uso na linguagem e não do conhecimento das regras gramaticais. Ou seja, o idioma / linguagem consiste de léxico gramaticalizado e não gramática lexicalizada tal como dizem MICHAEL e LEWIS (1993). Em anexo encontra-se o conteúdo gramatical apresentado por níveis. 2.1 FERRAMENTAS DA METODOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DAS AULAS A metodologia usa de alguns mecanismos para garantir uma atmosfera segura para o aluno arriscar sua produção em sala de aula. Levando em consideração o papel do teatro dentro da metodologia, nota-se que esta tem 27 marcações de cena, que é a característica da posição que cada um deles vai ocupar em sala de aula. Contudo, cada cena tem um objetivo diferente, sendo elas divididas em: “Grammar Scene” (gramatical), “Vocabulary Scene” (vocabulário), “Fuctional Scene” (falar). Para situar o aluno mostrando qual cena será explorada no momento, a metodologia tem os “comandos”. O comando que acompanha o Grammar Scene é o TOPIC TIME. O que acompanha o Vocabulary Scene é VOCABULARY TIME e o comando que acompanha o “Funcional Scene” é o TALKING TIME. Assim sendo, antes de iniciar essa cena o professor deve sinalizar verbalmente um desses comandos, assim o aluno sabe e entende o que será exigido dele ou apresentado em momentos específico da aula. 8 Para conduzir essas ferramentas é necessário que o aluno faça parte de todo esse ambiente, participando ativamente das atividades propostas. O espírito que conduz as aulas dessa metodologia é ritmo, criatividade e padrão. Seguindo essa receita o resultado garante motivação em sala de aula. O aprendizado de uma segunda língua traz muitos aspectos positivos e negativos para cada aluno, um deles é a auto-estima ao lidar com o erro. Visto que errar é humano, muitos alunos sentem-se desconfortáveis ao cometer um erro enquanto estão envolvidos em atividades orais que exigem participação. E isso pode atrapalhar o desenvolvimento do aluno. Para então, conduzir tal empecilho com naturalidade, a metodologia conta com técnicas de correções, elaboradas através do estudo de LEWIS e HILL (1985). O professor é uma ferramenta importantíssima para essa receita motivacional, cabe a ele compreender os objetivos metodológicos e conduzir as aulas usando essas ferramentas. Antes de encarar a sala de aula, um treinamento de 8 dias é oferecido e toda a proposta é apresentada, sendo que, esse treinamento é avaliativo e eliminatório, busca identificar o professor que mais se sente confortável ao trabalhar com a metodologia. Para isso é necessário ter um controle total do idioma. 2.2 O MATERIAL DIDÁTICO A duração da aula é de 60 minutos, duas vezes por semana, ao longo de dois meses o aluno terá 15 aulas. A cada bimestre o aluno passa por avaliações e ao atingir aprovação ele passa para um nível acima, totalizando nove níveis. Esses níveis estão divididos em quatro livros e um CD. O tempo em que o aluno vai terminar cada livro varia de acordo com a dedicação e assiduidade. Contudo, do nível 1 ao nível 6, o aluno conhece o que existe de fundamental no idioma. Ele controla presente, passado e futuro juntamente com o domínio do discurso descritivo, narrativo e argumentativo em formação, totalizando 12 meses de acúmulo de informações. Os níveis 7 e 8 têm duração de 4 meses e vêm complementar esse conhecimento, mostrando o que é considerado formal e informal, juntamente com a lapidação dos erros de uso ou propriedade comum nessa fase de aquisição de linguagem. 9 Durante os 16 meses iniciais, o aluno tem 30 aulas de unidade. Nessas aulas são apresentados conteúdos léxicos, sintáticos e gramaticais. Para direcionar o aluno a assimilar o conteúdo demonstrado, o material didático traz uma atividade preparatória que precisa ser feita em casa, sempre antes da aula de Unidade. Ela é a combinação dos livros com o CD, pois traz textos que podem ser considerados capítulos de uma novela (cada unidade, um capítulo), que seguem uma seqüência lógica de começo, meio e fim, trazendo personagens tais como: Bill, Michele, Henry, Claire, Ted, Mrs Taylor e Mrs Ripley, que juntos estão fazem parte da Empresa TWC. A novela tem a vítima, os heróis e os vilões. E esses mesmos capítulos, compõem as 30 faixas do CD. O nome dessa atividade é “5 Passos” e os alunos devem fazê-la em casa. Ela tem a duração de uma hora sendo a mesma essencial para o bom aproveitamento do curso. Aluno que não faz Cinco Passos, não consegue aproveitar o que a metodologia oferece para a aquisição da linguagem. 2.3 OS CRITÉRIOS DE PREPARAÇÃO DOS CINCO PASSOS 1. Primeiro passo: 10 minutos, sem o livro, com o CD, ouvir o CD e repetir. Não é necessário entender o texto falado pelo personagem, é preciso memorizar e articular a sonoridade apresentada. 2. Segundo passo: 10 minutos, com o livro, com o CD, ouvir e ler. Aqui o aluno tem a oportunidade de unir a memória auditiva e visual, os alunos vão descobrir como as palavras pronunciadas são escritas. E assim moldar essa habilidade. 3. Terceiro Passo: 20 minutos, sem o livro, com o CD, ouvir e escrever. O aluno faz um ditado. A cada frase pausa e escreve, assim, ele está testando a relação entre memória auditiva e visual. O importante aqui é arriscar caso não consiga reproduzir em palavras que estão sendo ditas pelo CD. Arriscar de acordo com a sonoridade é adequado. Abrir o livro e reler o conteúdo. Não é adequado. 4. Quarto Passo: 10 minutos, com o CD, com o livro e correção. O aluno deve fazer a correção do ditado feito no terceiro passo, comparando o conteúdo apresentado com o livro, e, ao encontrar uma grafia errada, 10 ele deve reescrever da forma correta. Ao encontrar uma frase que se componha de 8 palavras e apenas algumas foram mostradas, deve-se reescrever essas frases da forma completa. A auto-correção auxilia o aluno a identificar suas próprias limitações. 5. Quinto Passo: 10 minutos, com o livro, sem o CD e leitura. A leitura do texto é aconselhada aos tímidos que seja feita frente ao espelho. E ao ler em voz alta o aluno percebe que assimilou estruturas, mesmo sem saber seus significados, pois em sala de aula, todo o conteúdo sintático, léxico e gramatical será abordado. Do nível 1 ao nível 8 os alunos usam os 3 livros e o CD, finalizando então 16 meses. Os últimos 8 meses são compostos pelo nível 9, onde os alunos serão conduzidos a aprofundar o seu conhecimento com práticas de leitura avançada, conversação, criação de projetos, compreensão auditiva e mesclando com aulas de vídeo e música. A cada dois meses eles passam por avaliações e ao totalizar 4 notas acima da média, finalizando assim os 24 meses propostos, o aluno faz a prova final que aprovado lhe dá direito ao certificado. Caso o aluno queira permanecer no nível 9. O livro quatro tem material para conduzi-lo por mais 8 módulos; 16 meses sem repetir as aulas. 2.4 TIPOS DE AULA • Unidade: Apresentação de conteúdos léxicos, gramaticais e semânticos, é o INPUT, a preparação (5 Passos) é exigida antes dessa aula. • Complemento: Aqui será retirado do aluno todo o conhecimento assimilado na aula de unidade através da correção de exercícios de fixação exigidos pelo professor como lição de casa, no intuito de averiguar se essa assimilação foi coerente e está direcionando-o para a competência comunicativa. Contudo traz também práticas orais. 11 • Closing: Aula destinada a sanar as dúvidas levantadas durante o percurso das duas aulas anteriores. Essas aulas fecham o conteúdo apresentado e têm o objetivo de organizar a aprendizagem do aluno, direcionando-o para a competência comunicativa numa perspectiva de médio a longo prazo. • Listening: Atividades de compreensão auditiva, com o objetivo de enfatizar padrões de pronúncia, como base para que o professor avalie a eficiência do aluno em compreender o idioma falado na velocidade real e oferecendo rumos para essa compreensão. • Conversation: Aulas voltadas tão e somente para a conversação, ou seja, através de situações reais, conduzidos pelos professores, os alunos se tornam os condutores da aula em grupos, pares ou em apresentações, pois assumem o papel de aprendizes ativos, realizando atividades que exigem interações com os outros alunos. • Review: Revisão de tópicos recém apresentados nas aulas acima pelo professor, concluindo então a assimilação do conteúdo. • Projects: Aulas onde os alunos desenvolvem projetos no intuito de mostrar o domínio do idioma. Essas aulas fazem parte do nível 9. • Readings: Aulas de leitura de textos literários ou de áreas específicas apresentando vocabulário e construções discursivas. Essas aulas também fazem parte do nível 9. • Vídeo: Aulas que mostram estruturas previamente mostradas em contextos reais, pontuando o vocabulário e a cultura de outros países. Aulas do nível 9. • Looking at language: aulas direcionadas a mostrar aos alunos que não existe “certo e errado” e sim “apropriado ou inapropriado” para o contexto em que o idioma esta sendo usado. 12 • Negociating meaning: Aulas onde os alunos estão livres para usar o idioma, aprender, debater possíveis tópicos, e ao final o professor mostra a qualidade de suas produções. • Guided Conversation: Acompanhar os alunos para a produção coerente referente a um tópico específico. Ao final de todas as aulas, a metodologia recomenda que o professor passe para os alunos como foi seu desenvolvimento dentro do conteúdo apresentado, dando a eles a possibilidade da auto-avaliação, conduzindo a aprendizagem a algo que necessita de progresso e dedicação para atingir a aquisição da linguagem. 2.5 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Ver tabela em anexo com o conteúdo de aulas para cada nível. 2.6 AVALIAÇÕES A metodologia avalia o aluno usando três recursos. O primeiro é a prova escrita com pontuação máxima 100 pontos. A média necessária para aprovação é de 70 pontos. O conteúdo encontra-se dividido em quatro partes: gramática, compreensão de texto, escrita e vocabulário. O aluno então precisa mostrar um domínio necessário dos níveis anteriores e também do nível atual, ou seja, correspondente à prova. O segundo recurso é a prova oral, que também tem a pontuação máxima de 100 pontos, sendo necessário 70 pontos para aprovação. Aqui o aluno precisa mostrar o mínimo de controle das capacidades discursivas, sendo elas: narração, descrição e argumentação, domínio dos níveis anteriores e também do nível correspondente à prova, para então estar apto a seguir um próximo nível. Esse sistema de avaliação ocorre a cada bimestre. A terceira avaliação é baseada na capacidade de acessar conhecimento que colabora para a assimilação e aquisição do idioma. Ela é chamada de “Assessment Grade”, e é uma avaliação aula por aula, para garantir que o aluno acompanhe o que esta sendo solicitado em sala, e esta avaliação está dividida em 5 critérios: 13 • Freqüência: O aluno ganha pontos mediante o número de aulas assistidas durante o módulo (2 meses), considerando também o horário em que chegou, com tolerância de 15 minutos. • Homework / Class Preparation / Complementary Activities: Os alunos que cumprem com a tarefa exigida pela metodologia, tal como fazer os Cinco Passos e usar os exercícios das aulas de complemento como fixação do conteúdo apresentado, ganha pontos adicionais referentes a essa nota. • Produção em sala de aula: O conteúdo falado é bem sintetizado e expressado pelo aluno • Participação em sala de aula, ou seja, o output de todo o conteúdo assimilado pelo aluno, ocasionando a desenvoltura e aproveitamento das atividades propostas. Encontram-se em anexo, os critérios avaliativos passados aos professores para elaboração dessa nota (Anexo 3). 2.7 INTERLÍNGUA As expectativas de aprendizagem dessa metodologia são apresentadas através da interlíngua. Segundo HILL e LEWIS1, citado por CUNHA (1998, p. 5), a Interlíngua é um sistema criado por um aprendiz em processo de aquisição de uma segunda língua, que esta entre a língua mãe e a língua a ser aprendida. Sendo assim o aprendiz desenvolve uma série de estratégias que o ajuda a se comunicar e aprender o idioma. 1 HILL, J.; LEWIS, M. Practical techniques for language teaching. Language Teaching Publications: United Kingdon, v. 1, n. 4, 1992. p. 90-91. 14 A estratégia mais usada é o uso da língua mãe o que chamamos aqui de interferência de L1, e essa interferência pode direcionar para aspectos positivos ou negativos na aprendizagem de L2. Sendo a interlíngua um fator inevitável na aquisição de L2, a metodologia apresenta um guia que destaca o que devemos esperar dos alunos em diferentes fases do processo de aprendizagem. Em Proceedings of the Wise up Nacional Conference, de ANDRADE (2004), o autor destaca as fazes que a interlíngua aplica-se aos níveis da escola, sendo elas: Língua-inter-rogação (Inter-rogation-language): è a primeira expressão do aluno na tentativa de se comunicar com o idioma em aprendizagem. Não existe o controle desse idioma por parte do aluno, ele se sente frustrado por não conseguir compor estruturas coerentes. A maioria das suas expressões verbais é composta por erros, e nesse momento ele enfrenta um verdadeiro caos. E isso acontece no início do Nível 1, assim sendo, o aluno precisa se acostumar com o idioma se permitindo participar e arriscar em sala de aula, imitando e reproduzindo estruturas previamente memorizadas através dos 5 Passos, que lhe permite um processo de associação auditiva e visual. Até alcançar o Nível 3 o aluno já enfrentou o caos e está organizando as estruturas. Inter-língua-mãe (Inter-mother-language): Ao alcançar o Nível 4, o aluno possui estruturas memorizadas e as usa para se expressar, porém elas não são suficientes pra que o aluno consiga manter uma comunicação na segunda língua e assim fazer-se entendido conforme o esperado, ou seja, com o uso correto do vocabulário e estruturas gramaticais. Assim, o restante de sua expressão acaba vindo em palavras do idioma em aprendizagem, porém dentro de uma estrutura gramatical e lingüística da língua mãe. Ao longo do Nível 5 e 6, essa interferência tende a diminuir uma vez que as estruturas de L2 estão se firmando no raciocínio do aluno para se comunicar. E essa interferência da língua materna foi positiva, pois foi usada como auxilio de compreensão e desenvolvimento, e não como mecanismo único de compreensão para a expressão na língua estrangeira. 15 Inter-alguma-língua (Inter-some-language): O aluno desenvolve uma capacidade comunicativa que mostra um controle eficiente da interferência de L1, e assim, ele contrasta as duas estruturas (L1 e L2) uma vez que os erros são altamente questionados. Assim, o acúmulo de informações continua e ele consegue memorizar vocabulários com mais facilidade dentro de um contexto, direcionando assim para eliminação da interferência de L1. Inter-segunda-língua (Inter-second-language): Esse é o último estágio, e acontece no meio do Nível 8 e 9. Até o fim, o aluno já desenvolveu um auto controle do idioma, e assim, quanto mais contato ele tem com o idioma, mais ele desenvolve oralidade parecida com falantes nativos, é a prática além-escola que vai auxiliar o constante crescimento da capacidade comunicativa construída até agora. Nessa fase o aluno ainda possui uma interferência mínima de L1 que não impede sua comunicação, e traduzir agora, não causa mais dano na tentativa de se comunicar, pois as estruturas já estão memorizadas. O segundo arquivo em anexo mostra como essas expectativas são apresentadas aos professores referentes a cada nível. 16 3 PERFIL DO ALUNO Para se inscrever no curso basta estar interessado em aprender o idioma num curto período de tempo, e assim dispor de tempo hábil para a dedicação fora da sala da aula. A metodologia foi desenvolvida para pessoas sem tempo e que tem uma grande necessidade de falar o idioma, profissionais que precisam aprender de uma maneira rápida e objetiva. Qualquer pessoa que busque flexibilidade, dinamismo, praticidade e qualidade, tem o perfil para fazer parte dessa metodologia. Contudo, exige-se pelo menos 18 anos de idade para iniciar o curso, uma vez que o material traz temas modernos, culturais ou polêmicos, que crianças e adolescentes talvez não estejam maduros o suficiente para acompanhar. Sendo o curso aberto á qualquer pessoa, aspectos emocionais, tais como ansiedade, inibição, introversão e extroversão são aspectos importantes que estão em constante evidência dentro da metodologia. ARNOLD e BROWN (2005), contribuem para as idéias acima ao salientar que os métodos de tradução não exigem muito da performance dos alunos em sala, que não seja para escrever ou ler, e por outro lado os métodos que direcionam a comunicação vão ser provocadores de ansiedade, ao exigir do aluno performances em situações que vão direcionar a exposição de sentimentos para expressar seu conhecimento e domínio da segunda língua. 3.1 DEPARTAMENTO OPERACIONAL Esse departamento tem a finalidade de contribuir para que a excelência no ensino seja alcançada, visando sempre oferecer o melhor serviço para os alunos. O departamento operacional responde por índices, que juntos garantem a qualidade do serviço prestado com essa metodologia. 17 O índice que vai de encontro á eficácia da metodologia e comprovação do aspecto motivacional que mantêm o aluno em sala de aula é o índice de desistência. No mês de abril, de 100 alunos que procuraram o departamento operacional, pois apresentavam algum problema com a escola, apenas 27 desistiram de estudar, os motivos são variados: 3 por desmotivação, 2 por encerramento de curso, 4 por problemas financeiro, 8 por falta de tempo, 3 por mudança de cidade, 5 por problemas pessoais e 2 por motivo de viagem. Ou seja, 12% da quantidade total de alunos por algum motivo não deram continuidade ao curso enquanto que 88% dos alunos permanecem no processo de aprendizagem. Contudo, o fator desmotivação esta relacionado ao presente estudo, pois foi detectado que esses alunos desmotivados carregam a frustração de não conseguir falar o idioma. O motivo de maior descontentamento dos alunos é a falta de confiança e conteúdo ao se expressarem, características essas apresentadas por alunos que usam o recurso da tradução dentro da metodologia. E tudo começa na atividade de Cinco Passos, onde no primeiro passo o aluno tem a idéia errônea de que é necessário entender. A idéia de ativar a memória auditiva fica perdida. Sendo assim, a atividade dos Cinco Passos fica com seu objetivo distorcido, pois leva o aluno a traduzir, acreditando ser necessário entender. Então, num curto período de tempo, o mesmo, já não se comunica sem usar o recurso da tradução e suas justificativas perante a nota oral, que é sempre mais baixa que é a escrita é, “ME FALTA VOCABULÁRIO” uma vez que o aluno está pensando na língua materna tentando conhecer todo o vocabulário referente à língua estrangeira. Assim quanto mais cedo for detectado que os Cinco Passos não estão seguindo os critérios estabelecidos, mais os alunos têm chances de recuperar sua aprendizagem. Sendo eles colocados em aulas de níveis inferiores para excluir o fator inibição e insegurança, e assim contribuir para que a autoconfiança acompanhe então o aprendizado do aluno. 18 Juntamente com a atividade de Cinco Passos, o aluno ainda tem a seu favor recursos da mídia, tais como músicas, revistas e filmes, e ao trazer esses recursos para sua dia-a-dia, ativa com mais facilidade a memória auditiva do idioma, contribuindo assim para a aquisição da linguagem. 3.2 CAMPANHAS INFORMATIVAS Para evitar que alunos se direcionem para o processo do uso do recurso da tradução, essa monografia sugere campanhas informativas internas, no intuito de trazer os alunos à aquisição da linguagem proposta pela metodologia. Hoje aos alunos é apresentada a proposta por 2 canais principais: o primeiro é pelo departamento de marketing que traz o aluno à escola e o segundo é pelo departamento operacional através da Aula Zero. Ao se matricularem na escola, os alunos passam por uma Aula Introdutória chamada de Aula Zero, onde todos os aspectos operacionais e pedagógicos são apresentados no intuído de informá-los sobre a melhor maneira de usufruir da metodologia, porém, muitos alunos esquecem dos padrões e critérios por eles aceitos para garantir a aprendizagem. O presente estudo sugere campanhas informativas para levar a reforçar esses padrões durante o curso de vinte e quatro meses: A Primeira campanha é a do Cinco Passos, logo após a finalização da aula Zero o aluno recebe um papel dobrado 4 vezes e nesse momento será perguntado a ele como fazer os Cinco Passos. Os alunos têm que reproduzir os critérios de preparação, abrindo então o papel que traz a informação adequada para a realização dos Cinco Passos, conferindo então se seu conhecimento está adequado com o critério estabelecido pela escola. Durante a aula Zero, é falado ao aluno o que é a terceira nota (Assessment Sheet,) e na oitava aula, cada aluno receberá seu papel e aí ele mesmo terá que dar sua nota referente àquela aula. Dessa forma o aluno compreende e checa sua performance nas oito primeiras aulas. Assim será reforçado que presença e 19 participação em sala de aula são importantes para o bom desempenho e aproveitamento do aluno. O presente estudo sugere que o tema INTERLÍNGUA seja apresentado também na AULA ZERO, com o intuito de esclarecer possíveis equívocos em relação à proposta metodológica. Para finalizar, o professor deve reforçar o critério dos Cinco Passos ao final das aulas 2, 3, 4, 7, 8, 9 e 10. Ao final das aulas 5, 6, 10, 11, 12, 13, 14 e 15, reforçar a importância da freqüência e participação, juntamente com as datas das provas. E ao final das aulas 1, 4 e 10, lembrar aos alunos dos exercícios de fixação das aulas de COMPLEMENTARY. 20 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse estudo foi desenvolvido no intuito de informar aos professores dessa metodologia às implicações que o uso do recurso da tradução traz para os alunos. Assim eles terão um embasamento mais apropriado em como conduzir essa problemática. Contudo, a escola almeja a excelência no ensino, e para efetivar isso, quanto mais instruídos os professores em relação a essa problemática, mais aptos a direcionar os alunos a usufruir dessa metodologia eles estarão. Em viradas de módulo, alunos reprovados procuram a coordenação para entender o motivo de sua nota baixa, e assim, ao conversar com o aluno sobre seu desenvolvimento, nota-se que alunos desmotivados são alunos que não estão usufruindo da metodologia tal como previsto, mesmo sabendo que a tradução não é ferramenta usada pela escola. Alunos se apegam a ilusão de que estão entendendo, aprendendo, e bloqueiam totalmente a intenção da comunicação oral. Para identificar alunos que se encontram nessas condições de aprendizado existem 3 recursos fundamentais: As viradas de módulo, a constante visita da coordenação nas aulas e a sensibilidade dos professores. Todos esses fatores estão interligados, pois durante as viradas de módulo, alunos que não atingiram média suficiente para aprovação, procuram a coordenação para pedir uma revisão de prova, e ao analisar a evolução, nota-se que alunos com falhas causadas pelo uso do recurso da tradução têm notas nas provas escritas elevadas. As de participação estão dentro da média, porém as notas nas provas orais estão baixas, com produções quebradas que dificulta a compreensão do interlocutor, juntamente com uma pronúncia em deficiência, muito similar à sonoridade fonética da língua mãe. Para orientar os alunos quanto a esse problema, se faz necessário conhecer sua dedicação, analisando então seus horários de estudo, sua freqüência escolar e como eles se sentem durante as aulas. Mas principalmente, é essencial analisar 21 como é feita a atividade dos Cinco Passos. O uso do recurso da tradução é nítido quando os alunos não fazem os Cincos Passos, ou se fazem, alteram sua ordem, seu tempo e seus critérios. Esses alunos buscam a solução imediata que traz segurança, pois evitam enfrentar o caos e conseguem “entender” o que esta sendo mostrado, recurso esse que não os direcionam para a aquisição da linguagem. Ao ignorarem a importância dos Cinco Passos e distorcerem seus objetivos, os alunos não são capazes de memorizar as estruturas e assimilar a idéia por um contexto, contudo, sentem as aulas muito rápidas e exigem informações mais gramaticalmente detalhadas. Alunos que já vem para a escola com certo conhecimento do idioma adquirido através de metodologias que usam o recurso da tradução, são alunos que tendem a se frustrar mais se não informados dos males desse recurso dentro da metodologia de 24 meses. Esses alunos iniciam o curso e atingem notas altas nos primeiros níveis, contudo, ao finalizar seu conhecimento do conteúdo via tradução e ao se depararem com a metodologia que não está usando a tradução, eles deixam de compreender os contextos e atividades propostas em sala de aula e se bloqueiam; por insegurança. Ao não terem o hábito dos Cinco Passos, ou seja, fazerem uso do material didático, não aproveitam o método. Conseqüentemente sua participação cai, suas faltas aumentam, sua compreensão é mínima e se sentem perdidos em sala de aula. Direcionando então as notas baixas, e, contudo a desmotivação. As campanhas informativas são sugestões que podem minimizar a falta de conhecimento dos alunos em relação à metodologia e seus aspectos. Contudo precisam e podem ser reelaboradas para suprir a necessidade do método. 22 REFERÊNCIAS ARNOLD, J.; BROWN, D.H., J. Affect in language learning. 1 ed. Unitet Kingdon: Cambridge University Press, 2005. BARRETO, S. Manual do Departamento de Ensino. 1 ed. Central de Produções Wise Up: Rio de Janeiro, 2003. p. 54. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. PCN - Parâmetros curriculares nacionais. MEC: Brasília. 1998. p. 28-32. ELLIS, R. Second language acquisition. Oxford University Press. 1997. ELLIS, R. Grammar teaching- practice or consciusness. Oxford University Press. 1997. p. 167-174. FRAGOSO, D.GESTÃO E RH ON LINE. O inglês como diferencial nos negócios. Disponível em: <www.gestaoerh.com.br/site/visitante/artigos/educ_026.php> Acesso em: 5 jun. 2007. HILL, J.; LEWIS, M. Practical techniques for language teaching. Language Teaching Publications: United Kingdon, v. 1, n. 4, 1992. p. 90-91. LEWIS, M. The lexical approach - the state of ELT and a way forward. Heinle of Thomson. 1995. p. 65. ANDRADE,F.R. PROCEEDINGS AT WISE UP CONFERENCE, 1., 2005, Rio de Janeiro. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ. Aquisição / Aprendizado de L2: Algumas Questões Teóricas. Disponível em: <http://www.estacio.br/campus/vilavalqueire/ revista/revista0.asp> Acesso em: 12 jun. 2007. CUNHA, A. D. A Interlanguage , Monografia. 1. Universidade Tuiutí do Paraná, Dez 1998, 50 p. 23 ANEXO 1 ASSESSMENT CHART 24 25 26 27 28 29 30 ANEXO 2 INTERLANGUAGE 31 32 33 34 ANEXO 3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR NÍVEIS 35 36 ANEXO 4 CONTEÚDO GRAMATICAL POR AULAS 37 38