ZIKA VÍRUS - 1⁰ LABORATÓRIO ACREANO A REALIZAR OS EXAMES – LABSUL – DIAGNÓSTICOS CLÍNICO-LABORATORIAIS Diagnosticar para proteger; com essa preocupação com nossa população, o LABSUL DIAGNÓSTICOS CLÍNICO-LABORATORIAIS, já esta tecnicamente preparado para diagnosticar infecções por Zika Vírus. Somos o primeiro Laboratório Acreano até o momento estar apto neste exame. Após aproximadamente 5 a 10 dias após os sintomas, já é possível a realização dos exames de sangue, pesquisa de anticorpos . Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas da dengue, chikungunya ou até uma gripe forte e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. Os sintomas de Zika Vírus são: Febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus) Dores nas articualações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço Dor muscular (mialgia) Dor de cabeça e atrás dos olhos Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés Conjuntivite: um quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, mas em que não ocorre secreção. Sintomas mais raros de infecção pelo Zika vírus incluem: Dor abdominal Diarréia Constipação Fotofobia Pequenas úlceras na mucosa oral. O contágio do vírus ZIKV se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sintomas. Zika vírus: Principal suspeita da causa da microcefalia A principal suspeita é que a Zika esteja causando microcefalia porque já foram encontrados vírus no líquido amniótico que envolve o bebê durante a gravidez e também no líquido cefalorraquidiano, presente no sistema nervoso central, dos bebês que já nasceram e foram diagnosticados com microcefalia. Bebê com microcefalia No entanto, a relação entre a Zika e a microcefalia não é totalmente conhecida. A hipótese aceita é de que o vírus ao ser 'protegido' pelo sistema imune possa atravessar a barreira placentária, chegando ao bebê. Essa 'proteção' pode acontecer da seguinte forma: Quando a mulher pega Dengue, suas células de defesa atacam e vencem o vírus da dengue, mas estas células quando se encontram com o vírus, que é muito parecido com o da dengue, somente englobam este vírus mas não conseguem eliminá-lo do corpo. Com esta proteção, o vírus pode alcançar todas as regiões do corpo, que normalmente não podem ser alcançadas, e dessa forma ele pode atravessar a placenta e chegar até o bebê, causando microcefalia. O Zika vírus é semelhante a dengue e também é causado pelo mosquito Aedes Aegypt, no entanto, seus sintomas são mais brandos. A única forma de saber se qualquer pessoa está com Zika é através dos sintomas apresentados como, vermelhidão nos olhos (conjuntivite), manchas vermelhas na pele que coçam e febre, entretanto a pessoa pode estar doente e não apresentar nenhum sintoma. Não existem exames que possam identificar o vírus no sangue, porque ele permanece ativo por apenas 1 semana, e a única forma de detectá-lo é através de um exame chamado RT- PCR, somente em laboratórios de referência do Ministério da Saúde, quando solicitado em casos muito especiais. As maiores chances do bebê ter microcefalia ocorrem nas gestantes que já tiveram dengue alguma vez e que tiveram Zika em qualquer fase da gestação. Além disso, se a mulher já teve Zika quando não estava grávida não existe a possibilidade do bebê ter microcefalia se ela engravidar após 1 mês depois dos sintomas estarem controlados. Outras possíveis causas da microcefalia A Zika pode ser uma causa da epidemia de microcefalia em bebês, especialmente no nordeste Brasileiro, apesar de ainda não haver confirmação científica. Porém, também pode haver outras causas da microcefalia e por isso os cientistas no Brasil e no resto do mundo estão se esforçando para descobrir, se: Existe alguma ligação com a vacinação contra rubéola em mulheres em idade fértil? A adição de de pesticida na água para travar a multiplicação do mosquito transmissor da Zika tenha afetado o desenvolvimento dos bebês? A evolução do vírus Zika está relacionada ao mosquito geneticamente modificado que foi solto para tentar erradicar o mosquito Aedes Aegypti ? Entenda melhor cada uma destas suspeitas: 1. Vacina contra Rubéola Segundo boatos a vacinação contra rubéola pode estar relacionada ao surgimento de casos de microcefalia porque a vacina atenuada contra a rubéola contém o vírus desta doença inativo, sendo necessário que todas as mulheres que tomam esta vacina não estejam grávidas, e tenham o cuidado de ficar pelo menos, 1 mês sem engravidar após terem tomado esta vacina, porque já está confirmado que o vírus da rubéola também pode causar alterações cerebrais graves como a microcefalia. Apesar desta vacina ser indicada para crianças, devido ao aumento dos casos de rubéola no nordeste o governo realizou campanhas de vacinação para mulheres em idade fértil no início de 2015, e aparentemente, os casos de microcefalia podem estar relacionados a esta campanha de vacinação. No entanto, ainda não existe qualquer comprovação deste fato. 2. Mosquito geneticamente modificado O mosquito geneticamente modificado, chamado Oxitec, foi produzido em laboratório para diminuir a quantidade de mosquitos Aedes Aegypti no Brasil. Este mosquito possui uma característica especial que faz com suas larvas não cheguem à fase adulta. No entanto, quando este mosquito entra em contato com antibióticos, que atualmente estão presente no meio ambiente, podem sofrer modificações em sua estrutura genética, que dão origem à microcefalia. 3. Água contaminada com larvicida O larvicida chamado Pyriproxyfen, esteve sendo utilizado para impedir o desenvolvimento das larvas do Aedes Aegypti em algumas regiões do Brasil e por isso acredita-se que o consumo da água contaminada com este larvicida também esteja relacionado ao aumento dos casos de microcefalia. Entenda como este pesticida pode levar à microcefalia. No entanto, ainda não existe nenhuma comprovação científica de que este larvicida possa causar microcefalia, embora já tenha tido seu uso suspenso pelo Ministério da Saúde. O fabricante do produto afirma que seu uso é seguro e que é aprovado pela Anvisa desde 2004, sendo utilizado para controlar doenças em diversos países. Porque ainda não se sabe a causa da microcefalia Ainda não se pode afirmar que todos os casos de microcefalia sejam causados única e exclusivamente pela Zika porque nem todas as gestantes e bebês são submetidas ao exame que é capaz de identificar o vírus. Além disso, também não é possível saber se na verdade é a associação de vários fatores que estão ligadas ao aumento dos casos de microcefalia. Como saber se o bebê tem microcefalia O diagnóstico da microcefalia pode ser feito durante a gestação através de EXAMES DE SANGUE E EXAME DE ULTRASSONOGRAFIA morfológico, mas também pode ser feito depois do nascimento do bebê, através da medição do tamanho da cabeça da criança. Outros exames como ressonância e tomografia podem ser realizados para indicar o grau de comprometimento cerebral e suas possíveis consequências. A microcefalia é uma doença grave, onde há restrição do crescimento do cérebro do bebê e não tem cura, sendo necessário fazer reabilitação através de fisioterapia e fonoaudiologia na infância e adolescência. Como a grávida pode evitar a microcefalia no bebê Para evitar a microcefalia no bebê a gestante pode tomar medidas como: Usar camisinha se seu parceiro sexual estiver com Zika, até o final da gravidez porque o vírus também passa pelo contato íntimo; Não tomar bebidas alcoólicas e usar medicamentos durante a gravidez sem indicação do obstetra; Evitar a toxoplasmose e doenças infecciosas como herpes e rubéola, tomando as vacinas e medidas necessárias; Evitar a contaminação com mercúrio e outros metais pesados. Além disso, também é recomendado que todas as grávidas usem um repelente com DEET diariamente para não ser picada pelo Aedes Aegypt, causador da dengue, Zika e Chikungunya. O repelente deve ser repassado a cada 6 horas em todo o corpo e na roupa, e não é preciso se preocupar porque ele pode ser usado durante a gravidez, porque é seguro e não prejudica o bebê. Outras medidas que podem evitar a picada dos mosquitos são usar roupas de manga comprida, calça comprida e meias. 1. A Zika pode ser transmitida pelo sêmen e pelo leite materno? VERDADE. O Zika já foi encontrado no sêmen e no leite materno em surtos da doença em outros países, e por isso o mais seguro é usar camisinha e parar de amamentar enquanto estiver com a doença, seguindo com esses cuidados por até 1 mês depois da recuperação. pode ser mais seguro usar camisinha até o bebê nascer porque ainda não se sabe por quanto tempo o Zika vírus pode permanecer no sêmen. No entanto, a maioria das pessoas que estão com Zika não vão transmitir a doença para os outros e a única forma comprovada de pegar a doença é através da picada do Aedes Aegypti. Pesquisadores ainda estão estudando os casos para conhecer melhor o comportamento do vírus e todas as suas formas de transmissão e possíveis complicações. 2. Mulheres que tiveram Zika não podem engravidar porque terão bebês com microcefalia? MITO. Mulheres que tiveram essa doença podem engravidar sem riscos para o bebê, mas o ideal é que esperem pelo menos 1 mês após a cura da doença, para garantir a recuperação completa e eliminação do vírus. Quem está tentando engravidar deve redobrar os cuidados usando repelente diariamente para se proteger dos mosquitos, evitando a doença e suas complicações. No entanto, as mulheres que já estão grávidas quando são contaminadas com o Zika vírus durante a gravidez poderão ter bebês com microcefalia. 3. A microcefalia só é detectada no nascimento? MITO. A microcefalia pode ser detectada nos exames de ultrassom que devem ser feitos ao longo da gravidez. No entanto, se a mulher não seguir o pré-natal adequadamente, pode acontecer de a microcefalia ser diagnosticada apenas após o nascimento da criança. Mas os bebês que não foram diagnosticados na gestação ou logo após o nascimento não podem desenvolver microcefalia porque esta é uma alteração genética que não se desenvolve após o nascimento. 4. Microcefalia é motivo para aborto? MITO. O diagnóstico de microcefalia não é motivo para fazer aborto, sendo proibido por lei a realização desse procedimento. Assim, as mães que recebem esta triste notícia devem buscar ajuda dos médicos e familiares para cuidar do bebê com microcefalia para que ela possa se desenvolver da melhor forma possível. 5. Vacina da rubéola pode causar microcefalia? MITO. A vacina da rubéola não tem qualquer relação com a microcefalia, além disso as grávidas não podem tomar essa vacina durante a gestação. A rubéola é uma doença que causa problemas neurológicos em bebês, mas já foi erradicada do Brasil, e a vacinação protege os bebês desta doença. 6. Zika pode causar a Síndrome de Guillain-Barré? VERDADE. A Síndrome de Guillain-Barré pode aparecer algumas semanas após o Zika, surgindo como uma complicação grave desta doença. Veja os sintomas e como tratar a Síndrome de Guillain-Barré. 7. A Zika provoca danos neurológicos em crianças com menos de 5 anos? MITO. Quando uma criança pega Zika este vírus não provoca problemas mentais, mas é importante que toda a população se proteja dessa doença, usando repelentes e eliminando focos de água parada em casa e na rua. No entanto, as crianças que nascem com microcefalia possuem alterações graves no sistema nervoso central, o que compromete seu desenvolvimento motor e cerebral. 8. Repelentes caseiros são eficazes? VERDADE. Os repelentes caseiros são eficazes para afastar o mosquito, mas têm um tempo de duração menor, devendo ser reaplicados a cada 2 horas. Além disso, por serem mais sensíveis à doença, mulheres grávidas e crianças devem dar preferência ao uso de repelentes industrializados. 9. Vitamina B1 funciona como repelente? VERDADE. A vitamina B1 presente em alimentos como arroz integral e aveia funciona como repelente natural se consumida diariamente através do alimentos, mas não pode ser usada como única forma para afastar o mosquito. Além da vitamina, ainda é necessário usar o repelente e cuidar da casa para evitar os focos do mosquito. 10. Posso pegar Zika mais de uma vez? NÃO ESTÁ CONFIRMADO. Ainda não está confirmado se é possível pegar o Zika mais de uma vez, pois o vírus atual pode mudar e atingir novamente pessoas que já tiveram a doença, como acontece com a dengue. Assim, o melhor é manter os cuidados mesmo se já tiver sido infectado por esse vírus.