CURSO: ENGENHARIA CIVIL FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II 2º Período Prof.a: Érica Muniz UNIDADES 2 e 3 Propriedades Moleculares dos Gases Calorimetria Estado Gasoso Dentre os três estados de agregação, apenas o estado gasosos permite uma descrição quantitativa simples. Importância: Entender e aplicar os princípios fundamentais da termodinâmica estendendo aos sistemas líquidos e sólidos. Equação de estado: A relação matemática baseada nas propriedades m, v, P, T, suficiente para descrever o estado do sistema. Variáveis • Volume ocupado por um gás – é a capacidade do recipiente em contê-lo. No SI: 1 m3 = 1000 L 1 dm3 = 1 L 1 cm3 = 1 mL Variáveis • Pressão- força por unidade de área – decorrente do choque das moléculas contra as paredes do recipiente que as contém. P= F/A SI – Pascal (P = N/m2) 1 atm= 101325 Pa =760 mm Hg = 760 Torr 1 atm = 100000 Pa 1atm = 14,7 psi • Temperatura- diretamente proporcional à energia cinética das moléculas do gás. Tanto a pressão quanto o volume estão relacionados com a temperatura expresso em K ou °C. T (K) = t (°C) + 273,15 • Massa- expressa em gramas ou quilogramas ou em número de mols. Na equação de estado, é necessário incluir alguns parâmetros que caracterizam o tipo de gás. Ex: a equação de estado O2 é diferente de N2. Pequenas diferenças, pois as interações são fracas nas distâncias intermoleculares típicas do estado gasoso. Modelos dos Gases Ideais • Sistemas gasosos rarefeitos ou quando não precisamos de uma grande precisão na descrição do comportamento dos sistemas gasosos. • As interações intermoleculares são consideradas nulas. • As equações assumem uma forma extremamente simples e independente do tipo de gás. • Obs: sistemas de alta pressão, baixas temperaturas ou, então, quando as interações moleculares forem elevadas, o modelo de gases é inadequado. Equação Geral do Gás Ideal pressão constante VT P1.V1 P2 .V2 T1 T2 volume constante PT temperatura constante 1 P V Relação Pressão – Volume: Lei de Boyle - Mariotte • Lei de Boyle (Isotérmica): volume ocupado por um gás a uma determinada temperatura varia quando a pressão sob o gás varia. PV =K Obs: todos os gases se aproximam do comportamento da Lei de Boyle a baixa pressão e altas temperaturas. • O gás ideal, um gás hipotético que obedece exatamente a lei de Boyle a todas temperaturas e pressões. • Isto permite dizer que o comportamento PV de um gás real (realmente existe) se aproxima de um gás ideal quando a temperatura é aumentada ou quando a pressão é reduzida. Lei de Boyle-Mariotte Lei de Boyle-Mariotte Efeitos da Temperatura: • Lei de Charles ( Isocórica): Investigou a variação nos volumes de O2, H2, CO2 e ar causados por variações de temperatura. Os gases se expandiram na mesma quantidade relativa quando aquecidos à pressão constante. Transformações IsobáricasLei de Charles e Gay-Lussac • O volume de uma dada massa gasosa, submetida a uma transformação isobárica. É função linear da temperatura. V = V0 (1 +αt) Onde α é o coeficiente de dilatação térmica, sob pressão constante do gás considerado. O Número de Avogadro • Mas quantas moléculas existem em uma amostra macroscópica de uma dada substância? Vamos definir uma grandeza adequada para lidar com moléculas, é o mol. Um mol é o número de moléculas que existem em 12g de carbono-12. Experimentalmente se determina quantas moléculas existem em um mol, e esse é o chamado número de Avogadro NA , NA = 6,02x1023 moléculas • Desse modo, já podemos relacionar número de moles n e número de moléculas N, ou seja: N n NA Gases Ideais Gases Ideais Exemplos 1- Um gás ideal é encerrado num aparelho de Boyle , seu volume é de 247 mL, a pressão é de 625 mmHg. Qual será o novo volume do gás se a pressão é aumentada a 825 mmHg? 2- Certa massa de um gás ocupa o volume de 49,2 L sob pressão de 3 atm e temperatura de 27°C. a constante universal dos gases perfeitos vale 0,082 atm. L/mol.K. Determine: a) o número n de mols do gás; b) a massa do gás, sendo a massa molar M = 28 g/mol; c) o volume de um mol ( volume molar) desse gás nas condições de pressão e temperatura consideradas. 3- O gráfico da figura representa uma transformação sofrida por uma massa de um gás ideal. Qual a diferença de temperatura entre os estados A e C? Considere: VA= 1 m3; PA= 4 N/m2; VB= 4 m3; PB= 4 N/m2; VC= 4 m3; PC= 1 N/m2. CALOR Energia térmica em trânsito devido à diferença de temperatura; flui espontâneamente do sistema de temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa. calor Corpo A Corpo B Ta FIQUE LIGADO: Tb Ta > Tb Pode-se falar em energia térmica de um corpo, porém jamais em calor de um corpo, pois calor não pode estar contido num corpo. Fluxo de calor Menor temperatura Maior temperatura Depois de um certo tempo: Equilíbrio térmico Mesma temperatura EXERCÍCIO 01- É esse calor intenso que destrói o tumor. Nessa frase, calor é usado como sinônimo de temperatura. No entanto, para a Física, calor é: a) energia presente em corpos que apresentam elevadas temperaturas. b) energia presente em corpos que apresentam baixas temperaturas. c) energia transferida de um sistema para outro em virtude da diferença de temperatura entre eles. d) energia transferida de um sistema que apresenta baixa temperatura para outro de alta temperatura. e) energia térmica armazenada nos corpos que possuem temperatura superior a 0 kelvin Capacidade térmica de um corpo: Capacidade térmica de um corpo é a grandeza que expressa a quantidade de calor que determinado corpo necessita para sofrer uma unidade de variação de temperatura: Para calcularmos a capacidade térmica de um corpo fazemos: Q C Quantidade de calor dada ou retirada de um corpo Variação de temperatura sofrida pelo corpo Se um corpo possui baixa capacidade térmica ele aquece ou esfria mais rapidamente em comparação com o outro de maior capacidade térmica. VAMOS PENSAR ???? 1- Por quê a areia em dia de Sol aquece mais rápido em comparação com a água do mar ? R: areia possui menor capacidade térmica do que a água do mar. 2- E a noite o que acontece? R: O corpo que aquece mais rápido, esfria mais rápido: a areia está fria, Enquanto que a água do mar está “quentinha”. EX.1 Um bloco metálico recebe 2000 calorias, a temperatura aumenta de 20°C para 420°C. Determine a capacidade térmica do bloco. SABEMOS QUE : C = Q/ΔT C = 2000 / 400 Temos: C = 5 cal/°C Isso significa que: O corpo deve receber 5 calorias para que sua temperatura aumente de 1°C. FIQUE LIGADO!!!! CAPACIDADE TÉRMICA : UNIDADE: SI : J / K Calor específico sensível de uma substância É a quantidade de calor que uma unidade de massa de uma substância necessita, para sofrer uma unidade de variação de temperatura. Calculamos o calor específico sensível de uma substância, fazendo: Q c m. Quantidade de calor Massa vezes variação de temperatura CALOR ESPECÍFICO ( c ) : É uma característica do material que constitui o corpo: c = C/m UNIDADE: S.I. : ( J/kg.K ) O mais usual é : cal/g°C Veja alguns exemplos: água: c = 1 cal/g°C latão: c = 0,092 cal/g°C prata: c = 0,056 cal/g°C FIQUE LIGADO!!!!! CAPACIDADE TÉRMICA ( C ) Depende da massa e da substância CALOR ESPECÍFICO ( c ) Depende apenas da substância Mudanças de Fase CLASSIFICAÇÃO DO CALOR • Calor Sensível: produz variação de temperatura. Ex: uma barra de alumínio sendo aquecida. • Calor Latente: produz mudança de estado. Ex: derretimento de uma barra de gelo, inicialmente a 0°C EQUAÇÃO GERAL DA CALORIMETRIA Q= m.c.Δθ Onde: Q = quantidade de calor m= massa c = calor específico sensível Δθ = variação de temperatura • Assim, para a equação do calor latente precisamos apenas da massa do corpo e da sua substância. Derreter gelo é diferente de derreter ouro, certo? • Ficamos com a seguinte fórmula para o calor Latente: EX: 2 Um bloco de alumínio com 600g de massa deve ser aquecido de 10°C para150°C. Sendo de 0,22 cal/g°C o calor específico do alumínio, calcule: a) A quantidade de calor que o bloco deve receber. b) A sua capacidade térmica a) Q = mcΔT Q = 600 . 0,22 . 140 Q = 18.480 cal b) C = mc C = 600 . 0,22 C = 132 cal/°C Potência Calorífica Sendo : Pot = potência Δt = tempo Pot = Q/Δt UNIDADE: Pot : S.I. : J/s = W ( Watts ) o mais usual: cal/s Obs: W ÷ 4,2 cal/s Exemplo TROCAS DE CALOR • Dois ou mais corpos, com temperaturas diferentes, quando colocados num calorímetro, trocam calor entre si até atingirem o equilíbrio térmico. LEI GERAL DAS TROCAS DE CALOR Q 1 + Q2 + Q3 + … = 0 EXEMPLO: • José, um marido prendado, resolveu servir café da manhã na cama para sua esposa; assim, misturou 300ml de café a temperatura inicial de 800C com 100ml de leite inicialmente a 200C, podemos afirmar, antes que José ganhe o prêmio de maridão do ano, que a temperatura final da mistura será igual a ? Dados : ccafé = cleite = 1 cal/g0C Calorímetro (Vaso Adiabático): Recipiente que não permite a troca de calor com o meio exterior. É muito utilizado para determinação do calor específico de corpos. Exemplo 01 Um corpo A de massa 200 g e de calor específico cA= 0,2 cal/g.ºC, 60º C é colocado em contato térmico com um corpo B de 100 g e cB= 0,6 cal/g.ºC a uma temperatura de 10 ºC. Os corpos são colocados em um recipiente adiabático. a) esboce o gráfico Ɵ x t mostrando a evolução da temperatura da temperatura dos corpos em função do tempo; b) Qual a temperatura final do sistema? Exemplo 02 Em um calorímetro ideal misturamos 220 g de gelo em fusão com 110 g de água a um a temperatura Ɵ. Determine o valor de Ɵ para que se tenham massas iguais de água e gelo.