Aluna: Bianca David de Freitas Dislexia A Dislexia é uma

Propaganda
Aluna: Bianca David de Freitas
Dislexia
A Dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração.
A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com
correção e fluência e de compreender um texto.
A causa do distúrbio pode ser uma alteração cromossômica
hereditária, o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família.
Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a
produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a
alfabetização, e está relacionado diretamente com a reprovação escolar.
A dislexia pode apresentar outros problemas como na distinção entre
esquerda e direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços,
tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e
no funcionamento da memória de curta duração.
Muitas vezes a dislexia é confundida com a má alfabetização,
desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência.
No entanto esse distúrbio pode atingir qualquer criança, branca, negra,
amarela, rica, pobre, inteligentes, ou aquelas mais limitadas.
A dislexia não pode ser vista como uma doença, e sim como um
distúrbio, ou transtorno. Não é um problema de inteligência, nem uma
deficiência visual ou auditiva, tampouco um problema afetivo-emocional.
Quanto mais cedo tiver um diagnostico, maiores podem ser os benefícios
do tratamento. Porem esse distúrbio não tem cura, ele apenas pode obter
melhores resultados se for acompanhado por profissionais capacitados
como: neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e psicólogo. Se isso
não for realizado desde cedo, os prejuízos dessas dificuldades poderão
refletir também na vida profissional quando essas crianças se tornarem
adultas. Não podemos deixar de citar a importância do professor nesse
processo, pois eles têm um papel fundamental na vida dessas crianças.
A criança com dislexia tem todo o direito de frequentar uma escola, e
ter uma educação de acordo com suas dificuldades. De acordo com a
Constituição Federal, o disléxico tem direito de receber ajuda nas leituras e
de não fazer nada por escrito. As escolas e universidades são autorizadas
legalmente a avaliar esses alunos apenas oralmente.
O professor pode ficar atento a alguns sinais de dislexia já na idade
pré-escolar, como: falta de atenção, dificuldade em aprender rimas e
canções e montar quebra cabeças e fraco desenvolvimento da coordenação
motora. Na idade escola a criança pode apresentar sintomas como:
desatenta, dispersa e desorganizada, não grava rimas e alterações, confunde
esquerda com direita, tem dificuldade em usar mapas e dicionário, não
decora sequencias como meses do ano e dias da semana e faz trocas de
letras parecidas na hora de escrever.
É importante que o educador conheça os sinais de dislexia para poder
ajudar a criança no seu desenvolvimento. A criança dislexia possui uma
dificuldade permanente, mas nada a impede de ler e escrever, mesmo com
mais dificuldades, basta lhe dar a atenção necessária nesse processo, que
pode ser muito mais demorado em relação a outras crianças.
A criança com dislexia se pode se sentir excluída. A dificuldade com a
leitura e a escrita a deixa frustrada por não conseguir acompanhar o
restante da turma. Se ela não tiver um professor que entenda suas
particularidades a criança vai ficar deprimida e insegura. A escola passará a
ser para ela, um grande problema.
No filme “Como estrelas na terra, toda criança é especial” trata
justamente desse tema, a Dislexia. O personagem Ishaan, é portador de
dislexia. O garoto sofria, pois sem um diagnostico, era constantemente alvo
de gozação dos colegas, e de punição do pai e dos professores. Expulso da
sua escola, o pai o colocou em um internato. O internato utilizava um
método de ensino rigoroso, com punições severas para aqueles que não
conseguissem aprender. Eram constantes as vezes em que ele era
humilhado, castigado, e apanhava dos professores por não conseguir
acompanhar a turma. Para ele as letras dançavam sem que fossem capaz de
formar uma palavra.
Com a saída de um professor de artes, chegou à escola um substituto.
Ele fugia do tradicional exigido pela escola, tinha sua própria metodologia
de trabalho, e o mais importante, respeitava as dificuldades dos alunos.
Tratava-se de um professor preocupado, que usa um método inovador, que
motiva os alunos ao aprendizado ao invés de reprimi-los ao medo.
Foi esse professor que descobriu que Ishaan era portador de dislexia e
começou a ajuda-lo. Não foi uma batalha fácil, pois nem mesmo o pai do
garoto aceitava que o menino tivesse um distúrbio. A família do filme a
principio não conseguia perceber as necessidades especiais do menino. O
pai, rigoroso, acreditava que o filho estava apenas fazendo “corpo mole”,
não aprendia porque era preguiçoso. A mãe se mostrava carinhosa, mas
culpava pelo fracasso escolar da criança. Na verdade nenhum dos dois
conseguia perceber que o que o filho tinha não era preguiça, não era
manha, nem rebeldia, era muito mais que isso.
Precisou o professor de artes intervir não só na escola, mas na casa do
pequeno Ishaan, para que os pais compreendessem que ele tinha uma
necessidade especial.
O professor de artes conseguiu provar que Ishaan era capaz. Provou
para os pais, professores e até mesmo para o menino que já estava
desacreditado em si mesmo.
Com a intervenção do professor de artes, a escola soube lhe dar com a
diversidade, com a inclusão de uma criança especial, respeitando suas
diferenças, valorizando suas habilidades. Isso é o mais importante em um
professor, respeitar e entender a particularidade de cada aluno. Ishaan
passou de um menino “burro” para uma criança portadora de dislexia.
Passou de um menino triste e desinteressado, para uma criança feliz e
esforçada, capaz de vencer muitos desafios.
O filme é uma bela lição de vida, e devia ser vista por todos os
educadores. Pois mostrando o lado da criança, percebesse que o que muitas
vezes confundimos com falta de interesse, pode ser uma necessidade
especial, e que a criança sofre com isso, pois ninguém gosta de ser
diferente, o ultimo da turma.
É importante também que os pais saibam que a criança portadora de
dislexia tem direitos. Se a história de Ishaan tivesse ocorrido nos dias de
hoje, o garoto jamais poderia ter sido expulso da primeira escola.
A Família de Ishaan poderia recorrer por direitos como: toda criança
tem direito fundamental a educação, e deve ser dada a oportunidade de
atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; toda criança possui
características interessantes, habilidades e necessidades de aprendizagem
que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser designados e
programas educacionais deveriam ser implementados no senti do de se
levar em conta a vasta diversidade de tais característica e necessidades;
aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na
criança, capaz de satisfazer a tais necessidades; escolas regulares que
possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos;
além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimora a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia
de todo o sistema educacional.
Temos várias pessoas famosas disléxicas, tais como: Leonardo da
Vinci, Tom Cruise, Einstein, Nelson Rockefeller, Hans Christian Andersen,
Bill Gates, Anthony Hopkins, Pasteur, Júlio Verne, Spielberg e Agatha
Christie, entre muitos outros.
Como não existe cura para dislexia, e o disléxico vai ser sempre
disléxico, o aluno vai ter que ser sempre acompanhado de maneira especial e
particular. Uma boa estratégia de ensino é a valorização de si próprio
naquilo que ele faz bem, pois esse distúrbio afeta a aprendizagem da leitura
e escrita, porém não danifica a criatividade, idéias, talentos e aspirações.
Com todos os estudos, pesquisas, e depois de ver o filme, pude
perceber que a dislexia é um distúrbio, mas não um empecilho para que a
criança possa ter uma vida escolar normal, e que depois quando adulta,
possa trabalhar em qualquer profissão. Basta ser diagnosticada e
acompanhada desde cedo, para que tenha auxilio necessário na hora da
aprendizagem.
Devemos estar atentos quando nos deparamos com alunos espertos e
saudáveis, mas que apresentam dificuldades de ler e compreender a leitura.
Quando estivermos diante de situações assim, precisamos pesquisar se há
histórico de dislexia na família, pois essa informação é muito importante
para os profissionais que farão a avaliação.
Está em nossas mãos, educadores, o destino da criança com dislexia
que vier a estudar na nossa turma. Mas para isso é fundamental também
que conheçamos sobre o que é, e como agir diante desse distúrbio.
Download