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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
ANDRÉ LUIZ DE SOUZA E SOUZA
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO
AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL,
SALVADOR, BAHIA.
Salvador
2010
ANDRÉ LUIZ DE SOUZA E SOUZA
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO
AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL,
SALVADOR, BAHIA.
Monografia apresentada ao Curso de Geologia,
Instituto de Geociências, Universidade Federal da
Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau
de Bacharel em Geologia.
Orientador(a): Prof(a). Profª. Drª. Simone Cerqueira
Pereira Cruz.
Co-orientador(a): Msc. Jailma dos Santos Souza
Salvador
2010
2
TERMO DE APROVAÇÃO
ANDRÉ LUIZ DE SOUZA E SOUZA
MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO
AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL,
SALVADOR, BAHIA.
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel
em Geologia, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora:
Profa. Dra. Simone Cerqueira Pereira Cruz – Orientadora
Doutora em Geologia Estrutural e Tectônica
Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto
Universidade Federal da Bahia
Reginaldo Alves dos Santos
Geólogo
Serviço Geológico do Brasil
Profa. Dra. Ângela Beatriz de Menezes Leal
Doutora em Petrologia
Universidade de São Paulo
Universidade Federal da Bahia
Geólogo Éder Medeiros
Universidade Federal do Mato Grosso
Mestrando em Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Universidade Federal da Bahia
Salvador, 29 de Dezembro de 2010
3
AGRADECIMENTOS
Gostaria muito de agradecer aos meus pais, principalmente à minha mãe,
pois, nós temos uma relação muito especial de ajuda, apoio, companheirismo,
cumplicidade. Obrigado por tudo mãe, desde a época que eu era da escola,
sempre foi assim, ao meu lado me apoiando em tudo, tornando-me muito mais
forte do que os meus inimigos poderiam imaginar.
A todos meus parentes, ai vai pai, irmã, tias e tios, a minha querida
madrinha, primos e primas, isso tudo é pra vocês.
Agradeço do fundo do meu coração à minha orientadora maravilhosa,
Simone, por ser super esforçada e dedicada. Por me ensinar o valor do esforço,
por me motivar a sempre seguir em frente com a cabeça erguida.
Ao grupo de pesquisa que me acolheu, NGB. Sem este apoio o projeto não
seria viabilizado. Muito obrigado a minha amiga de curso e atual co-orientadora
Jailma, aos professores Johildo, Ângela, Amalvina, Geraldo Marcelo e César.
Aos demais professores que participaram do processo da minha formação
profissional como geólogo. Posso citar: Osmário, Haroldo Sá, Facelúcia, Iracema,
Wilson, Vilton, Silvania, Simone (novamente), Reginaldo, Marcão, Flávio, Lourdes,
Ângela (novamente), Telésforo, Aroldo Misi e Johildo (novamente).
Aos meus amigos, companheiros de estudo, viagem, campos, trabalhos,
entre eles cito: Lucas Philadelpho, Tiago Ximenes, Leonardo Aquino, Cristiano
Müller, Caroline Santos, Luis Eduardo, Carlos Libório, João Bosco, André Oliveira,
Vinícius “xalalá”, Zilda Pena, Andressa, Luciano, Alex “seu mickey”, Marcos Dias,
Davidson “coroa”, Janaína, Fernandinha, Wilson Lopez, Lusandra, Mileno, Juliana,
Marina, Mariana Cayres, Carlos Vitor, Felipe Dilon, Guiga, Zé gotinha, Lucas Nery,
Lila Queiroz, Ramon “mosntro”, Nara, Carlinha, Linda, Eduardo Abraão, Deraldo,
Danilo “show”, Danilão, Izadora, Diego Veras, Eduardo “chapa”, Rafael “caçador”,
Bruno “metaformica”, Bruno “mad max”, Julio “gagau”, João Paulo, Luan “sequela”,
Kim, Jaime, Pedro “smeagol”, Israel, Esdras Varjão, Josemar, Valter, Alberto,
Eliane e todos da CBPM.
Não posso de deixar de agradecer aos meus amigos fora da faculdade, que
me mostraram que o mundo lá fora não é apenas academicismo, e que temos
condições de fazer, viver e conversar sobre assuntos dos mais variados possíveis.
A toda turma que eu conheci durante minha vida seja na vizinhança, na
escola ou nos esportes radicais. Por terem me mostrado com que cair não é o
problema, o problema é não se levantar, e eu cito os meus amigos de anos e
atuais, Renato Leitão, Alexandre, Shiguemi, Chico, João Paulo ”Zé pera”, família
Raquel Stockler, Pedro Stockler, Adriano, Jan, Bérgson, Aila, Carlos Bruno, Yuri,
Isabel, Bráulio, Leonardo, Laís, Milane, Willian, Mario Molesini, “Jubileu”, Mauro,
“Tchelo”, Francisco Sales, Alan, Paulão, Yan, Fabiano “geléia”, Fabiano “xaruto”,
Rafael, Tarcio, Danilo Sales, Danilo Morais, Eric Morais, Vinicius, Luquinhas,
Adam, Luisinho, Gabriel, Gogói, Paulinha, Keu, Vitinho, Slash, Junior e Tio Chico.
Com carinho especial a Caroena. Valeu!
Eu peço desculpa para todos aqueles que participaram do meu processo
evolutivo, e mesmo assim não estiveram nesta listagem, pois é muito difícil
lembrar-se de todos os nomes num momento como este.
4
Agora, por último eu agradeço a Deus, por permitir-me agradecer a todas
essas pessoas.
Esse trabalho é dedicado aos meus avôs paternos e maternos Paulo Nestor, Judi Matos,
Byron Gonçalves e Inês Bezerra, e a minha tia Gracinha falecidos durante a confecção
dessa monografia, desejo sinceramente que vocês sempre estejem com Deus.
Paz eterna.
5
“Os loucos são normais e os normais são loucos com a mente limitada”.
6
Aliado Rossi, cantor da banda Pavilhão Nove
RESUMO
Na orla da cidade de Salvador, Bahia, afloram rochas do Cinturão Metamórfico
paleoproterozóico Salvador-Esplanada, com trend preferencial segundo NE-SW. A
escassez de estudos de mapeamento de detalhe envolvendo esse cinturão
motivou este projeto, que visa levantar dados geológicos sobre a sua evolução
tectônica através do mapeamento na escala 1:300. A área de trabalho é um amplo
lajedo em frente do Hospital Espanhol, na praia da Barra, entre o Forte de Santa
Maria e o Farol da Barra, com uma variedade de rochas e estruturas
deformacionais. O mapeamento levado a efeito permitiu identificar rochas
granulíticas, como tonalito granulítico, granada monzogranito milonítico e granulito
alumino-magnesiano. Além dessas unidades, foram também identificados duas
gerações de diques, sendo uma geração de rocha félsica, que corresponde a
sienogranito não deformado, e uma outra geração de rocha máfica, representado
por diabásio. Sedimentos neogênicos representados por conglomerados com
cimento carbonático e areias inconsolidadas completam o cenário litológico. O
registro estrutural levantado permitiu identificar um conjunto de estruturas dúcteis
associadas com a fase Dn de deformação, que foi subdividida em três estágios
evolutivos. O primeiro, Dn’, foi responsável pela geração da foliação Sn’, pela
paralelização dessa estrutura com a foliação Sn-1 e pela formação do
bandamento gnáissico. Dobras isoclinais, sem raiz e com plano axial paralelizado
com a foliação Sn’ foram nucleadas. Além da foliação Sn’, lineação de estiramento
(Lxn’), lineação mineral (Lmn’), boudins e duplex foram nucleados nesse estágio
de deformação. A vergência geral do movimento é de NE para SW. A progressão
da deformação Dn’ levou a nucleação de dobras suaves a abertas com envoltória
simétrica durante o estágio Dn”. Em condições tardi Dn’’ houve a instalação dos
diques félsicos, intrusivos nos granulitos. Em seguida, zonas de cisalhamento
rúptil-dúctil foram nucleadas (estágio Dn’”) (Fase Dn+1?). Diques máficos foram
colocados possivelmente relacionado com extensão neoproterozóica. Truncando
os diques um conjunto de zonas de cisalhamento rúpteis e fraturas foram
desenvolvidas (Dn+2?), com orientação preferencial segundo N120°-N130°.
7
Possivelmente, essa última fase deformacional está associada com a abertura da
Bacia do Recôncavo e do Oceano Atlântico Sul.
Palavras-chave: Cinturão metamórfico Paleoproterozóico; registro estrutural;
boudin, duplex.
8
ABSTRACT
On the shore of a sea in the city of Salvador, Bahia, Metamorphic Belt rocks of
Paleoproterozoic Salvador-Esplanade, trending NE-SW preferred the second. The
scarcity of studies involving mapping detail that belt motivated this project, which
aims to collect data on their geological tectonic evolution by mapping at 1:300
scale. The working area in the pavement in front of the Spanish Hospital in Barra
Beach, between Fort and the Santa Maria Barra Lighthouse. The mapping carried
out identified granulitic rocks, among them are the granulitic tonalite, mylonitic
monzogranite garnet and aluminum-magnesium granulite. Besides these units
there are still two generations of dikes, and a generation that corresponds to felsic
syenogranite not deformed and another generation comprise mafic dikes,
represented by diabase. Completing this scenario lithologic Neogene sediments
represented by conglomerates with carbonate cement and unconsolidated sands.
Registration structural allowed to subdivide it into three distinct stages. The first,
Dn ', was responsible for generating the foliation Sn', the parallelization of this
structure with the Sn-1 foliation and the formation of banded gneiss. Folds isoclinal,
rootless and paralleled with the axial plane foliation Sn 'were nucleated. Besides
the Sn foliation ', stretching lineation (LXn'), mineral lineation (LMN '), boudins and
duplex were nucleated at this stage of deformation. The convergence of the
general movement is from NE to SW. Progression of deformation Dn led to
nucleation of the folds are open with symmetric envelope during stage Dn. Under
tardi Dn''was the installation of the felsic dykes. Then, shear zones were brittleductile nucleated (stage Dn ') (Phase 1 Dn?). Mafic dikes were placed possibly
related to Neoproterozoic extension. Truncating the levees a set of shear zones
and brittle fractures were developed (Dn 2?), With the second preferred orientation
N120 °-N130 °. Possibly, this last phase deformation is associated with the
opening of the Reconcavo Basin and the South Atlantic Ocean.
Keywords: Paleoproterozoic metamorphic belt; structural record, boudin, duplex.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1. Mapas de Situação e localização da área de trabalho. Fonte: Base da
CEI. .................................................................................................................. 22
Figura 1.2. Mapa rodoviário do Estado da Bahia. Fonte: DNIT (Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transporte) 2002. ................................................ 23
Figura 1.3. Mapa geotectônico do Estado da Bahia. Com detalhe da geologia
regional da área de trabalho. ............................................................................ 23
Figura 2.1. Mapa geológico simplificado do Cráton do São Francisco (Fonte:
Alkmim 2004). ................................................................................................... 27
Figura
2.2
–
Mapa
geológico
simplificado
do
segmento
do
orógeno
paleoproterozóico exposto na porção norte do Cráton do São Francisco.
........................................................................................................................... 29
Figura 2.3 – Mapas tectônico e bouguer do Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá.
........................................................................................................................... 33
Figura 2.4 – Corresponde aos blocos crustais arqueanos que durante o processo
de colisão obliqua. ............................................................................................ 35
Figura 2.5 – Os blocos crustais arqueanos Jequié e Serrinha que foram
amalgamados ao bloco Gavião durante a transição do Rhyaciano e Orosiriano.
............................................................................................................................35
Figura 2.6 – Mapa geológico simplificado da parte oeste do Alto de Salvador. 37
Figura 2.7 – Esquema tridimensional das estruturas impressas pelas fases
tectônicas que afetaram o Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá na área estudada,
com indicação da orientação das superfícies e lineações minerais, em rede
estereográfica igual área, Schmidt-Lambert, no hemisfério inferior. ................ 39
Figura 3.1 – Classificação modal para as amostras do tonalito granulítico. ..... 44
Figura 3.2 – Classificação modal para as amostras do granada monzogranito
milonítico. .......................................................................................................... 51
Figura 3.3 – Classificação modal para as amostras do dique básico. .............. 63
Figura 4.1 – Mapa geológico simplificado da parte nordeste do Estado da Bahia
com a localização da área de pesquisa. ........................................................... 69
10
Figura 4.2 – Diagrama estereográfico sinóptico dos pólos da foliação Sn’ nas
rochas granuliticas. ........................................................................................... 72
Figura 4.3 – Diagrama estereográfico sinóptico da lineação de estiamento Lxn’ nas
rochas granuliticas. ........................................................................................... 76
Figura 4.4 – Diagrama estereográfico sinóptico da distribuição das fraturas nas
rochas granuliticas. ........................................................................................... 76
Figura 4.5- Modelo deformacional para a área de trabalho. ............................. 80
11
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 3.1 – Aspecto macroscópico do tonalito granodiorito...................... 41
Fotografia 3.2 – Aspecto macroscópico do tonalito granodiorito. .................... 41
Fotografia 3.3 – Vista panorâmica do sienogranito milonitizado, ao centro, em
contato com tonalito granulítico, a oeste, e com o dique de diabásio a leste. . 50
Fotografia 3.4 – Detalhe do sienogranito milonitizado com granada, a oeste faz
contato com dique de diabásio. ....................................................................... 50
Fotografia 3.5 – Vista panorâmica do granulito alumino-magnesiano, ao leste, em
contato com dique de diabásio. ....................................................................... 56
Fotografia 3.6 – Detalhe do granulito alumino-magnesiano, ao leste, em contato
com dique de diabásio. .................................................................................... 56
Fotografia 3.7 - Dique félsico ocupando fraturas no tonalito granulito. ............ 61
Fotografia 3.8 - Dique de diabásio. Fotografia em planta,visada para W. ....... 62
Fotografia 3.9 - Dique de diabásio. .................................................................. 62
Fotografia 3.10 – Lentes conglomeráticas. ...................................................... 66
Fotografia 3.11 – Camada de areia recobrindo as rochas cristalinas do
afloramento. ..................................................................................................... 66
Fotografia 4.1 Visão geral da foliação Sn’ marcada pela unidade tonalito granulito.
.......................................................................................................................... 68
Fotografia 4.2 Detalhe da foliação Sn’ nas rochas granulíticas. ...................... 68
Fotografia 4.3- Boudin simétrico envolvendo níveis pegmatíticos e sienogranito
deformado. ....................................................................................................... 70
Fotografia 4.4- Boudin simétrico envolvendo rocha máfica. ............................ 70
Fotografia 4.5 - Dobras de boudinagem em granulitos. ................................... 71
Fotografia 4.6 - Dobras intrafolias associadas com a foliação Sn-1 no granulito.
........................................................................................................................... 71
Fotografia 4.7- Estrutura simoidal do tipo Duplex desenvolvido em rochas
granulíticas. ....................................................................................................... 71
Fotografia 4.8 - Lineação de estiramento mineral (Lxn’) em granulitos. Fotografia
em planta, não possui indicação do norte. ........................................................ 72
12
Fotografia 4.9 - Lineação de estiramento mineral (Lxn’) em granulitos. .......... 72
Fotografia 4.10- Vista planorâmica da dobra aberta da fase Dn” em granulitos.
.......................................................................................................................... 73
Fotografia 4.11 Detalhe da dobra aberta da fase Dn” em granulitos. .............. 73
Fotografia 4.12 – Dobra parasítica em Z da da fase Dn” em granulitos. ......... 73
Fotografia 4.13- Vista panorâmica dos diques félsicos truncando os granulitos.
Fotografia em planta, visada para norte. ......................................................... 74
Fotografia 4.14 Detalhe dos diques félsicos truncando os granulitos. Fotografia em
planta, visada para norte. ................................................................................ 74
Fotografia 4.15 Vista panorâmica dos diques máficos truncando os granulitos.
......................................................................................................................... 75
Fotografia 4.16 - Fraturas desenvolvidas em granulitos. ................................ 75
Fotografia 4.17 – Diques máficos e félsicos intrusivos no granulito. ............... 78
Fotografia 4.18- Fraturas em dique máfico. .................................................... 78
13
LISTA DE FOTOMICROGRAFIAS
Fotomicrografia 3.1 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), mimerquita (mq) e
mesopertita (Mp) nos tonalitos granulíticos. .................................................... 42
Fotomicrografia 3.2 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), mimerquita (Mmq) e
mesopertita (Mp) nos tonalitos granulíticos. .................................................... 42
Fotomicrografia 3. 3 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), hiperstênio (Hy), diopsídio
(Di) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. ...................................... 43
Fotomicrografia 3.4 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), hiperstênio (Hy), diopsídio
(Di) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. ...................................... 43
Fotomicrografia 3.5 – Detalhe anterior com plagioclásio (Pl), biotita (Bt) e mineral
opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. ............................................................. 45
Fotomicrografia 3.6 – Arcabouço granoblástico de plagioclásio (Pl) e quartzo (Qtz)
nos tonalitos granulíticos. ................................................................................. 45
Fotomicrografia 3.7 - Aglomerado de hiperstenio (Hy) e matriz rica em plagioclásio
(Pl) nos tonalitos granulíticos. .......................................................................... 46
Fotomicrografia 3.8 - Aglomerado de hiperstenio (Hy) e matriz rica em plagioclásio
(Pl) nos tonalitos granulíticos. .......................................................................... 46
Fotomicrografia 3.9 - Plagioclásio (Pl), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. ........................................................................................ 47
Fotomicrografia 3.10 - Plagioclásio (Pl), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. ........................................................................................ 47
Fotomicrografia 3.11 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), mesopertita (Mp), apatita
(Ap), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. .................... 48
Fotomicrografia 3.12 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), mesopertita (Mp), biotita
(Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. ........................................ 48
Fotomicrografia 3.13 - Associação de diopsidio (Di) e microclina (Mi) com biotita
(Bt). Notar o contato interlobado entre a microclina e a biotita. ........................ 48
Fotomicrografia 3.14 - Associação de diopsidio (Di) e microclina (Mi) com biotita
(Bt). Notar o contato interlobado entre a microclina e a biotita. ........................ 48
14
Fotomicrografia 3.15: Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix rica em aglomerados
poligonais de mesopertita (Mp) no granada monzogranito milonitizado. ........ 52
Fotomicrografia 3.16: Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix rica em aglomerados
poligonais de mesopertita (Mp) no granada monzogranito milonitizado. ........ 52
Fotomicrografia 3.17 – Apregado granoblástico de mesopertita (Msp), quartzo
(Qtz) e mimerquita (Mmq) no granada monzogranito milonitizado. ................. 53
Fotomicrografia 3.18 - Plagioclásio (Pl) mergulhado em matriz de quartzo (Qtz) e
mesopertita (Mp) no granada monzogranito milonitizado. ............................... 53
Fotomicrografia 3.19: - Exemplar de granada (Grt) no monzogranito com matriz
milonítica constituída por agregados de grãos poligonais de plagioclásio (Pl),
quartzo (Qtz) e microclina (Mi) . ....................................................................... 54
Fotomicrografia 3.20: - Exemplar de granada (Grt) no monzogranito com matriz
milonítica constituída por agregados de grãos poligonais de plagioclásio (Pl),
quartzo (Qtz) e microclina (Mi) . ....................................................................... 54
Fotomicrografia 3.21 – Exemplar de zircão (Zr) reliquiar em matriz de Quartzo
(Qtz) e mesopertita (Mp) no granada monzogranito milonitizado. ................... 55
Fotomicrografia 3.22: Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix rica em aglomerados
poligonais de mesopertita (Mp) no granada monzogranito milonitizado. ......... 55
Fotomicrografia 3.23 – Porfiroblastos de granada (Grt) com inclusões de cordierita
(Cd), imerso em matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
alumino-magnesiano. ....................................................................................... 57
Fotomicrografia 3.24 – Porfiroblastos de granada (Grt) com inclusões de cordierita
(Cd), imerso em matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
alumino-magnesiano. ....................................................................................... 57
Fotomicrografia 3.25 – Porfiroblástos de granada (Grt) e matriz com aglomerados
de cordierita e clinopiroxênio (Cpx), além de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
granulitos alumino-magnesiano. ...................................................................... 57
Fotomicrografia 3.26 – Porfiroblástos de granada (Grt) e matriz com aglomerados
de cordierita e clinopiroxênio (Cpx), além de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
granulitos alumino-magnesiano. ...................................................................... 57
15
Fotomicrografia 3.27 – Textura nematoblástica marcada por cristais de
clinopiroxênio (Cpx) alinhados com a foliação, além de silimanita (Sil) idioblástica e
pórfiro de granada (Grt) matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
alumino-magnesiano. ........................................................................................ 59
Fotomicrografia 3.28 – Textura nematoblástica marcada por cristais de
clinopiroxênio (Cpx) alinhados com a foliação, além de silimanita (Sil) idioblástica e
pórfiro de granada (Grt) matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
alumino-magnesiano. ........................................................................................ 59
Fotomicrografia 3.29 – Exemplar de biotita (Bt) retrometamórfica em contato com
cristais de granada (Grt) e silimanita (Sil), imersos em matriz de quartzo (Qtz) e
mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-magnesiano. ..................................... 60
Fotomicrografia 3.30 – Exemplar de biotita (Bt) retrometamórfica em contato com
cristais de granada (Grt) e silimanita (Sil) imersos em matriz de quartzo (Qtz) e
mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-magnesiano. ..................................... 60
Fotomicrografia 3.31 – Detalhe da Silimanita (Sil) inclusa em granada (Grt)
porfiroblástica imersa em matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
granulitos alumino-magnesiano. ......................................................................... 60
Fotomicrografia 3.32 – Detalhe da Silimanita (Sil) inclusa em granada (Grt)
porfiroblástica imersa em matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
granulitos alumino-magnesiano. ......................................................................... 60
Fotomicrografia 3.33 - Cristais euédricos de diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl) e
cristais subédricos de mineral opaco (Mo). Observa-se a presença da textura
subofítica e intergranular. .................................................................................. 64
Fotomicrografia 3.34 - Cristais euédricos de diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl) e
cristais subédricos de mineral opaco (Mo). Observa-se a presença da textura
subofítica e intergranular. .................................................................................. 64
Fotomicrografia 3.35 - Cristais euédricos de diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl).
Observa-se a presença da textura subofítica e intergranular. .......................... 65
Fotomicrografia 3.36 - Cristais euédricos de diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl).
Observa-se a presença da textura subofítica e intergranular. .......................... 65
16
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 – Composição mineralógica para amostras descritas do tonalito
granulítico. ........................................................................................................ 44
Tabela 3.2 - Composição mineralógica do sienogranito milonítico. ................. 51
Tabela 3.3 - Composição mineralógica do diabásio. ....................................... 64
17
LISTA DE ANEXOS
ANEXO 1. Mapa de Geológico do Lajedo Hospital Espanhol...........................98
ANEXO 2. Ficha de descrição Petrografica AN – 1 .........................................98
ANEXO 3. Ficha de descrição Petrografica AN – 2 .........................................104
ANEXO 4. Ficha de descrição Petrografica AN – 3 .........................................108
ANEXO 2. Ficha de descrição Petrografica AN – 4 .........................................113
ANEXO 3. Ficha de descrição Petrografica AN – 5 .........................................119
ANEXO 4. Ficha de descrição Petrografica AN – 6 ........................................ 123
ANEXO 2. Ficha de descrição Petrografica AN – 7 ........................................ 126
ANEXO 3. Ficha de descrição Petrografica AN – 8 ........................................ 132
ANEXO 4. Ficha de descrição Petrografica SG – 24B.................................... 136
18
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS. ....................................................................................... 4
RESUMO. ......................................................................................................... 7
ABSTRACT. ...................................................................................................... 9
LISTA DE FIGURAS. ........................................................................................ 10
LISTA DE FOTOGRAFIAS. .............................................................................. 12
LISTA DE FOTOMICROGRAFIA. .................................................................... 14
LISTA DE TABELAS. ....................................................................................... 17
LISTA DE ANEXOS. ........................................................................................ 18
1. INTRODUÇÃO. ........................................................................................... 21
1.1
Contextualização e Apresentação do Problema. ............................... 21
1.2 ... Localização da Área de Trabalho. ...................................................... 22
1.3 .... Objetivos. ........................................................................................... 24
1.4 ....Justificativa. ........................................................................................ 24
1.5 .... Método de Trabalho. .......................................................................... 24
2. .GEOLOGIA REGIONAL. ............................................................................. 26
2.1
Introdução. ........................................................................................ 26
2.2
As Principais Unidades Tectônicas da Porção Setentrional do Cráton do
São Francisco. ................................................................................................. 26
2.3
Evolução Paleoproterozóica do Setor Setentrional do Cráton do São
Francisco. .......................................................................................................... 34
2.4 Arcabouço Estrutural da Cidade de Salvador. ....................................... 36
3.GEOLOGIA LOCAL. ....................................................................................... 41
3.1
Geologia Local e Petrografia. ............................................................ 41
3.1.1 Tonalito Granulítico com Enclaves Máficos. .................................... 41
3.1.2 Monzo-sienogranito milonitizado. .................................................... 49
3.1.3 Granulito Alumino-magnesiano. ...................................................... 55
3.1.4 Sienogranito não deformado. .......................................................... 60
3.1.5 Diques máficos. ............................................................................... 61
19
3.1.6 Ortoconglomerado de praia. ............................................................ 65
3.1.7 Areia de praia. .................................................................................. 65
3.2 Metamorfismo ........................................................................................... 66
4. ANÁLISE ESTRUTURAL. ............................................................................. 67
4.1 Estruturas Deformacionais Identificadas. ................................................. 67
4.2 Granulitos Tonalíticos e Rochas Associadas. .......................................... 67
4.2.1 Diques Máficos e Félsicos. ................................................................ 77
4.3 Fases Deformacionais Identificadas e Evolução Deformacional. ............. 78
5. Conclusões. ................................................................................................... 82
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. .................................................................. 84
20
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
O Cráton do São Francisco é uma unidade tectônica que foi consolidada durante
a orogenia paleoproterozóica e hospeda grande diversidade de terrenos arqueanos e
paleoproterozóicos, sendo recoberto por rochas metassedimentares com magmatismo
máfico associado, formados durante o Meso e Neoproterozóico (e.g. Almeida 1977,
Barbosa & Dominguez 1996, Teixeira et al. 2000, Silva et al. 2000, Bastos Leal et al.
2003; Barbosa & Sabaté 2004, Noce et al. 2005). Na sua porção norte, no estado da
Bahia, a orogenia paleoproterozóica envolveu os blocos crustais Gavião, Jequié,
Serrinha e culminou com a formação do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Esse
orógeno pode ser subdividido no Cinturão Salvador-Esplanada, com orientação Geral
N045o, e no Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, com orientação geral segundo NS. A
área de trabalho encontra-se inserida no Cinturão Salvador-Esplanada uma unidade
tectônica ainda pouco conhecida do ponto de vista geológico.
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
O Cinturão Salvador-Esplanada constitui um dos compartimentos menos
estudados do Cráton do São Francisco e aflora ao longo da Costa Atlântica do Estado
da Bahia. Em Salvador vários afloramentos podem ser identificados e descritos, com
rico acervo de estruturas. Embora alguns trabalhos venham sendo publicados (Cruz
2005, Corrêa-Gomes et al. 2005, Souza, 2008, Oliveira, 2010) ainda existem muitas
dúvidas quanto à evolução tectônica do Cinturão Salvador-Esplanda. As principais
questões são: existe alguma relação genética entre o cinturão Salvador-Esplanada e o
cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá? Ou a sua origem está relacionado com o
retrabalhamento do bloco Serrinha?
Para contribuir com o estudo sobre o tema escolheu-se um laboratório natural
que localiza-se na cidade de Salvador. Na área de pesquisa afloram rochas granulíticas
e diques de rochas máficas e félsicas, cuja história evolutiva ainda é pouco conhecida.
Desta forma, para o afloramento estudado algumas questões foram levantadas: qual a
sua constituição litológica? Qual o arcarbouço estrutural? Qual a polaridade estrutural
das fases identificadas?
21
Responder a essas questões significa dar um passo muito significativo no
entendimento da evolução regional do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e, em
especial, colaborar para o entendimento do significado tectônico do Cinturão SalvadorEsplanada.
1.2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO
A área de trabalho localiza-se na cidade de Salvador (Figura 1.1e 1.2), na praia
em frente ao Hospital Espanhol. Trata-se de um afloramento com 11.527 m2. Devido ao
afloramento ser um lajedo na praia, as atividades de campo estiveram sob a influência
direta da variação da maré, sendo preferível realizar essas atividades durante a
semana da maré de sizígia.
Figura 1.1 Situação e localização da área de trabalho. Fonte: Base da CEI e DNIT (2002).
22
Área de trabalho
Figura 1.2: Mapa rodoviário do estado da Bahia, com limites municipais.
FDS
38°
44°
8°
8°
11ºS
Aracaju
FRPT
BRASIL
FRP
FS
48°
12°
SALVADOR
FB
FB
OC
EA
NO
Cinturões de dobramentos
e cavalgamentos
Coberturas fanerozóicas
Coberturas neoproterozóicas
BELO
HORIZONTE
20°
48°
Bacia Sedimentar do
Recôncavo-Tucano-Jatobá (BSR)
Neo-Mesoproterozóico
Rochas Metassedimentares da
Faixa de Dobramentos Sergipana (FDS)
Coberturas mesoproterozóicas
Arqueano/Paleoproterozóico
Embasamento arqueano-paleoproterozóico
Rochas metamórficas de alto e
médio graus do Orógeno ItabunaSalvador-Curaçá (OISC) e da Faixa
Salvador-Esplanda (FSE).
Regiões, sistemas e cinturões de dobras
FA do Ciclo Brasiliano (750-450 Ma)
FR
Coberturas Sedimentares
FS
E
Limites entre blocos
Limites do Cráton
N
12ºS
Mesozóico
O
40°
BSR
IC
16°
ÂN
T
FA
AT
L
BRASÍLIA
OISC
Ocea no
At lântic
o
Legenda
Terciário-Quartenário
Salvador
FA- Faixa Araçuaí, FR - Faixa Ribeira, FBFaixa Brasília, FRP- Faixa Rio Preto, FRPT Faixa Rch. Pontal e FS- Faixa Sergipana
N
Área de estudo
0km
39º
75km
38º
Área de estudo
37º
Figura 1.3 Mapa geotectônico do Cráton do São Francisco. Com detalhe da geologia regional da área de trabalho.
23
13ºS
1.3. OBJETIVOS
O principal objetivo dessa monografia é realizar o mapeamento geológico
do afloramento da Praia do Hospital Espanhol, na escala 1: 300. Como objetivos
específicos, tem-se:
(i) realizar um estudo petrográfico das unidades aflorantes.
(ii) executar o levantamento estrutural multiescalar;
(iii) elaborar um modelo de evolução deformacional contemplando os
elementos estruturais obtidos.
1.4. JUSTIFICATIVA
O Cinturão Salvador-Esplanada (Barbosa & Domingues 1996) representa
um dos componentes do Orógeno Itabuna Salvador-Curaçá. Apesar do amplo
conhecimento a cerca dos demais constituites desse Orógeno, a saber, os blocos
Gavião, Jequié, Serrinha, assim como o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, pouco
ou nada se sabe a cerca da constituição litológica e arcabouço estrutural do
Cinturão Salvador-Esplanada. Nele, as rochas encontram-se metamorfisadas e
polideformadas, tendo como característica mais interessante o seu trend NE-SW,
discordante ao trend NS do orógeno. Entretanto, pouco ou nada se sabe a cerca
do significado das deformações e dos aspectos genéticos relacionados com as
rochas que o constitui. Este trabalho vem somar esforços para o estudo da
evolução tectônica da porção NE do Cráton do São Francisco e representa uma
importante oportunidade de desenvolver pesquisa científica de relevante interesse
na cidade de Salvador, com baixo custo de aquisição de dados.
1.5. MÉTODO DE TRABALHO
Para atingir os objetivos propostos, foram realizadas as seguintes atividades:
a) Trabalhos Preliminares: nessa etapa foram desenvolvidas as seguintes
atividades: (i) levantamento de informações disponíveis na literatura sobre a geologia
da região, especialmente sobre o Cinturão Salvador-Esplanada; ii) interpretação de
fotos aéreas e imagens de satélite visando a confecção de um mapa base geológico
24
preliminar com a identificação e localização dos lineamentos estruturais do afloramento
estudado.
b) Trabalhos de Campo: os trabalhos de campo totalizaram 41 dias e foram
desenvolvidos objetivando caracterizar as principais litologias da região e suas relações
de contato, bem como identificar feições estruturais associadas às deformações rúpteis
e dúcteis da área. Amostras de rocha foram coletadas utilizando o martelo geológico,
tendo sido cadastradas com números e devidamente georeferenciadas. Os dados
estruturais foram realizados utilizando a bússola geológica Brunton, tendo sido adotado
o método clássico da análise estrutural com determinação do posicionamento das
estruturas identificadas. Os dados foram obtidos utilizando a regra da mão direita.
c) Estudos Petrográficos: durante essa atividade foi realizada a identificação dos
minerais constituintes, assim como a descrição de suas relações texturais nos
diferentes tipos de rochas. Foram descritas um total de 9 laminas delgadas utilizando o
microscópio petrográfico binocular com luz transmitida no laboratório de petrografia do
IGEO-UFBA. As rochas metamórficas e deformadas foram cortadas segundo o plano
XZ do elipsóide de deformação finita, tendo utilizado a foliação principal e a lineação de
estiramento como principais referências. Os dados modais obtidos foram inseridos em
diagramas específicos visando determinar o nome da rocha.
d) Tratamento dos dados estruturais: os dados obtidos em campo foram
organizados em tabela Excell e levados para o programa Stereonet (for Windows)
visando construir os diagramas estereográficos.
e) Integração de Resultados: os resultados da pesquisa foram integrados através
de elaboração da monografia de final de curso.
25
CAPÍTULO 2 – GEOLOGIA REGIONAL
2.1. INTRODUÇÃO
A área da pesquisa encontra-se na porção leste do Estado da Bahia, mais
precisamente na cidade de Salvador. Ela está inserida na entidade tectônica
conhecida como Cráton do São Francisco, estando localizada na porção nordeste
deste cráton.
O Cráton do São Francisco foi definido por Almeida (1977) como uma
porção continental que foi consolidada no Paleoproterozóico, cujo substrato não
foi
afetado
pelas
deformações
Brasilianas,
durante
a
Neoproterozóico.
Atualmente, discute-se o limite do Cráton na sua porção meridional, especialmente
na posição de interação entre o Aulacógeno Paramirim e o Orógeno Araçuaí (Cruz
& Alkmim 2006) (Figura 2.1). Esta unidade tectônica compreende grande parte
dos terrenos metamórficos do Estado da Bahia com idade maior do que 1.8 Ga e
inclui porções dos estados de Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Sergipe.
Também é possível reconhecer, além do substrato mais antigo do que 1.8 Ga, um
conjunto de rochas metassedimentares de idade pré-cambriana, que estão
alojados no Aulacógeno Paramirim. Neste contexto podem ser reconhecidos o
Supergrupo Espinhaço, São Francisco e unidades sedimentares fanerozóicas
(Figura 2.1). Em seus limites, Almeida (1977, 1981) reconheceram os orógenos
Brasília, a sul e oeste, Rio Preto, a noroeste, Riacho do Pontal, a norte, Sergipana,
a nordeste e Araçuaí, a sudeste.
2.2 AS PRINCIPAIS UNIDADES TECTÔNICAS DA PORÇÃO SETENTRIONAL
DO CRÁTON DO SÃO FRANCISCO
A parte norte do Cráton do São Francisco, aflorante no Estado da Bahia,
possui litotipos metamórficos de alto grau, polideformados, que se estendem
desde a região de Ilhéus-Itabuna ao sul, até a região de Curaçá ao norte, e
apresenta preservadas as raízes do orógeno paleoproterozóico (Alkmim 2004).
Este orógeno é o resultado do processo de colagem e acresção continental
envolvendo quatro segmentos litotectônicos principais, quais sejam: os blocos
26
Gavião, Serrinha, Jequié e o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaça (Barbosa &
Domingues 1996; Teixeira et al. 2000; Barbosa & Sabaté 2001; 2004) (Figura 2.2).
De acordo com esses autores, as rochas constituintes do embasamento do cráton
em foco possuem idades superiores a 1,8 Ga, em sua maioria idades arqueana e
neste contexto, famílias de plútons com idades e filiação química distintas podem
ser identificados.
Afloramento
estudado
Figura 2.1 – Mapa geológico simplificado do Cráton do São Francisco (Fonte: Alkmim 2004) .
Segundo Hartman & Delgado (2001) o Bloco Gavião encontra-se em sua
maior parte encoberto por depósitos plataformais paleo a neoproterozóicos dos
supergrupos Espinhaço e São Francisco. Esse bloco ocorre na parte WSW da
porção setentrional do cráton em foco e corresponde a um núcleo arqueano cujas
bordas foram retrabalhadas pela orogenia paleoproterozóica. Ele é constituído
essencialmente por ortognaisses tonalítico-trondhjemítico-granodioríticos (TTG) e
seqüências supracrustais, algumas do tipo greenstone belts. A edificação deste
bloco teve início no Paleoarqueano, com plutonismo TTG juvenil representado
27
pelos domos de Sete Voltas, Boa Vista/Mata Grande e Bernarda, com idades
entre 3,40-3,33 Ga (Nutman & Cordani, 1992; Pinto, 1996), e pelo Complexo Mairi,
datado entre 3,4 Ga (Mougeot, 1996) e 3,04 Ga (Peaucat et al., 2002). Seguiramse dois novos eventos plutônicos: um entre 3,24 e 3,16 Ga (Pinto, 1996),
relacionado à acresção juvenil com contaminação crustal, e outro, no intervalo 2,82,6 Ga, caracterizado por migmatização e pela colocação de corpos granitóides
intrusivos. As associações do tipo greenstone belts do Bloco Gavião reportam-se:
(i) ao Paleoarqueano, assinalado em dacitos da seqüência Mundo Novo, de 3,3
Ga (Peucat et al., 2002) e em metassubvulcânicas da seqüência ContendasMirante, de 3,36 Ga (Marinho, 1991); (ii) ao intervalo do Meso-Neoarqueano,
registrado nos greenstone belts de Umburanas, Brumado, Ibitira-Ubiraçaba e
Guajeru Essas rochas estão metamorfisadas na fácies anfibolito (Martin et al.
1991; Marinho 1991; Santos Pinto 1996; Cunha et al. 1996; Basto Leal 1998;
Barbosa & Sabaté 2003, 2004, Barbosa et al. 2001).
28
Bloco Gavião
Bloco Jequié
Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá
Greenstone belts arqueanos
Terrenos Supracrustais Paleoproterozóico
Granitóides Paleoproterozóico
Supracrustais Meso-Neoproterozóico
Figura 2.2 – Mapa geológico simplificado do segmento do orógeno paleoproterozóico exposto na
porção norte do Cráton do São Francisco. Os blocos arqueanos Serrinha e Jequié (provavelmente
microcontinentes), juntamente com o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (arco magmático) foram
amalgamados ao bloco arqueano maior do Gavião na transição entre os períodos Rhyaciano e
Orosiriano (Fonte: Modificado de Alkmim 2004).
Ainda
relacionado
ao
Bloco
Gavião,
granitóides
intrusivos
paleoproterozóicos integram o cenário regional. Na serra de Jacobina, no limite do
bloco em foco, tem-se a presença de leucogranitos peraluminosos e granito a
duas micas (Rudowskky, 1989). Na região compreendida entre as cidades de
29
Brumado, Boquira e Guanambi uma série de corpos de granitóides siderianos e
orosirianos foram descritos por Arcanjo et al. (2000), Bastos Leal et al. (2000),
Leal et al. (2005), Guimarães et al. (2005).
Por sua vez, o Bloco Jequié ocorre na parte SE do Cráton do São
Francisco, sendo composto por ortognaisses-migmatíticos de 3,1-2,9 Ga (U/Pb,
Rb-Sr, Pb/Pb) com enclaves de supracrutais (enclaves básicos e migmátitos
Ubaira e Jequié) (Wilson 1987; Marinho 1991; Marinho et al. 1994) e afetado por
intrusões
múltiplas
graníticas
a
granodioriticas
de
alto
e
baixo
Ti
(Granitos/Granodioritos de Maracás, Laje e Mutuípe) que correspondem
atualmente a corpos charnoquiticos a charnoenderbiticos de 2,8-2,7 Ga (Alibert &
Barbosa 1992; Fornari & Barbosa 1994). Estas intrusões eventualmente
apresentam megaenclaves dos ortognaisses-migmatitícos. Todas essas unidades
serviram de embasamento para seqüências supracrustais, de natureza vulcânica
ou sedimentar química e clástica, caracterizadas por basaltos e andesitos
basálticos, cherts, formações ferríferas bandadas, grafititos e kinzigitos (Barbosa
et al. 2003). O Bloco Jequié sofreu intensa deformação e metamorfismo na fácies
granulito em 2,1 Ga.
O Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, possui interpretações evolutivas na
parte sul do orógeno e é chamada de Cinturão Itabuna-Salvador. Já a porção
norte deste orógeno é chamada de Cinturão Salvador-Curaçá.
O Cinturão Itabuna-Salvador ocorre na porção ocidental do Cráton do São
Francisco e possui um trend geral de N-S. Esse bloco possui como constituintes
dominantes pelo menos quatro gerações de tonalitos e trondhjemitos sendo que
três são arqueanas com idades entre 2,7-2,5 Ga e uma é paleoproterozóica sincolisional de idade 2,1 Ga. Estes grupos são interpretados como resultado de
fusão da crosta (Barbosa & Peucat 2003). Faixas de rochas metassedimentares
constituídas por quartzito com granada, gnaisses alumino-magnesianos com
safirina,
grafititos e
formações
manganesíferas (Teixeira
1997)
ocorrem
intercalados com os tonalitos. A origem dessas rochas é interpretada como um
arco magmático, com arco de ilha, bacias de retro-arco e zonas de subducção
(Figueiredo
1989)
desenvolvidos
na
virada
do
Neoarqueano
para
o
30
Paleoproterozóico (~2,6 Ga). No cinturão também podem ser encontradas rochas
shoshoníticas de 2,4 Ga (Barbosa 1990; Ledru et al. 1996). Durante a colisão
paleoproterozóica, todos os constituintes foram deformados e metamorfisados na
fácies granulito.
O Cinturão Salvador–Curaçá (Santos & Souza 1983) representa um prisma
de acrescimento crustal, que bordeja os blocos Gavião, Jequié e Serrinha (Fig.
II.2). Esse cinturão é constituído por rochas da suíte tonalítica–trondhjemítica–
granodiorítica (Complexo Caraíba) com imbricações de rochas supracrustais
(Complexo Ipirá) contendo mobilizados anatéticos e granitóides diversos, sendo
que, todo o conjunto é limitado, no seu bordo ocidental, por uma suíte de rochas
máficas–ultramáficas denominada de Suíte São José do Jacuípe (Melo 1991,
Loureiro 1991, Sampaio, 1992 orgs.). Todas as unidades litológicas do cinturão
estão reequilibradas na fácies anfibolito alto/granulito (Melo et al. 1995). A
presença de idades de 2,7 Ga, obtidas por método U–Pb (SHRIMP) em zircão
(Silva et al. 1997), tem sido relacionada a processos de subducção/geração de
protólitos tonalíticos–trondhjemíticos em ambientes de arco de ilhas (Barbosa
1997, Barbosa & Sabaté 2000). Idades de 2,08 Ga obtidas pelo método U–Pb
(SHRIMP) em zircões (Silva et al. 1997) atestam que sua evolução é relacionada
ao Ciclo Transamazônico.
Na cidade de Salvador, na Bahia, até Buquim, em Sergipe, o cinturão
Itabuna-Salvador-Curaçá sofre uma inflexão para NE e possui orientação N45º.
Neste setor foi individualizado por Barbosa (1996) o Cinturão Salvador-Esplanada.
A região de Salvador está inserida neste contexto, que apresenta rochas
gnaissificadas orto e paraderivados, equilibradas em condições de fácies granulito
e retrometamorfisadas no fácies anfibolito (Cruz 2005; Souza 2008, Souza 2009).
Estas rochas estão cortadas por diques máficos e graníticos. A área próxima à
Esplanada, Oliveira-Júnior (1990) registrou a ocorrência de granodioritos e
granitos alcalinos, ortognaisses de natureza calcialcalina, anfibolitos de origem
gabróica e natureza toleíitica. Sato (1988) obteve isocrônas Rb-Sr na região de
Esplanada de idades paleoproterozóicas. Estudos mais recentes realizados por
Silva et al. (2002) sugerem que o Cinturão Salvador-Esplanada representa o
31
compartimento leste do Bloco Serrinha, descrito a seguir, que foi amalgamado ao
Cráton do Congo durante o Paleoproterozóico. Granodioritos leucocráticos na
região de Aporá foram datados pelo método
207
Pb/206Pb, tendo sido obtida a idade
de 2,9 Ga, que foi interpretada como idade mínima de cristalização para essas
rochas.
O Bloco Serrinha ocorre na parte NE do Cráton do São Francisco e possui
substrato formado por granitos e tonalitos gnaissificados e migmatizados, cujas
idades ficam entre 3,1 e 2,8 Ga (Gaal et al. 1987; Oliveira et al. 1999; Melo et al.
2000; Rios et al. 2002). Em ortognaisses Rios et al. (2002) encontrou um
xenocristal de zircão que foi datado em 3,6 Ga indicado que o plutonismo 3,1-2,8
foi intrusivo em crosta mais antiga. Este bloco foi metamorfisado na fácie anfibolito
e suas rochas são cobertas por seqüências paleoproterozóicas do greenstone belt
do Rio Itapicuru e Capim, as quais foram depositadas em bacias de retro-arco
(Silva 1996).
Ao que tudo indica, os blocos Gavião, Jequié e Serrinha constituem
terrenos participantes de uma história acrescionária do orógeno paleoproterozóico
e assim os interpretam Barbosa & Sabaté (2001; 2004). De acordo com Figueiredo
(1989), Teixeira & Figueiredo (1991), Ledru et al. (1994); Teixeira et al. (2000),
Barbosa & Sabaté (2004), o orógeno em questão foi edificado por volta de 2,0 Ga
a partir de uma convergência entre duas massas continentais representadas pelos
blocos do Gavião e do Gabão, este último hoje parte do Cráton do Congo. Essa
colisão teve caráter oblíquo e está registrada por empurrões e dobras vergentes
para WNW, às quais se superimpõem estruturas de um regime transpressional
sinistral (Alves da Silva et al. 1993; Ledru et al. 1997; Barbosa & Sabaté 2001).
32
Figura 2.3 – Mapa geológico simplificado da parte nordeste do Estado da Bahia com a localização
da área de pesquisa. Fonte: Barbosa et al. (2005).
Outra unidade regional é o rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá, que representa
um ramo abortado do sistema de riftes que deu origem ao Atlântico Sul (Magnavita
1992; Milani & Thomaz Filho 2000). Com uma largura média de cerca de 80 km,
estende-se por cerca de 400 km na direção N-S, dos quais mais da metade ficam
no interior do cráton. Esse rifte é constituído por uma associação de semi-grabens,
as sub-bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá, cujas falhas de borda não
33
alinhadas, alternam-se entre o leste e o oeste (Magnavita 1992; Aragão & Peraro
1994) (Figura 2.3).
O preenchimento do rifte, cuja espessura máxima chega a 11.000 m,
compreende três megasseqüências, pré, sin, e pós-rifte, que caracterizam os seus
estágios evolutivos principais (Milani & Thomaz Filho 2000; Silva et al 2000). A
sucessão pré-rifte é constituída por sedimentos lacustres, fluviais e eólicos, de
idade neojurássica a eo-cretácica. A fase rifte teve inicio no Berriasino (135-130
Ma) e perdurou até o Aptiano (114-108 Ma). De acordo com Milani & Thomaz Filho
(2000), neste período desenvolveu-se um grande sistema de lago alimentado por
correntes de densidade “turbides” e, mais tarde, um sistema de deltas gilbertianos,
que passam a sistemas fluviais. Próximo às falhas de borda dos semi-grabens
depositaram-se grandes espessuras de conglomerados. Durante o pós-rifte, o
preenchimento da calha prosseguiu com a deposição de cascalhos e areias
fluviais em discordância com as unidades inferiores.
2.3. EVOLUÇÃO PALEOPROTEROZÓICA DO SETOR SETENTRIONAL DO
CRÁTON DO SÃO FRANCISCO
No
setor
setentrional
do
Cráton
do
São
Francisco
a
colisão
paleoproterozóica ocorreu com a movimentação de quatro placas, denominadas
de Gavião, Jequié, Serrinha e Itabuna Salvador-Curaça (Barbosa & Sabaté, 2002).
De acordo com esses autores, a colisão ocorreu com orientação segundo NW-SE,
cujo principais elementos estruturais são falhas de empurrão regionais e zonas
transcorrentes tardias (Barbosa & Sabaté, 2002). Estas zonas apresentam uma
cinemática geralmente sinistral segundo Alves da Silva & Barbosa (1997 apud
Barbosa & Sabaté, 2002) (Figuras 2.4 e 2.5).
34
Figura 2.4 – Corresponde aos blocos crustais arqueanos que durante o processo de colisão
obliqua (Modificado de Barbosa & Sabaté, 2002).
Figura 2.5 – Representa os blocos crustais arqueanos Jequié e Serrinha provavelmente
microcontinentes que juntamente com o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (arco magmático) foram
amalgamados pelo bloco Gavião durante a transição do Rhyaciano e Orosiriano (Modificado por
Barbosa & Sabaté, 2002).
35
Na porção norte do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, a aproximação do
Bloco Serrinha em direção ao Bloco Gavião foi responsável por um importante
encurtamento crustal segundo E-W.
2.4. ARCABOUÇO ESTRUTURAL DA CIDADE DE SALVADOR
Conforme citada anteriormente, a cidade de Salvador está inserida no
Cinturão Salvador-Esplanada e sua geologia regional pode ser subdividida em três
domínios: a Bacia Sedimentar do Recôncavo, a Margem Continental Atlântica e o
Alto de Salvador (Barbosa et al. 2005). O alto de Salvador (Figura 2.8) está entre
os dois domínios já citados e corresponde a um horst, tendo seu limite ocidental
marcado pela Falha de Salvador e seu limite oriental é feito pela Falha Iguatemi
(Figura 2.8). Neste setor, afloram (i) granulitos alumino-magnesianos, granulitos
básicos, e (ii) tonalitos granulíticos e charnoenderbiticos com enclaves de
metapiroxenito e metagabro (Barbosa et al. 2005). Vale ressaltar que as cotas
topográficas no Alto de Salvador têm em média 60 metros, enquanto na Margem
Atlântica as altitudes dificilmente superam os 30 metros (Barbosa et al. 2005).
36
Figura 2.6 – Mapa geológico simplificado da cidade de Salvador. Fonte Souza (2009). AS – Alto de Salvador; BR – Bacia do Recôncavo; MC –
Margem Continental Atlântica.
37
Estudos realizados por Barbosa et al. (2005), Corrêa-Gomes et al. (2005) e Cruz
(2005) sugerem que pelo menos três fases deformacionais dúcteis foram
registradas na parte oeste do Alto de Salvador. A hierarquia elaborada por aqueles
autores foi a seguinte (Figura 2.9):
a) a primeira fase (Dn+1) deformou uma foliação/bandamento pré-existente
(Sn) nucleando dobras recumbentes de superfícies axiais (S n+1) e eixos subhorizontais, esses últimos caracterizados por lineações de estiramento mineral
dip-slip;
b) a segunda fase (Dn+2) dobrou as superfícies anteriores e, como é
interpretada a partir da evolução progressiva do evento (D n+1), gerou zonas em
high strain, dobras isoclinais a apertadas de direção N30º a N90º, com superfícies
axiais sub-verticais (Sn+2) e eixos/lineação de baixo caimento. Essas últimas
lineações são de estiramento strike-slip, porém localmente, pode estar inclinadas
devido a algum evento de torção. A esta mesma fase se associa uma
transpressão de cinemática ora sinistral ora dextral que, ao dobrar isoclinalmente
a superfície anterior (Sn+1) desenvolveu faixas com cinemática alternadas; c) a
terceira fase (Dn+2’) de caráter menos penetrativo, é marcada por zonas de
cisalhamento transcorrente, sub-verticais e sub-paralelas às superfícies axiais de
(Sn+2), com lineação de estiramento mineral strike-slip que, localmente, pode
evoluir até transposição das estruturas anteriores. As principais dificuldades na
interpretação local das deformações dúcteis correspondem (i) a alternância de
deformações contínuas, homogêneas e heterogêneas que pode mudar a
importância de uma fase em relação à outra e (ii) a alternância de faixas high
strain – low strain de uma fase comparada a outra, o que resulta ora na completa
transposição ora na preservação de estruturas mais antigas.
38
Figura 2.7 – Esquema tridimensional das estruturas impressas pelas fases tectônicas que afetaram
o Alto de Salvador, com indicação da orientação das superfícies e lineações minerais, em rede
estereográfica igual área, Schmidt-Lambert, no hemisfério inferior. As setas nos grandes círculos
indicam a movimentação do bloco ausente (missing block) de cada fase, ou sub-fase, tectônica.
(Fonte: Adaptado de Corrêa-Gomes et al. 2005).
Quanto às deformações rúpteis, inúmeras falhas e fraturas cortam os
granulitos de Salvador (Corrêa-Gomes et al., 2005, Barbosa et al., 2005). Cinco
conjuntos principais de fraturas podem ser reconhecidos e que, em ordem
decrescente compreendem os de direção (i) N60º - N90º, onde penetraram os
diques máficos metamórficos e metamonzo-sienogranitico, e subparalelo a Falha
da Barra; (ii) N40º - N70º, onde por muitas vezes se alojaram monzosienogranitos; (iii) N120º - N160º, que alojaram diques máficos não metamórficos;
(iv) N30º e N40º, cujos representantes mais importantes são as falhas de Salvador
e Iguatemi, respectivamente (Barbosa et al., 2005) e, (v) de direções N130º N140º, paralelo às falhas transferentes da Bacia do Recôncavo.
Ao estudar as paragêneses minerais e o metamorfismo dos granulitos do
Farol da Barra, Fujimori (1988) interpreta que essas rochas foram submetidas a
três condições de pressão e temperatura, a primeira em torno de 7,5 – 9 kbar e
840 – 900ºC; a segunda entre 3 kbar e 750ºC e a terceira entre 6 – 7 kbar e 525 –
550ºC. Fujimori (1988) admite que as duas primeiras correspondem a
39
metamorfismo de pressão intermediária (Green & Ringwood, 1967) seguida de
retrometamorfismo. A terceira foi relacionada a metamorfismo superimposto.
Dados radiométricos da área estudada são escassos e a maioria se
restringe aos diques máficos indeformados. D’ Agrella Filho et al., (1989)
(Ar40/Ar39), Renne et al., (1990) (Ar40/Ar39) e Heaman (1991) (Pb207/Pb206),
obtiveram idade dos diques entre 0,92 Ga e 1,1 Ga. Já as rochas da fácies
granulito foram datadas por Silva et al., (1997) pelo método SHRIMP em zircões
de granulitos tonalíticos e obtiveram idade de 2561±7 Ma considerada como
cristalização magmática e 2089±11 Ma, interpretada como do metamorfismo.
40
CAPÍTULO 3 – GEOLOGIA LOCAL
3.1 GEOLOGIA LOCAL E PETROGRAFIA
Na área mapeada foi possível identificar sete unidades litológicas, quais
sejam: tonalito granulítico com enclaves máficos, granada monzogranito
milonitizado, granulitos alumino-magnesiano, além de diques de sienogranito e
máficos (dolerito), bem como conglomerado e areia inconsolidada (Apêndice 1).
3.1.1 TONALITO GRANULÍTICO COM ENCLAVES MÁFICOS
Essas rochas ocorrem contribuindo com 85% da área cartografada
(Apêndice 1), distribuídas em todos os setores do mapa. As rochas estão
moderadamente a fracamente alteradas, além de encontrar-se coberta por
organismos marinhos bentônicos, o que dificultou bastante a sua identificação em
campo. A cor da rocha sã é cinza esverdeado, quando alterada fica cinza
esbranquiçado (fotos 3.1 e 3.2). A granulometria é fina e ocorre anisotrópica.
Nesta unidade é possível identificar dobras intrafoliais, foliação milonítica, lineação
de estiramento mineral, boudins e duplex. Além disso, dobras, zonas de
cisalhamento, falhas e fraturas compõem o arcabouço estrutural.
Fotografia 3.1 – Aspecto macroscópico do
Fotografia 3.2 – Aspecto macroscópico do tonalito
tonalito granulítico. Fotografia em planta, norte
granulítico. Fotografia em planta, norte indicado pela
indicado pela ponta da caneta.
ponta da bússola.
O estudo petrográfico dos tonalitos granulíticos demonstrou a presença de
microestrutura ígnea reliquiar do protólito ígneo, denominada de mimerquita
41
(Fotomicrografia 3.1 e 3.2). Por sua vez, microestruturas deformacionais, que são
sintectônicas à principal fase de deformação, foram identificadas, quais sejam:
Mp
Mp
Qtz
Qtz
Mmq
Qtz
Mq
Pl
Pl
Mp
0,15mm
0,15mm
Fotomicrografia 3.1 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
Fotomicrografia 3.2 - Plagioclásio (Pl), quartzo
mimerquita (Mq) e mesopertita (Mp) nos tonalitos
(Qtz), mimerquita (Mmq) e mesopertita (Mp) nos
granulíticos. Nicóis cruzados.
tonalitos granulíticos. Nicóis cruzados.
(i) granoblástica poligonal, marcada por contatos retilíneos em forma de
mosaico entre os grãos de andesina e de hiperstênio (Fotomicrografia 3.3 e 3.4).
(ii) reação, revelada pela presença de diopsídio no centro do cristal e
hiperstênio (?) na borda, bem como a presença de contatos lobados entre a
hiperstênio (?) e o mineral opaco.
(iii) pseudopoiquilítica, com o quartzo incluso em andesina;
(iv) nematoblástica revelada pela orientação preferencial da hiperstênio e
do diopsídio;
(v) lepidoblástica representada pela orientação preferencial da biotita.
(vi) núcleo-manto, porfiroclastica e milonítica revelada pela presença de
grãos poligonais de andesina entorno de porfiroclastos.
42
Mo
Mo
Pl.
Pl
Di
Hy
Di
Hy
Qtz
Qtz
Hy
Hy
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3. 3 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
Fotomicrografia 3.4 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo)
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo) nos
nos tonalitos granulíticos. Luz plana.
tonalitos granulíticos. Nicóis cruzados.
Com relação aos aspectos modais, o estudo petrográfico demonstrou a
presença de 35% a 50% de andesina, 7% a 23% de hiperstênio, 0% a 12% de
diopsídio, 15% a 25% de quartzo, 5% a 15% de biotita e 2% a 5% de minerais
opacos, 0% a 3% de apatita e zircão ocorre como traço (tabela 3.1), podendo ser
classificada como tonalito granulítico (Figura 3.1).
An-1 Pl – 35% + 5% + 0% = 40%
Mi – 2% = 2%
Qtz – 17% = 17%
43
MINERAIS
AMOSTRA
AN-1
AN-3
Plagiclásio
Quartzo
Hiperstênio
Diopsídio
Biotita
Minerais Opacos
Antipertita
Mesopertita
Microclina
Apatita
Zircão
TOTAL
35
17
18
10
40
15
7
30
1
2
0
5
<1
traço
traço
100
TIPO LITOLÓGICO
5
5
5
0
2
3
traço
100
PORCENTAGEM
AN-4
AN-5
40
20
15
10
5
3
3
2
0
2
traço
100
45
25
8
0
15
3
0
2
0
2
0
100
AN-6
50
25
7
0
5
3
10
0
0
0
traço
100
Tonalito
Tonalito
Tonalito
Tonalito
Tonalito
Granulítico Granulítico Granulítico Granulítico Granulítico
Tabela 3.1 – Composição mineralógica para amostras descritas do tonalito granulítico.
Diagrama QAP
Q
1 - álcali-feldspato
sienito
quartzolito
2 - monzodiorito
monzogabro
granitóide
rico em quartzo
-fe
ld .
g
al c
granodiorito
to
monzogranito
ali
sienogranito
to n
ran
i
to
3 - diorito, gabro
q-alc-feld
sienito
A
1
quartzosienito
sienito
quartzomonzonito
monzonito
q-monzodiorito
q-monzogabro
2
q-diorito
q-gabro
q-anortosito
3
P
Figura 3.1 – Classificação modal para as amostras do tonalito granuliítico plotadas no diagrama de
rochas plutônicas de Streinkeisen (1976).
44
O plagioclásio foi identificado como andesina (An 45-48%) e corresponde a
cerca de 35% do volume modal, é incolor em luz plana e o relevo é baixo.
Apresenta-se granular, subidioblástica, como granulometria variando entre
0,28mm a 0,90mm. A alguns grãos revelaram a presença de antipertita. Os
contatos são lobados com mimerquita, mineral opaco e quartzo, reto com quartzo,
biotita, Opx (hiperstênio), Cpx (diopsídio) e apatita e suturado com a biotita
(Fotomicrografia 3.3 e 3.4). Esse mineral marca a foliação, sendo revelada pela
orientação dos grãos estirados. As lamelas de geminação encontram-se
deformadas, gerando kinkbands e extinção ondulante (Fotomicrografia 3.5). Em
alguns
domínios
pode
ser
observado
o
desenvolvimento
de
fraturas
(Fotomicrografia 3.6). Esse mineral encontra-se associado com quartzo, Opx, Cpx,
biotita, minerais opacos e apatita. Sua extinção é moderada a fortemente
ondulante. Possivelmente são minerais ígneos que foram re-equilibrados no fácies
granulito, com recristalização sin-tectônica à formação da foliação da rocha.
Pl.
Mo
Fps
Qtz
Qtz
Pl.
0,15mm
Bt
0,15mm
Fotomicrografia 3.5 – Plagioclásio (Pl), biotita (Bt)
Fotomicrografia 3.6 – Arcabouço granoblástico de
e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos.
plagioclásio (Pl) e
Nesta foto notar kinkbands no plagioclásio.Foto
granulíticos. Bt- Biotita. Foto em nicóis cruzados.
quartzo (Qtz) nos tonalitos
em nicóis cruzados.
Quartzo perfaz cerca de 15 a 25% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz
plana e relevo baixo. Ocorre granular, podendo também ocorrer alongado segundo
a foliação e vermiforme, neste caso quanto associada com a mimerquita. Quanto à
cristalinidade apresenta-se xenoblástico. O tamanho do mineral varia com a forma
45
de ocorrência, sendo os cristais vermiformes, com tamanho 0,02mm a 0,15mm, os
cristais granulares com tamanho 0,2mm a 0,72mm e os alongados segundo a
foliação com eixo maior variando de 1,0mm a 2,00mm. Os exemplares alongados
também marcam a foliação da rocha. Os contatos com a mimerquita
(Fotomicrografias 3.1 e 3.2), mineral opaco, andesina são lobados quando
granulares, retilíneos nos demais casos, quando o cristal está estirado. Possui
extinção moderada a fortemente ondulante. Possivelmente são minerais ígneos e
restos de reações metamórficas que foram re-equilibrados no fácies granulito, com
recristalização sin a tardi tectônica à formação da foliação da rocha.
O hiperstênio compreende cerca de 18% a 20% do volume amostrado, em
geral, em aglomerados com o Cpx. Ocorre incolor em luz plana e com relevo alto.
Apresenta-se tabular a granular, subidioblástico a xenoblástico, com tamanho
variando entre 0,15mm a 0,65mm. Seus contatos são retos com diopsídio,
andesina e biotita, lobado com mineral opaco e quartzo e irregular com a biotita.
Os grãos encontram-se bastante fraturados (Fotomicrografias 3.3 e 3.4).
Aglomerados desse mineral apresentam-se orientados preferencialmente segundo
a foliação da rocha (Fotomicrografias 3.7 e 3.8). Possivelmente, representa um
mineral gerado pelo metamorfismo e a sua formação é sintectônica à principal
fase de deformação e que foi responsável pela formação da foliação.
Pl.
Pl.
Hy
Hy
Qtz
Qtz
0,75mm
0,75mm
Fotomicrografia 3.7 - Aglomerado de hiperstenio (Hy)
Fotomicrografia 3.8 - Aglomerado de hiperstenio (Hy)
e matriz rica em plagioclásio (Pl) dos granulitos
e matriz rica em plagioclásio (Pl) dos granulitos
tonalíticos. Luz plana.
tonalíticos. Nicois cruzados.
46
O diopsídio corresponde a cerca de 10% a 12% do volume da rocha,
isolado ou em aglomerados orientados segundo a foliação da rocha. Ocorre
incolor, com seu relevo alto. É granular, subidioblástico a xenoblástico. A
granulometria varia de 0,15mm a 0,60mm. Seus contatos são retos com o Opx,
plagioclásio e biotita, lobado com o quartzo e mineral opaco. Os cristais
encontram-se intensamente fraturados. Também nesse caso, possivelmente,
representa um mineral gerado pelo metamorfismo e a sua formação é sintectônica
à principal fase de deformação.
A biotita ocorre na lâmina numa proporção de 5% a 7%, geralmente
associada com os piroxênios e/ou mineral opaco (Fotomicrografias 3.9 e 3.10).
Apresenta forte pleocroísmo variando entre castanho e castanho avermelhado e
seu
relevo
é
alto.
Apresenta-se
placóide,
com
grãos
subidioblásticos
(Fotomicrografias 3.11 e 3.12). A granulometria varia entre 0,30mm a 1,20mm. A
biotita possui contatos retos com minerais opacos, andesina, Opx, Cpx e biotita;
irregular com quartzo, andesina (Fotomicrografias 3.13 e 3.14) e lobado com
quartzo, andesina e opaco. Observa-se extinção olho de pássaro. Possivelmente,
é um mineral tardi-tectônico à formação da foliação.
Pl
Pl.
Mo
Mo
Bt
Bt
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.9 - Plagioclásio (Pl), biotita (Bt) e
Fotomicrografia 3.10 - Plagioclásio (Pl), biotita (Bt) e
mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto
mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto
em luz plana.
em nicóis cruzados.
47
Mo
Qtz
Mo
Ap
Qtz
Bt
Ap
Pl
Pl.
Mp
Mp
0,15mm
Bt
0,15mm
Fotomicrografia 3.11 - Plagioclásio (Pl), quartzo
Fotomicrografia 3.12 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
(Qtz), mesopertita (Mp), apatita (Ap), biotita (Bt) e
mesopertita (Mp), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
em luz plana.
Bt
Bt.
Di.
Di
Mi
Mi.
0,15mm
0,15mm
Fotomicrografia 3.13 - Associação de diopsidio (Di) e
Fotomicrografia 3.14 - Associação de diopsidio (Di) e
microclina (Mi) com biotita (Bt). Notar o contato
microclina (Mi) com biotita (Bt). Notar o contato
interlobado entre a microclina e a biotita. Luz plana.
interlobado entre a microclina e a biotita. Nicóis
cruzados.
A apatita distribui-se na lâmina entre 1% e 3%. Apresenta-se incolor com
relevo moderado. Ocorre prismática e seus grãos são idiomórficos. O tamanho
dos cristais varia entre 0,05mm e 0,30mm. Seus contatos são retos e ocorre na
matriz da rocha (Fotomicrografias 3.11 e 3.12).
48
O zircão ocorre na cor cinza em luz plana, com relevo muito alto. Ocorre na
forma prismática, idioblástico (idiomórfico?). A granulometria varia de 0,07mm a
0,2mm. Faz contato reto com mineral opaco e interlobado com a andesina. Possui
zoneamento composicional.
Os minerais opacos ocorrem na lâmina numa proporção de 3% a 5%, em
geral associados com os minerais máficos. Ocorrem granulares, subidioblásticos
(Fotomicrografias 3.11 e 3.12). A granulometria varia de 0,02mm a 0,67mm. Seus
contatos são retos com a biotita e apatita, irregular e lobado com o Opx, Cpx e
plagioclásio. Possivelmente, o seu crescimento é tardi-tectônico à formação da
foliação.
Como paragênese ígnea reliquiar tem-se a apatita e zircão, além da
andesina e quartzo. A paragênese progressiva metamórfica é composta por
quartzo, mesopertita, andesina, hiperstênio, diopsídio, sugerindo condições de
fácies granulito.
3.1.2 GRANADA MONZOGRANITO MILONITIZADO
Essas rochas ocorrem como boudins intercalados com o tonalito granulítico
na porção norte e centro da área mapeada (Apêndice 1), correspondendo a 5 %
da área cartografada. Ocorrem moderada a pouco alterada. Sua cor é rósea,
possui
granulometria
fina,
sendo
anisotrópicos.
As
principais
estruturas
deformacionais observadas nessa unidade foram foliação milonítica, lineação de
estiramento mineral, zonas de cisalhamento, falhas e fraturas (Fotografia 3.3 e
3.4).
Ao microscópio foram encontradas microestruturas sintectônicas à principal
fase deformacional e que culminaram com a formação de uma foliação
deformacional (vide capitulo 4), quais sejam:
(i) ribbon – marcada pela presença de fitas de quartzo e de mesopertita,
possivelmente gerado pelo estiramento desses minerais (Fotomicrografia 3.5);
(ii) granoblástica poligonal – revelada pela presença de agregados
poligonais de quartzo e feldspatos;
49
(iii) milonítica, núcleo manto e porfiroclástica, reveladas pela presença de
grãos poligonais de mesopertita envolvendo porfiroclasto;
(iv) reação, marcada pelo contato interlobado entre a biotita e o mineral
opaco e entre esses minerais e a granada.
Nessas rochas foram encontrados grãos de granada que possivelmente
representam xenocristais de porfiroblastos do protólito metassedimentar.
No afloramento enclaves máficos foram observados. Em geral essas rochas
encontram-se boudinadas formando um bandamento composicional. Não foram
confeccionadas lâminas dessa unidade, que ocorre com cor cinza escuro e com
granulometria fina. Níveis descontínuos de pegmatitos também foram encontrados
concordantes com a foliação.
Fotografia 3.3 – Vista panorâmica do granada
monzogranito milonitizado. Ao centro, em
contato com tonalito granulítico, a oeste, e
com o dique de diabásio a leste. Fotografia
em planta, ponta do martelo apontado para o
norte.
Fotografia 3.4 – Detalhe do granada
monzogranito milonitizado. A leste faz contato
com dique de diabásio. Foto em planta, o
cabo do martelo aponta para o norte.
O estudo petrográfico revelou a presença de 30% a 35% de quartzo, 45% a
47% de mesopertita, 3% a 5% de albita, 5% a 6% de granada, 7 % de microclina,
2 a 5% de biotita, 3% de mineral opaco, 3% de apatita e zircão ocorre como traço
(Tabela 3.2). A composição modal encontrada permite classificá-la como granada
monzogranito (Figura 3.2). Em função da presença da foliação milonítica,
adiciona-se o termo milonítico à rocha.
50
PORCENTAGEM
AN-2
AN-7
47
45
30
35
7
7
6
5
5
3
2
5
3
traço
<1
0
traço
traço
100
100
granada monzogranito
milonítico
MINERAIS
AMOSTRA
Mesopertita
Quartzo
Microclina
Granada
Albita
Biotita
Minerais Opacos
Muscovita
Zircão
TOTAL
TIPO LITOLÓGICO
Tabela 3.2 - Composição mineralógica do granada monzogranito milonítico.
Diagrama QAP
Q
1 - álcali-feldspato
sienito
quartzolito
2 - monzodiorito
monzogabro
granitóide
rico em quartzo
-fe
ld .
g
al c
granodiorito
to
monzogranito
ali
sienogranito
to n
ran
i
to
3 - diorito, gabro
q-alc-feld
sienito
A
1
quartzosienito
sienito
quartzomonzonito
monzonito
q-monzodiorito
q-monzogabro
2
q-diorito
q-gabro
q-anortosito
3
P
Figura 3.2 – Classificação modal para as amostras do monzogranito miloniítico plotadas no
diagrama de rochas plutônicas de Streinkeisen (1976).
A mesopertita representa cerca de 45% do volume amostrado. Apresentase incolor em luz plana e relevo baixo. Ocorre na forma tabular e granular,
subidioblástica e xenoblástica (Fotomicrografias 3.15, 3.16 e 3.21). O tamanho dos
cristais varia entre 0,3mm a 0,7mm nos cristais granulares e 1,0mm a 2,5mm nos
tabulares. Os contatos são retos quando estirado e lobados quando em contato
51
com a granada, biotita e mineral opaco. Possuem inclusões de quartzo amebóide
(mimerquitas) (Fotomicrografia 3.17), extinção ondulante e fraturas. Possivelmente
são minerais ígneos recristalizados durante a deformação e o metamorfismo.
O quartzo distribui-se na lâmina numa proporção de 35%. Apresenta-se
incolor em luz plana e relevo baixo. Ocorre granular, subidioblástico a
xenoblástico, com grãos alongados segundo a foliação principal (Fotomicrografias
3.15, 3.16 e 3.22). O tamanho do grão varia de acordo com a forma de ocorrência.
Nos exemplares granulares varia entre 0,03mm a 0,07mm, enquanto que nos
grãos alongados desenvolvem duas famílias: (i) com tamanho variando entre
0,1mm a 0,6mm, (ii) com tamanho variando entre 1,0mm a 2,5mm. O contato
quartzo-quartzo é reto quando estirado, lobado quando granular. A sua
deformação é caracterizada pela presença de grãos alongados com forte extinção
ondulante. Representa um mineral recristalizado no metamorfismo, sintectônico à
formação da foliação.
Qtz.
Qtz.
Qtz
Mp
Mp
0,75mm
0,75mm
Fotomicrografia 3.15: Ribbons de quartzo (Qtz) e
Fotomicrografia 3.16: Ribbons de quartzo (Qtz) e
matrix
matrix
rica
mesopertita
em
aglomerados
(Mp)
milonitizado. Luz plana.
no
poligonais
de
Monzo-sienogranito
rica
mesopertita
em
(Mp)
aglomerados
no
poligonais
de
Monzo-sienogranito
milonitizado. Nicóis cruzados.
A microclina ocorre em 7% da lâmina, Incolor em luz plana e com relevo
baixo. Apresenta-se granular, xenoblástica a subidioblástica. O tamanho médio
dos cristais é 0,37mm. Ocorre como porfiroclasto ou formando agregados de
grãos poligonais de grãos recristalizados sintectonicamente à foliação. Seus
52
contatos são retos poligonais com o quartzo, andesina e mesopertita, lobado com
quartzo residual, mimerquitas, irregular com biotita. Também nesse caso,
possivelmente são minerais ígneos recristalizados durante a deformação e o
metamorfismo.
A almandina ocorre na lâmina aproximadamente em 7% do volume, incolor
a cinza claro em luz plana e relevo alto. Ocorre na forma granular e sua
cristalinidade é idioblástica a subidioblástica (fotomicrografia 3.19 e 3.20). O
tamanho dos cristais varia de 0,3mm a 1,5mm. Alguns grãos ocorrem orientados
segundo a foliação da rocha. A natureza dos seus contatos é do tipo lobado com a
mesopertita, andesina e quartzo, reto com a biotita e mineral opaco. Exibe muitas
fraturas e possivelmente trata-se de xenocristal do protólito.
Qtz
Qtz
Mmq
Pl
Mp
0,15mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.17 – Apregado granoblástico de
Fotomicrografia 3.18 - Plagioclásio (Pl) mergulhado em
mesopertita (Msp), quartzo (Qtz) e mimerquita (Mmq)
matriz de quartzo (Qtz) e
luz plana.
cruzados.
mesopertita (Mp) nicóis
A albita corresponde a cerca de 3% a 5% da lâmina. Apresenta-se incolor
em luz plana e relevo baixo, tem birrefrigência variando entre 0,009 a 0,011.
Ocorre granular, xenoblástica, formando agregados de grãos poligonais
(fotomicrografia 3.18). O tamanho dos grãos varia entre 0,2mm a 0,6mm. A sua
relação com a foliação é sintectônica formando agregados poligonais. A natureza
dos seus contatos é reto com quartzo, mesopertita a irregular com a granada.
Exibe lamelas deformadas e extinção ondulante.
53
Qtz + Pl + Mi
Qtz + Pl + Mi
Grt
Grn
Qtz + Pl + Mi
Qtz + Pl + Mi
0,75mm
0,75mm
Fotomicrografia 3.19: - Exemplar de granada (Grt)
Fotomicrografia 3.20: - Exemplar de granada (Grt) no
no
por
granada monzogranito milonítico e por agregados de
agregados de grãos poligonais de plagioclásio (Pl),
grãos poligonais de plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
quartzo (Qtz) e microclina (Mi) . Luz plana.
microclina (Mi) . Nicóis cruzados.
granada
monzogranito
milonítico
e
A biotita distribui-se na lâmina por cerca de 5%. Apresenta pleocroísmo
variando entre castanho e vermelho em luz plana, seu relevo é alto. Ocorre
placóide, subidioblástica. O tamanho dos cristais varia de 0,1mm a 0,3mm, sua
relação com a foliação é tardi tectônica e orientam-se nos aglomerados
lenticulares de minerais máficos. A natureza dos seus contatos é reto com o
mineral opaco e com a almandina, irregular com a mesopertita. Encontra-se
dobrada no contato com a granada, e possui extinção olho de pássaro.
Possivelmente é um mineral tardi-tectônico à foliação da rocha.
Os minerais opacos ocorrem como grãos xenoblásticos na matriz da rocha,
com tamanho variando entre 0,2 e 0,6mm.
O zircão ocorre em baixa quantidade na rocha, como mineral traço.
Demonstra-se incolor em luz plana, relevo muito alto. Possui birrefrigência 0,060.
Ocorre na forma prismática, subidiomórfica (subidioblástico ?) (Fotomicrografia
3.21). O tamanho dos cristais varia entre 0,02mm a 0,08mm. A natureza de seus
contatos é reto a lobado com a albita, e mineral opaco. Encontra-se zonado.
Possivelmente é um mineral ígneo recristalizado no metamorfismo.
54
Mp
Zr
Qtz
Qtz
Mp
0,15mm
0,75mm
Fotomicrografia 3.21 – Exemplar de zircão (Zr) reliquiar
Fotomicrografia 3.22: Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix
em matriz de Quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) no
rica em aglomerados poligonais de mesopertita (Mp) no
granada monzogranito milonítico. Foto em nicóis
granada monzogranito milonítico. Nicóis cruzados.
cruzados.
3.1.3 GRANULITOS ALUMINO-MAGNESIANOS
Essas rochas ocorrem como lentes boudinadas intercalada com o granulito
tonalítico na porção centro da área mapeada (Apêndice 1), correspondendo a
menos do que 1% da área cartografada. Elas estão moderadamente alteradas
pelo intemperismo. Sua cor é cinza, possuem porfiroblástos de granada envolto
em matriz fina, sendo anisotrópicos. As principais estruturas deformacionais
observadas nessa unidade foram a foliação milonítica, a lineação de estiramento
mineral, falhas e fraturas (Fotografia 3.5 e 3.6).
55
Fotografia 3.5 – Vista panorâmica dos
granulitos alumino-magnesianos, ao leste, em
contato com dique de diabásio. Fotografia em
planta, ponta da bússola apontado para o
norte.
Fotografia 3.6 – Detalhe dos granulitos
alumino-magnesianos, ao leste, em contato
com dique de diabásio. Fotografia em planta,
ponta da bússola apontado para o norte.
Ao microscópio foram encontradas microestruturas sintectônicas à principal
fase deformacional e que levaram à formação de uma foliação milonítica (vide
capitulo 4), quais sejam:
(i) granoblástica poligonal – marcada pela presença de agregados
poligonais de quartzo e mesopertita (Fotomicrografia 3.23, 3.24, 3.25 e 3.26);
(ii) porfiroblástica revelada pela presença de grãos centrimétricos de
granada envolto em matriz milimétrica de mesopertita e quartzo (Fotomicrografia
3.23, 3.24, 3.25 e 3.26);
(iii) reação marcada pelo contato interlobado entre a biotita e o mineral
opaco e entre esses minerais e a granada;
(iv) nematoblástica revelada pela orientação preferencial do clinopiroxênio
(Fotomicrografia 3.27 e 3.28);
(v) Poiquiloblástica assinalada pela inclusão de quartzo, silimanita e
cordierita em granada (Fotomicragrafia 3.23, 3.24, 3.25 e 3.26).
56
Cd
Cd
Cpx
Cpx
Grt
Mp + Qtz
Grt
0,75mm
Mp + Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 3.23 – Porfiroblastos de granada (Grt)
Fotomicrografia 3.24 – Porfiroblastos de granada (Grt)
com inclusões de cordierita (Cd), imerso em matriz de
com inclusões de cordierita (Cd), imerso em matriz de
quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-
alumino-magnesianos. Luz plana.
magnesianos. Nicóis cruzados.
Cpx + Cd
Cpx + Cd
Grt
Grt
Qtz + Mp
Qtz + Mp
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.25 – Porfiroblástos de granada (Grt)
Fotomicrografia 3.26 – Porfiroblástos de granada (Grt) e
e matriz com aglomerados de cordierita e clinopiroxênio
matriz com aglomerados de cordierita e clinopiroxênio
(Cpx), além de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
(Cpx), além de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
granulitos alumino-magnesianos. Luz plana.
granulitos alumino-magnesianos. Nicóis cruzados.
O estudo petrográfico revelou a presença de 35% de mesopertita, 20% de
quartzo, 15% de granada, 10% de cordierita, 7 % de clinopiroxênio, 5% de
plagioclásio, 5% de silimanita, 2 % de biotita, 1% de mineral opaco.
A mesopertita corresponde a cerca de 35% da lâmina. Apresenta-se incolor
em luz plana e relevo baixo. É granular, subidioblástica e o tamanho
57
granulométrico varia de 1,0mm a 3,0mm. Suas lamelas encontram-se subparalela
com a foliação. Os contatos entre mesopertitas são retos a lobados.
O quartzo ocupa aproximadamente 20% da lâmina. Aparece na cor cinza
esverdeado em luz plana e relevo baixo. Ocorre granular, subidioblástico. Sua
granulometria varia de 1,0mm a 3,0mm. Os contatos são retos a lobado.
A almandina corresponde a cerca de 15% da lâmina, apresenta-se incolor
em luz plana com relevo alto. É granular, subidioblástica, com granulometria
variando entre 1,0mm a 6,0mm. Encontra-se fraturada e possui inclusões de
quartzo, silimanita e cordierita. Os contatos são retos a lobado (Fotomicrografia
3.27 e 3.28).
A cordierita ocupa aproximadamente 10% da lâmina. Aparece na cor cinza
em luz plana e relevo baixo. Ocorre granular, xenoblástica. Sua granulometria
varia de 0,5mm a 2,5mm. Os contatos são retos a lobado com os demais minerais
da rocha. Possui geminação polisintética e ocorre associada com a silimanita em
agregados (Fotomicrografia 3.27, 3.28, 3.31 e 3.32).
O clinopiroxênio corresponde a cerca de 7% da lâmina. Apresenta-se
incolor em luz plana com relevo alto. Ocorre granular, subidioblástico. Apresenta
fraturas e geralmente associa-se com a granada. A granulometria varia entre
1,0mm a 2,0mm. Suas lamelas encontram-se subparalela com a foliação. Os
contatos são retos a lobados com os minerais da rocha (Fotomicrografia 3.27,
3.28).
58
Sil
Sil
Cpx
Cpx
Grt
Grt
Qtz +
Mp
0,3mm
0,3mm
Qtz +
Mp
Fotomicrografia 3.27 – Textura nematoblástica marcada
Fotomicrografia 3.28 – Textura nematoblástica marcada
por cristais de clinopiroxênio (Cpx) alinhados com a
por cristais de clinopiroxênio (Cpx) alinhados com a
foliação,
idioblástica,
foliação, além de silimanita (Sil) idioblástica, porfiroblasto
porfiroblasto de granada (Grt), matriz de quartzo (Qtz) e
de granada (Grt), matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita
mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-magnesianos.
(Mp) nos granulitos alumino-magnesiano. Nicóis cruzados.
além
de
silimanita
(Sil)
Luz plana.
O plagioclásio ocupa aproximadamente 5% da lâmina. Aparece incolor em
luz plana com relevo baixo. Ocorre na forma granular, xenoblástico. Quase
sempre é antipertítico, apresenta textura mimerquitica no contato com cristais de
quartzo. Sua granulometria média é aproximadamente 1,0mm. Os contatos são
retos a lobados.
A silimanita corresponde a cerca de 5% da lâmina. Apresenta-se incolor em
luz plana com relevo alto. Ocorre tabular e subidioblástica. A granulometria varia
entre 0,5mm a 1,0mm. Associa-se com a biotita, cordierita e granada. Os contatos
com os demais minerais da rocha são retos (Fotomicrografia 3.27 e 3.28).
A biotita perfaz 2% da lâmina. Aparece na cor castanho em luz plana, com
relevo alto. Ocorre granular, subidioblástica. A granulometria varia entre 0,02mm a
0,15mm. Faz contato reto e lobado com a granada, mineral opaco, quartzo e
mesopertita (Fotomicrografia 3.29 e 3.30).
Os minerais opacos compreendem 1% da lâmina. Ocorre na forma
granular, idioblástico. Sua granulometria varia de 0,01mm a 0,4mm. Os contatos
são retos com a biotita.
59
Grt
Sil
Bt
Sil
Bt
Grt
Qtz
Qtz
Mp
Mp
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.29 – Exemplar de biotita (Bt) em
Fotomicrografia 3.30 – Exemplar de biotita (Bt) em contato
contato com cristais de granada (Grt) e silimanita (Sil),
com cristais de granada (Grt) e silimanita (Sil) imersos em
imersos em matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp)
matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
nos granulitos alumino-magnesianos. Luz plana.
alumino-magnesianos. Nicóis cruzados.
Mp
Mp
Sil
Sil
Qtz
Qtz
Grt
Grt
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.31 – Detalhe da Silimanita (Sil)
Fotomicrografia 3.32 – Detalhe da Silimanita (Sil) inclusa
inclusa em granada (Grt) porfiroblástica imersa em
em granada (Grt) porfiroblástica imersa em matriz de
matriz de quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-
granulitos alumino-magnesianos. Luz plana.
magnesianos. Nicóis cruzados.
3.1.4 DIQUES DE SIENOGRANITO
Os diques de sienogranitos ocorrem preenchendo fraturas na direção N020
(Fotografia 3.7), que truncam as rochas granulíticas. Os corpos mapeados dessa
unidade são tabulares, discordantes à foliação principal da encaixante e ocorrem
restritos à porção sudeste do mapa (Apêndice 1). Representam cerca de 1% da
área mapeada, porém a existência de outros corpos de menor tamanho não foram
60
cartografados em virtude da escala de trabalho. Essa unidade possui cor rósea e
está pouco alterada. A rocha é holocristalina, isotrópica e apresenta granulometria
média a grossa, às vezes pegmatoidal. Ela ocorre como corpos subverticais, com
espessura variando de 0,05m a 0,40m. Como mesoestrutura ígnea tem-se a
porfirítica marcada pela presença de pórfiros de feldspato potássico com 1cm a
2cm imerso em matriz de granulação média e inequigranular.
Neste trabalho não foi realizado lâminas dessa unidade, porém Souza
(2008) encontrou a seguinte proporção mineral: 65% de microclina, 30% de
quartzo e 5% de biotita.
Fotografia 3.7 - Dique félsico ocupando fraturas no
tonalito granulito. Fotografia em planta, norte
indicado pela ponta da bússola.
3.1.5 DIQUES MÁFICOS
Esta unidade ocorre como diques tabulares truncando as unidades
anteriormente citadas. Os diques ocorrem nas bordas leste e oeste do lajedo
estudado, correspondendo a 2% da área mapeada, os corpos ocorrem orientados
na direção variando entre N305°-N335°, com mergulho vertical (Fotografias 3.6 e
3.7).
Dois corpos foram cartografados na área de trabalho. O primeiro se localiza
próximo ao muro da balaustrada que tem na frente da praia do Hospital Espanhol
e possui largura de afloramento variando entre 1,00m a 1,80m, sempre
61
acompanhando o muro. O outro dique apresenta menor espessura, que varia
entre 0,10m a 0,40m (Fotografias 3.8 e 3.9).
Fotografia 3.8 - Dique de rocha máfica.
Fotografia 3.9 - Dique de rocha máfica.
Fotografia em planta,visada para W.
Fotografia em planta, visada para W. O norte é
indicado pela ponta da bússola.
A rocha possui cor preta, é melanocrática, holocristalina e isotrópica. A
granulação é fina, afanítica. Como microestruturas ígneas tem-se a integranular,
revelada pela presença de grãos de piroxênio entre ripas de plagioclásio. Além
disso, apresenta cristais euédricos e subédricos característicos da microestrutura
hipidiomórfica, holocristalina (Fotomicrografias 3.23, 3.24, 3.25 e 3.26).
Apenas uma amostra foi estudada petrograficamente, permitindo identificar
os seguintes minerais: 45% de labradorita (An 54%), 35% de diopsídio, 10% de
ortopiroxênio (enstatita), 7% de mineral opaco, 3% de biotita. Essa proporção
permite classificá-la como gabronorito (Figura 3.3).
62
Pl
o
No
rit o
r
Gab
Gabronorito
Rochas Ultramáficas
Opx
Cpx
Figura 3.3 – Classificação modal para as amostras do dique básico plotadas no diagrama de
rochas máficas Pl-Opx-Cpx de Streinkeisen (1967).
O plagioclásio foi identificado como labradorita (An 54%), que corresponde
a cerca de 45% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo baixo.
Ocorre tabular, ripiforme, euédrico (Fotomicrografias 3.25 e 3.26). A granulométria
varia entre 0,1mm a 1,5mm. Os contatos são retos com o diopsídio e irregular com
mineral opaco e biotita. Apresenta fraturas.
O diopsídio ocupa aproximadamente 35% da lâmina. Aparece na cor cinza
esverdeado em luz plana, com relevo elevado. Ocorre granular a prismático,
variando de subédrico a euédrico. Sua granulometria varia de 0,2mm a 1,0mm
(Fotomicrografias
3.33
e
3.34).
Não
possui
orientação
preferencial
(Fotomicrografia 3.35 e 3.36). Os contatos são retos com o hiperstênio e com a
labradorita, irregular com mineral opaco e biotita. Apresenta fraturas.
O hiperstênio ocupa aproximadamente 10% da lâmina. Aparece na cor
cinza esverdeado em luz plana, com relevo elevado. Ocorre granular a prismático,
variando de subédrico a euédrico. Sua granulometria varia de 0,2mm a 0,6mm
(Fotomicrografias
3.33
e
3.34).
Não
possui
orientação
preferencial
(Fotomicrografia 3.35 e 3.36). Os contatos são retos com o diopsídio e com a
labradorita, irregular com mineral opaco e biotita. Apresenta fraturas.
63
O mineral opaco compreende 7% da lâmina. Ocorre granular, subédrico e
anédrico. A granulometria varia de 0,01mm a 0,4mm. Os contatos são retos com a
biotita e irregular com diopsídio, hiperstênio e labradorita.
A biotita perfaz 3% da lâmina. Aparece na cor castanho em luz plana,
placóide, subédrica. A granulometria varia entre 0,02mm a 0,15mm. Faz contato
reto com o mineral opaco, irregular com labradorita, hiperstênio e diopsídio.
MINERAIS
AMOSTRA
PORCENTAGEM
AN-8
Labradorita An54
Diopsídio
Hiperstênio
Minerais Opacos
Biotita
TOTAL
45
35
10
7
3
100
TIPO
Gabronorito
LITOLÓGICO
Tabela 3.3 - Composição mineralógica do diabásio.
Pl
Mo
Mo
Pl
Di
Di
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.33 - Cristais euédricos de diopsídio (Di)
Fotomicrografia 3.34 - Cristais euédricos de
e plagioclásio (Pl) e cristais subédricos de mineral opaco
diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl) e cristais
(Mo). Observa-se a presença da textura subofítica e
subédricos de mineral opaco (Mo). Observa-se
intergranular. Luz plana.
a presença da textura subofítica e intergranular.
Nicóis cruzados.
64
Plag
Mo
Mo
Plag
Cpx
Cpx
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 3.35 - Cristais euédricos de diopsídio
Fotomicrografia 3.36 - Cristais euédricos de
(Di) e plagioclásio (Pl). Observa-se a presença da
diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl). Observa-se a
textura subofítica e intergranular. Luz plana.
presença da textura subofítica e intergranular.
Nicóis cruzados.
3.1.6 CONGLOMERADO DE PRAIA
Esta unidade ocorre em cerca de 3% na forma lenticular, discordante,
recobrindo partes localizadas do lajedo, em contato brusco (Fotografias 3.10 e
3.11).
O
arcabouço
do
conglomerado
é
suportado
pelos
clastos
(ortoconglomerado) composto por seixos, grânulos, matacões e blocos geralmente
subarredondados de rochas do embasamento, principalmente o tonalito
granulítico. O cimento desta unidade é de natureza calcária, mas pode-se
observar restos de conchas, além de calcarenito algal. Deve ser de idade
quaternária.
3.1.7 AREIA DE PRAIA
Está unidade ocorre em cerca de 5% da área mapeada com forma
lenticular, em camadas inconsolidadas preenchendo as partes rebaixadas do
afloramento (Fotografia 3.9). A sua representatividade varia durante o ano de
acordo com os regimes de onda e maré. Correspondem a fragmentos tamanho
areia, contendo como constituintes predominantes os grãos de quartzo,
fragmentos de restos orgânicos como algas halimeda, restos de conchas,
65
espinhos de ouriço, etc. além de constituintes menores como grãos de quartzo,
ilmenita, monazita e zircão.
Fotografia 3.10 – Lentes conglomeráticas. O
Fotografia 3.11 – Camada de areia recobrindo
norte está indicado pela ponta da bússola.
as rochas cristalinas do afloramento. Fotografia
Fotografia em planta.
em planta, visada para W.
3.2 METAMORFISMO
Nos tonalitos granulíticos, a presença de lamelas na andesina dobradas
(Fotomicrografia 3.4), além dos contatos retos entre a hiperstênio, andesina e
diopsídio sugerem condições deformações extremas, com temperaturas variando
de 800°C a 900°C e pressões de 2 a 4 P(Kbar)a com profundidade de 8Km a
10km (Fujimore 1976). A presença de biotita vermelha sugere equilíbrios em
fácies
granulito,
retrometamórficas,
mas
na
pode
qual
também
os
estar
relacionada
minerais opacos
com
possivelmente
condições
estariam
relacionados.
Abaixo, tem-se algumas possíveis reações metamórficas apresentadas por
De Waard (1965) para a formação de granada em condições de fácies granulito
para rochas pelíticas.
{biotita + silimanita + quartzo} = {almandina + k feldspato + H 2O}
{biotita + quatzo} = {hiperstênio + almandina +k feldspato + H2O}
66
CAPÍTULO 4 – ANÁLISE ESTRUTURAL
4.1 ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS IDENTIFICADAS
A feição estrutural predominante na área estudada é representada por uma
foliação milonítica, que ocorre paralelizada ao bandamento gnáissico, com
orientação preferencial NE-SW e mergulhos, em geral, para NW. Essa foliação
encontra-se dobrada e cortada por um enxame de diques máficos e félsicos, bem
como truncada por zonas de cisalhamento rúptil-dúcteis e fraturas. A seguir serão
descritas as estruturas associadas com os litotipos identificados em campo e
descritos no capítulo 3 dessa monografia.
4.2 TONALITO GRANULÍTICOS COM ENCLAVES MÁFICOS E ROCHAS
ASSOCIADAS
Nessa seção serão descritas as estruturas deformacionais associadas com
os tonalitos granulíticos com enclaves máficos, granada monzogranito milonítico e
granulitos alumino-magnesiano.
Associada com essas rochas, em campo foi identificada uma estrutura
planar, penetrativa, que foi denominada de Sn’ (Fotos 4.1 e 4.2) e classificada
como do tipo foliação milonítica. Essa classificação levou em consideração a
presença de porfiroclastos de feldspatos imersos em uma matriz mais fina,
denotando sinais de recristalização tectônica durante a geração dessa estrutura.
Dessa forma, a foliação Sn’ representa o plano XY do elipsóide de deformação
finita de uma superfície de cisalhamento. Segundo Paschier & Trow (2007), essa
estrutura também pode ser classificada como espaçada e contínua. A foliação Sn’
(Fotos 4.1 e 4.2) é marcada pela orientação do quartzo, piroxênio, biotita e
plagioclásio. Associado à Sn’ um proeminente bandamento composicional
gnáissico é observado, sendo este marcado pela alternância de: (i) tonalito
granulíticos; (ii) granada monzogranitos miloníticos; (iii) granulitos aluminomagnesianos; (iv) níveis pegmatóides; (v) enclaves máficos. O espaçamento entre
os níveis varia entre 0,5mm a 1,0cm sendo, portanto, classificada como uma rocha
67
mesobandada. Entretanto, um bandamento milimétrico também pode ser
encontrado, mas em menor proporção.
A figura 4.2 apresenta o diagrama estereográfico isopolar para a foliação Sn’.
Nesse diagrama o plano máximo da foliação posiciona-se em N217/34NW. Neste
gráfico nota-se que o pólo da foliação se distribui preferencialmente no 4°
quadrante, com alguma distribuição no primeiro quadrante. Deste modo é possível
interpretar que a foliação milonitica possui uma distribuição que reflete a presença
das dobras cartografadas e apresentadas no apêndice 1.
Sn’
Fotografia 4.1 – Visão geral da foliação Sn’ no
tonalito granulítico. Fotografia em perfil, o norte é
indicado pela bússola.
Fotografia 4.2 – Detalhe da foliação Sn’ no
tonalito granulítico. Fotografia em planta, o
norte é indicado pela ponta da bússola.
68
Afloramento do Hospital Espanhol
Sn'
Máximo: N127/56
Plano Máximo: N 217/34 NW
Lb calculada: 32° p/ 295
N = 474
Figura 4.1 – Diagrama estereográfico sinóptico dos pólos da foliação Sn’ nas rochas granuliticas.
Hemisfério inferior, N= Numero de medidas.
Associado com a foliação Sn’ estruturas como boudins e dobras intrafoliais e
sem raiz podem ser observadas, assim como estruturas do tipo duplex. Os
boudins na área são formados por granada monzogranito miloníticos e por
enclaves máficos, que foram deformados e metamorfisados na fácies granulito, e
uma foliação externa que se desenvolve no tonalito granulítico (Fotos 4.3 a 4.5).
Dobras de boudinagem podem ser observadas associadas com essas estruturas
(Figura 4.5). O desenvolvimento dos boudins está relacionado com o contraste de
competência entre as rochas que compõem o bandamento gnáissico. As dobras
intrafoliais envolvem uma foliação mais antiga, denominada de Sn-1 (Foto 4.6) e,
em geral, apresentam-se sem raiz. Os duplex (Foto 4.7) correspondem,
originalmente, a um sistema de falhas de empurrão (thrust), de baixo ângulo, com
um plano de empurrão principal no teto e outro no assoalho, apresentando um
conjunto de falhas de empurrão menores imbricadas, todas com mesma
vergências e que duplicam camadas ou fatias (horses ou cavalos de falha). No
69
afloramento
estudado
essas
estruturas
não
estão
mais
posicionados
subhorizontalmente, mas a geometria sigmoidal permite identificar essa estrutura
associada com a Sn’.
Fotografia 4.3- Boudin simétrico envolvendo
níveis pegmatíticos e sienogranito deformado.
Fotografia em planta, o norte é indicado pela
bússola.
Fotografia 4.4- Boudin simétrico envolvendo
rocha máfica. Fotografia em planta, o norte é
indicado pela bússola.
.
Associada com a foliação Sn’ pode ser observada uma linha estrutural
construída (Fotos 4.8 e 4.9), que pode ser classificada como estiramento mineral
(Lxn’) segundo os critérios de Paschier & Trouw (2007). Os minerais que marcam
essa estrutura são quartzo, plagioclásio e K-feldspato. O piroxênio também
orienta-se paralelamente à Lxn’, constituindo uma lineação mineral (Lm’) marcada
pela orientação de forma desse mineral. A figura 4.3 apresenta o diagrama
máximo da Lxn’//Lmn’, que orienta-se preferencialmente segundo 07° p/ 037°, com
variações em 02 p/ 218°.
70
Foto 4.5 - Dobras de boudinagem no tonalito
granulíticos. Fotografia em planta. A escala
aponta para o norte.
Foto 4.6 - Dobras intrafolias associadas com a
foliação Sn-1 no tonalito granulítico. Fotografia
em seção, o norte é indicado pela bússola.
Foto 4.7- Estrutura simoidal do tipo Duplex desenvolvido em rochas granulíticas. Fotografia em
perfil, o norte é indicado pela ponta da marreta.
O exercício de tentar recolocar o duplex em sua posição prevista para
sistemas tectônicos tangenciais, somando-se a assimetria encontrada nessas
estruturas e a direção geral da lineação de estiramento mineral, permite interpretar
que a geração da foliação Sn’, e de suas estruturas associadas, está relacionada
com um transporte de massa com sentido de NNE para SSW.
71
Foto 4.8 - Lineação de estiramento mineral
(Lxn’) nos granada monzogranito miloníticos.
Fotografia em planta, não possui indicação do
norte.
Foto 4.9 - Lineação de estiramento mineral
(Lxn’) nos granadas monzogranito milonítico.
Figura 4.2 – Diagrama estereográfico sinóptico da lineação de estiamento Lxn’ nas rochas
granuliticas. Hemisfério inferior, N= Numero de medidas.
Em mapa e a partir dos diagramas estereográficos da foliação Sn’ (Figura
4.2) e da lineação de estiramento/ mineral (Figura 4.3) pode ser verificado que
essas estruturas estão dobradas pela fase Dn’’. As dobras não desenvolvem
foliação plano axial e de acordo com Van Der Pluijm & Marshak (2007) são do tipo
72
suaves a cerrada, com charneira arredondada e simétrica, com parasíticas em S e
Z (Fotos 4.10 a 4.12).
Foto 4.10 – Vista planorâmica da dobra aberta
da fase Dn” no tonalito granulítico. Fotografia
em planta com visada para oeste.
Foto 4.11 – Detalhe da dobra aberta da fase Dn”
no tonalito granulítico. Fotografia em planta com
visada para oeste.
Foto 4.12 – Dobra aberta, parasítica da fase Dn” no
tonalito granulítico.
A linha de charneira (Lbn”) foi calculada na figura 4.2 em 32° p/295°. Em
mapa é possível observar fechamento periclinal de uma estrutura antiformal
(Apêndice 1). A partir da comparação entre as figuras 4.2 e 4.3 pode-se verificar
que a charneira das dobras posiciona-se aproximadamente ortogonal à lineação
de estiramento mineral. Como o plano axial dessas dobras é vertical e a charneira
73
possui caimento de 32°, utilizando-se o diagrama proposto por Van Der Pluijm &
Marshak (2007) essa rocha foi classificada como inclinada com caimento.
Truncando as estruturas anteriormente descritas, foram encontrados dique
félsicos (Fotos 4.13 e 4.14) e diques máficos (Fotos 4.15 e 4.16), que apresentam
orientação respectivamente de N130°-N310° com mergulho de 80º e N315/85°
NE. Esses corpos truncam a estruturas dúcteis anteriormente relatadas. Os diques
máficos ou félsicos são tabulares e os félsicos apresentam teminações
pontiagudas e escalanodas.
Foto 4.13- Vista panorâmica dos diques félsicos
truncando os tonalito granulíticos. Fotografia em
planta, visada para norte.
Foto 4.14 Detalhe dos diques félsicos truncando
os tonalito granulíticos. Fotografia em planta,
visada para norte.
Um conjunto de zonas de cisalhamento dúctil-rúpteis a rúpteis podem ser
encontradas truncando os tonalito granulíticos e as rochas associadas (Fotos
4.17). Essas estruturas são anastomosadas com espessura máxima de 5 cm.
Nelas, a trama não apresenta assimetria que permita deduzir o movimento relativo
entre as paredes. Nos domínios dúctil-rúpteis dessas zonas pode ser encontrada
uma foliação milonítica que leva à reorientação total da foliação Sn’. A lineação de
estiramento mineral não foi observada em nenhuma das zonas identificadas. Nos
domínios rúpteis podem ser encontrados cataclasitos e brechas. Os fragmentos
são fortemente angulosos, com alta variação granulométrica. O diagrama da figura
4.4 mostra a distribuição espacial dessas zonas de cisalhamento e nesse
74
diagrama é possível verificar a ampla variação na orientação dessas estruturas
com máximo em N 015/80 SE.
Foto 4.15 Vista panorâmica dos diques máficos
truncando as granada monzogranito milonítico.
Fotografia em planta, o norte é indicado pela ponta
da marreta.
Fraturas indiscriminadas podem ser observadas na área de trabalho (Foto
4.18), tendo sido realizado um total de 4.727 medidas referentes aos planos de
fraturas.
Foto 4.16 - Fraturas desenvolvidas nos tonalito
granulíticos. Fotografia em planta, o norte é indicado
pela bússola.
A partir dos dados coletados, as orientações preferenciais foram: (i) N120°N130° com 705 medidas (14,9%); (ii) N000°-N010° com 591 medidas (12,5%); (iii)
75
N110°-N120° com 445 medidas (9,4%); (iv) N010°-N020° com 383 medidas
(8,1%); e (v) N090°-N100° com 374 medidas (7,9%). No diagrama da figura 4.4.
pode ser verificado que os planos de fratura são de alto ângulo de mergulho.
Alvo Lajedo Espanhol - SSA/BA
Falhas e Fraturas
Máximo: N215°/06°
Plano Máximo: N305°/84°NW
N = 4727
2%
4%
6%
8%
10 %
12 %
Lower hemisphere - 310 73
K= 100.00
Sigma= 47.270
Figura 4.3 – Diagrama estereográfico sinóptico da distribuição das fraturas nas rochas granuliticas.
Hemisfério inferior, N= Numero de medidas.
N= 4727
Peak= 13.39
Afloramento do Hospital Espanhol
Fraturas
Máximo:06° p/ 215°
Plano Máximo: N 305° / 84° NW
N = 4727
Lower hemisphere - 310 73
N= 4727
Figura 4.4 – Diagrama estereográfico
de rosetas da distribuição das fraturas nas rochas
granuliticas. Hemisfério inferior, N= Numero de medidas.
76
Esses resultados são semelhantes aos encontrados por Corrêa-Gomes et al.
(2005) e Barbosa et al. (2005).
De acordo com os resultados obtidos nessa pesquisa pode-se verificar que a
família de fraturas entre N120°-N130° é subparalela ao sistema de falhas de
transferência de Mata-Catú, na Bacia do Recôncavo. A família de fraturas entre
N010°-N020° corresponde à mesma orientação dos diques félsicos, que por sua
vez coincide com estruturas lineares de estiramento mineral (Lxn’). Além disso,
este sistema de fraturas é subparalela com a Falha de Salvador. Por sua vez, a
família de fraturas entre N090°-N100° coincide com a orientação da linha de
charneira das dobras (Lbn’’). Além disso, este sistema de fraturas é subparalelo
com a Falha da Barra. Relações semelhantes a essa foram encontradas por
Corrêa-Gomes et al. (2005), Barbosa et al. (2005), Souza (2008) e Abrahão
(2009).
4.2.1 DIQUES MÁFICOS E FÉLSICOS
Como mencionado anteriormente, na área estudada foram encontrados
diques máficos e félsicos que cortam os granulitos (Fotos 4.13 a 4.15), com
orientação variando entre N305-335º/90. Existem relações de truncamento que
sugerem que os diques mais antigos são os félsicos, pois eles são truncados
pelos corpos máficos (Foto 4.19). Na área mapeada essas rochas apresentam-se
como corpos tabulares com espessura aproximadamente constante, chegando a
1,80m (Apêndice 1).
Os diques, máficos e félsicos, são truncados por zonas de cisalhamentos
dúctil-rúpteis a rúpteis, com formação de foliação e cataclasitos, respectivamente.
As zonas dúctil-rúteis são estreitas, anastomosada e a lineação de estiramento
escassa. As fraturas são planares e descontínuas. Falhas também são
observadas e em poucos casos foram observados indicadores de movimento e
estes estão relacionados com deslocamento lateral (off-sets) de diques. Nesse
sentido, uma falha com orientação N010º/90° e uma outra com orientação
N110°/90 com movimentos sinistral e destral, respectivamente, foram encontradas
truncando os diques.
77
Foto 4.17 – Diques máficos e félsicos intrusivos
no granulito. Notar que o sique felsico é
truncado pelo corpo tabular máfico. Fotografia
em planta, visada para norte.
4.3.
FASES
DEFORMACIONAIS
Foto 4.18- Fraturas em dique máfico. Fotografia
em perfil, o norte é indicado pelo martelo.
IDENTIFICADAS
E
EVOLUÇÃO
DEFORMACIONAL
A partir do levantamento estrutural realizado foi possível reconhecer três
fases deformacionais distintas (Figura 4.5). A primeira delas, denominada de Dn-1,
de natureza dúctil, foi responsável para geração de uma foliação Sn-1 que
associa-se com um bandamento composicional e pode ser observada em dobras
intrafoliais da fase seguinte, Dn. A fase Dn foi a principal responsável pela
estruturação finita da área de estudo, sendo de natureza dúctil, dúctil-rúptil a rúptil.
O registro estrutural permitiu subdividi-la em três estágios distintos. O primeiro,
Dn’, foi responsável pela geração da foliação Sn’, pela paralelização dessa
estrutura com a foliação Sn-1 e pela formação do bandamento gnáissico. Dobras
isoclinais, sem raiz e com plano axial paralelizado com a foliação Sn’ foram
nucleadas. Além da foliação Sn’, lineação de estiramento (Lxn’), lineação mineral
(Lmn’), boudins e duplex foram formados nesse estágio de deformação. A
vergência geral do movimento é de NE para SW.
A progressão da deformação Dn levou a nucleação de dobras suaves a
abertas com envoltória simétrica durante o estágio Dn”. Em condições tardi Dn’’
78
houve a instalação dos diques félsicos. Em seguida, zonas de cisalhamento rúptildúctil foram nucleadas (estágio Dn’”) (Fase Dn+1?). Diques máficos foram
colocados e, de acordo com Correa-Gomes et al. (1996) a sua colocação está
relacionada com uma extensão neoproterozóica. Entretanto, esses diques
apresentam orientação compatível com os campos de tensão relacionados com a
fase Dn que regionalmente variaria entre NNE-SSW (Estágios Dn’ e Dn”) e NNWSSE (Estágios tardi Dn” e Dn’”). Logo, a colocação dessas rochas também pode
estar relacionado com o magmatismo paleoproterozóico. Truncando esses diques
um conjunto de zonas de cisalhamento rúpteis e fraturas foi desenvolvidas com
orientação preferencial segundo N120°-N130°. Possivelmente, essa última fase
deformacional está associada com a abertura da Bacia do Recôncavo e do
Oceano Atlântico Sul. A direção principal das estruturas rúpteis é paralela com a
orientação da lineação de chaneira das dobras da fase Dn", aos passo que a
direção secundária é subparalela a lineação de estiramento mineral (Lxn'). Sendo
assim, as estruturas lineares podem ter controlado a distribuição das estruturas
rúpteis, o que foi também sugerido por Abrahão (2009).
A figura 4.5 apresenta a síntese da evolução deformacional da área de
trabalho, demonstrando a tensão máxima regional segundo, aproximadamente,
NS, nesse setor do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, ou seja, para o Cinturão
Salvador-Esplanada.
79
Figura 4.5- Modelo deformacional para a área de trabalho com a posição das estruturas em seção
(a) e em mapa (b).
80
Possivelmente, a fase Dn pode ser correlacionada com a fase D1 de
Barbosa & Sabaté (2002) e está relacionada com as deformações tangenciais da
evolução do Orógeno Itabuna Salvador-Curaçá. Entretanto, assumindo que os
duplex estão associados com uma tectônica tangencial, o campo de tensão
regional interpretado à luz das estruturas identificadas estaria associado com
sigma 1 (σ1) dirigido de NNE para SSW, diferentemente do que foi proposto por
aqueles autores para o Orógeno Salvador-Curaçá, que seria de NW para SE.
81
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES
A partir do que foi apresentado, pode-se concluir que:
a) Na área de trabalho pode-se distinguir sete unidades mapeáveis, sendo
elas: (i) granulito tonalítico; (ii) granada monzogranito milonitizado; (iii) granulito
alumino-magnesiano;
rochas
magmáticas
de
natureza
discordante
(iv)
sienogranito não deformado; (v) gabronorito; além de depósitos sedimentares
consolidados,
(vi)
conglomerados
de
praia
e
depósitos
sedimentares
inconsolidados, (vii) areia de praia.
b) As paragêneses metamórficas encontradas nas lâminas caracterizam o
metamorfismo como progressivo do fácies granulito através da ocorrência de
associação mineralógica do tipo hiperstênio + diopsídio + plagioclásio nos
granulitos tonalíticos; granada + mesopertita + quartzo no monzogranito
milonitizado e cordierita + granada + silimanita nos granulitos aluminomagnesiano. A paragênese que caracteriza o metamorfismo retrógrado foi
marcada pela biotita + mineral opaco + quartzo. Essas associações sugerem que
essas rochas estiveram sujeitas a um ambiente com condições metamórficas de
alto grau com temperaturas que variaram de 800°C a 900°C, pressões que
variaram de 2 a 4(Kbar), e profundidade por volta dos 8 km (Fujimori, 1988).
c) A partir das informações que foram apresentados pode-se concluir que
as unidades referentes ao embasamento cristalino foram condicionadas a uma
história evolutiva polifásica, com etapas deformacionais progressivas. Assim o
levantamento estrutural reconheceu três fases deformacionais distintas que
originaram superfícies deformacionais dúcteis. A primeira fase Dn-1, de natureza
dúctil, foi responsável para geração de uma foliação Sn-1 que associa-se com um
bandamento composicional e pode ser observada em dobras intrafoliais da fase
seguinte, Dn. A segunda fase Dn ocorreu durante a compressão paleoproterozóica
e foi a principal responsável pela estruturação finita da área de estudo, sendo de
natureza dúctil, dúctil-rúptil a rúptil. O registro estrutural permitiu subdividi-la em
três estágios distintos. O primeiro, Dn’, foi responsável pela geração da foliação
Sn’//Sn-1 e pela formação do bandamento gnáissico. Dobras isoclinais, lineação
de estiramento (Lxn’), lineação mineral (Lmn’), boudins e duplex foram nucleados
82
nesse estágio de deformação. A vergência geral do movimento é de NE para SW.
O estágio Dn’’ é resultado da progressão da deformação Dn que levou a
nucleação de dobras suaves a abertas com envoltória simétrica. Em condições
tardi Dn’’ houve a instalação dos diques félsicos. O estágio Dn’’’ ocorreu em
seguida, nucleando zonas de cisalhamento rúptil-dúctil.
d) Possivelmente, a fase Dn pode ser correlacionada com a fase D1 de
Barbosa & Sabaté (2002) e está relacionada com as deformações tangenciais da
evolução do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Entretanto, assumindo que os
duplex estão associados com uma tectônica tangencial, porém nesse caso o
campo regional de tensão principal posiciona-se segundo NNE-SSW, com
vergência para SSW.
e) Diques máficos truncam todas as estruturas anteriormente nucleadas.
Possivelmente esses corpos estão relacionados com e extensão neoproterozóica.
f) O episódio final da evolução geológica está relacionado com um conjunto
de zonas de cisalhamento rúpteis e fraturas que truncam os diques máficos.
Possivelmente, estas estruturas estão relacionadas com a abertura da Bacia do
Recôncavo e do Oceano Atlântico Sul.
83
6 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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97
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
An-1
Nº do Ponto
1
Longitude
550693
Nome da Folha Geográfica
8561912
Salvador
Referências do Ponto
Dobra, foliação boudinada, 1ª. Escada.
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Metamórfico
Tonalito granulítico
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Amostra de cor cinza escuro. Anisotrópica, equigranular, fanerítica fina, estrutura
gnáissica. Composição mineralógica de plagioclásio, quartzo, piroxênio e biotita. A
amostra apresenta uma foliação espaçada composicional bandada.
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Andesina (An 45-48)
MINERAIS
%
35
%
Minerais Opacos
5
3
Antipertita
5
Apatita
Quartzo
17
Microclina
2
Opx (hiperstênio)
Cpx (Diopsidio ?)
Biotita
18
10
5
Epidoto
tr
Zircão
Titanita
tr
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Rocha anisotrópica com microestrutura equigranular, granoblástica poligonal, marcada por
contatos retilíneos em forma de mosaico e junções tríplices entre os grãos de quartzo e da
andesina; pseudopoquilítica, sugerida pela disposição de diopsídio no centro do cristal e opx na
borda e inclusões de quartzo na andesina, na biotita e no piroxênio; reação regressiva, sugerida
pelo contato lobado a amebóides entre o opx e o mineral opaco. Pode-se observar kinkbands
desenvolvida no plagioclásio e na biotita. Além dessas, apresenta textura nematoblástica
marcada pela orientação preferencial do opx e do diopsídio nos agregados de minerais máficos, e
lepidoblástica representada pela orientação preferencial da biotita. Também foi observada a
deformação da geminação do plagioclásio com feições pontiagudas e a presença de mimerquita.
Foi possível observar que alguns minerais marcam a foliação da rocha, entre eles pode-se citar
os aglomerados de minerais máficos como Opx (hiperstênio), Cpx (diopsídio), mineral opaco,
biotita, além de minerais félsicos como o plagioclásio e quartzo que também ocorrem alongados.
Andesina (An 45-48) corresponde a cerca de 35% da matriz, é incolor em luz plana e o relevo é
baixo. Apresenta-se granular, subidioblástica, como granulometria variando entre 0,28mm a
0,78mm. Os contatos são lobados com a mimerquita e mineral opaco e quartzo residual, reto com
quartzo, biotita, Opx (hiperstênio), Cpx (diopsidio) e apatita, suturado com a biotita. Esse mineral
marca a foliação, sendo revelada pela orientação de forma dos grãos. As lamelas de geminação
encontram-se deformadas, gerando kinkbands e extinção ondulante. Em alguns domínios pode
ser observado o desenvolvimento de fraturas e alguns grãos revelaram a presença de antipertita.
Esse mineral encontra-se associado com quartzo, Opx, Cpx, biotita, minerais opacos e apatita.
Extinção é moderada a fortemente ondulante. Possivelmente são minerais ígneos que foram reequilibrados no fácies granulito, com recristalização sin-tectonica à formação da foliação da
98
rocha.
Quartzo: perfaz cerca de 17% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo baixo.
Ocorre granular, podendo também ocorrer alongado segundo a foliação e vermiforme, neste caso
quanto associada com a mimerquita. Quanto à cristalinidade apresenta-se subidioblástico. O
tamanho do mineral varia com a forma de ocorrência, sendo os cristais vermiforme, com tamanho
0,02mm a 0,15mm, os cristais granulares com tamanho 0,2mm a 0,72mm, e os alongados
segundo a foliação com eixo maior variando de 1,0mm a 2,00mm. Os exemplares alongados
também marcam a foliação da rocha. Os contatos com a mimerquita, opaco, andesina é lobado
quando granular, retilíneo nos demais casos, quando o cristal está estirado. Possui extinção
moderada a fortemente ondulante. Possivelmente são minerais ígneos e restos de reações
metamórficas que foram re-equilibrados no fácies granulito, com recristalização sin a tardi
tectônica à formação da foliação da rocha.
Hiperstênio: compreende cerca de 18% a 20% do volume amostrado, em geral, em aglomerados
com o Cpx. Ocorre incolor em luz plana e com relevo alto. Apresentam-se granular,
subidioblástico a idioblástico com tamanho variando entre 0,15mm a 0,65mm. Seus contatos são
retos com diopsídio, andesina e biotita, lobado com mineral opaco e quartzo e irregular com a
biotita. Os grãos encontram-se bastante fraturados. Aglomerados desse mineral apresenta-se
orientado preferencialmente segundo a foliação da rocha. Possivelmente, representa um mineral
gerado pelo metamorfismo e a sua formação é sintectônica à principal fase de deformação da
rocha e que foi responsável pela formação da foliação.
Diopsídio: corresponde a cerca de 10% a 12% do volume da rocha, isolado ou em aglomerados
orientados segundo a foliação da rocha. Ocorre incolor, com seu relevo alto. É granular,
subidioblástico a xenoblástico. A granulometria varia de 0,15mm a 0,60mm. Seus contatos são
retos com o Opx, plagioclásio e biotita, lobado com o quartzo e mineral opaco. Os cristais
encontram-se intensamente fraturados. Também nesse caso, possivelmente, representa um
mineral gerado pelo metamorfismo e a sua formação é sintectônica à principal fase de
deformação da rocha e que foi responsável pela formação da foliação.
Biotita: ocorre na lâmina numa proporção de 5% a 7%, geralmente associada com os piroxênios
e/ou mineral opaco. Apresenta forte pleocroísmo variando entre castanho e vermelho, seu relevo
é alto. Apresenta-se placóide, com grãos subidioblásticos. A granulometria varia entre 0,30mm a
1,20mm. A biotita possui contatos retos com minerais opacos, andesina, Opx, Cpx e biotita;
irregular com quartzo, andesina e lobado com quartzo, andesina e opaco. Observa-se extinção
olho de pássaro. Possivelmente, é um mineral tardi-tectônico à formação da foliação.
Minerais opacos: ocorrem na lâmina numa proporção de 3% a 5%, em geral associado com os
minerais máficos. Ocorre granular, subidioblásticos. A granulometria varia de 0,02mm a 0,67mm.
Seus contatos são retos com a biotita e apatita, irregular e lobado com o Opx, Cpx e plagioclásio.
Possivelmente, o seu crescimento é tardi-tectônico à formação da foliação.
Apatita: distribui-se na lâmina entre 1% e 3%. Apresenta-se incolor e relevo moderado. Ocorre
prismática e seus grãos são idiomórficos. O tamanho dos cristais varia entre 0,05mm e 0,30mm.
Seus contatos são sempre do tipo reto, e bordeja os minerais opacos, quartzo e andesina. Não
demonstra deformação.
Epidoto: apresenta-se como um mineral traço. Possui relevo elevado. Ocorre como grãos
xenoblásticos, geralmente associado aos piroxênios. O tamanho dos seus cristais não supera
0,3mm. Seus contatos são lobados. Possivelmente, este mineral é retrometamórfico.
Zircão: ocorre na cor cinza em luz plana, com relevo muito alto. Possui birrefrigência anômala em
torno de 0,6. Ocorre na forma prismática, idioblástico (idiomórfico?). A granulometria varia de
0,07mm a 0,2mm. Faz contato reto com mineral opaco e interlobado com a andesina. Possui
99
zoneamento metamórfico.
Titanita: Aparece na lâmina como um mineral traço. Possui relevo alto, e birrefrigência anômala.
Apresenta-se na forma xenoblástica. Seus contatos são lobados. A granulometria média é cerca
de 0,5mm. Deve ser um mineral reliquiar da paragênese ígnea.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Metamorffismo de alto grau/ fácies granulito
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Plagioclásio, Opx (Hiperstênio?), CPx (Diopsidio?), Quartzo, Zircão, Titanita, Apatita
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Mineral Opaco, Biotita, Epidoto
8 - NOME DA ROCHA
Tonalito granulítico
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Mo
Pl
Mo
Fps
Fps
Pl.
Qtz
Bt
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 1 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), Kfeldspato (Kfs), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Nesta foto notar kinkbands no
plagioclásio. Foto em nicóis cruzados.
0,15mm
Fotomicrografia 2 – Detalhe anterior com plagioclásio (Pl),
biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos.
Nesta foto notar kinkbands no plagioclásio. Foto em nicóis
cruzados.
100
Msp
Qtz
Qtz
Mm
q
Pl.
Pl
Bt
0,15mm
0,15mm
.Fotomicrografia 3 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mimerquita (Mm) e mesopertita (Msp) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Fotomicrografia 4 – Arcabouço granoblástico de
plagioclásio (Pl) e quartzo (Qtz) nos tonalitos granulíticos.
Bt- Biotita. Foto em nicóis cruzados.
Hy
Hy
Qtz
Mo
Qtz
Pl
Mo
Pl
0,3mm
.Fotomicrografia 5 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
0,75mm
Fotomicrografia 6 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
101
Qtz
Msp
Pl
Apt
Qtz
Pl.
Qtz
Mm
q
Pl
Hy
0,3mm
Fotomicrografia 7 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
apatita (Apt) e hiperstênio (Hy) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Mo
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 8 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mimerquita (Mm) e mesopertita (Msp) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Mo
Apt
Bt
Apt
Pl
Qtz
Bt
Pl
Msp
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 9 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo)
nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 10 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
102
Mo
Mo
Pl.
Pl
Di
Di
Hy
Hy
Qtz
Qtz
Hy
Hy
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 11 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo)
nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
Fotomicrografia 12 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Pl
Pl
Bt
Bt
Msp
Mo
Msp
Qtz
Mo
Qtz
Bt
Bt
0,3mm
Fotomicrografia 13 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo)
nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 14 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
103
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
An-2
Nº do Ponto
4
Longitude
550684
Nome da Folha Geográfica
8561964
Salvador
Referências do Ponto
Lajedo amostrado tem cor laranja, fica ao lado do dique máfico, entre as
escadas.
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Granitóide
granada monzogranito milonítico
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Rocha anisotrópica, com cor castanha rosada, anisotrópica, com porfiros de feldspatos.
Essa rocha possui granulação fina a média, com mesoestrutura gnaissica.
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Mesopertita
MINERAIS
%
45
%
Mineral opaco
3
tr
<1
Quartzo
30
Zircão
Microclina
7
Muscovita
Albita
5
Almandina
Biotita
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
6
2
A lâmina apresenta microestruturas: equigranular na matriz com ribbons de quartzo; mesopertita;
granoblástica interlobada nos agregados mesopertitícos, a granoblástica poligonal; porfíroclástica
com xenocristais de granada fraturados, e mesopertitas e microclina recristalizada ; de reação,
marcada pelo intercrescimento da biotita, mineral opaco, mesopertita e microclina, assim como
pela substituição do plagioclásio pela muscovita; kinkband associada com a microclina. O
bandamento é marcado pela alternância de níveis ricos em quartzo e níveis ricos em mesopertita.
Quartzo: distribui-se na lâmina numa proporção de 45%. Apresenta-se incolor em luz plana e
relevo baixo. Ocorre granular, subidioblástico a xenoblástico, com grãos alongados segundo a
foliação principal. O tamanho do grão varia de acordo com a forma de ocorrência. Nos
exemplares granulares varia entre 0,03mm a 0,07mm, enquanto que nos grãos alongados
desenvolvem duas famílias: (i) com tamanho variando entre 0,1mm a 0,6mm, (ii) com tamanho
variando entre 1,0mm a 2,5mm. O contato quartzo-quartzo é reto quando estirado, lobado quando
granular. A sua deformação é caracterizada pela presença de grãos alongados com forte extinção
ondulante. Representa um mineral recristalizado no metamorfismo, sintectônico à formação da
foliação.
Mesopertita: representa cerca de 30% do volume amostrado. Apresenta-se incolor em luz plana e
relevo baixo. Ocorre na forma tabular e granular, subidioblástico e xenoblástico. O tamanho dos
cristais varia entre 0,3mm a 0,7mm nos cristais granulares e 1,0mm a 2,5mm nos tabulares. Os
contatos são retos quando estirado e lobados quando em contato com a granada, biotita e
mineral opaco. Possuem inclusões de quartzo amebóide (mimerquitas ?), extinção ondulante e
fraturas. Possivelmente são minerais ígneos recristalizados durante a deformação e o
metamorfismo.
104
Microclina: ocorre em 7% da lâmina, Incolor em luz plana e com relevo baixo. Ocorre granular,
xenoblástica a subidioblástica. O tamanho médio dos cristais é 0,37mm. Ocorre como porfirclasto
ou formando agregados de grãos poligonais de grãos recristalizados sintectonicamente à
foliação. Seus contatos são retos poligonais com o quartzo, andesina e mesopertita, lobado com
quartzo residual, mimerquitas, irregular com biotita. Também nesse caso, possivelmente são
minerais ígneos recristalizados durante a deformação e o metamorfismo.
Albita: corresponde a cerca de 3% a 5% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo
baixo, tem birrefrigência variando entre 0,009 a 0,011. Ocorre na forma granular, xenoblástica,
formando agregados de grãos poligonais. O tamanho dos cristais varia entre 0,2mm a 0,6mm, a
sua relação com a foliação é sintectônica marcada por contatos poligonais, orienta-se pela
variação granulométrica. A natureza dos seus contatos é reto com quartzo, mesopertita a
irregular com a granada. Exibe lamelas deformadas e extinção ondulante.
Almandina: ocorre na lâmina aproximadamente em 7%. Demonstra-se incolor a cinza claro em
luz plana e relevo alto. Ocorre na forma granular e sua cristalinidade é idioblástica a
subidioblástica. O tamanho dos cristais varia de 0,3mm a 1,5mm. Alguns grãos ocorrem
orientados segundo a foliação da rocha. A natureza dos seus contatos é do tipo lobado com a
mesopertita, andesina e quartzo, reto com a biotita e mineral opaco. Exibe muitas fraturas e
possivelmente trata-se de xenocristal do protólito.
Biotita: distribui-se na lâmina por cerca de 5%. Apresenta pleocroísmo variando entre castanho e
vermelho em luz plana, seu relevo é alto. Ocorre placóide, subidioblástica. O tamanho dos cristais
varia de 0,1mm a 0,3mm, sua relação com a foliação é tardi tectônica e orientam-se nos
aglomerados lenticulares de minerais máficos. A natureza dos seus contatos é reto com mineral
opaco e almandina, irregular com a mesopertita. Encontra-se dobrada no contato com a granada,
e possui extinção olho de pássaro. Possivelmente é um mineral tardi-tectônico.
Mineral opaco: ocorre como grãos xenoblásticos na matriz da rocha, com tamanho variando entre
0,2 e 0,6mm.
Zircão: ocorre em baixa quantidade na rocha, como mineral traço. Demonstra-se incolor em luz
plana, relevo muito alto. Ocorre na forma prismática, subidiomórfico (Subidioblástico?). O
tamanho dos cristais varia entre 0,02mm a 0,08mm. A natureza de seus contatos é reto a lobado
com a albita, e mineral opaco. Encontra-se zonado. Possivelmente é um mineral ígneo
recristalizado no metamorfismo.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Metamorfismo de alto grau/ fácies granulito
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Quartzo, mesopertita, microclina, albita, granada
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
mineral opaco, biotita
8 - NOME DA ROCHA
Granada Monzogranito Milonítico
105
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Bt
Bt
Mo
Mo
Grd
Grd
Qtz
Qtz
0,15mm
.Fotomicrografia 15 - Granada (Grd), biotita (Bt),
quartzo (Qtz) e mineral opaco (Mo) nos granada
monzogranito miloníticos. Foto em luz plana.
0,15mm
Fotomicrografia 16 - Granada (Grd), biotita (Bt), quartzo
(Qtz) e mineral opaco (Mo) nos granada monzogranito
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Msp
Zr
Msp
Qtz
0,15mm
Fotomicrografia 17 - Quartzo (Qtz), zircão (Zr) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranito
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
0,75mm
Fotomicrografia 18 - Quartzo (Qtz) e mesopertita (Msp)
nos granada monzogranito miloníticos. Foto em nicóis
cruzados.
106
Qtz
Qtz
Mm
q
Pl
Msp
0,3mm
.Fotomicrografia 19 – Apregado granoblástico de
mesopertita (Msp), quartzo (Qtz) e mimerquita (Mmq)
nos granada monzogranito miloníticos. Foto em luz
plana.
0,3mm
.Fotomicrografia 20 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranito miloníticos.
Foto em nicóis cruzados.
Msp
Qtz
Qtz
Msp
0,75mm
Fotomicrografia 21 – Ribbons de quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranito
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
107
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
An-3
Longitude
550684
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica
8561926
Salvador
Referências do Ponto
3
Em frente da 1ª. Escada, boudin.
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Tonalito
Granulito tonalítico
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Amostra isotrópica, de cor cinza escuro, equigranular, fanerítica fina, textura granular. Composição
mineralógica de plagioclásio, quartzo, piroxênio e biotita. A amostra não apresenta uma foliação definida.
Tzo,
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
MINERAIS
%
%
Quartzo
15
Ortopiroxênio (hiperstênio?)
7
Diopsídio
30
Apatita
TR
Mineral Opaco
2
Zircão
TR
Biotita
1
Microclina
<1
Plagioclásio
Mesopertita
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
40
5
Ocorrem textura equigranular, granoblástica poligonal, associado com o plagioclásio, mesopertita
e quartzo. marcada por contatos reilíneos em forma de mosaico em mesopertira, microclina e
quartzo. Além disso, textura de reações progressivas, com diopsídio no centro do cristal e opx na
borda. Textura de reação regresiva com contatos lobados entre o Opx e o mineral opaco e entre
a biotita, o Opx e Cpx. Textura pseudopoiquilítica, com presença de biotita no Opx e Cpx. Podese observar kinkbands em plagioclásio e na biotita. Além dessas, apresenta textura
nematoblástica, marcada pela orientção do hiperstênio e do diopsídio nos agregados de minerais
máficos, e lepidoblástica, representada pela orientação da biotita. E como microestrutura foi
observada a deformação de geminação e mimerquita. Foi possível observar que alguns minerais
marcam a foliação da rocha, entre eles pode-se citar os aglomerados de minerais máficos como
hiperstênio, diopsídio, mineral opaco, biotita, além de minerais félsicos como o plagioclásio e
quartzo que pode estar alongados.
Hiperstênio: incolor a cinza pálido, levemente rosado, granular, subidioblástico; com orientação
preferencial e associado com o Cpx. Ocorre isolado ou em agregados alongados. A granulometria
varia entre 0,15mm a 0,7mm. Relação com a foliação: sintectônica; contatos retos, irregular,
lobado. Ocorre como grãos poligonais sugerindo processo de recristalização sintectonica à
foliação deformacional.
Diopsídio: distribui-se na lâmina numa proporção de 25%. Apresenta-se incolor em luz plana e
relevo alto. Ocorre na forma granular, formando agregados poligonais, é subidioblástico a
xenoblástico. Sua granulometria varia entre 0,12mm a 0,54mm. Ocorre orientado
preferencialmente em aglomerados lenticulares e frequentemente associado com o Opx. Os
contatos são do tipo reto com a andesina, Opx, lobado com mineral opaco, quartzo e biotita.
Encontra-se intensamente fraturado.
108
Plagioclásio: ocorre numa proporção de 40%. Demonstra-se incolor em luz plana e relevo baixo.
Apresenta-se na forma granular, xenoblástico, em agregados pologonais ou formando
mimerquitas. Sua granulometria varia de 0,3mm a 0,9mm. Faz contato reto com o Opx, diopsídio,
mesopertita e quartzo, interlobado com mineral opaco, irregular com a biotita. Encontra-se em
agregados poligonais, possui extinção ondulante, é fraturado e associa-se com a biotita, quartzo
e apatita. Representa um mineral ígneo recristalizado durante a deformação e metamorfimo.
Quartzo: perfaz cerca de 20% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo baixo.
Ocorre granular, formando agregados poligonais, alongado e vermiforme, associado com
mimerquitas. É xenoblástico e sua granulometria varia de acordo com a forma de ocorrência:
vermiformes 0,02mm a 0,05mm, granular 0,3mm a 0,6mm e alongado 0,9mm a 1,3mm. Faz
contato reto com a apatita, biotita, mineral opaco, interlobado com andesina, diopsídio, Opx. É
possível observar extinção ondulante. Esse mineral recristaliza-se durante a geração da foliação.
Mesopertita: distribui-se em cerca de 3% na lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo
baixo. Ocorre na forma granular e xenoblática. Sua granulometria média é 0,45mm. Faz contato
reto com Opx, diopsídio, andesina, curvo com mineral opaco, irregular com biotita. Apresenta
lamelas deformadas e extinção ondulante. Representa um mineral ígneo recristalizado durante a
deformação e metamorfimo.
Biotita: ocorre na lâmina em cerca de 3%. Apresenta-se com pleocroísmo entre castanho e
vermelho, em luz plana, e relevo alto. Ocorre placóide, subidioblástica e associa-se ao Opx e
Cpx. Sua granulometria varia entre 0,07mm a 0,45mm. Faz contato reto com mineral opaco,
interlobado a irregular com demais minerais. Apresenta estruturas em kink e possivelmente seu
crescimento é sintectonico à foliação.
Mineral opaco: ocupa cerca de 5% da lâmina. Ocorre na forma granular e é subidioblástico. A
granulometria varia de 0,03mm a 0,7mm. Ocorre associado com os minerais máficos, nos
agregados lenticulares. Faz contato reto com a biotita, lobado com os demais minerais. Não
apresenta deformações.
Apatita: ocorre na lâmina numa proporção de 3% a 5%. Apresenta-se incolor em luz plana, e
relevo moderado. é prismática, em grãos idiomórfico. Seu tamanho varia de 0,05mm a 0,32mm.
Seus contatos são retos com mineral opaco e quartzo, lobado com diopsídio, reto com
plagioclásio. Não possuem deformação. Possivelmente é um mineral ígneo.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Metamorfismo de alto grau. Fácies granulito.
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Andesina, enstatia, diopsídio, mesopertita, apatita e zircão.
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Quartzo, mineral opaco, biotita.
8 - NOME DA ROCHA
Tonalito granulítico
109
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Qtz
Mo
Mo
Di
Di
Qtz
Apt
Apt
Bt
Pl
Bt
Pl
Di
Mo
0,3mm
Fotomicrografia 22 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
apatita (Apt), diopsídio (Di), biotita (Bt) e mineral opaco
(Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
Di
Mo
0,3mm
Fotomicrografia 23 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
apatita (Apt), diopsídio (Di), biotita (Bt) e mineral opaco
(Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Bt
Bt
Mo
Mo
Qtz
Qtz
Pl
Qtz
Pl
Di
Di
0,3mm
.Fotomicrografia 24 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
diopsídio (Di), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 25 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
diopsídio (Di), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Di
Di
Qtz
Qtz
Mm
q
Msp
Mm
q
Bt
Bt
Msp
Pl
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 26 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp), diopsídio (Di), mimerquita (Mmq) e
biotita (Bt) nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 27 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp), diopsídio (Di), mimerquita (Mmq) e
biotita (Bt) nos tonalitos granulíticos. Foto em nicóis
cruzados.
110
Mo
Mo
Hy
Hy
Qtz
Qtz
Pl
Pl
Di
Di
0,3mm
.Fotomicrografia 28 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo)
nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 29 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Di
Di
Bt
Bt
Hy
Pl
Di
Pl
Hy
Mo
Mo
Pl
Pl
0,3mm
.Fotomicrografia 30 - Plagioclásio (Pl), biotita (Bt),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo)
nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
Di
0,3mm
Fotomicrografia 31 - Plagioclásio (Pl), biotita (Bt),
hiperstênio (Hy), epídoto (Epd) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Pl
Qtz
Pl
Mo
Di
Mo
Di
Di
0,3mm
.Fotomicrografia 32 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Di
0,3mm
Fotomicrografia 33 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
111
Hy
Hy
Mo
Mo
Di
Apt
Pl
Pl
Qtz
Di
Apt
Qtz
0,3cm
.Fotomicrografia 34 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo)
nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 35 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), diopsídio (Di) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
112
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
An-4
Nº do Ponto
P-6
Longitude
550625
Nome da Folha Geográfica
8561984
Salvador
Referências do Ponto
Próximo da segunda escada.
Tipo Litológico
Nome do Corpo
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Amostra de cor cinza escuro. Anisotrópica, equigranular, fanerítica fina, mesoestrutura gnáissica.
Composição mineralógica: plagioclásio, quartzo, piroxênio e biotita. A amostra apresenta uma foliação
espaçada composicional bandada
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
MINERAIS
%
Andesina
40
Quartzo
20
Mesopertita
2
Biotita
Mineral opaco
5
3
%
Apatita
2
Zircão
tr
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Como microestruturas tem-se a equigranular, granoblástica poligonal, marcada por grãos de
andesina, mesopertita e quartzo com contatos reilíneos, em forma de mosaico. Possui textura de
reações progressivas sugerida pela relação de diopsídio no centro do cristal e opx na borda, bem
como pelos contatos lobados entre o Opx e o mineral opaco. Textura pseudopoiquilítica pela
presença de inclusões de biotita no piroxênio. Pode-se observar kinkbands em plagioclásio. Além
dessas, apresenta microestrutura nematoblástica marcada pela orientação do opx e do diopsídio
nos agregados de minerais máficos, lepidoblástica representada pela orientação da biotita. A
microestrutura mimerquítica também foi encontrada. Foi possível observar que alguns minerais
marcam a foliação da rocha, entre eles pode-se citar os aglomerados de minerais máficos como
hiperrstênio, diopsídio, mineral opaco, biotita, além de minerais félsicos como o plagioclásio e
quartzo que pode estar alongados.
Andesina: corresponde aproximadamente a 40% da lâmina como grãos poligonais ou formando a
mimerquita. Demonstra-se incolor em luz plana e relevo baixo. Ocorre granular, xenoblástica. Sua
granulometria varia de 0,05mm a 0,45mm. Faz contato reto com piroxênio, mesopertita,
interlobado com mineral opaco, quartzo, irregular com a biotita, sugerindo relação de reação
metamórfica com aquele mineral.
Quartzo: encontra-se cerca de 20% da lâmina. Aparece incolor em luz plana, relevo baixo.
Apresenta-se como agregado de grãos poligonais, como grãos alongados ou associado com a
mimerquita. A granulometria varia de acordo com a forma dos cristais, desde vermiforme 0,02mm
a 0,1mm, a granular 0,45mm a 0,6mm, e alongado tabular 1,0mm a 2,5mm. Em geral, a
orientação preferencial é revelada pelo estiramento dos grãos. Faz contato interlobado com a
113
maioria dos minerais. É possível observar extinção moderadamente ondulante. Esse mineral
recristaliza-se durante a geração da foliação.
Mesopertita: ocorre aproximadamente em 2%. Apresenta-se incolor em luz plana, relevo baixo.
Ocorre granular e xenoblática. Sua granulometria média é 0,5mm. Faz contato reto com piroxênio
e andesina, curvo com mineral opaco, quartzo, irregular com biotita. É possível observar
deformação de lamelas e extinção ondulante. Representa um mineral ígneo recristalizado durante
a deformação e metamorfimo.
Biotita: distribui-se na lâmina numa proporção de 5%. Possui pleocroísmo castanho a vermelho
em luz plana, com relevo é alto. Ocorre na forma placóide, subidioblástica associada com o
minerais máficos. Sua granulometria varia de 0,1mm a 0,55mm. Faz contato reto com mineral
opaco, irregular com a andesina. Encontra-se dobrada e apresenta extinção olho de pássaro.
Possivelmente o seu crescimento é tardi-tectônico à foliação.
Mineral opaco: corresponde a cerca de 3%. Ocorre granular, subidioblástico. A granulometria
varia entre 0,05mm e 0,6mm. Faz contato reto com a biotita, quartzo e apatita, lobado com
andesina e piroxênio. Possivelmente é um mineral tardi-tectônico à foliação, associando-se com
os minerais máficos.
Apatita: corresponde de 1% a 2%, apresenta-se incolor em luz plana, com relevo moderado.
Ocorre prismática, idiomórfica. Sua granulometria varia de 0,07 a 0,33mm. Associa-se com os
minerais máficos lenticulares em agregados lenticulares. Faz contato reto com quartzo, mineral
opaco e andesina. Possivelmente é um mineral ígneo.
Zircão: ocorre na cor cinza em luz plana, com relevo muito alto. Possui birrefrigência anômala ejm
torno de 0,66. Ocorre na forma prismática, idioblástico (idiomórfico?). A granulometria varia de
0,06mm a 0,1mm. Faz contato reto com mineral opaco e interlobado com a andesina. Possui
zoneamento metamórfico.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Metamorfismo de alto grau. Pertence ao fácies granulito.
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
andesina, mesopertita e quartzo, zircão.
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Mineral opaco, biotita, quartzo, apatita,
8 - NOME DA ROCHA
Tonalito granulítico
114
9 – FOTOMICROGRAFIAS
Bt
Bt
Mo
Pl
Mo
Pl
Qtz
Qtz
Mo
Mo
Bt
Msp
Bt
Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 36 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
0,75mm
Msp
Fotomicrografia 37 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e mineral opaco
(Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Pl
Pl
Bt
Pl
Bt
Mo
0,3mm
Fotomicrografia 38 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
Qtz
Qtz
Pl
Mo
Hy
Qtz
Qtz
Pl
Hy
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 39 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), Biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Qtz
Pl
Qtz
Pl
Pl
Bt
0,3mm
Fotomicrografia 40 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
Biotita (Bt) nos tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
Bt
0,3mm
Fotomicrografia 41 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
biotita (Bt) nos tonalitos granulíticos. Foto em nicóis
cruzados.
115
Qtz
Qtz
Pl
Pl
Pl
Pl
Qtz
Msp
Qtz
Msp
Mm
q
0,3mm
Fotomicrografia 42 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp) e mimerquita (Mmq) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Mm
q
0,3mm
Fotomicrografia 43 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mesopertita (Msp) e mimerquita (Mmq) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Hy
Hy
Qtz
Mo
Pl
Pl
Qtz
Pl
Pl
Bt
Mo
Mo
Hy
0,3mm
Pl
Hy
Fotomicrografia 45 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
Hy
Bt
Mo
Pl
Bt
0,3mm
Fotomicrografia 44 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
Hy
Pl
Mo
Pl
Pl
Bt
Mo
Pl
Hy
Hy
Qtz
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 46 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 47 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
hiperstênio (Hy), biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos
tonalitos granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
116
Qtz
Msp
Msp
Pl
Pl
0,3mm
Qtz
Pl
Qtz
Zrc
Pl
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 48 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
zircão (Zrc) e mesopertita (Msp) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Qtz
Zrc
Pl
Fotomicrografia 49 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
zircão (Zrc) e mesopertita (Msp) nos tonalitos granulíticos.
Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Qtz
Pl
Pl
Zrc
Zrc
Pl
Pl
0,15mm
Fotomicrografia 50 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
zircão (Zrc) nos tonalitos granulíticos. Foto em luz
plana.
Pl
Pl
0,15mm
Fotomicrografia 51 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
zircão (Zrc) nos tonalitos granulíticos. Foto em nicóis
cruzados.
Bt
Qtz
Bt
Qtz
Pl
Pl
Zrc
0,75mm
Zrc
Pl
Fotomicrografia 52 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e zircão (Zrc) nos tonalitos granulíticos. Foto
em luz plana.
0,75mm
Pl
Fotomicrografia 53 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e zircão (Zrc) nos tonalitos granulíticos. Foto
em nicóis cruzados.
117
Pl
Pl
Bt
Bt
Mo
Qtz
Qtz
Mo
Pl
Mo
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 54 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Pl
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 55 – Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos.
Foto em nicóis cruzados.
118
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 – DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
An-5
Longitude
550646
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica
8562014
Salvador
Referências do Ponto
P-7
No extremo norte da foto, duplex.
Tipo Litológico
Nome do Corpo
gnaisse
2 – CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Amostra de cor cinza escuro, anisotrópica, equigranular, fanerítica fina, mesoestrutura gnáissica.
Composição mineralógica: plagioclásio, quartzo, piroxênio e biotita. A amostra apresenta uma foliação
espaçada composicional bandada.
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
MINERAIS
%
Plagioclásio
45
Quartzo
25
Mesopertita
2
Biotita
Mineral opaco
5
3
%
Apatita
2
Zircão
tr
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Possui microestrutura equigranular, granoblástica, porfiroclástica, núcleo-manto e milonítica. Além
disso, ribbons de quartzo, com espessura variando de 0,03mm a 0,5mm e comprimento variando
de 2,0mm a 4,0mm podem ser encontrados. A foliação é marcada pela orientação preferencial da
mesopertita, dos ribbons de quartzo agregados lenticulares de máficos e minerais opacos.
Plagioclásio: corresponde aproximadamente a 45% da lâmina. Ocorre incolor em luz plana e
relevo baixo. Ocorre granular, xenoblástico, em agregados de grãos poligonais ou associado com
a mimerquita. A granulometria varia entre 0,05mm a 0,45mm. Faz contato reto com piroxênio e,
mesopertita, interlobado com mineral opaco, quartzo e biotita. Encontra-se com lamelas
deformada, possui fraturas e extinção ondulante. Representa um mineral ígneo recristalizado
durante a deformação e metamorfimo.
Quartzo: encontra-se em cerca de 25% da lâmina, incolor em luz plana, com relevo baixo. Ocorre
granular, em agregados poligonais, alongado e vermicular, associado com a mimerquita. Em
todos os casos é xenoblástico. A granulometria varia de acordo com a forma de ocorrência:
vermiforme 0,02mm a 0,1mm, granular 0,45mm a 0,6mm. Faz contato interlobado com a maioria
dos minerais. È possível observar a presença da extinção moderadamente ondulante. Esse
mineral recristaliza-se durante a geração da foliação.
Mesopertita: ocorre aproximadamente em 2%. Apresenta-se incolor em luz plana, com relevo
baixo. Ocorre granular, xenoblática. A granulometria média é 0,5mm. Faz contato reto com
piroxênio e andesina, curvo com mineral opaco, quartzo, irregular com biotita. É possível observar
deformação de lamelas e extinção ondulante. Representa um mineral ígneo recristalizado durante
a deformação e metamorfimo.
Biotita: distribui-se na lâmina numa proporção de 5%. Apresenta-se com pleocroísmo variando
119
entre castanho e vermerlho em luz plana, com relevo médio. Ocorre placóide, subidioblástica.
Sua granulometria varia de 0,1mm a 0,55mm. Associa-se com os minerais máficos e agregados
lenticulares. Faz contato reto com mineral opaco, irregular com a andesina. Encontra-se dobrada
e apresenta extinção olho de pássaro. O crescimento é tardi-tectônico.
Mineral opaco: corresponde a cerca de 3%. Ocorre granular, subidioblástico ou formando grãos
alongados segundo a foliação. Sua granulometria varia entre 0,05mm e 0,6mm. Orienta-se
preferencialmente com minerais máficos lenticulares. Faz contato reto com a biotita, quartzo e
apatita, lobado, com andesina e piroxênio. Não apresenta deformações e possivelmente é um
mineral tarditectonico.
Apatita: presente como constituinte menor, corresponde de 1% a 2%. Apresenta-se incolor em luz
plana, e relevo moderado. Ocorre prismática, idiomórfica. A granulometria varia entre 0,07 a
0,33mm. Faz contato reto com quartzo, mineral opaco e andesina. Trata-se de um mineral ígneo
Zircão: aparece na cor cinza em luz plana, com relevo muito alto. Possui birrefrigência anômala
0,66. Ocorre prismático, idioblástico (idiomórfico ?). A granulometria varia entre 0,06mm e 0,1mm.
Possui zoneamento.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Metamorfismo de alto grau. Pertence ao fácies granulito.
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Quartzo, plagioclásio, mesopertita, apatita, zircão
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
mineral opaco, biotita.
8 - NOME DA ROCHA
Tonalito granulítico
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Qtz
Qtz
Pl
Pl
Pl
Pl
Pl
Pl
Qtz
Qtz
Qtz
Qtz
Mo
0,75mm
Fotomicrografia 56 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto em
luz plana.
0,75mm
Mo
Fotomicrografia 57 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto em
nicóis cruzados.
120
Msp
Msp
Pl
Pl
Qtz
Qtz
Pl
Qtz
Qtz
Pl
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 58 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), e
mesopertita (Msp) nos tonalitos granulíticos. Foto em
luz plana.
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 59 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), e
mesopertita (Msp) nos tonalitos granulíticos. Foto em
nicóis cruzados.
Qtz
Qtz
Mo
Pl
Px
Pl
Mo
Px
Px
Zrc
Zrc
Qtz
Qtz
Pl
0,15mm
Fotomicrografia 60 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
zircão (Zrc) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Pl
0,15mm
Fotomicrografia 61 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), zircão
(Zrc) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos.
Foto em nicóis cruzados.
Pl
Pl
Qtz
Zrc
Pl
Qtz
Pl
Zrc
Pl
Mo
0,3mm
Fotomicrografia 62 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
biotita (Bt) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Pl
0,3mm
Mo
Fotomicrografia 63 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), zircão
(Zrc) e mineral opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos.
Foto em nicóis cruzados.
121
Pl
Pl
Mo
Msp
Mo
Bt
Qtz
Msp
Bt
Qtz
Px
Px
0,3mm
Fotomicrografia 64 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
piroxênio (Px), mesopertita (Msp), biotita (Bt) e mineral
opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto em luz
plana.
0,3mm
Fotomicrografia 65 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
piroxênio (Px), mesopertita (Msp), biotita (Bt) e mineral
opaco (Mo) nos tonalitos granulíticos. Foto em nicóis
cruzados.
Pl
Msp
Qtz
Pl
Mm
q
Pl
Qtz
Qtz
Pl
0,75mm
Fotomicrografia 66 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mimerquita (Mmq) e mesopertita (Msp) nos tonalitos
granulíticos. Foto em luz plana.
Qtz
Mm
Msp q
Pl
Pl
0,75mm
Fotomicrografia 67 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz),
mimerquite (Mmq) e mesopertita (Msp) nos tonalitos
granulíticos. Foto em nicóis cruzados.
122
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
AN-6
Nº do Ponto
P-6
Longitude
550693
Nome da Folha Geográfica
8561908
Salvador
Referências do Ponto
Segunda escada. Dobra cerrada, lajedo com conglomerado
Tipo Litológico
Nome do Corpo
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Po
Amostra com tom cinza claro a bege, intemperizada. Possui macroestrutura gnáissica com bandamento
milimétricos. É cortada por micro veio pegmatítico.
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
MINERAIS
%
Mesopertita
60
Ortopiroxênio
7
Quartzo
25
Biotita
5
Mineral opaco
Apatita
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
3
Tr
%
Zircão
tr
As principais texturas descritas nesta lâmina foram a equigranular, mimerquita, granoblástica,
marcada por agregado granular de plagioclásio e mesopertita. Também se observa ribbons de
quartzo e andesina. A foliação é marcada pelo alinhamento do quartzo, plagioclásio, piroxênio e
biotita.
Mesopertita: corresponde a cerca de 60% da matriz, é incolor em luz plana e o relevo é baixo.
Apresenta-se granular, subidioblástica, como granulometria variando entre 0,3mm a 0,9mm. Os
contatos são lobados com o mineral opaco e quartzo, biotita, Opx (hiperstênio?), Cpx (diopsidio?)
e apatita, suturado com a biotita. Esse mineral marca a foliação, sendo revelada pela orientação
de forma dos grãos. Esse mineral encontra-se associado com quartzo, biotita, minerais opacos e
apatita. A extinção é moderada a fortemente ondulante. Possivelmente são minerais ígneos que
foram re-equilibrados no fácies granulito, com recristalização sin-tectonica à formação da foliação
da rocha.
Ortopiroxênio: ocorre na lâmina em cerca de 7%. Apresenta-se na cor laranja em luz plana,
relevo alto. Ocorre na forma granular e xenoblástica a subidioblástica. Sua granulometria varia de
0,05mm a 0,45mm e apresenta-se associado com a biotita. Faz contato reto com andesina,
irregular e lobado com demais minerais. É possível observar fraturas. O seu crescimento é
sintectonico à foliação deformacional.
Quartzo: encontra-se em cerca de 18% da lâmina. Aparece incolor em luz plana e relevo baixo.
Ocorre na forma granular, alongado e vermicular, associado com mimerquita, xenoblástico. Sua
granulometria varia de acordo com a forma dos cristais, vermiforme 0,02mm a 0,07mm, granular
0,25mm a 0,8mm, e tabular 1,0mm a 2,5mm. Faz contato interlobado com a maioria dos minerais.
É possível observar extinção moderadamente ondulante. Esse mineral recristaliza-se durante a
geração da foliação.
123
Biotita: distribui-se na lâmina numa proporção de 5%. Demonstra-se nas cores castanho
avermelhado a castanho claro em luz plana. Ocorre placóide, subidioblástica. Sua granulometria
varia de 0,02mm a 0,35mm. Orienta-se segundo a foliação da rocha, associada com o Opx em
agregados lenticulares. Faz contato reto com mineral opaco, irregular com a andesina. Encontrase dobrada e apresenta extinção olho de pássaro.
Mineral opaco: corresponde a cerca de 3%. Ocorre granular, subidioblástico. A granulometria
varia entre 0,02mm e 0,25mm e ocorre associado com os minerais máficos em agregados
lenticulares. Faz contato reto com a biotita, quartzo e apatita, lobado, com andesina e piroxênio.
Não possui deformações.
Apatita: presente como constituinte menor, corresponde de 1% a 2%. Apresenta-se incolor em luz
plana e relevo moderado. Ocorre granular e prismática, idiomórfica. Sua granulometria varia de
0,07 a 0,33 mm. Faz contato reto com quartzo, mineral opaco e andesina. Trata-se de um mineral
ígneo.
Zircão: ocorre com acessório. Aparece na cor castanha em luz plana e relevo muito alto. Ocorre
prismático, idioblástico. Sua granulometria varia de 0,06mm a 0,1mm. Faz contato reto com
mineral opaco e interlobado com a andesina. Possui zoneamento.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Metamorfismo de alto grau. Fácie Granulito.
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Piroxênio, andesina, quartzo
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Quartzo, mineral opaco, biotita.
8 - NOME DA ROCHA
Tonalito granulítico
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Mp
Mp
Qtz
Opx
Opx
Bt
MP + Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 68 – Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix
rica em aglomerados poligonais de mesopertita (Mp),
além de ortppiroxênio (Opx) e biotita (Bt) no Granulito
Tonalítico. Foto em nicóis cruzados.
Mp + Qtz
Qtz
Bt
0,75mm
Fotomicrografia 69 – Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix
rica em aglomerados poligonais de mesopertita (Mp),
além de ortppiroxênio (Opx) e biotita (Bt) no Granulito
Tonalítico. Nicóis cruzados.
124
Grt
Grt
Bt
Qtz
Bt
Qtz
Mp
0,75mm
Fotomicrografia 70 – Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix
rica em aglomerados poligonais de mesopertita (Mp),
além de granada (Grt) e biotita (Bt) no Granulito
Tonalítico. Foto em nicóis cruzados.
Mp
0,75mm
Fotomicrografia 71 – Ribbons de quartzo (Qtz) e matrix
rica em aglomerados poligonais de mesopertita (Mp),
além de granada (Grt) e biotita (Bt) no Granulito
Tonalítico. Nicóis cruzados.
125
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
Longitude
Nome da Folha Geográfica
AN-7
Nº do Ponto
Referências do Ponto
P-5
Tipo Litológico
Nome do Corpo
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Amostra anisotrópica, com tons predominantes castanho claro. Apresenta bandamento composicional
milimétrico marcado pela alternância de quartzo estirado com K-feldspato. Também é possível observar
lentes de minerais máficos e pequenas granadas.
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
MINERAIS
%
Mesopertita
45
Quartzo
35
Microclina
7
Albita
Almandina
Biotita
3
5
5
%
Zircão
tr
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
A lâmina possui extraordinários registros de estiramentos em cristais de quartzo e de mesopertita,
formando a microestrutura ribbon. Além disso, possui microestrutura milonítica, graboblástica
poligonal nos agregados mesopertitícos e associado com o quartzo, e porfiroclástica. Também
possui textura de reação sugerido pelo contato amebóide entre biotita, mineral opaco e
mesopertita. Mimerquitas foram observadas.
Mesopertita: representa cerca de 45%. Demonstra-se incolor em luz plana e relevo baixo. Ocorre
como porfiroclasto tabular ou formando agregados poligonais granulares, sendo respectivamente
subidioblástico e xenoblástico. O tamanho dos cristais varia entre 0,3mm a 0,7mm nos cristais
granulares e 1,0mm a 2,5mm nos tabulares. Seus contatos são retos com granada, biotita e
mineral opaco. Em alguns grãos foi possível verificar a presença de mimerquitas. A extinção
ondulante moderada e tem-se a presença de fraturas.
Quartzo: distribui-se na lâmina numa proporção de 35%. Apresenta-se incolor em luz plana e
relevo baixo. É granular e ocorre subidioblástico a xenoblástico. Seu tamanho é polimodal e varia
de 0,03mm a 0,07mm, de 0,1mm a 0,6mm, assim como, 1,0mm a 2,5mm. Seus contatos são
retos quando estirados, lobados quando granulares. Sua deformação é caracterizada por
estiramentos proeminentes e extinção ondulante. Esse mineral recristaliza-se durante a geração
da foliação.
Microclina: ocorre em 7% da lâmina, incolor em luz plana com relevo baixo, em porfiroclastos ou
em agregados de grãos poligonais. Ocorre xenoblástica a subidioblástica. O tamanho médio dos
cristais é 0,37mm. Seus contatos são retos poligonais com o quartzo, andesina e mesopertita e
irregular com biotita.
Albita: corresponde a cerca de 3% a 5% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo
126
baixo. Ocorre granular, xenoblástica. O tamanho dos cristais varia entre 0,2mm a 0,6mm. A
natureza dos seus contatos é reto com quartzo, mesopertita a irregular com a granada. Exibe
lamelas deformadas e extinção ondulante. Representa um mineral ígneo recristalizado durante a
deformação e metamorfimo.
Almandina: ocorre na lâmina aproximadamente em 7%. Apresenta-se incolor a cinza pálido em
luz plana e relevo alto. Ocorre na forma granular e é subidioblástica, podendo ocorrer orientada
segundo a foliação deformacional. O tamanho dos cristais varia de 0,3mm a 1,5mm. A natureza
dos seus contatos é do tipo lobado com a mesopertita, andesina e quartzo, reto com a biotita e
mineral opaco. Exibe muitas fraturas. Trata-se de um xenocristal do protólito sedimentar.
Biotita: distribui-se na lâmina por cerca de 5%. Apresenta pleocroísmo entre castanho e castanho
avermelhado, em luz plana. Ocorre placóide, subidioblástico. O tamanho dos cristais varia de
0,1mm a 0,3mm e orientam-se nos aglomerados lenticulares de minerais máficos. A natureza dos
seus contatos é reto com mineral opaco e almandina, irregular com a mesopertita. Encontra-se
dobrada no contato com a granada e possui extinção olho de pássaro. Trata-se de um xenocristal
do protólito sedimentar.
Zircão: ocorre incolor em luz plana, relevo muito alto. É granular, subidioblástica. O tamanho dos
cristais varia entre 0,02mm a 0,08mm.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Graus alto, Fácies Granulito
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Quartzo, mesopertita, granada, microclina, albita, zircão
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Não se aplica
8 - NOME DA ROCHA
Granada Monzogranito Milonítico
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Qtz
Qtz
Qtz
Grn
Grt
Grn
Msp
Grt
Qtz
Msp
Bt
0,75mm
Fotomicrografia 72 - Granada (Grt), biotita (Bt), quartzo
(Qtz) e mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em luz plana.
Bt
0,75mm
Fotomicrografia 73 - Granada (Grt), biotita (Bt),
quartzo (Qtz) e mineral opaco (Mo) nos granada
monzogranitos miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
127
Bt
Bt
Qtz
Qtz
Grt
Grt
Msp
Msp
Grt
Grt
Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 74 - Granada (Grt), biotita (Bt), quartzo
(Qtz) e mineral opaco (Mo) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em luz plana.
Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 75 - Granada (Grt), biotita (Bt),
quartzo (Qtz) e mineral opaco (Mo) nos granada
monzogranitos miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
Msp
Msp
Qtz
Qtz
Msp
Msp
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 76 - Quartzo (Qtz) e mesopertita (Msp) nos
granada monzogranitos miloníticos. Foto em luz plana.
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 77 - Quartzo (Qtz) e mesopertita
(Msp) nos granada monzogranitos miloníticos. Foto
em nicóis cruzados.
Qtz
Msp
Msp
Qtz
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 78- Quartzo (Qtz) e mesopertita (Msp) nos
granada monzogranitos miloníticos. Foto em luz plana.
Msp
Qtz
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 79 - Quartzo (Qtz) e mesopertita
(Msp) nos granada monzogranitos miloníticos. Foto
em nicóis cruzados.
128
Qtz
Qtz
Bt
Bt
Bt
Bt
Qtz
Qtz
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 80 - Biotita (Bt) e quartzo (Qtz) nos
granada monzogranitos miloníticos. Foto em luz plana.
Fotomicrografia 81 - Biotita (Bt) e quartzo (Qtz) nos
granada monzogranitos miloníticos. Foto em nicóis
cruzados.
Qtz
Qtz
Msp
Msp
Qtz
Msp
Qtz
Bt
Msp
Bt
0,75mm
Fotomicrografia 82 - Biotita (Bt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
Msp
0,75mm
Fotomicrografia 83 - Biotita (Bt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
Bt
Bt
Qtz
Msp
Msp
Msp
Msp
Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 84 - Biotita (Bt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
Qtz
Msp
Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 85 - Biotita (Bt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
129
Msp
Msp
Bt
Bt
Qtz
Msp
Qtz
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 86 - Biotita (Bt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 87 - Biotita (Bt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
Msp
Msp
Pl
Pl
Msp
Msp
Qtz
Qtz
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 88 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
Qtz
Fotomicrografia 89 - Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Qtz
Qtz
Grt
Grt
Msp
Msp
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 90 - Granada (Grt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 91 - Granada (Grt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
130
Msp
Msp
Qtz
Qtz
Msp
Msp
Grt
Qtz
Grt
Qtz
0,3mm
Fotomicrografia 92 - Granada (Grt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 93 - Granada (Grt), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
Qtz
Qtz
Msp
Msp
Mo
Mo
Msp
Msp
0,3mm
Fotomicrografia 94 – Mineral opaco (Mo), quartzo (Qtz) e
mesopertita (Msp) nos granada monzogranitos miloníticos.
Foto em luz plana.
0,3mm
Fotomicrografia 95 – Mineral opaco (Mo), quartzo
(Qtz) e miesopertita (Msp) nos granada monzogranitos
miloníticos. Foto em nicóis cruzados.
131
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
Longitude
Nome da Folha Geográfica
An-8
Nº do Ponto
Referências do Ponto
Tipo Litológico
Nome do Corpo
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
Amostra melanocrática, afanitica, isotrópica. Apresenta vesículas.
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
%
Labradorita An54
45
Diopsídio
45
Mineral opaco
7
Biotita
3
MINERAIS
%
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Rocha melanocrática, holocristalina. Apresenta cristais euédricos e subédricos característica da
textura hipidiomórfica. Seus cristais estão articulados formando uma orientação preferêncial. O
arranjo é do tipo subofítico e intergranular.
Labradorita (An 54): corresponde a cerca de 45% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e
relevo baixo. Sua forma é tabular, ripforme, euédrico. Tamanho granulométrico varia de 0,1mm a
1,5mm. Não possui foliação. Os contatos são retos com o diopsídio e irregular com mineral opaco
e biotita. Apresenta fraturas.
Diopsídio: ocupa aproximadamente 45% da lâmina. Aparece na cor cinza esverdeado em luz
plana, com relevo elevado. Ocorre na forma granular a prismática, variando de subédricos a
euédrico. Sua granulometria varia de 0,2mm a 1,0mm. Não possui orientação preferencial. Os
contatos são retos com o diopsídio e com a labradorita, irregular com mineral opaco e biotita.
Apresenta fraturas.
Mineral opaco: compreende 7% da lâmina. Ocorre granular, subédrico e anédrico. A
granulometria varia de 0,01mm a 0,4mm. Os contatos são retos com a biotita e irregular com
diopsídio, enstatita e labradorita.
Biotita: perfaz 3% da lâmina. Aparece na cor castanho em luz plana. Ocorre placóide, subédrica.
Sua granulometria varia de 0,02mm a 0,15mm. Faz contato reto com mineral opaco, irregular com
labradorita, enstatita e diopsídio.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Não se aplica
132
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Não se aplica
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Não se aplica
8 - NOME DA ROCHA
Gabronorito
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Pl
Pl
Di
Mo
Mo
Pl
Pl
Di
Di
Di
Mo
Pl
Di
Mo
Di
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 96 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
0,3mm
Fotomicrografia 97 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
Pl
Pl
Di
Di
Mo
Pl
Mo
Pl
Pl
Pl
Di
Di
0,3mm
Fotomicrografia 98 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
0,3mm
Fotomicrografia 99 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
133
Pl
Pl
Mo
Mo
Di
Di
Di
Pl
Di
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 100 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
Di
Mo
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 101 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
Mo
Di
Mo
Pl
Mo
Di
Di
Pl
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 102 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
Fotomicrografia 103 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
Pl
Pl
Mo
Mo
Di
Di
Di
Pl
Pl
Di
Di
Di
Pl
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 104 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
Pl
0,3mm
Fotomicrografia 105 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
134
Di
Di
Pl
Di
Mo
Pl
Di
Mo
Pl
Pl
Mo
Mo
0,3mm
0,3mm
Fotomicrografia 106 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
Fotomicrografia 107 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
Mo
Mo
Di
Pl
Di
Di
Di
Mo
Pl
Mo
Pl
Pl
0,75mm
0,75mm
Fotomicrografia 108 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
Fotomicrografia 109 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
Pl
Pl
Mo
Di
Pl
Di
Mo
Mo
0,75mm
Fotomicrografia 110 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em luz
plana.
Di
Pl
Mo
0,75mm
Fotomicrografia 111 - Plagioclásio (Pl), diopsídio (Di) e
mineral opaco (Mo) nos diques máficos. Foto em nicóis
cruzados.
135
Ficha de Descrição
PETROGRÁFICA
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
Longitude
Nome da Folha Geográfica
SG-24B
Nº do Ponto
Referências do Ponto
Tipo Litológico
Nome do Corpo
2 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
3 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
MINERAIS
%
%
Silimanita
5
20
Biotita
2
Granada
10
Mineral opaco
1
Clinopiroxênio
7
Cordierita
Plagioclásio
4 - DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
15
5
Mesopertita
35
Quartzo
A textura marcante é equigranular, com porfitoblástos localizados de granada, também se faz
presente à textura granoblástica poligonal, marcada por contatos reilíneos de quartzo e
mesopertita em forma de mosaico. Possui textura de reação regresiva com contatos lobados
entre a granada e a biotita. Textura pseudopoiquilítica, com o quartzo residual, sendo englobado
na estrutura da granada. Além dessas, apresenta textura nematoblástica marcada pela
orientação do cpx e da cordierita nos agregados de minerais máficos. Foi possível observar que
alguns minerais marcam a foliação da rocha, entre eles pode-se citar os aglomerados de minerais
máficos como cpx, cordierita, mineral opaco, biotita, além de, minerais félsicos como a
mesopertita e o quartzo que podem estar alongados.
Mesopertita: corresponde a cerca de 35% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana e relevo
baixo. Sua forma é granular, subidioblástico. Tamanho granulométrico varia de 1,0mm a 3,0mm.
Suas lamelas encontram-se subparalela com a foliação. Os contatos são retos a lobado.
Quartzo: ocupa aproximadamente 20% da lâmina. Aparece na cor cinza esverdeado em luz
plana, e relevo baixo. Ocorre na forma granular, subidioblástico. Sua granulometria varia de
1,0mm a 3,0mm. Não possui foliação. Os contatos são retos a lobado.
Granada: corresponde a cerca de 10% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana, e relevo
alto. Sua forma é granular, subidioblástico. Tamanho granulométrico varia de 1,0mm a 6,0mm.
Encontra-se fraturada, e possui inclusões de quartzo, silimanita e cordierita. Os contatos são
retos a lobado.
Cordierita: ocupa aproximadamente 15% da lâmina. Aparece na cor cinza em luz plana, e relevo
elevado. Ocorre na forma granular, xenoblástica. Sua granulometria varia de 0,5mm a 2,5mm. Os
contatos são retos a lobado. Possui lamelas, ocorre associado com a silimanita em agregados
lenticulares.
136
Clinopiroxênio: corresponde a cerca de 7% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana, e relevo
alto. Sua forma é granular, subidioblástico. Apresentam fraturas e geralmente associa-se com a
granada Tamanho granulométrico varia de 1,0mm a 2,0mm. Suas lamelas encontram-se
subparalela com a foliação. Os contatos são retos a lobado.
Plagioclásio: ocupa aproximadamente 5% da lâmina. Aparece na incolor em luz plana, e relevo
baixo. Ocorre na forma granular, xenoblástico. Quase sempre antipertítico, apresenta textura
mimerquitica no contato com cristais de quartzo. Sua granulometria média é aproximadamente
1,0mm. Os contatos são retos a lobado.
Silimanita: corresponde a cerca de 5% da lâmina. Apresenta-se incolor em luz plana, e relevo
alto. Sua forma é tabular, subidioblástico. Tamanho granulométrico varia de 0,5mm a 1,0mm.
Associa-se com a biotita, cordierita e granada. Os contatos são retos.
Biotita: perfaz 2% da lâmina. Aparece na cor castanho em luz plana, e relevo alto. Ocorre na
forma granular, subidioblástica. Sua granulometria varia de 0,02mm a 0,15mm. Faz contato reto e
lobado com a granada, mineral opaco, quartzo e mesopertita.
Mineral opaco: compreende 1% da lâmina. Ocorre na forma granular, idioblástico. Sua
granulometria varia de 0,01mm a 0,4mm. Os contatos são reto com a biotita.
5 – GRAU METAMÓRFICO/FÁCIES METAMÓRFICA
Fácies Granulito
6– PARAGÊNESE METAMÓRFICA PROGRESSIVA
Mesopertita, Quartzo, Plagioclásio, Granada, Clinopiroxênio, Cordierita, Silimanita
7 – PARAGÊNESE METAMÓRFICA REGRESSIVA
Biotita, Mineral opaco
8 - NOME DA ROCHA
Granulito Alumino-magnesiano
9 - FOTOMICROGRAFIAS
Cd
Cd
Cpx
Cpx
Grt
Mp + Qtz
Grt
0,75mm
Fotomicrografia 112 – Exemplo de granada (Grt),
cordierita (Cd), clinopiroxênio (Cpx) em matriz de
Quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
alumino-magnesianos. Foto em luz plano.
Mp + Qtz
0,75mm
Fotomicrografia 113 - Exemplo de granada (Grt), cordierita
(Cd), clinopiroxênio (Cpx) em matriz de Quartzo (Qtz) e
mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-magnesianos.
Nicóis cruzados.
137
Mp
Mp
Cd
Cd
Qtz
Qtz
Cd
Cd
Grt
Grt
0,3mm
Fotomicrografia 114 – Exemplo de granada (Grt),
cordierita (Cd) em matriz de Quartzo (Qtz) e
mesopertita (Mp) nos granulitos alumino-magnesianos..
Foto em luz plano.
0,3mm
Fotomicrografia 115 - Exemplo de granada (Grt), cordierita
(Cd) em matriz de Quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos
granulitos alumino-magnesianos. Nicóis cruzados.
Mp
Grt
Bt
Cd
Grt
Mo
Qtz
Cd
Bt
Mo
0,3mm
Fotomicrografia 116 – Exemplo de granada (Grt),
cordierita (Cd), silimanita (Sil), biotita (Bt), mineral
opaco (Mo) em matriz de Quartzo (Qtz) e mesopertita
(Mp) nos granulitos alumino-magnesianos. Foto em luz
plano.
Mp
0,3mm
Fotomicrografia 117 - Exemplo de granada (Grt), cordierita
(Cd), silimanita (Sil), biotita (Bt), mineral opaco (Mo) em
matriz de Quartzo (Qtz) e mesopertita (Mp) nos granulitos
alumino-magnesianos. Nicóis cruzados.
138
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