1 CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG/UFU Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2008 – UFU 30 anos INVESTIGAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL EM PACIENTES HEMODIALIZADOS COM INFECÇÃO POR ENTAMOEBA HISTOLYTICA/ E. DISPAR DANILO MARTINS DE SÁ4 UFU - Rua Pará, 1720, Bloco 2H, Departamento de Clínica Médica, Sala 1, Campus Umuarama. CEP: 32.394-890. Uberlândia, MG. Telefone: (034) 3218-2246. EVANDRO BATISTA NUNES4 PROF. DR. SEBASTIÃO RODRIGUES FERREIRA FILHO1 DRA FABÍOLA CORRÊA DA COSTA BRAGA2 PROF. MS. PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA3 RESUMO: INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções. A evolução para a Doença Renal em Fase Terminal necessita de novas opções terapêuticas: os métodos de depuração artificial do sangue (diálise peritoneal ou hemodiálise) ou o transplante renal. Pacientes em hemodiálise estão mais sujeitos à infecções.As infecções parasitárias, embora pouco abordadas nesta população de pacientes, contribuem para a complicação do quadro clínico. Dentre estas, ressaltam-se os enteroparasitas, como Cryptosporidium spp, Entamoeba histolytica, Giardia duodenalis, Ascaris Lumbricoides, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis e Schistosoma mansoni. OBJETIVOS: Investigar as manifestações clínicas, achados laboratoriais e radiológicos em pacientes hemodializados infectados por Entamoeba histolytica/E. dispar. Detectar possíveis fatores de risco para infecção por Entamoeba histolytica/E. dispar. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados 21 pacientes em hemodiálise. 7 pacientes estavam contaminados pela Entamoeba histlolytica/díspar, enquato 14 pacientes foram categorizados como controles. Ambos os grupos foram submetidos a um questionário sintomático sobre a amebíase e outro sobre condições sócio-econômicas. Foram realizados exames de ultrassonagrafia com enfoque hepático, avaliados hemogramas em busca de anemia e eosinofilia. RESULTADOS: Não houve diferença estatística entre os grupos em relação aos sinais e sintomas apresentados e quanto às condições sócio-econômicas. CONCLUSÃO: Como não houve diferença estatística entre os sinais e sintomas dos casos e controles do pacientes hemodializados quanto a infecção por Entamoeba histolytica/díspar, é sugerido que exames parasitológicos de fezes sejam feitos de rotina, sobretudo em países subdesenvolvidos. No caso de positividade para o exame, propõe-se o tratamento dos casos, visto a dificuldade e alto custo do exame para distinção dos tipos de amebas; e mesmo pela falta de estudo que comprovem o caráter benigno da Entamoeba díspar em pacientes imunodeprimidos Palavras-chave: hemodiálise, Entamoeba histolytica, Entamoeba dispar 1 Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Professor. 2 Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Uberlândia. 3. Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Professor. 4. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Acadêmico. 1 2 1. INTRODUÇÃO A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções. Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal crônica. As três mais comuns são a hipertensão arterial, a diabetes e a glomerulonefrite. (SBN, 2007) Em 2002, de acordo com a National Kidney Foundation (KDOQI, 2002), construiu-se uma padronização para avaliação do dano renal, novas diretrizes para o tratamento da insuficiência e definição do momento ideal para indicar a terapia dialítica, de acordo, sobretudo, com os parâmetros do Ritmo de Filtração Glomerular, relacionados também ao nível de creatinina plasmática, uréia plasmática e débito urinário. Caso o tratamento não seja eficaz, a evolução para a Doença Renal em Fase Terminal necessita de novas opções terapêuticas: os métodos de depuração artificial do sangue (diálise peritoneal ou hemodiálise) ou o transplante renal (LEMOS, V.M. et al., 2002). Desses pacientes que iniciam o programa de hemodiálise, um número expressivo apresenta complicações tanto agudas como crônicas. Pesquisas têm mostrado falhas da proteção imunológica em pacientes hemodializados, em que se destaca a diminuição da produção de linfócitos T, e de neutrófilos (KALEUZHINA. E.V. et al., 2006), tornando-os mais suscetíveis às infecções. Dentre as infecções, aquelas causadas pelos vírus da hepatite B, C e HIV são as mais reportadas (Tokoff-Rubin & Goes, 2005). Todavia, sabe-se que vários outros microrganismos, que não vírus, são relacionados aos pacientes em hemodiálise. Dessa forma, as infecções parasitárias, embora pouco abordadas nesta população de pacientes, contribuem para a complicação do quadro clínico. Dentre estas, ressaltam-se os enteroparasitas, como Cryptosporidium spp, Entamoeba histolytica, Giardia duodenalis, Ascaris Lumbricoides, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis e Schistosoma mansoni (FELIPE CAVAGNARO et al., 2006; SEYGRAFIAN, S. et al., 2006). Em 2006, Padovese et al. (dados a publicar) realizaram um levantamento epidemiológico de enteroparasitoses em 111 pacientes hemodializados na cidade de Uberlândia - Minas Gerais. Exames parasitológicos de fezes detectaram dois (1,8%) pacientes parasitados por Strongyloides stercoralis, um (0,9%) por Giardia duodenalis e nove (8,1%) por Entamoeba histolytica, sendo este protozoário o mais comum nesta população. Segundo estudo retrospectivo realizado por Yang et al. (2006) em Taiwan entre pacientes que estavam em hemodiálise cronicamente e eram portadores de abscesso hepático, os principais sintomas apresentados foram febre, calafrios, náuseas, vômitos, icterícia e dores em hipocôndrio direito. Sendo que, dos microorganismos investigados, Klebsiella pneumoniae foi a mais comum (37%), seguido de outras bactérias como Escherichia coli e espécies de Streptococcus e Staphilococcus.Embora a Entamoeba histolytica não tenha sido citada por Yang et al. (2006), este parasito está envolvido na formação de abscessos (Andrade & Andrade Júnior, 2002). Portanto, baseado no resultado do levantamento epidemiológico realizado por Padovese et al. (2006) em nosso serviço, nos fatores predisponentes para infecção por Entamoeba histolytica/E. díspar, prevalentes em nosso meio, e os riscos oferecidos por essa enfermidade, especialmente entre imunossuprimidos, é de grande importância a investigação clínica-laboratorial e epidemiológica dos pacientes infectados hemodializados em Uberlândia - Minas Gerais. 2. OBJETIVOS • Investigar as manifestações clínicas, achados laboratoriais e radiológicos em pacientes hemodializados infectados por Entamoeba histolytica/E. dispar. • Detectar possíveis fatores de risco para infecção por Entamoeba histolytica/E. dispar. 2 3 3. MATERIAL E MÉTODOS A população do projeto de pesquisa é composta de pacientes procedentes de Uberlândia e/ou região, submetidos ao tratamento dialítico três vezes por semana (em dias alternados) durante quatro horas diárias devido a Insuficiência Renal Crônica. O tratamento é realizado em um centro particular de hemodiálise (Nefro-Clínica) na cidade de Uberlândia-MG. Foram incluídos no grupo de casos 9 pacientes portadores de IRC diagnosticados como positivos para Entamoeba histolytica/E. dispar no estudo conduzido por Padovese et al., (2006) e atendidos na Nefro-Clínica. Pacientes não infectados por Entamoeba histolytica/E. dispar e apresentando características semelhantes ao do grupo de estudo em relação às variáveis idade, sexo, local de moradia e período de tratamento dialítico foram utilizados no grupo controle, composto por 18 pacientes (relação 1:2), perfazendo um total de 27 pacientes participantes do projeto. Dessa forma, o delineamento epidemiológico do estudo esta sendo o tipo caso-controle (Pereira, 1995). O estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa de dados primários, obtidos por um modelo de anamnese, entrevistas domiciliares e exames laboratoriais e radiológicos. A análise semiológica foi feita pelos acadêmicos responsáveis pelo trabalho utilizando instrumento de coleta feito especialmente para este estudo (ANEXO 1), com aplicação em duplocego. A pesquisa para os possíveis fatores de risco para infecção por Entamoeba histolytica/E. dispar foi realizada por meio de questionário elaborado especificamente para este estudo. (ANEXO 2), também aplicado em duplo-cego. Antes da aplicação definitiva, tanto da anamnese quanto da entrevista domiciliar, foi feito um projeto piloto, isto é, um pré-teste dos instrumentos de coleta dos dados, que objetivou a detecção de possíveis falhas ou deficiências nos mesmos. Esse piloto foi executado na mesma população estudada e conduzido nos mesmos locais da execução do trabalho. Os pacientes abordados pelo trabalho foram informados a respeito da metodologia a ser empregada de forma clara e adequada e, dessa forma, assinaram ou carimbaram o polegar esquerdo ou direito no termo de consentimento livre e esclarecido. (ANEXOS 3 e 4). Os dados provenientes das entrevistas, dos resultados laboratoriais e de imagem foram transcritos para o programa EpiData versão3.1 (LAURITSEN, J.M. et al., 2006). A análise foi executada com a utilização do programa Epi-Info versão 6.04 (DEAN, A.G. et al., 1994). A dupla entrada dos dados foi efetuada no software EPIDATA versão 3.1 (LAURITSEN; BRUUS, 2004) em ambos os estudos, garantiu a qualidade da digitação. Em cada estudo, os dois arquivos foram comparados e as divergências sanadas, por meio de consultas aos formulários originais. A análise dos dados foi realizada utilizando os software EpiInfo 3.3.2 (DEAN et al., 2005) e BioEstat 4.0 (Sociedade Civil Mamirauá, Belém, Brasil). A análise estatística foi conduzida de acordo com as seguintes etapas: (1) distribuição da freqüência das variáveis coletadas para a população pesquisada e consistência dos dados: primeiramente, foi realizada a distribuição de freqüências de todas as variáveis pesquisadas, caracterizando-se a população estudada segundo aspectos demográficos, socioeconômicos e fatores relacionados à exposição dos participantes. Posteriormente, foi verificada a consistência dos dados; (2) análise univariada usando o teste da Binomial para comparação de duas proporções (teste não paramétrico); OR com intervalo de confiança 95% para quantificar a associação entre fatores de risco investigados e infecção por Entamoeba histolytica/E. dispar. Análise multivariada foi conduzida usando o modelo de regressão logística (HOSMER & LEMESHOW, 1989) na seguinte seqüência: (1) seleção de variáveis da análise univariada (p≤ 0,25) e todas aquelas consideradas biologicamente importantes para infecção por Entamoeba histolytica/E. dispar. Variáveis categóricas foram transformadas em dummy; (2) análise de regressão logística. Em relação ao grupo de estudo, um paciente transplantou e dois faleceram, sendo que um destes já havia respondido aos questionários antes do óbito. A anamnese e a entrevista domiciliar foi realizada, portanto, em 7 pacientes do grupo de estudo. Quanto ao grupo controle, um paciente faleceu e outro mudou para a modalidade de diálise peritoneal, saindo do protocolo de pesquisa, que envolve somente hemodiálise. Foram colocados dois novos pacientes não-contaminados que faziam parte da relação de pacientes do estudo de 3 4 Padovese et al., com características semelhantes àqueles que abandonaram o projeto, sendo então, realizadas entrevistas com 14 pacientes controles. Dessa forma, houve um total de 21 entrevistas completas realizadas. Foram realizados exames de ultrassonografia em 5 pacientes do grupo de estudo e em 13 pacientes do grupo controle. Os 21 pacientes tiveram os hemogramas analisados na data de aplicação dos questionários, avaliando a presença de anemia e eosinofilia. A distinção entre Entamoeba histolytica e Entamoeba díspar por meio de PCR não era a proposta do trabalho, visto a sua pequena praticidade clínica e ao seu alto custo de realização. 4. RESULTADOS Nenhum paciente (casos e controles) apresentava quadro febril ou hepatoesplenomegalia no momento da anamnese. Dentre os 5 casos pesquisados com US, nenhum apresentou abcesso hepático; dentre os 13 controles , também não foi verificada alteração. Apenas 1 caso apresentou eosinofilia no hemograma, frente a 5 controles com essa alteração. Ainda no hemograma, 85,7% dos casos apresentava anemia, sendo que todos os controles apresentavam este quadro (Tabela 1). Na análise univariada para as variáveis clínicas pesquisadas na anamnese, nenhuma variável apresentou diferença significativa entre casos e controles (Tabela 2). A análise univariada para o questionário domiciliar foi dividida em 2 etapas: a primeira, abordando variáveis demográficas e a infra-estrutura domiciliar dos pesquisados (Tabela 3); a segunda, abrangendo as variáveis comportamentais e de higiene (Tabela 4). Nenhuma variável investigada apresentou diferença estatisticamente significativa entre casos e controles. Na anamnese, apenas a variável perda de apetite teve valor de p<0,25. Portanto, não foi possível a construção de um modelo de regressão logística com possíveis fatores de risco clínicos para a infecção por Entamoeba histolytica/dispar entre pacientes sob tratamento hemodialítico pesquisados. Foi realizada análise de regressão logística considerando apenas esta variável e, como esperado, não houve risco maior de infecção por Entamoeba histolytica/dispar entre casos (comparados aos controles) que apresentaram perda de apetite (OR=0,14; IC 0,01- 1,55). Na pesquisa domiciliar nenhuma variável investigada apresentou o valor de p<0,25 e, portanto, não foi possível a construção de um modelo de regressão logística com possíveis fatores de risco clínicos para a infecção por Entamoeba histolytica/dispar entre pacientes sob tratamento hemodialítico pesquisados. Regressão logística: como nenhuma variável foi significativa (p<0,05; IC 95%), não foi possível construir um modelo logístico multivariado final. 5. DISCUSSÃO O paciente em hemodiálise está sujeita a várias infecções. Dentre as infecções, aquelas causadas pelos vírus da hepatite B, C e HIV são as mais reportadas (Tokoff-Rubin & Goes, 2005). Todavia, sabe-se que vários outros microrganismos, que não vírus, são relacionados aos pacientes em hemodiálise. As infecções parasitárias, embora pouco abordadas nesta população de pacientes, podem contribuir para a complicação do quadro clínico do paciente em hemodialiálise. Dentre estas, ressaltam-se os enteroparasitas, como Cryptosporidium spp, Entamoeba histolytica, Giardia duodenalis, Ascaris Lumbricoides, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis e Schistosoma mansoni (FELIPE CAVAGNARO et al., 2006; SEYGRAFIAN, S. et al., 2006). Este trabalho apresenta algumas limitações. A introdução de vícios é um fator a ser considerado e, dentre eles, o vício de seleção é o mais preocupante. Este vício pode ter sido introduzido nas seguintes situações: tamanho insuficiente da amostra; perdas na amostra e não equivalência de características dos grupos objetos de comparação (PEREIRA, 1995) 4 5 Em relação ao tamanho da amostra, o pequeno número de pacientes analisados talvez tenha sido o problema mais importante e o grande responsável pela não determinação dos fatores de risco para infecção por Entamoeba histolytica/E. dispar entre os pacientes pesquisados. Este fato foi tão relevante que até fatores de risco já determinados pela literatura não foram observados neste estudo. Tabela 1- Sinais e sintomas, nos 6 meses anteriores à pesquisa, investigados na anamnese entre os casos para Entamoeba histolytica/dispar sob tratamento hemodialítico no município de Uberlândia - Minas Gerais, 2007. Sinais e sintomas* N o % Peso atual (em kg) 71,9±12,8 Emagrecimento 1 14,3 Febre 1 16,7 Náuseas 3 42,9 Vômitos 2 28,6 Dor abdominal 2 28,6 Cólicas - - Perda de apetite 1 14,3 Diarréia 3 42,9 Cólicas acompanhando diarréia - - Anemia 2 33,3 * Excluindo Não Resposta Tabela 2 – Distribuição de casos e controles para Entamoeba histolytica/dispar segundo variáveis clínicas entre pacientes sob tratamento hemodialítico no município de Uberlândia - Minas Gerais, 2007. Características Casos (1) N o Controles % N o Odds ratio (IC95%) (2) p-valor % Emagrecimento últimos 6 meses Sim 1 14,3 2 14,3 Não 6 85,7 12 85,7 Sim 1 16,7 4 28,6 Não 5 83,3 10 71,4 Sim 3 42,9 6 42,9 Não 4 57,1 8 57,1 1,0 (-) p=0,51 0,5 p=1,00 1,0 (0,16-6,26) p=0,64 Febre nos últimos 6 meses Náuseas nos últimos 6 meses 5 6 Vômitos nos últimos 6 meses Sim 2 28,6 3 21,4 Não 5 71,4 11 78,6 Sim 2 28,6 6 42,9 Não 5 71,4 8 57,1 Sim - 0,0 3 21,4 Não 7 100 11 78,6 1,47 (-) p=0,86 0,53 (0,07-3,75) p=0,87 0,00 (-) p=0,51 Dor abdominal nos últimos 6 meses Cólicas nos últimos 6 meses Características Casos (1) N o Controles % N o Odds ratio (IC95%)(2) p-valor % Perda de apetite nos últimos 6 meses Sim 1 14,3 8 57,1 Não 6 85,7 6 42,9 Sim 3 42,9 3 21,4 Não 4 57,1 11 78,6 - 0,0 1 33,3 3 100 2 66,7 1 33,3 3 0,0 2 66,7 - 100 - 0,0 2 66,7 3 100 1 33,3 Sim 2 33,3 2 14,3 Não 4 66,7 12 85,7 0,12(0,01-1,33) p=0,16 2,75(0,38-19,67) p=0,61 0,00 (-) p=1,00 0,00 (-) p=0,39 0,00 (-) p=0,39 3,0 (-) p=0,71 Teve diarréia nos últimos 6 meses Cólica intestinal acompanhando diarréia nos últimos 6 meses Sim Não Tenesmo acompanhando diarréia nos últimos 6 meses Sim Não Tremor de frio acompanhando diarréia nos últimos 6 meses Sim Não Teve anemia nos últimos 6 meses (1) (2) Excluindo Não Resposta Para algumas variáveis não foi possível o cálculo do IC 6 7 Tabela 3 – Distribuição de casos e controles para Entamoeba histolytica/dispar segundo variáveis demográficas e infra-estrutura domiciliar entre pacientes sob tratamento hemodialítico no município de Uberlândia - Minas Gerais, 2007. Características Casos (1) N o Controles % N o Odds ratio (IC95%)(2) p-valor % Estado civil Casado 3 42,9 7 50,0 Outros 4 57,1 7 50,0 0-4 4 57,1 5 35,7 +5 3 42,9 9 64,3 Aposentado 3 42,9 5 35,7 Outros 4 57,1 8 64,3 Até 1SM 3 42,9 6 42,9 +2 SM 4 57,1 8 57,1 Até 3 2 28,6 9 64,3 +3 5 71,4 5 35,7 Até 2 2 28,6 8 57,1 +2 5 71,4 6 42,9 Sim 5 71,4 12 85,7 Não 2 28,6 2 14,3 Sim 7 100 12 85,7 Não - - 2 14,3 0,75(0,12-4,66) p=0,88 1,35(0,21-8,62) p=0,87 1,2(-) p=0,78 1,00(0,16-6,25) p=1,00 0,27(0,04-1,85) p=0,36 0,30(0,04-2,11) p=0,44 0,42(-) p=0,84 0,00 (-) p=0,79 Escolaridade (em anos de estudo) Ocupação Renda (em salários mínimos) Número de pessoas moram com paciente Número de quartos na residência Consumia água filtrada Rede de esgoto (1) Excluindo Não Resposta (2) Para algumas variáveis não foi possível o cálculo do IC 7 8 Tabela 4 – Distribuição de casos e controles para Entamoeba histolytica/dispar segundo variáveis comportamentais e de higiene entre pacientes sob tratamento hemodialítico no município de Uberlândia Minas Gerais, 2007. Características Casos (1) N o Controles % N o Odds ratio (IC95%)(2) p-valor % Lava mãos antes das refeições Sim 7 38,9 11 78,6 Não - - 3 21,4 Sim 7 38,9 12 85,7 Não - - 2 14,3 Sim 6 85,7 13 92,9 Não 1 14,3 1 7,1 Sim 3 50,0 7 53,8 Não 3 50,0 6 46,2 Sim 3 50,0 5 38,5 Não 3 50,0 8 61,5 Sim 4 57,1 10 71,4 Não 3 42,9 4 28,6 Sim 1 25,0 2 20,0 Não 3 75,0 8 80,0 Couve Sim 1 25,0 6 60,0 Não 3 75,0 4 40,0 Sim 3 75,0 7 70,0 Não 1 25,0 3 30,0 Sim - - 2 20,0 Não 4 100 8 80,0 0,00(-) p=0,51 0,00(-) p=0,79 0,46(-) p=0,79 0,86(-) p=0,74 1,60(-) p=0,98 0,53(0,08-3,54) p=0,87 1,33(-) p=0,61 0,22(-) p=0,55 1,29(-) p=0,64 0,00(-) p=0,90 Lava mãos após ir ao banheiro Lava mãos com sabão (sabonete) Lava alimentos crus somente com água Lava alimentos crus com água e sabão Consome alimento cultivado em casa Alface Cheiro verde Cenoura (1) Excluindo Não Resposta (2) Para algumas variáveis não foi possível o cálculo do IC 8 9 A perda de participantes selecionados para o estudo (e, conseqüentemente, seus controles) agravou o problema da pequena amostragem. Por outro lado, a seleção do grupo controle, permitiu a comparabilidade de suas características com os casos, já que foram pareados por sexo, idade e tempo de diálise. Portanto, acreditamos que não foi introduzido este tipo de viés no estudo. A dificuldade de obtenção de novas amostras fecais para a realização de técnicas moleculares para determinar se os pacientes estavam infectados com Entamoeba histolytica ou E. dispar foi outro fator seriamente limitante para este estudo. Por este motivo, no estudo clínico, com relação aos sintomas foi preciso considerar apenas as variáveis correspondentes ao período no qual as primeiras amostras foram coletadas. Portanto, o vício de memória, um dos principais problemas observados em estudos retrospectivos pode ter sido introduzido. Para a investigação domiciliar, os fatores pesquisados não dependiam tanto da memória, minimizando este tipo de vício. Devido ao pequeno número de participantes no trabalho, na análise não foi considerado o pareamento já que seria impossível fazer qualquer tipo de análise estatística com o número de observações encontradas. Portanto, na análise foi verificado somente se existia relação entre as variáveis analisadas sem impor condicionantes (pareamento). Não houve diferença estatística entre os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes do estudo, comparando grupo estudo e o controle. Dessa forma, as manifestações clínicas da amebíase podem ser mascaradas nos pacientes renais crônicos, pois o quadro clínico se mistura e dificulta o diagnóstico. Somente pela anamnese não é possível discriminar quem realmente apresenta ou não amebíase. Este trabalho mostra-se importante, sobretudo para países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, onde as condições de saneamento e infra-estrutura são precárias e propicias à aquisição de doenças infecto-parasitárias. Por conseguinte, salienta-se a necessidade da avaliação dessas doenças nas clínicas de hemodiálise pelo mundo. A distinção entre Entamoeba histolytica e Entamoeba díspar não pôde ser feita por meio de PCR. Sabe-se que a responsável pela maioria dos casos sintomáticos é a Entamoeba histolytica. Como não houve diferença estatística entre os sinais e sintomas de pacientes contaminados e controle, talvez todos os casos seriam relacionados à infecção pela Entamoeba dispar, pois se realmente algum caso apresentava infecção pela ameba mais patogênica, poderia mostrar alteração na análise estatística. Entretanto, como não foi realizada essa distinção, sobretudo pelo método de PCR, não se pode afirmar somente pelo quadro clínico. Independente de qual ameba realmente estiver sendo evidenciada no exame parasitológico de fezes, é sugerido que seja o paciente seja tratado. Sabe-se que a Entamoeba dispar é pouco invasiva e geralmente assintomática em pacientes imunocompetentes, mas não há estudos que refletem o seu caráter patológico e o prognóstico em pacientes imunodeprimidos, como por exemplo, nos pacientes em hemodiálise. 6. CONCLUSÃO A ausência de diferença estatística entre os sinais e sintomas dos casos e controles do pacientes hemodializados implica a realização de exames parasitológicos de fezes de rotina. Não se deve esperar uma sintomatologia aparente de amebíase para se iniciar a investigação, visto que pode haver interposição de sintomas da parasitose com os da Síndrome Urêmica. No caso de positividade para o exame, propõe-se o tratamento dos casos, visto a dificuldade e alto custo do exame para distinção entre Entamoeba histolytica/E. dispar; e por não haver na literatura estudos que comprovem o caráter benigno da Entamoeba díspar em pacientes imunodeprimidos. 9 10 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ANDRADE, D.R.; ANDRADE JÚNIOR, D.R.A. 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[2006]. 6. K/DOQI. Clinical practice guidelines for chronic kidney disease. American Journal of Kidney Disease, New York, v. 39, p. 1-246. [2002]. Supplement 1. Disponível em: <http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/guidelines/doqiupan_refs.html#26>. Acessado em: 31 abr. 2004. 7. LAURITSEN, J.M.; BRUUS, M. EpiData: A comprehensive fool for validated entry and documentation of data. Versão 3.1. Odense: The EpiData Association, 2004. 8. LEMOS, V.M.; SANTOS, O.R. Tratamento da insuficiência renal avançada. Jornal Brasileiro de Medicina, [S.l], v. 83, n. 1, p. 15-29, jul. 2002. 9. PADOVESE, S.M.; NUNES, E.B.; SA, D.M.; SOARES, J.S.P. Parasitose intestinal como um possível fator associado à anemia em doentes renais crônicos. A publicar. 10 11 10. PEREIRA, M.G. Epidemiologia – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. 583 p. 11. SBN - SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Insuficiência Renal Crônica. Disponível em <http://www.sbn.org.br/Publico/rim.htm> Acessado em: 31 abr. 2007. 12. SEYRAFIAN, S.; PESTEHCHIAN, N.; KERDEGARI, M.; YOUSEFI, H.A.; BASTANI, B. Prevalence rate of Cryptosporidium infection in hemodialysis patients in Iran. Hemodialysis International, Los Angeles, v. 10, n. 4, p. 375-379, Oct. 2006. 13. TOKOFF-RUBIN, N.; GOES, N. Tratamento da Insuficiência Renal Crônica Terminal. In: GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D. (Ed). CECIL – Tratato de Medicina Interna. 22° ed. Philadelphia: Elsevier, 2005. cap. 118, p. 827-839. 14. YANG, Y.; WANG, H.; KAN, W.; KUO; H.; HUANG, C. Pyogenic Liver Abscess in ESRD Patients Undergoing Maintenance Dialysis Therapy. American Journal of Kidney Disease, New York, v. 47, n. 5, p. 856-861. May. 2006. 11 12 ANEXO 1 Investigação clínico-laboratorial em pacientes hemodializados com infecção por Entamoeba histolytica/ E. dispar 1.Número de identificação do paciente 2. Sexo Nidenti 1. Masculino 2. Feminino Sexo 3. Idade (anos) Idade 4. Tempo de diálise (meses) Tempdial ANAMNESE 5. Peso (Kg) 6. Houve emagrecimento nos últimos 6 meses? Peso 1. sim 2. não 0- NS 6a. Caso afirmativo, qual a perda ocorrida? Emagre perdpeso 8. NA 7. Houve febre nos últimos 6 meses? 7 a.Características da febre 7b. Periodicidade 7c. Tempo de duração da febre 8. Houve calafrios enquanto estava com febre? 9. Sente náuseas? 9 a Há quanto tempo tem náuseas? 10. Houve vômitos nos últimos meses? 1. sim 2. não 3. não lembra 1. entre 38ºC-40ºC 2. abaixo de 38ºC 3. acima de 40ºC 4. não lembra 8. NA 1. intermitente 2. contínua 3.não lembra 8. NA 1. menos de 1 mês 2. acima de 1mês 3. não lembra 8. NA 1. sim 2. não 3. não lembra 8. NA 1. sim 2. não 1. menos de 1 mês 2. acima de 1mês 8. NA 1. sim 2. não 3. não lembra 10 a Características dos vômitos febre caracfeb periofeb tfebre calafrios náuseas tnauseas vomitos caracvom 8. NA 10b. Tempo de duração dos vômitos? (dias) 11. Houve dor abdominal nos últimos meses? tvomitos 8. NA 1. sim 2. não 3. não lembra 11 a Qual a localização da dor? dorabdom locdorab 8. NA 11b. Há quanto tempo sente dor? (dias) tdor 8. NA nidenti 12 13 12. Apresenta cólicas nos últimos meses? 1. sim 2. não 3. não lembra colicas 12 a Há quanto tempo sente cólicas? (dias) tcolicas 8. NA 12b. Características das cólicas caraccol 8. NA 13. Houve perda de apetite nos últimos 6 meses? 1. sim 2. não 3. não lembra 1. sim 2. não 3. não lembra 1. líquidas 2. pastosas 3. formadas 4.não lembra 8. NA 1. sim 2. não 3. não lembra 8.NA 1. sim 2. não 3. não lembra 8.NA 1-sim 2-não 0-NS 8-NA 9-NR perdapet 15a- cólica intestinal ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) diacolic 15b- tenesmo ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) diatenes 15c- tremor de frio ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) diafrio 14. Teve diarréia nos últimos 6 meses? 14a. Características das fezes 14b. Presença de muco nas fezes? 14c. Presença de sangue nas fezes? 15. Caso tenha tido diarréia, ela foi acompanhada 16. Há hepatomegalia? 1. sim 2. não 16a. Qual é a hepatimetria? 17. Paciente com icterícia? 18. Apresenta algum outro problema hepático? diarréia caracfez mucofez sangfez hepat heptria 8. NA 1. sim 2. não 1. sim 2. não 18a. Qual? icter phepat qphepat 8. NA 19. Apresenta anemia? 1. sim 2. não 19a. Quanto tempo? anemia tanemia 8. NA 13 14 ANEXO 2 Investigação clínico-laboratorial em pacientes hemodializados com infecção por Entamoeba histolytica/ E dispar Número do questionário: Número de identificação do paciente: Idade: Sexo: Estado civil: 1-feminino 2-masculino 1-solteiro 2-casado 3-divorciado Escolaridade (em anos concluídos) 1- Nenhuma NQUES NIDENTI IDADE SEXO ESTCIVIL ESCOLAR 2- 1 a 4 anos 3- 5 a 8 anos 4- 10 a 12 anos 5- + de 12 anos Ocupação: Renda OCUP 1-até 1 salário 2- entre 2 e 3 salários 3- entre 4 e 5 salários 4- 5 salários ou mais 5- sem renda RENDA Hábitos de Higiene Pessoal 1- Quando você costuma lavar as mãos? 1a- Antes de preparar as refeições 1b- Após ir ao banheiro 1c- Outro momento 1-sim ( ) ( ) ( ) 2-não ( ) ( ) ( ) 0-NS ( ) ( ) ( ) 8-NA ( ) ( ) ( ) 9-NR ( ) ( ) ( ) LAVMAREF LAVMABAN LAVMOUT 2- Como você lava as mãos? 2a- Somente com água 2b- Com água e sabão 2c- Com água, sabão e bucha 2d- Com água, sabão antibactericida e bucha 1-sim ( ) ( ) ( ) ( ) 2-não ( ) ( ) ( ) ( ) 0-NS ( ) ( ) ( ) ( ) 8-NA ( ) ( ) ( ) ( ) 9-NR ( ) ( ) ( ) ( ) LAVAGUA LAVAGSA LAVAGSBU LAVAGSBB Hábitos de Higiene Alimentar 3- Como você lava os alimentos que consome crús (frutas, verduras, legumes)? 3a- Somente com água 3b- Com água e sabão 3c- Com água, sabão e bucha 3d- Com água e solução desinfetante 3e- Deixa de molho no vinagre 3e- Outra maneira 1-sim 2-não 0-NS 8-NA 9-NR ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) 3f-Caso você use solução desinfetante, qual? 3g- Caso deixe de molho no vinagre, por quanto tempo? LALAGUA LALAGSA LALAGSB LALAGDES LALAVIN LALOUT SOLDESIN TMOLVIN Hábitos Comportamentais 4-Você consome algum alimento cultivado em casa (fruta , verdura, legume)? 4a- Em caso afirmativo quais são? a- alface b- couve c- cheiro verde 1-sim ( ) 1-sim ( ) ( ) ( ) 2-não ( ) 2-não ( ) ( ) ( ) 0-NS ( ) 0-NS ( ) ( ) ( ) 8-NA ( ) 8-NA ( ) ( ) ( ) 9-NR ( ) 9-NR ( ) ( ) ( ) CALCCA ALFACE COUVE CHVERDE NQES d- cenoura ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) CENOURA 14 15 e- outros ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) OUTAL Infra-estrutura do domicílio 5- Sua casa possui água encanada? 5a- Em caso negativo, qual a forma de obtenção de água? a- poço b- rio c- cisterna d- outros 6- Como é a água consumida em sua casa? a- filtrada b- fervida c- filtrada e fervida d- sem filtrar e sem ferver e- clorada f- não tratada 7- Sua casa possui rede de esgoto? 7a- Em caso negativo qual a forma de eliminação de dejetos? a- rio b- fossa c- no terreno da casa d- diretamente na rua e- outra forma 8- Quantas pessoas moram com você? 8a- Quantos quartos têm sua casa? 1-sim 2-não 0-NS 8-NA 9-NR ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1-sim 2-não 0-NS 8-NA 9-NR AGENC ( ) ( ) ( ) ( ) 1-sim ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1-sim ( ) 1-sim AGPOCO AGRIO AGCISTE AGOUT ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2-não ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2-não ( ) 2-não ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0-NS ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0-NS ( ) 0-NS ( ) ( ) ( ) ( ) 8-NA ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8-NA ( ) 8-NA ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9-NR ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9-NR ( ) 9-NR ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) AGFILT AGFERV AGFILFE AGSFIFE AGCLOR AGNTRAT CASREESG CADEJRIO CADEJFOS CADEJTER CADEJRUA CADEJOUT NPEMORA NQTCASA Atenção à saúde 9- Você apresenta algum destes 1- Sim sintomas? a- Diarréia ( ) b- Dor de barriga ( ) c- Náusea ( ) d-Vômito ( ) e- Perda de apetite ( ) f- Perda de peso ( ) 10- Em caso afirmativo há quanto 1- Sim tempo apresenta diarréia? a- há um mês ( ) b- há mais de um mês ( ) c- há menos de um mês ( ) 10a- Como é a evacuação? 1- Sim a- fezes líquidas ( ) b- fezes pastosas ( ) 10b- Fezes apresentam 1- Sim a- muco ( ) b- sangue ( ) 11. Caso tenha tido diarréia, ela foi 1- Sim acompanhada 11a- cólica intestinal ( ) 11b- tenesmo ( ) 11c- tremor de frio ( ) Conhecimentos Gerais sobre Parasitoses 19-O que você entende amebíase? 19a- Como você acha que as pessoas adquirem amebíase? 19b- O que deve ser feito para se evitar a 2- Não 0- NS 8- NA 9-NR ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2- Não ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0- NS ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8- NA ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9-NR SINDIAR SINDORBA SINAUSEA SINVOMIT SINPAPET SINPPESO ( ) ( ) ( ) 2- Não ( ) ( ) 2- Não ( ) ( ) 2- Não ( ) ( ) ( ) 0- NS ( ) ( ) 0- NS ( ) ( ) 0- NS ( ) ( ) ( ) 8- NA ( ) ( ) 8- NA ( ) ( ) 8- NA ( ) ( ) ( ) 9-NR ( ) ( ) 9-NR ( ) ( ) 9-NR HAUMMES MAISMES MENOSMES FEZLIQ FEZPAST ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) DCOLIC DTENES DFRIO ( ) ( ) ( ) FEZMUCO FEZSANG NQES ENTAMEB ADAMEB EVAMEB 15 16 amebíase? Você já teve ameba? 1-sim 2-não 0-NS 8-NA 9-NR ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Há quanto tempo? Você já teve vermes? TEVAMEB TEMPAMEB 8- NA 9- NR 1-sim 2-não 0-NS 8-NA 9-NR ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) TEVERME Quais? 8- NA 9- NR 8- NA 9- NR Há quanto tempo? TEMPVERM 16 17 ANEXO 3 Termo de consentimento livre e esclarecido (Grupo de estudo) Você está sendo convidado para participar da pesquisa “Investigação clínico-laboratorial em pacientes hemodializados com infecção por Entamoeba histolytica/ E. dispar”. Você foi selecionado por fazer hemodiálise na Nefro-Clínica e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição. O objetivo é investigar as manifestações clínicas, achados nos exames de sangue, urina e fezes, e nos exames de ultrasonografia e tomografia computadorizada dos pacientes hemodializados infectados por Entamoeba histolytica, que serão comparados ao grupo controle não infectado e procurar abscessos nos pacientes infectados. Sua participação nesta pesquisa consistirá em realização de exame de sangue, urina e fezes, ultra-sonografia e tomografia computadorizada, responder a um questionário e permitir uma visita domiciliar dos pesquisadores em dia a ser combinado entre as partes. Não há riscos relacionados com sua participação. O benefício da sua participação será o tratamento da parasitose intestinal e suas possíveis complicações. As informações obtidas através dessa pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço dos pesquisadores principais e do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da UFU, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento. CEP/UFU: 34-3239.4531 ____________________________ _____________________________ Evandro Batista Nunes Danilo Martins de Sá (34) 8844-9605 (34) 9993-8391 ______________________________________ Pesquisador responsável: Prof. Dr. Sebastião Rodrigues Ferreira Filho Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em participar. ___________________________________________ Sujeito da pesquisa UBERLÂNDIA, 04 DE MAIO DE 2007 17 18 ANEXO 4 Termo de consentimento livre e esclarecido (Grupo controle) Você está sendo convidado para participar da pesquisa “Investigação clínico-laboratorial em pacientes hemodializados com infecção por Entamoeba histolytica/ E. dispar”. Você foi selecionado por fazer hemodiálise na Nefro-Clínica e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição. Você não é um paciente infectado por E. histolytica e a sua colaboração será na formação de um grupo para ser comparado ao grupo infectado. O nosso objetivo é comparar as manifestações clínicas, hábitos de higiene, condições de moradia, resultado de exames de sangue, urina, fezes, ultra-sonografia e tomografia computadorizada apresentados por você com os resultados apresentados pelos pacientes hemodializados infectados por Entamoeba histolytica. Sua participação nesta pesquisa consistirá em realização de exame de sangue, urina e fezes, ultra-sonografia e tomografia computadorizada, responder a um questionário e permitir uma visita domiciliar dos pesquisadores em dia a ser combinado entre as partes. Não há riscos relacionados com sua participação. As informações obtidas através dessa pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço dos pesquisadores principais e do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da UFU, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento. CEP/UFU: 34-3239.4531 18 19 ____________________________ _____________________________ Evandro Batista Nunes Danilo Martins de Sá (34) 8844-9605 Pesquisador responsável: (34) 9993-8391 Prof. Dr. Sebastião Rodrigues Ferreira Filho Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em participar. ___________________________________________ Sujeito da pesquisa UBERLÂNDIA, 04 DE MAIO DE 2007 19 20 THE CLINICAL AND LABORATORIAL INVESTIGATION IN HEMODIALYSIS PATIENTS PRESENTING INFECTION FOR ENTAMOEBA HISTOLYTICA/ E. DISPAR DANILO MARTINS DE SÁ4 UFU - Rua Pará, 1720, Bloco 2H, Departamento de Clínica Médica, Sala 1, Campus Umuarama. CEP: 32.394-890. Uberlândia, MG. Telefone: (034) 3218-2246. EVANDRO BATISTA NUNES4 PROF. DR. SEBASTIÃO RODRIGUES FERREIRA FILHO2 DRA FABÍOLA CORRÊA DA COSTA BRAGA2 PROF. MS. PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA3 ABSTRACT: INTRODUCTION: The renal chronic disease is resulted of inreversible kidney injuries caused by disease that turn the kidneys incapable to do its functions. The evolution needs new options of treatment, like hemodialisys ou peritoneal dialysis or renal transplant. Patients in hemodialysis is susceptible to get infections. The infections for Cryptosporidium spp, Entamoeba histolytica, Giardia duodenalis, Ascaris Lumbricoides, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis e Schistosoma mansoni is not commom, althoug they can contribute to complicate the heatlh of the patient. OBJECTIVES: Investigate the clinical, laboratorial and radiologic manifestations in hemodialysis patients infected by Entamoeba histolytica/E. díspar. MATERIAl AND METHODS: 21 patientes were collected 7 patients were contaminated by Entamoeba histlolytica/díspar, while 14 patients formed the control group. Both of groups were submitted to a questionary about disease caused for Entamoeba histlolytica/díspar and about social-economic situation. They had radiologic exams and blood count estimated RESULTS: There is not found difference between the groups relationated both the signs and symptoms to the social-economic conditions. CONCLUSION: It is suggested that all hemodialysis patients do the exam looking for the Entamoeba histlolytica/díspar. If the result is positive, it is suggested that be started the treatment, because the test to show difference between Entamoeba histlolytica/díspar is expensive and because of the lack of research of the Entamoeba díspar in imunodeficient patients. Keywords: hemodialysis, Entamoeba histolytica, Entamoeba dispar 2 Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Professor. 2 Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Uberlândia. 3. Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Professor. 4. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Acadêmico. 20