LAMPIÃO E LANCELOT DATA: 4 e 5 de outubro INGRESSOS: R$ 50,00 (INTEIRA) E R$ 25,00 (MEIA) HORÁRIO: 20H Ganhador de mais de 10 prêmios, entre eles Bibi Ferreira de Melhor Musical Brasileiro 2013, Melhor Espetáculo APCA e Melhor Espetáculo Coca-Cola - FEMSA Com direção de Debora Dubois e trilha e direção musical de Zeca Baleiro, espetáculo músicoteatral foi adaptado a partir da obra homônima de Fernando Vilela, um dos livros mais premiados do Brasil. Daniel Warren, Fábio Lago e Marcos Damigo, encabeçam o elenco. Luciana Carnieli, Vanessa Prieto e Ale Pessôa compõem o grande elenco, além dos músicos Ana Rodrigues e Bruno Menegatti. A peça, com patrocínio SulAmérica, estará em cartaz nos dias no Teatro XXX O espetáculo músico-teatral Lampião e Lancelote, esteve em cartaz na cidade de São Paulo em 2013 e 2014. A montagem, que já recebeu 10 prêmios (melhor ator, figurino, cenário, direção e espetáculo prêmio Bibi Ferreira; melhor ator prêmio Arte Qualidade Brasil; melhor espetáculo prêmio APCA; melhor ator, melhor atriz, melhor figurino e melhor espetáculo prêmio FEMSA-Coca-Cola), tem narração de Daniel Warren, e retrata o encontro inusitado entre o cavaleiro medieval Lancelote (Marcos Damigo) e o cangaceiro Lampião (Fábio Lago). Na turnê nacional, que abrangerá as cidades de Campinas, Ribeirão Preto, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, além das temporadas Rio de Janeiro e São Paulo, a produção conta com patrocínio da SulAmérica e Nextel. O cavaleiro Lancelote, o melhor da Távola Redonda do Rei Arthur, desafia Lampião, o cangaceiro mais famoso do Nordeste Brasileiro. Entretanto o desafio é, sobretudo, cultural. Nas linguagens do cordel e da novela de cavalaria, Lampião e Lancelote disputam quem faz o melhor repente, cada um com suas referências particulares. O espetáculo nos mostra as sutis semelhanças entre dois universos que parecem a princípio muito distantes. O autor Fernando Vilela encontrou, no entanto, pontos análogos e relações entre esses mundos, e Bráulio Tavares, autor da adaptação, manteve esses elementos na dramaturgia. Na montagem de Debora Dubois, a poética contida na história é mantida e ganha vida nos cenários de Duda Arruk e nos figurinos de Márcio Vinicius. O elenco é um dos grandes trunfos do espetáculo, encabeçado por Daniel Warren, Fábio Lago e Marcos Damigo. A peça tem ainda Luciana Carnieli no papel de Maria Bonita e Vanessa Prieto como a Feiticeira Morgana. A música, composta originalmente por Zeca Baleiro, é executada parte ao vivo, por Bruno Menegatti (rabeca, viola e violão) e Ana Rodrigues (acordeon e pandeiro), e parte pré-gravada. Esta parte da trilha produzida em estúdio tem a batuta do produtor Fernando Nunes. Os dois heróis retratados neste livro - acompanhados por personagens míticos e históricos como Morgana e Maria Bonita -, saíram das páginas de Fernando Vilela pra ganhar nova vida sobre o palco, em uma encenação caprichada e moderna de Debora Dubois. Sua montagem, além de valorizar a cultura brasileira, encanta tanto pela beleza estética e literária - inspirada nos desenhos e xilogravuras do livro de Fernando -, quanto pela mágica de fábula que tais personagens inspiram. Do livro para o palco Nesta adaptação para o teatro, a estrutura literária criada pelo autor é mantida tanto nos diálogos como nas letras das músicas, para que a beleza do estilo e a poética de sua proposta sejam mantidas. As ilustrações de Vilela brincam com os dois universos presentes no livro. Para desenvolver a ambientação medieval, ele buscou como referência as iluminuras medievais. Já para Lampião, a xilogravura popular e as fotografias de época serviram de guia para desenvolver a indumentária e o universo do cangaço. Vilela obteve o dinamismo das ilustrações e seu forte caráter gráfico com o uso de matrizes móveis e independentes, que funcionam como carimbos. Outro aspecto marcante das imagens é o uso de tons de cobre e prata. O primeiro evoca as balas, anéis, moedas e roupas de Lampião. Já a cor prata lembra a espada e a lança dos cavaleiros. Além das projeções de castelo do Rei Arthur, as batalhas no sertão e a típica seca do agreste. Sobre o Livro Lampião & Lancelote, editado pela Cosacnaify, é um dos livros mais premiados do Brasil. Recebeu dois prêmios Jabuti, quatro prêmios FNLIJ e menção Honrosa na feira de Bolonha. O livro mistura os registros literários, mantendo a rima e o improviso do cordel, além do léxico medieval. Nas falas do cangaceiro, Fernando Vilela usou a métrica mais tradicional do cordel, a sextilha heptassilábica, composta de seis versos com sete sílabas poéticas cada. Já nas falas do cavaleiro, foi empregada a setilha, sete versos de sete sílabas, consagrada nos duelos (de Lampião) escritos por José Costa Leite. Por fim, para a travessia de Lancelote, Vilela apropriouse dos termos e estrutura de sentenças das novelas de cavalaria. As narrativas épicas da cultura medieval e as sextilhas dos cordelistas do sertão são matrizes que se juntam pra criar uma história em prosa e verso, em carimbo e em xilogravura, mostrando o instante em que dois universos paralelos se cruzam através das figuras de seus maiores heróis. Fernando Vilela – autor do livro Artista plástico, designer e professor, além de escritor e ilustrador de livros. Por sua primeira obra para crianças, “Ivan Filho-de-Boi” (Cosac Naify, 2004), de Marina Tenório, ganhou o prêmio Revelação Ilustrador 2004, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Em 2005, participou da Bienal Internacional de Ilustração de Bratislava, na Eslováquia. Como artista plástico, já realizou diversas exposições no Brasil e no exterior. Seu trabalho pode ser visto no site www.fernandovilela.com.br. Braulio Tavares - dramaturgia Escritor, poeta e compositor brasileiro. Estudou cinema na Escola Superior de Cinema da Universidade Católica de Minas Gerais. É pesquisador de literatura fantástica e ficção científica e compilou a primeira bibliografia do gênero na literatura brasileira, o “Fantastic, Fantasy and Science Fiction Literature Catalog” (Fundação Biblioteca Nacional, Rio, 1992). É colunista de jornal e escreve roteiros para shows, cinema e televisão. Escreveu diversos contos e o romance “A Máquina Voadora”. Foi roteirista dos longas “Besouro” (2009) - com Patrícia Andrade e João Daniel Tikhomiroff - e “O Homem que Desafiou o Diabo” (2007) - com Moacyr Góes e Nei Leandro de Castro. Debora Dubois – direção geral Estreou como diretora em 1998, com a peça juvenil “Cuidado, Garoto Apaixonado”, de Toni Brandão (Prêmio Mambembe de direção de teatro infantil e espetáculo, e Prêmio Apetesp de trilha sonora). Desde então, dirigiu espetáculos como: “Grogue”, de Toni Brandão (indicado ao Prêmio Panamco de direção, atriz coadjuvante e espetáculo); “Pirata na Linha”, de Aimar Labaki (prêmios Panamco de autor e ator, APCA de espetáculo jovem); “Motorboy”, de Aimar Labaki (Prêmio Qualidade Brasil de direção e espetáculo jovem, e indicação ao Panamco em 6 categorias); “Três Cigarros e a Última Lasanha”, de Fernando Bonassi e Victor Navas (indicada ao Prêmio Shell nas categorias autor, ator e diretor); “A Lenda dos Jovens Detentos” (indicada ao Panamco de autor, ator, diretor e espetáculo); “Guerra na Casa do João”, de Toni Brandão (indicada ao Panamco por cenário, produção e ator revelação; recebeu o APCA de melhor cenário); “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, (indicada ao Panamco por direção, espetáculo jovem, cenário e produção. Recebeu o Panamco de trilha sonora). Em 2004, trabalhou como diretora convidada no Teatro Della Limonaia em Florença/Itália, dirigindo o espetáculo “Una Notte Intera – Poda”, de Aimar Labaki. Seus trabalhos mais recentes são “Sabor a Freud”, de Jose Pablo Feinmann, que estreou em 2010 e ainda excursiona pelo Brasil; e “Quem tem medo de Curupira?”, com texto e músicas originais de Zeca Baleiro, (indicada a oito prêmios Femsa. Este espetáculo recebeu o Femsa por trilha originalmente composta, ator coadjuvante, iluminação e espetáculo jovem, além do APCA de Direção de Arte). Em 2011, estreou “O Silêncio em Apuros”, de Vanessa Prieto. Trabalhos na TV: “O Cego e o Louco”, de Claudia Barral, e “O Homem do Saco”, de Bosco Brasil, ambos teleteatros da TV Cultura. Zeca Baleiro – música O cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro comemora neste ano 15 anos de carreira fonográfica (seu primeiro disco, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, foi lançado em 97). De lá pra cá, foram doze CDs, seis DVDs e alguns projetos especiais (como o cd em parceria com a escritora e poeta Hilda Hilst, “Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé”, de 2006). Em 2010, Zeca Baleiro lançou os CDs “Concerto” e “Trilhas” pelo seu próprio selo, Saravá Discos, fato que inaugura uma nova fase em sua carreira. No mesmo ano, Baleiro também se lançou em novas áreas, com o programa “Biotônico” na rádio UOL; os livros “Bala na Agulha (reflexões de boteco, pastéis de memória e outras frituras)” e “Vida é um Souvenir Made in Hong Kong – Livro de Canções”; e a estreia do musical infanto-juvenil “Quem tem medo de Curupira?”, de sua autoria.