UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO SEMINÁRIO II Atividade biológica associada à Atriplex nummularia em solo salino-sódico no Agreste de Pernambuco Discente: Karen Cristina Fialho dos Santos Orientadora: Maria Betânia Galvão dos Santos Freire Co-orientadores: Júlia Kuklinsky Sobral Mario de Andrade Lira Junior Novembro, 2009 Introdução A salinidade em solos • Acúmulo de sais • Lençol freático • CE ≥ 4 dS/m (Oliveira et al., 1992; Ribeiro et al., 2009) Introdução A salinidade em solos • Fator limitante para agricultura • Aumento • considerado nas últimas décadas Fatores: • Material de origem (gênese do solo) • Uso indiscriminado de água • Qualidade da água (Liang et al., 2005) Introdução A salinidade em solos No Brasil, acontece principalmente em regiões de clima árido e semi-árido • Teor de sais que permite apenas o desenvolvimento de plantas halófitas • • Utilização para fitoextração (Oliveira et al., 1992; Leal et al., 2008; Ribeiro et al., 2009) Introdução A cultura da Atriplex e sua utilização na recuperação de solos salinos • Família Chenopodiacea (Austrália) • Abundante fitomassa • Precipitação de 100 a 250 mm/ano • Planta arbustiva, perene • Altura • 1,5 – 3,0 m e raízes de até 3,5 m Toleram solos pouco profundos, secos e pobres em nutrientes Precisam de sais para completar seu ciclo de vida (Halófilas autênticas) • (Flower et al., 1977; Kelley et al., 1982; O’Leary, 1990; Porto et al, 2000; ) Introdução A cultura da Atriplex e sua utilização na recuperação de solos salinos • Folhas verde acinzentadas Vesículas esbranquiçadas acumuladoras de sais – mecanismo de tolerância • • Por isso, usadas na fitoextração (Kelley et al., 1982; Porto et al., 2000, Santana & Silva, 2000; Zhu, 2001). Introdução Microorganismos em ambientes salinos • Maioria presentes no Domínio Archea - halófilas • Cocos e bacilos Requerem no mínimo 9% de NaCl no solo chegando a até 23% (4mol/L) • • Halotolerantes 2 a 5% de salinidade •Para adaptação – principalmente acúmulo de íons orgânicos para equilibrar a tensão osmótica (Santos et al., 2001, Kyaw, 2009; Oetterer, 2009). http://www.scielo.br/img/revistas/qn/v30n1/24f1.gif Introdução Microorganismos em associação à Atriplex • Adubação • nitrogenada para desenvolvimento da cultura Conhecimento e isolamento de bactérias nativas que fixem N2 Aumento da capacidade do desenvolvimento em solos pobres – promoção da fitorremediação • • Produção do AIA • Estudos escassos sobre o tema (Silva et al., 2008). Objetivos Geral Avaliar o desenvolvimento de mudas de Atriplex nummularia sob associação com microorganismos em condições de salinidade. • Objetivos Específicos Avaliar a comunidade bacteriana associada a plantas de Atriplex por meio de isolamento em meio de cultura com alta concentração de sal • Identificar e analisar filogeneticamente os isolados bacterianos pelo estudo do gene 16S rRNA; • Identificar e analisar a variabilidade genética de populações bacterianas não-cultiváveis por meio da técnica de DGGE (Denaturing Gradient Gel Electrophoresis). • Selecionar bactérias fixadoras de N2 e produtoras de ácido indol acético (auxina), um regulador de crescimento vegetal; • Avaliar isolados bacterianos quanto concentrações de salinidade in vitro; • a tolerância a diferentes Avaliar, em casa de vegetação, os efeitos da reinoculação de bactérias selecionadas sobre o desenvolvimento inicial de plantas de Atriplex. • Material e Métodos Material de estudo e amostragem Bactérias associadas à ambientes com e sem plantas de Atriplex nummularia • Experimento de campo, 2008, Neossolo Flúvico salino-sódico no Município de Pesqueira (PE). • • Período seco (dezembro) e chuvoso (agosto) O solo - textura média, pH 9,1, CE de 21,49 dS/m e Na+ solúvel 29,8 cmolc/dm3 • O experimento foi montado em delineamento experimental em blocos casualizados • • Três tratamentos: planta sem poda, planta com poda e a testemunha Material e Métodos Material de estudo e amostragem • Serão coletadas amostras de solo na profundidade de 0-20 cm • Três locais distintos por bloco: 1) na rizosfera, 2) no ponto intermediário entre plantas e na área sem interferência das plantas (tratamento testemunha). •Ramos terminais contendo folhas • As amostras de solo serão coletadas em duplicata para a identificação biológica e atividade biológica. Material e Métodos Isolamento de bactérias • Laboratório de Genética e Biotecnologia Microbiana, UAG-UFRPE, para procedimento das análises. • Para separação das bactérias do solo e rizosfera serão feitos os procedimentos iniciais de desagregação do solo, em Erlenmeryers com pérolas de vidro. • Diluições seriadas para inoculação em meio de cultura TSA 10% + 5% de NaCl, juntamente com o fungicida Cercobyn • Serão avaliadas após 3, 8 e 14 dias através da contagem das UFCs • Posteriormente serão isoladas e purificadas http://www.uspinc.com/MCtubes.htm http://www.cerveceroscaseros.com.ar/levaansa.jpg Material e Métodos Isolamento de bactérias • Para o rizoplano, as raízes serão lavadas para retirada do solo • Depois será seguido o mesmo procedimento para rizosfera e solo •Para isolamento das bactérias endofíticas de folhas e raízes será feita a desinfecção, que seguirá as etapas: Etanol 70% 1 min NaOCl 2% 3 min Etanol 70% Água 1 Água 2 30 seg •Depois será seguido o mesmo procedimento para rizosfera, solo e rizoplano Material e Métodos Seleção de bactérias • Fixação de N2 – meio de cultura sem fonte de N (NFb) – confirmação (presença de halo), após 7 dias a 28ºC • Produção de AIA – meio de TSA + L-triptofano + membrana de nitrocelulose, por 1 dia a 28ºC • Após este tempo, membrana removida e tratada com reagente de Salkowski- confirmação por um halo rosa em torno da colônia • Tolerância a salinidade- inoculação em placas de petri com concentrações de NaCl de 0g/l; 15 g/l; 30 g/l; 45 g/l; 60 g/l e 75 g/l, por 7 dias a 28ºC •Avaliações de acordo com nível do crescimento Material e Métodos Identificação de bactérias • Análise parcial do 16S rDNA •Posteriormente analisadas pelo BLAST • Posteriormente o DNA será analisado através de kits (EMBRAPA Meio Ambiente) • Só então serão realizadas análises de PCR e DGGE Material e Métodos Atividade Biológica • Laboratório de Química do Solo – UFRPE • Respiração basal (incubação – reação do CO2 da respiração com NaOH) •C e N (fumigação-extração) Material e Métodos Ensaio em casa de vegetação • Após avaliação e identificação dos isolados bacterianos • Montagem de experimento em casa de vegetação • Envolvendo: mudas de Atriplex (c/ e s/ inoculação), Fertilizantes orgânico e mineral, além de irrigação com águas de diferentes salinidades • Mudas – micropropagação – CETENE – sacos de polietileno • Escolha dos inóculos – N2, AIA e tolerância a salinidade Material e Métodos Tratamento Identificação 1 Fertilizante químico 2 Fertilizante orgânico 3 Inóculo 1 4 Inóculo 2 5 Inóculo 3 6 Inóculo 4 7 Inóculo 5 8 Combinação de bactérias 1 9 Combinação de bactérias 2 10 Combinação de bactérias 3 11 Testemunha Esquema fatorial: 11 x 2 (tratamentos x águas de irrigação 1 e 5 dS/m), com 5 repetições – 110 unidades experimentais Material e Métodos Ensaio em casa de vegetação • A cada 15 dias, medições de planta • Após 90 dias, coleta das plantas e solo • Da planta, raízes separadas da parte aérea para determinação do N total e matéria seca • Serão realizadas também análises da atividade microbiana do solo Material e Métodos Análise estatística • Para a densidade populacional bacteriana - programa SAS • Os valores de UFC/g serão transformados em log10 antes da análise de variância. • A ANOVA será utilizada para testes a 1% de significância, no delineamento experimental inteiramente casualizado. •Teste de Tukey - comparação entre as médias. • Experimento casa de vegetação - Contrastes ortogonais (comparação entre grupos) Cronograma Ano Atividades/mês 2009 A S Elaboração e defesa do projeto Coleta das amostras x Análises microbiológicas x O 2010 N D x x J F M A x x x x J x x x x Análise do material coletado x Redação de artigos e da dissertação Defesa da dissertação S O x x N D J x x x F x x Avaliação dos resultados A x Coleta das amostras Análise estatística J x Análises de DGGE Implementação do experimento da casa-devegetação M 2011 x x x x x x Obrigada.