T24 – Tecido muscular É formado a partir de mioblastos, formando

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T24 – Tecido muscular
É formado a partir de mioblastos, formando as fibras musculares esqueléticas (miofibras), células
multinucleadas.
É o tecido fundamental para o corpo, correspondendo a 30% da massa total. É capaz de converter energia
química (ATP) em energia mecânica, cinética, processo denominado por transdução bioquímica.
Existem dois tipos fundamentais de músculo:
 Músculo estriado – esquelético e cardíaco
 Músculo liso – vasos sanguíneos, tubo digestivo, brônquios
Constituição do tecido muscular:
1. Sarcómero – unidade fundamental
Constituído por 3 três bandas, 2 bandas I, que só têm actina, uma bandas A que corresponde à
interacção entre a zona de activa e miosina. A banda A tem ainda uma zona H que só tem miosina.
A actina e a miosina são proteínas contrácteis.
2. Miofibrilha – junção de vários sarcómeros, filmanetos finos e grossos
3. Fibra muscular – sistema de miofibrilhas que corresponde a uma célula
4. Corpo muscular
Organização da célula muscular:
 Sarcómero – unidades contrácteis repetitivas de actina e miosina, separadas pelas linhas Z, de
aspecto estriado
 Sarcolema – membrana que envolve o sarcómero
 Sarcoplasma – líquido no qual o sarcómero está envolvido
Proteínas contrácteis:
 Actina – proteína globular que forma filamentos
 Miosina – proteína oligomérica que forma filamentos, tem cabeças com actividade ATPásica,
activada somente após a ligação à actina
 Troponina – proteína com 3 subunidades que permita a ligação da actina à miosina, na presença de
Ca2+
Maquinaria molecular essencial à contracção muscular:
 Sarcómero – com os filamentos de actina e miosina (responsáveis pela contracção)
 Retículo sarcoplásmico e sistema tubular transveros – está envolvido na passagem do impulso
nervoso, aquando da despolarização do neurónio motor é composto por 3 proteínas importantes:
o Canal de Ca2+ sensível à voltagem – sensível à despoarização
o Bomba de Ca2+
o Canal de cálcio do retículo sarcoplásmico
 Sistema membrana-citoesqueleto – envolvido na ligação do sistema contráctil à membrana
plasmática, constituído por:
o Distrofina – importante na ligação da actina às glicoproteínas plasmáticas
o Espectrina
o Integrina
Estímulo do neurónio motor para a contracção muscular – há interacção do sistema nervoso periférico
com o tecido muscular pela junção neuromuscular
na junção
neuromuscular
há libertação de
neurotransmissor
es - acetilcolina
Fim do estímulo
Captação de
Ca2+ e
manutenção da
sua concentração
indução da
despolarização
Repolarização
Potencial de
acção
entrada de Na+
para a célula
Contracção
libertação de
Ca2+ do RS
pelos canais que
integram a sua
membrana
Contracção muscular – é preciso haver um contínuo aporte de Ca2+ e ATP disponível
Impulso nervoso
Libertação de Pi e
ADP
Deslocamento da
cabeça de miosina ao
longo do filamento de
actina
Libertação
citosólica de CA2+
ligação do CA2+ à
troponina
Formação de pontes
cruzadas para
interacção forte
Actina-Miosina
Ligação de ATP à miosina
com quebra das pontes
cruzadas - separação do
complexo miosina-actina
hidrolise de ATP libertação de
energia
Alteração conformaçional
do complexo
tropomiosina-troponina
exposição dos
locais da ligação
da miosina à actina
Relaxamento
Fontes de Energia para a contracção muscular
Extrema actividade – 0-3s – fosfocreatina
Exercício físico intenso – reservas de glicogénio muscular
Exercício físico moderado ou repouso – ácidos gordos, corpos
cetónicos e glucose sanguínea
Num jejum muito prolongado – aminoácidos
A degradação de glucogénio muscular, por glicogenólise, é
activada, por um lado pela epinefrina, e pelo complexo Ca2+calmodulina. Quando ocorre a passagem do impulso nervoso, há
entrada de Ca2+, que além de ir integrar o complexo troponinatropomiosina, liga-se à calmodulina, que quando activada vai activar
a fosforilase cinase de glicogénio, que é responsável pela
glicogenólise. Quando se atinge a molécula Glucose-6-P, como o
músculo não tem a G6Pase, vai ser rapidamente utilizada para a
glicólise e produção de ATP. Portanto, o Ca2+ estimula a glicogenólise, a glicólise e a fosforilação
oxidativa.
Diferenças entre as fibras lentas e rápidas do músculo
Fibras Lentas
Fibras Rápidas
- Fibras pequenas
- Fibras longas para grande força de contracção
- Extenso sistema vascular → cedência extra de
- Retículo sarcoplásmico extenso → libertação rápida
oxigénio
de Ca2+
- Grande número de mitocôndrias → aumento do
- Grandes quantidades de enzimas glicolíticas →
metabolismo oxidativo
cedência rápida de energia → metabolismo anaeróbio
- Grande quantidade de mioglobina (que confere côr - Sistema vascular não muito extenso e poucas
vermelha ao músculo) → reserva de oxigénio no
mitocôndrias → porque o metabolismo oxidativo é
músculo
secundário
Alterações patológicas no músculo
Há dois tipos de patologias que vão causar disfunção do sistema muscular são elas as miopatias
miogénicas, quando há lesão das fibras musculares, ou as miopatias neurogénicas, quando há lesão dos
neurónios motores. Quando há necrose de células musculares ou distrofia muscular, os níveis plasmáticos de
creatina e creatina cinase estão aumentados, pois são indicadores de lesão muscular.
Estas miopatias podem ainda ser diagnosticadas por electromiogramas, tendo cada uma um perfil
electromiográfico diferente.
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Doenças da junção neuromuscular – provocando paralisia (autoimune, metabólica ou por
tóxicos – álcool)
Miotonias – alterações do fluxo iónico e despolarização /repolarização – provoca paralisia
Distrofias musculares – consoante os graus há diferentes consequências, desde consequências
na locomoção, até a problemas cardíacos e respiratórios que levam à morte.
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