Costa Rica Cria Soro Antiofídico Contra Três - Dialogo

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Costa Rica Cria Soro Antiofídico Contra Três Cobras Da Nigéria
A Costa Rica criou um soro antiofídico que servirá para combater o veneno de três cobras existentes na
Nigéria e que atacam um total de 150 mil pessoas por ano, afirmaram hoje à Efe fontes oficiais.
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16 abril 2009
A Costa Rica criou um soro antiofídico que servirá para combater o veneno de três cobras existentes na
Nigéria e que atacam um total de 150 mil pessoas por ano, afirmaram hoje à Efe fontes oficiais.
Yamileth Angulo, diretora do Instituto Clodomiro Picado, do Estado, onde se fabrica esse tipo de soro, disse
à Efe que a Costa Rica enviará à Nigéria um total de 20 mil frascos de um antídoto que serve para as
picadas das cobras africanas Echis ocellatus, Bitis arietans e a Naja nigricollis.
São utilizados de dois a três desses frascos por paciente, dependendo da gravidade de cada caso, explicou
Angulo.
A pesquisadora detalhou que o projeto se engloba em um programa da Organização Mundial de Saúde
(OMS) para proporcionar à África antídotos contra as picadas de cobras, um problema que afeta meio
milhão de pessoas nesse continente, sendo que 20 mil desses casos são mortais.
Em 2001, a OMS fez um apelo aos países produtores de soros antiofídicos para que oferecessem seus
serviços a baixos custos ao continente africano.
Em função disto, o Instituto Clodomiro Picado se integrou ao grupo de trabalho Echitab, formado pela
Escola de Medicina Tropical de Liverpool (Reino Unido) e o Ministério da Saúde da Nigéria.
“Como aqui não existe este tipo de cobra, o laboratório de Liverpool nos enviou uma amostra dos venenos,
através das quais criamos o soro”, disse Angulo.
A pesquisadora destacou que para testar o antídoto foi feito um estudo clínico na Nigéria “do qual
participaram 400 pessoas, uma das maiores amostragens médicas no caso de veneno de cobras”.
No estudo foram utilizados antídotos diferentes, um deles criado pelo Instituto Clodomiro Picado e outro
pela Micropharen, uma empresa inglesa, e ambos os soros passaram no teste com sucesso.
“A ideia é vender o antído ao governo nigeriano a baixo custo, para que as doses possam chegar ao maior
número de pacientes possível”, sublinhou Angulo.
A doutora afirmou que o soro foi criado em seis meses, porém o estudo demorou cerca de dois anos, pois
foi necessário realizar um exame pré-clínico, depois o estudo clínico da Nigéria e a análise dos resultados.
Segundo a especialista, agora o antídoto “já está pronto, e entre a meio e o final do ano já se poderão
exportar as primeiras amostras para o país africano”.
De início, o soro antiofídico será utilizado na Nigéria, porém Angulo não descarta que em um futuro próximo
se possa proporcionar o mesmo a outros países africanos, onde também existem esses tipos de cobras.
O Instituto Clodomiro Picado, que faz parte da Universidade da Costa Rica, foi criado em 1970 para fabricar
soros antiofídicos contra picadas de cobras e atualmente exporta esse produto para diferentes partes do
mundo, como a África, o Japão e Taiwan.
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