TRABALHO_DE_METODOLOGIA_aaa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ BACHARELADO EM
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A GESTÃO ORGANIZACIONAL SOB O ENFOQUE DA
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Marabá
2012
PATRÍCIA GOMES MACIEL
A GESTÃO ORGANIZACIONAL SOB O ENFOQUE
SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Marabá
2012
Sumário
Introdução
A contextualização a respeito do meio natural-social, e as implicações enfrentadas pelas
organizações atualmente evidenciam mudanças importantes nas estruturas e objetivos
desenvolvidos pelas mesmas. Parte-se da necessidade de uma abrangência econômica com
pleno acordo com a sustentabilidade e seus três pilares (ambiental, econômico, e social), e a
responsabilidade social, com ações éticas e visão de equipe; importante destacar que apesar
dos termos aqui abordados serem semelhantes, os conceitos e aplicabilidades são diferentes.
O presente trabalho tem um tema antigo (quanto à discussão), mas que articulou ideias para
uma compreensão melhor do assunto, dada a grande importância, da discussão desses termos
e práticas; em vista disso é importante o seu estudo, para uma melhor compreensão e reflexão
dos problemas que as organizações podem causar ou outrora evitar.
O objetivo geral é enfatizar por meio de um estudo bibliográfico-teórico, a necessidade que as
organizações têm de mostrar consciência quanto aos problemas sociais e ambientais, para
continuarem competitivas no mercado; e especificamente objetiva trazer alusões sobre os
termos sustentabilidade, responsabilidade social, ética e a noção de grupo e equipes de
trabalho. O trabalho está dividido em três capítulos que se dividem em sub-capítulos, o
primeiro faz um breve comentário sobre o conceito de organização e a presença do grupo e
da equipe, no desevolvimento das tarefas, traçando também o conceito e importancia da
sustentabilidade para as organizações atuais. O segundo capítulo abordará os aspectos
associados à gestão ambiental, e os pilares sustentáveis. Assim é relevante o papel que as
organizações precisam desenvolver, elas como agentes socias podem contribuir grandemente
para com a sociedade, com o meio natural. È importante que tenham essa visão de gerir seus
recursos de forma responsável, aliás é uma necessidade imposta mediante o cenário
competitivo. Passando para o terceiro capítulo, tem-se
Referencial Teórico
O presente trabalho fundamenta-se inicialmente na apresentação do cenário que as
organizações estão inseridas, quanto à competitividade, quanto a sua estrutura e formação de
equipe de trabalho, o que é essencial para o seu sucesso. E progressivamente procura-se
mostrar conceitos e argumentos já sedimentados sobre a responsabilidade social e
sustentabilidade das empresas, em meio as questões éticas. Objetivando esclarecer, enfatizar o
mundo e suas complicações críticas relacionadas à gestão organizacional.
1 Cenário atual: ações que as empresas precisam desenvolver para contribuir
para um mundo melhor.
O atual panorama relacionado às empresas sustenta-se na inovação dos serviços, como são
prestados, e que impactos podem trazer ao meio social e ambiental, além da necessidade de
uma contribuição por parte do meio empresarial no intuito de diminuir os desníveis sociais,
fazer um mundo melhor, sem tanta exclusão. Partindo-se dessa necessidade de transformar
ações empresariais mantidas à base de resultados imediatos de lucros, em ações empresariais
sustentáveis e que primem por melhorias globais, constroem-se consequentemente boas
relações entre as empresas e a sociedade.
Essas organizações estão inseridas em um ambiente de grande competição, e desse modo
necessitam buscar uma vantagem competitiva de grande relevância para manterem-se ativas
no mercado. Sendo essencial, portanto que as mesmas estejam de acordo com as normas
ambientais e sociais vigentes. Têm sido enfatizados alguns termos como sustentabilidade,
gestão ambiental, e responsabilidade socioambiental, essas expressões desencadearam
discursos e ações voltados para esse lado de uma consciência maior quanto à forma de uso e
exploração dos recursos, fazendo as organizações envolverem- se mais com os problemas que
podem causar ao meio ambiente, pensar melhor nas consequencias de seus projetos, já que a
sua imagem depende de cada decisão tomada, sobre o uso de seus recursos financeiros,
humanos e naturais.
1.1 Sucinto conceito de Gestão organizacional.
Gestão é um processo desenvolvido em conjunto, são as partes unindo forças para um
resultado único. Pode ser entendida como um processo que visa à obtenção de lucros a partir
dos recursos (sociais, materiais, naturais e humanos) disponíveis, ou almejados por cada
organização. Assim pode-se definir a organização conforme Chiavaneto (1980) como um
arranjo de componentes projetados para cumprir um particular objetivo de acordo com um
plano. A organização segundo o autor surge “porque os indivíduos têm objetivos que só
podem ser atingidos mediante a atividade organizada. À medida que crescem, as organizações
desenvolvem seus próprios objetivos que vão se tornando independentes e mesmo diferentes
dos objetivos das pessoas que as formam” (CHIAVANETO, 1980, pg.19). Infere-se a partir
do enunciado pelo autor, que as organizações são uma espécie de conjunto que buscam a
realização de objetivos específicos pré-definidos através de planejamentos, as mesmas vão se
transformando de acordo com o comportamento humano, este tem grande poder de
interferência em sua estrutura e objetivos, mas é necessário destacar que a maior abrangência
de uma organização, consequentemente implica em uma mudança em seus planos estruturais,
mesmo que estes não fiquem de acordo com os objetivos das pessoas que formam estas
organizações (Chiavanato, 1980).
Portanto a “palavra “organização” se refere a uma unidade que possui um propósito definido,
inclui pessoas ou membros e tem estrutura sistemática,” (MENEGASSO, 2000 pg. 4). Visto
acima o conceito de gestão e de organização, defini-se agora o conceito de gestão
organizacional, que pode ser entendido como o comando através de ações planejadas
aplicadas as organizações. De acordo com Peter Drucker apud Ferreira, et al, ( 2002, pg. 109)
gestão organizacional significa, entre outras coisas, permitir que um indivíduo de excelente
atuação empresarial realize livremente seu trabalho, sendo que a gerência da organização deve
exercer sua autoridade para garantir a coodernação das atividades, de forma a alcançar bons
resultados econômicos; entende-se dessa forma que são grandes os desafios enfrentados pelos
gestores, desde a execução de seus trabalhos até o alcance dos objetivos propostos para
determinados períodos de acordo com seus planejamentos. Além também da clara
necessidade de haver interação constante entre os profissionais da organização, em vista disso
passemos a discussão do grupo e da equipe de trabalho.
1.2 Grupos e equipes nas organizações.
Uma forma comum para a realização de atividades seja no ambiente de trabalho ou em
outras situações que envolvam várias pessoas, tem sido a formação de grupos e equipes de
trabalho, o trabalho individual está progressivamente cedendo espaço para a realização de
tarefas em equipes.
Segundo Harvey e Finley (1997) há alguns anos as pessoas não falavam em equipes, mas elas
existiam de forma convencional, ou seja, orientadas por função: equipes de contabilidade,
financeiras, marketing, etc. Porém, uma revolução no conceito de equipes ocorreu e
atualmente encontram-se equipes de: trabalho, projeto, apoio ao cliente, fornecedores,
planejamento, entre várias outras. Assim, o trabalho deixa de ser desempenhado
individualmente e torna-se uma tarefa de um conjunto, visto que as pessoas necessitam se
complementar nos diferentes espaços organizacionais.
Importante destacar que trabalho em grupo e trabalho em equipe são diferentes. Conforme a
visão de Robbins (2002, pg. 250), o grupo de trabalho é aquele:
que interage basicamente para compartilhar informações e tomar decisões
para ajudar cada membro com seu desempenho em sua área de
responsabilidade. Uma equipe de trabalho gera sinergia positiva por meio do
esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um nível de
desempenho maior do que a soma das entradas individuais.
Assim o grupo e a equipe geram impactos, resultados diferentes o grupo pode ocorrer com
maior facilidade, afinal de contas é uma relação que não precisa de tanto comprometimento,
com um resultado conjunto. Exemplificando em um grupo é como se a missão para cada
indivíduo se realizasse na medida que concluisse sua tarefa “fizesse sua parte”, enquanto que
em uma equipe a missão só se completa quando o objetivo por completo, a união das partes
alcança o objetivado.
Conforme Mayo (2003), em um grupo de trabalho muitos trabalham sob a responsabilidade
pessoal, com alguma dependência de seus colegas. Acrescenta (LANNES, 1999), que grupo é
uma reunião de pessoas que embora trabalhando juntas fisicamente, não apresentam
características de afinidade e objetivos comuns. Assim, Gramigna (2007) salienta que a
diferença entre grupo e equipe são os objetivos. O grupo tem objetivos divergentes, onde cada
um tem objetivos pessoais. A equipe trabalha por uma causa maior, um projeto coletivo. A
equipe reconhece as contribuições individuais e objetiva o resultado total. Ocorre geralmente
de um grupo posteriormente se transformar em equipe, a partir do momento em que seus
membros deixam de se preocuparem com pequenos problemas isoladamente, e passam a agir
conjuntamente com efetividade. De acordo com a visão de Harvey e Finley (1997) definem as
equipes como pessoas fazendo algo juntas. O “algo” que uma equipe faz não é o que a torna
uma equipe; é o “juntos” que é importante.
Portanto se faz necessário as pessoas
trabalhando em equipes nas organizações, assim proporcionam ganhos maiores, tanto na
convivência quanto no aspecto lucrativo. E essas equipes precisam sempre ser organizadas
eticamente e atentarem-se aos problemas e crises inerentes à organização a qual trabalham.
Essas organizações podem ser de diferentes linhas ou setores, como: as organizações públicas,
organizações privadas, e organizações de terceiro setor; entende-se que cada tipologia de
organização tem uma área específica de atuação, ou mesmo uma área referencial a suas
práticas profissionais. È importante frizar a relevante importância de cada organização,
independente de sua tipologia, agir sustentavelmente responsavelmente para a construção de
um mundo mais sociável, e seguro para as gerações futuras.
1.3 Conceito e importância da sustentabilidade na gestão organizacional
Pode-se inferir que a sustentabilidade é um termo relativamente antigo, originário do saber
técnico da agricultura no século XIX, assinala (SUNKEL, 2001), mais, no entanto a
impressão que se tem é que a preocupação da sustentabilidade com o meio ambiente apareceu
recentemente, discutido por autores de diversas linhas de pensamento e de diferentes
formações acadêmicas. A noção de sustentabilidade aplicada às organizações tem sido muito
debatida, está é uma expressão comum nos discursos em defesa da imagem de empresas, no
lançamento de produtos, e planejamentos de projetos. É um conceito que tem por base a
necessidade de que as empresas ao mesmo tempo em que lucram, façam também ações no
intuito de preservar o meio ambiente, mostrando respeito e preocupação com as gerações
presentes e futuras. Segundo Jacobi (1997), a noção de sustentabilidade implica, portanto em
uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e
ruptura com o atual padrão de desenvolvimento adotado pelas organizações. Deve-se pensar a
sustentabilidade como o resultado da integração satisfatória dessas três áreas, a social,
econômica, e ambiental. Desta forma é perceptível que para uma organização contribuir para
um mundo melhor precisa adequar o seu próprio desenvolvimento interno às necessidades
externas dos diversos agentes socios-ambientais. Essa é uma das exigências competitivas
visualizadas, neste vasto campo de atuação dessas Organizações, mesmo sendo vasto o campo
em que podem atuar, elas encontram pela frente ambientes disputado, e exigências,
preferências de clientes, e é nesse momento que passam a planejar uma estratégia para ganhar
a cliente-la; e ter a sustentabilidade como um dos elementos presentes na cultura da
organização significa um avanço decisivo, nas preferências dos clientes.
Outra visão sobre a sustentabilidade é lançada por Melo (2002), onde ele afirma que o
conceito de sustentabilidade pode ser entendido como o modo de sustentação, ou seja, da
qualidade de manutenção de algo. Este algo é o homem, sua forma de vida enquanto espécie
biológica, individualidade psíquica e ser social. Através desse conceito elucidado por Mello
(2002), pode-se inferir que o homem ao pensar sistematicamente, socialmente,
ambientalmente, estará progredindo rumo a uma realidade melhor, sustentável, assim como os
gestores devem sempre pensar e agir em prol de uma causa justa: a sua própria sobrevivência
e de seus semelhantes, a sociedade também precisa pensar e agir dessa forma; aja vista que
em partes, todos são responsáveis pela melhoria ou piora das condições de vivência. Através
de decisões sobre pequenos atos, que somados a outros atos iguais geram grande impacto na
realidade, como o problema do lixo, que não descartado em locais corretos, geram
desconforto, poluição; agredindo o meio ambiente, assim como a fumaça que sai da chaminé
de indústrias e fábricas, as poluições também são influenciadas pelos cidadãos no geral.
Partindo-se dessa realidade, nesse cenário que presenciamos é inegável, a necessidade de uma
gestão ambiental nas empresas e nos diversos empreendimentos, nas instituições de ensino,
tanto para ter como resultado seres humanos conscientes e ambientes “limpos” quanto no caso
das empresas, manterem-se firmes no mercado. A educação ambiental passa a ter seu espaço
de prioridade.
2 A Gestão ambiental como orientadora da prática sustentável.
A gestão ambiental é de extrema importância para a realização de práticas sustentáveis,
por meio dela pode-se acercar dos problemas e possíveis diagnósticos a ser aplicados na
recuperação de danos ao meio ambiente. Pode-se entender gestão ambiental, como um
conjunto de práticas e diretrizes racionais, que tem como objetivo obter efeitos positivos sobre
o meio ambiente, seja na prevenção, ou amenização de danos ambientais causados
geralmente, pelas atividades antrópicas. Essa maneira de gerir os recursos, calçados nas
questões ambientais, com a visão de gestão ambientalmente correta, proporciona ganhos
importantes às organizações.
Por meio de Tachizawa (2001), entende-se que a gestão ambiental (GA) é um instrumento
gerencial para a capacitação e condições de competitividade para as organizações,
independentemente de seu segmento econômico, partindo-se dessa premissa que obviamente é
concretizada verdadeira, a gestão ambiental constitui atualmente essencial fator de sucesso no
ambiente empresarial interno e externo, em vista do comprometimento com resultados
positivos, quanto a impactos ou demais prejuízos ao meio natural, e a obtenção de lucros,
consequentemente. Em outras palavras, a Gestão Ambiental, já faz parte do planejamento das
empresas de renome no mercado, ou até mesmo em pequenas empresas ou/e empresas
iniciantes no contexto concorrencial; sendo esta a resposta natural das organizações ao seu
novo cliente, que é o consumidor verde e ecologicamente correto, pois a empresa verde é
sinônima de bom negócio e no futuro será uma das principais formas de empreender negócios
de forma duradoura e lucrativa, ou seja, o quanto antes as organizações modernas enxergarem
o meio ambiente como seu principal desafio e como oportunidade competitiva, maior será a
sua chance de sobrevivência no mercado mundializado (TACHIZAWA, 2001).
Essa cliente-la preocupada com o processo de desenvolvimento dos bens a serem consumidos,
como foi evidenciada pela pesquisa realizada pelo instituto Ethos sobre “Responsabilidade
social das empresas-percepção do consumidor brasileiro” (pesquisa 2002), concluiu que
grande parte dos consumidores valoriza mais as empresas que tem responsabilidade, e punem
aquelas que não têm.
O Instituto Ethos de empresas e sustentabilidade social pode ser entendido através de Pedreira
(2007), como uma organização não-governamental criada com a missão de mobilizar
sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável,
tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Sendo crucial para
o sucesso das organizações quanto ao aspecto de realizar projetos que visam ao coletivo. A
partir do entendimento de que os valores e princípios éticos formam a base da cultura de uma
empresa, é necessária essa fundamentação, essa orientação sobre a conduta para o alcance da
missão social, o Ethos (2003) mensura a responsabilidade social das organizações utilizando
indicadores como: valores, governança, e transpareça Pedreira (2007).
Partindo da necessidade das organizações mostrarem-se autoconscientes, elas têm
desenvolvido mecanismos que permitem identificá-las como empresas sérias que mantém um
contínuo compromisso com a sustentabilidade. Um importante meio de fazer transparecer
suas práticas é através da publicação dos relatórios de sustentabilidade, conhecidos também
pela nomeação (balanço social), publicados anualmente visando esclarecer práticas e projetos
de benefício à humanidade, servindo também como um grande diferencial para a empresa.
Segundo Tinoco (2001, pg. 14):
Balanço social é um instrumento de gestão e de informação que visa
evidenciar, da forma mais transparente possível, informações econômicas e
sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferenciados usuários, entre
estes os funcionários.
Pode-se compreender através da fala de Tinoco (2001, pg. 14), que esse balanço, cria uma
espécie de satisfação, (explicação) dada pela empresa à sociedade, instituindo ou
intensificando uma conexão entre empresa, sociedade e meio ambiente; possibilitando uma
análise dos problemas e oportunidades e por fim, permiti ao gestor uma tomada de decisão
coerente com as necessidades e realidade de sua empresa. O que hoje é essencial às
organizações, essa visualização ampla.
Outras formas que os empreendimentos usam para mostrarem-se conscientes e ganhar espaço
no mercado é adotar o chamado selo ambiental ou “selo verde”, que identifica que as
atividades causam menos impactos à natureza por serem desenvolvidas de acordo com as leis
ambientais sustentáveis. Esses selos passaram a ser uma exigência no mercado mundial,
constituindo barreiras a comercialização entre as nações, em alguns casos, a exemplo, quando
os países criam seus próprios selos, e assim podem praticar o protecionismo; o que obriga as
organizações a adotarem o uso dos mesmos, e a desenvolverem seus produtos com respeito à
natureza.
A consciência de uma parcela de consumidores, já faz diferença na visão dos negócios, já que
a tendência é de que gradativamente esse perfil de consumidores aumente. E essas pessoas
preferem pagar mais caro por um bem ou serviço, a adquiri-lo de uma empresa que não se
preocupa com o meio natural, que não demonstra ser responsável e sustentável. Como
Chiavaneto (1999, pg. 447) sustenta, “(...) entre uma empresa que assume uma postura de
integração social e contribuição para a sociedade e outra voltada para si própria e ignorando o
resto, a tendência do consumidor é ficar com a primeira”. Existe, portanto, atualmente
empresas que ditam ou moldam as formas de gerir, com base nos termos destacados pela
mídia, nas inovações da área em que atua, dentre outras variáveis que interfiram em seu
espaço de trabalho.
2.1 Três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico, e social.
Em resposta a esses consumidores conscientes, e a legislação ambiental presente em cada
nação, as organizações estão gradativamente usando termos e práticas sustentáveis.
Importante destacar que a sustentabilidade deve ser pensada em três níveis, a sustentabilidade
econômica, ambiental, e a social, sem estes não há possibilidade de sustentação. E encontra-se
em discussão novos pilares, como a questão cultural, tecnológica, para complementar a
sustentação da questão como um todo. È importante salientar também que quando na análise
dos três pilares, devem-se considerar as questões políticas e culturais, já que exercem grande
influência nos projetos ou práticas a serem desenvolvidas. O surgimento desses três pilares é
resultado da evolução do conceito de desenvolvimento sustentável, mesmo com o conceito
formulado, inicialmente a ideia de desenvolvimento sustentável era compreendida como a
harmonia entre a questão financeira e ambiental.
Segundo Almeida (2002), durante a conferência da ONU em Estocolmo, em 1972, a crescente
discussão foi conciliar a atividade econômica com a preservação do meio ambiente.
Tempos corridos, viu-se que seria necessário alcançar outros meios para se conseguir a
sustentabilidade, percebeu-se então que a questão a ser tratada não era somente uma questão
ambiental ou econômica, mas sim uma questão social. Conforme interpretação de Scharf
(2004), o desenvolvimento sustentável objetiva a preservação da riqueza global que, no seu
entendimento, referem-se aos ativos financeiros, recursos naturais, e qualidade de vida da
população, e assevera que a sustentabilidade estaria condicionada aos três pilares.

Pilar Econômico- O pilar econômico trata da viabilidade econômica empresarial, e da
contribuição à sociedade, com a promoção de empregos, geração de rendas, por
exemplo. È necessário que a empresa atente-se a auto avaliar-se regularmente quanto
aos fatores envolvidos nesta esfera. A sustentabilidade econômica de acordo com
Sachs (1994), deve ser analisada pela eficiência econômica em termos de retornos
sociais e não somente pelo critério da rentabilidade empresarial de caráter
microeconômico.

Pilar Ambiental- O pilar ambiental já discutido anteriormente corresponde à forma de
sustentabilidade ambiental, parte do princípio da apropriação e uso empresarial de
recursos ditos naturais, de forma adequada ressaltando a melhor forma de gerir tais
recursos. Esse é um dos grandes desafios atuais enfrentado pelas organizações.

Pilar social- O pilar social objetiva a promoção do bem-estar da força de trabalho, a
defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos humanos, e contribuições por parte
da empresa para a comunidade ou região onde se localiza suas instalações (no caso de
grandes empreendimentos).
Por meio de Sachs (1994), pode-se entender que a sustentabilidade social impõe a
equidade na distribuição de renda e de bens, a fim de reduzir as diferenças entre os
padrões de vida das classes sociais.
De acordo com Almeida (2002: 64), a maior dificuldade não estar em elaborar o conceito
de desenvolvimento sustentável, mas sim em colocá-lo em prática. Para que o mesmo seja
colocado em prática é necessário:







Democracia e estabilidade política;
Respeito à lei e à propriedade;
Paz;
Respeito aos instrumentos de mercado;
Transparência e previsibilidade de governos;
Ausência de corrupção;
Reversão do atual quadro de concentração em esferas local e global.
Scharf (pg.22, 2004), destaca que “há três meios de induzir uma mudança de
comportamento das empresas, de modo a reduzir seus impactos sobre o meio ambiente e a
sociedade: os mecanismos de comando e controle, a auto-regulação e os instrumentos
econômicos.”
Assim é importante inserir em seus planejamentos empresariais, metas, e
objetivo a serem alcançados na questão de sustentabilidade, como: fazer reciclagens dos
materiais descartados pela empresa, embalagens plásticas, desenvolver embalagens
reutilizáveis, promover internamente e externamente palestras visando à conscientização das
pessoas, fazer projetos de conservação de áreas naturais; recuperar áreas degradadas, não
fazer uso da natureza de forma predatória, essas ações direcionadas ao propósito ambiental;
quanto ao econômico as organizações podem contribuir através do uso e distribuição racional
e equitativo dos recursos, gerar empregos diretos e indiretos, gerar retorno dos investimentos
tanto para o seu negócio quanto para a comunidade; e o social que poderia ser pensado quanto
à melhoria das condições de trabalho, inclusão de pessoas deficientes, promoverem a
qualificação da mão - de- obra, e arquitetar projetos de incentivo à educação, por exemplo. Na
realidade essas três variáveis (ambiental, econômica, e social) podem e devem ocorrer em
conjunto, para um impacto positivo consistente.
3 A responsabilidade social nas organizações.
A expressão “responsabilidade social” apresentou alguns problemas quanto a uma
definição firme, sendo-lhes atribuídos vários conceitos; essa pluralidade de conceitos levou a
distorção e a manipulação do conceito em si, por parte de alguns grupos de interesses.Como
(ZENISEK, apud OLIVEIRA, 1984, pg.33), comenta:
“para uns é tomada como uma responsabilidade legal ou obrigação social:
para outros, é o comportamento socialmente responsável em que se observa à
ética, e para outros, ainda, não passa de contribuições de caridade que a
empresa deve fazer. Há também os que admitam que a responsabilidade
social seja, exclusivamente, a responsabilidade de pagar bem aos empregados
e dar-lhes bom tratamento. Logicamente, a responsabilidade social das
empresas é tudo isto, muito embora, não sejam, somente, estes itens
isoladamente (Revista Adim. De empresas)”.
O autor permite compreender que o conceito aplicado à responsabilidade social é muito
mais complexo do que comumente se pensa. E percebe-se que o mesmo veio aperfeiçoandose em partes, por meio das mudanças estruturais nas organizações.
Na visão de (OLIVEIRA, 1984, pg.205, apud PEDREIRA, 2007), a responsabilidade social
pode ser entendida como “a capacidade da empresa de colaborar com a sociedade
considerando seus valores, normas e expectativas para o alcance de seus objetivos”. Este é um
importante conceito para analisar as gestões atuais quanto a estes aspectos, pode servir como
orientador, para as boas práticas gerenciais, internamente ou mesmo externamente.
Para Melo Neto (1999), as ações de gestão interna de responsabilidade social compreendem
os programas de contratação, seleção, treinamento e manutenção de pessoal, ou seja, todas
aquelas medidas realizadas pelas empresas em benefício de seus colaboradores, assim como
os demais programas voltados para a participação nos resultados e atendimento de
dependentes. Inclusive, destaca-se que algumas empresas estendem sua rede de ações internas
de responsabilidade social, a equipe de empresas contratadas, terceirizadas, fornecedores e
parcerias. A responsabilidade social está ligada aos princípios éticos, a ética tem o importante
papel de auxiliar por meio de suas regras ou códigos de conduta, no melhor direcionamento a
ser tomado pelos indivíduos nas organizações.
3.1 Breve conceito de ética.
A ética constitui uma variável importante nas diversas relações vivenciadas, além de
incorporar princípios indispensáveis que norteiam o bom funcionamento social.
Por meio de Heemann (1998), observar-se que a ética do ponto de vista etimológico pode ser
definida como ethos (do grego) que de modo conciso significa comportamento, caráter, modo
de ser de um indivíduo, podendo também ter o sentido de costumes, ou/ e qualidades
adiquiridas. Ou seja, a ética é um conjunto de valores morais que orientam os indivíduos,
proporcionando-lhes um equilíbrio social. Já (VALLS, 1986), considera a ética como uma
reflexão científica sobre os costumes e comportamentos humanos, concluindo a definição
como a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Enquanto para Weil
(1993), a ética considera os valores intrínsecos e extrínsecos do homem frente as suas
posturas diante dos fatos da vida e em relação com outros homens.
A partir dos conceitos dos autores acima, percebe-se que a palavra ética em suas variáveis
definições, emprega as palavras comportamentos, valores, costumes e moral, justamente por
estas formarem o seu sentido e aplicabilidade na vida em sociedade. Além dos princípios
gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados
grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética empresarial,
ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc. E ela será
entendida ou praticada ao modo que for apresentada aos indivíduos de determinados grupos,
organizações, já que cada ambiente apresenta seus valores, códigos de condutas a serem
seguidos. Mais é importante destacar que “as éticas”, têm por base comportamentos e práticas
que visam o “bem”.
3.2 A ética no ambiente de trabalho, no contexto empresarial.
O ambiente de trabalho é um importante espaço para que os indivíduos, levem ao
extraordinário, o conceito de ética. Nesse sentido o trabalho pode ser entendido como um
meio de realização pessoal, profissional e satisfação das necessidades básicas, portanto
precisa ser pensado sob a visão de ambiente ético, e responsável. Nas diversas situações de
trabalho os indivíduos são postos a decidirem mesmo que inconscientes, se seguirão para um
lado ou para outro, em síntese se farão o certo ou o errado. Há profissiões que exigem uma
ética mais sedimentada nas práticas diárias, outras que não fazem tanta exigência, no entanto
é importante ressaltar que a ética é necessária ao trabalho e a vida em geral dos cidadãos, pois
a mesma torna a convivência entre os indivíduos mais “fácil”. Assim é perceptível a
relevância das organizações atuais, realizarem atividades transparentes, e condizentes com a
realidade.
Para (SOARES, 2005, pg. 16, apud BRIGHAM e HOUSTON), a ética empresarial pode ser
entendida como “a atitude e a conduta de uma empresa em relação a seus empregados,
clientes, comunidade e investidores.” Para os autores é essencial que essa relação considere o
respeito a leis e regulamentos quanto à elaboração de seus produtos, prestação de serviços,
destinação ambiental dos rejeitos das atividades produtivas, qualidade, meios, métodos de
comercialização, relações com investidores e acionistas, entre outros.
Alguns fatores que contribuem para que uma empresa possa ser considerada ética,
correspondem à sua forma de desenvolvimento ( deve levar em consideração príncipios
éticos), e também a conduta ética de seus integrantes, assim como os valores e convicções
primárias da organização, que fazem ou farão parte de sua cultura. De acordo com Srour
(2000:18) [...] “empresas éticas seriam aquelas que subordinam suas atividades e estratégias a
uma prévia reflexão ética e agem de forma socialmente responsável.”
Pensar a ética aplicada ao trabalho empresarial implica em analisar todo o conjunto
envolvido, que sejam ou beneficiados ou prejudicados com a implementação de mudanças
provocadas pelas empresas; e também pensar as relações entre funcionários, entre
funcionários e gestor, no desenvolvimento de suas atividades.
3.3 O uso da ética como auxiliadora nas crises internas da organização, mediante as relações
de poder.
Discutido anteriormente o conceito de ética, discute-se agora as relações de poder e as
crises, no contexto organizacional.
O conceito de poder tem sido muito discutido atualmente, como possível forma de
compreensão da dinâmica organizacional. Geralmente o poder é compreendido como algo
“ruim”, algo negativo- no sentido de dominação de um ser sob outro; segundo Foucauld
(2001), esta forma de entender o poder, constitui uma falsa ideia de poder.
Quando fala-se de poder, as pessoas pensam imediatamente
a uma estrutura política, um governo, uma classe social
dominante, o mestre frente ao escravo, etc. isto não é de
nenhum modo aquilo que eu penso quando falo de relações
de poder. Eu quero dizer que, nas relações humanas,
qualquer que sejam - que trate de comunicar verbalmente,
como fazemo-lo agora, ou que trate-se de relações
amorosas, institucionais ou econômicas -, o poder
continua presente : eu quero dizer a relação na qual um quer
tentar de dirigir a conduta do outro. estas são, por
conseguinte, relações que pode-se encontrar em diversos
níveis, sob diferentes
formas; estas relações de poder são
relações móveis, ou seja elas
podem alterar-se, elas não
são dadas de uma vez para sempre (Foucault, 2001, p.
1538).
O poder deve ser entendido não como uma propriedade de alguém, mas como uma relação.
Relação esta em que um indíviduo por meio de um motivo qualquer é capaz de influenciar a
conduta de outro, de maneira que este outro sobre o qual o poder é exercido tem a liberdade
de escolher entre desobedecer ou obedecer. Nas múltiplas relações que ocorrem entre as
pessoas, o poder é uma constante. Variando apenas suas formas de ocorrência, assim pensar o
ambiente de trabalho das empresas sob critérios éticos e de poder, implica geralmente na
comum relação entre chefe (líder/ gestor) e subordinados (colaboradores/ funcionários).
Muitas vezes esse poder é exercido sobre um indivíduo, sem que este perceba, já em outros
casos o poder é levado ao extremo, o que se torna violência, que ocorre quando um indivíduo
é obrigado a fazer algo, por medo ou ameaça de alguém. As relações de poder dentro das
organizações tem um importante significado, em vista de fazerem parte da estrutura
organizacional, podendo ser classificado segundo suas formas de exercício e situações, como:
poder de posição ou autoridade formal, poder de recompensa, poder de competência, poder de
referência, dentre outros. Os tipos de poderes citados são os principais presentes no ambiente
das organizações, sendo importante que todos sejam exercidos eticamente. E quando ocorrer
crises internas ou externas de interesse da organização os indivíduos que ali trabalham,
precisam resolver, e relacionar-se sob relações de poder traçadas com respeito e princípios
morais inerente a cada indivíduo. As relações entre os funcionários-funcionários e gestoresfuncionários, podem quando não estiverem enquadrados nos códigos das relações
profissionais, gerar transtorno desnecessário. O gestor da organização é o responsável por
exemplificar construções de relações éticas seja internamente com seu corpo de funcionários,
ou mesmo externamente agindo no intuito de entender e amenizar as crises que se apresentam
na sociedade, como a crise ambiental, a crise de valores. E a ética é uma grande aliada no
enfrentamento desses problemas.
Sua iniciativa quanto a essas questões é muito importante para a visão de sua empresa e
também para incutir em seus colaboradores, o hábito da ação de responsabilidade social.
Conclusão
O texto apresentado
Como já mencionado as organizações atuais estão em buscar de um encaixe entre suas
práticas econômicas de forma a obterem lucros, mas de forma a não prejudicarem o meio
ambiente, pelo contrário contribuir para melhorar esse quadro, seguindo a “onda do verde”.
Nessa linha de pensamento, encontram-se várias Empresas que fazem divulgação de suas
práticas em jornais, revistas sites que tratam especificamente desses temas, dando explicações
e buscando lançar-se no mercado e/ou permanecer, ao olhar de seus clientes como uma
organização que prima pela bom desenvolvimento.
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