Giardia e Entamoeba - Laboratório Humberto Abrão

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ART IG O
AGOSTO | 2014
Giardia e Entamoeba
Dr. Guilherme Vieira Alves Vaz de Mello
É impossível definir o diagnóstico da amebíase e da giardíase
somente através de dados clínicos, sendo que o mesmo deve ser
realizado através de técnicas laboratoriais, principalmente do exame
parasitológico de fezes (EPF). O EPF apresenta uma série de
vantagens, como a execução por técnicas de baixo custo e rapidez
na obtenção do resultado, com consequente início imediato do
tratamento, porém requer um técnico experiente para a sua
execução e que as fezes contenham cistos intactos.
Métodos adicionais têm sido propostos como a utilização de
Ensaio Imunoenzimático (ELISA) para a pesquisa de antígenos nas
fezes e métodos moleculares. Esses métodos detectam o antígeno do
parasita evitando resultados falso-negativos, sendo possível detectar
a doença mesmo nas janelas negativas do cisto, quando o organismo
não está mais expelindo o mesmo. Possuem sensibilidade superior
quando comparado à microscopia e ao contrário dos testes
baseados em avaliação microscópica, não necessitam profissionais
com qualificação específica. Os resultados além de confiáveis são de
execução rápida, agilizando no diagnóstico do paciente. O teste é
indicado para detectar a presença de Giardia lamblia e Entamoeba
histolytica em amostras fecais dos pacientes com suspeita de
infecção por esses parasitas.
Dr. Guilherme Vieira Alves Vaz de Mello
Departamento de Bioquímica / Parasitologia
Fonte: reprodução
As parasitoses intestinais são consideradas importante
problema de saúde pública, principalmente no Brasil, onde se
associam a uma elevada prevalência e sintomatologia
debilitante em algumas populações. Podem causar prejuízo à
saúde dos indivíduos além de relacionar-se a redução da
produtividade ou mesmo incapacidade para o trabalho. Em se
tratando da população pediátrica as parasitoses intestinais têm
contribuído negativamente no desenvolvimento físico e mental.
A Entamoeba histolytica é o agente responsável pela
amebíase intestinal e pode evoluir para amebíase invasiva
extraintestinal, que se apresenta principalmente na forma de
abscessos no fígado. Estima-se que cerca de 500 milhões de
pessoas estejam infectadas com este protozoário. Contudo,
somente 10% dos casos são sintomáticos, sendo que 80 a 98%
dos sintomas são intestinais. As manifestações clínicas incluem
diarreia, disenteria, dor abdominal, náuseas, megacólon, colite e
abscessos no fígado, pulmão ou cérebro. O tratamento da
amebíase é recomendado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde a todos os
pacientes com infecção confirmada por E. histolytica,
independente da presença de sintomas.
A Giardia lamblia é uma das causas de infecções parasitárias
mais comuns no mundo, contribuindo para 280 milhões de
indivíduos sintomáticos, tendo sido recentemente incluída na
lista de Doenças Negligenciadas da OMS. A giardíase é
caracterizada por diarreia aguda ou crônica, dor epigástrica,
náusea, vômito e má absorção, levando à perda de peso,
particularmente em crianças.
Tanto a E. histolytica quanto a G. lamblia possuem um ciclo de
vida simples, com uma forma cística de resistência e o trofozoíto
vegetativo, que habita principalmente a mucosa intestinal. As
principais formas de contaminação, para ambos parasitos,
incluem a ingestão de água e alimentos contaminados com
Fonte: http://publicacoes.unigranrio.br/index.php/sare/article/viewFile/308/299
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gi%C3%A1rdia
http://www.misodor.com/PARASITOSES.html
http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/01-abordagem.pdf
*Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de
dúvidas, consulte seu médico.
www.humbertoabrao.com.br
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