GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL A DÎNAMICA DA TERRA – A TECTÔNICA DAS PLACAS A DERIVA CONTINENTAL – A TECTÔNICA DAS PLACAS – VULCANISMO – ABALOS SÍSMICOS – TSUNAMIS ORIGEM DA TERRA A datação radiométrica permite calcular a idade da Terra em 4 bilhões 650 milhões de anos. A teoria mais aceita atualmente pela comunidade científica é a Teoria da Acreção (crescimento por justaposição), inclusive por ser uma hipótese aplicável aos demais corpos de nosso Sistema Solar. Segundo a teoria, a Terra e demais corpos celestes formaram-se por agregação de partículas a partir de uma espécie de nuvem de poeira e gás que circundava o sol primitivo, formado em decorrência da compressão desta nuvem (devido a alguma explosão cósmica) em seu interior. Esta nuvem passou a girar, cada vem com maior intensidade, em torno deste sol primitivo, dotado de grande força gravitacional. Este processo conduziu a crescentes choques de partículas que, devido à acresção, formava corpos maiores, transformando-se também em núcleos de atração e conduzindo a colisões de corpos maiores, denominados planetesimais ou planetésimos. A continuidade deste processo permitiu a formação dos protoplanetas. O calor terrestre se originou devido à imensa energia cinética liberada pelas colisões, que levaram à fusão parcial dos materiais constituintes. As perdas de calor permitiram a progressiva solidificação do manto pastoso. Depois de condensar-se a partir da poeira cósmica e do gás, por força da atração gravitacional, a Terra ficou quase homogênea e relativamente fria. Mas a contínua contração desses materiais fez com que se aquecesse, processo que contribuiu para a radioatividade de alguns elementos mais pesados. Quando a Terra se tornou mais quente, começou a fundir-se sob a influência da gravidade. Isso levou à diferenciação entre a crosta, o manto e o núcleo, com os silicatos mais leves movimentando-se para cima para formar a crosta e o manto; e os elementos mais pesados, sobretudo o ferro e o níquel, submergindo para formar o núcleo. Ao mesmo tempo, a atividade sísmica e vulcânica era intensa devido às imensas correntes de convecção. Erupções vulcânicas provocaram a saída de vapores e gases voláteis e leves do manto e alguns foram atraídos pela gravidade da Terra e formaram a atmosfera primitiva, enquanto o vapor de água condensada formou os primeiros oceanos do mundo. Fonte: PRESS, Frank; SIEVER, Raymond. Understanding Earth. W. H. Freeman and Company, 1997 (a) Uma nebulosa difusa rotativa, de forma relativamente esférica, começa a se contrair. (b) Como resultado da contração e da rotação, forma-se um disco plano, de rápida rotação, com matéria concentrada no centro, o que virá a constituir o protoSol. (c) O disco envolvente de gás e poeira forma partículas que colidem e se unem em pequenos corpúsculos ou planetesimais. (d) Os planetas se formam por múltiplas colisões e acreção de planetesimais pela atração gravitacional. A Estrutura Da Terra Fonte: USGS, adaptado pelo autor O estudo da velocidade e comportamento de propagação das ondas sísmicas no interior das camadas mais profundas durante os terremotos permite aos cientistas e geólogos levantarem diversas características sobre a estrutura interna da Terra. Esta estrutura é constituída por uma crosta (com cerca de 30 a 40 Km de espessura em média) que se divide em duas partes fundamentais: a Crosta Continental, formada Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 1 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL por rochas sedimentares e magmáticas, com densidade em torno de 2,8 e constituída essencialmente por Silício e Alumínio (Sial); e a Crosta Oceânica, formada por rochas basálticas, com cerca de 3,3 de densidade e pelos minerais Silício e Magnésio (Sima) e um manto superior (que vai até aos 100 km de profundidade) e que juntos formam a Litosfera rígida e plástica. Abaixo desta camada encontra-se o manto inferior (que chega aos 2.890 Km)e que através de fusões parciais, mantém suas rochas em um estado constante de alta viscosidade, fato que provoca correntes de convecção em direção à Litosfera. O manto inferior contém ainda a ZBV (Zona de baixa Velocidade), que o separa do manto superior, formando o que se denomina por Astenosfera. Em seguida, encontra-se um núcleo externo (que chega aos 5.100 Km de profundidade) no estado líquido formado por ligas de Ferro e Níquel principalmente (Nife). Por fim, o núcleo interno encontra-se no estado sólido com constituição semelhante ao núcleo externo. Estima-se que as temperaturas do núcleo chegam a atingir 6.00000C. A crosta se separa do manto pela descontinuidade de Mohorovicic ou Moho; enquanto que o manto se separa do núcleo pela descontinuidade de Guttemberg. Glossopteris - espécie vegetal típica de climas frios existentes no Carbonífero - Permiano - Triássico (350200 M.a), encontrada na América do Sul, África, Madagascar, Índia Antártida e Austrália. Mesosaurus - réptil existente no Permiano (245-2866 M.aa) encontrado no Brasil, Argentina e África do Sul. Lystosaurus - réptil existente no Triássico (248-211333 M..a) encontrado África Central, Madagascar, Índia e Antártida. Cynognathus - réptil existente no Triássico (248211333 M..a) encontrado na América do Sul e África Central. Teoria da Deriva Continental "...é como que se tudo passasse ao recortarmos uma folha de jornal. Basta apenas juntarmos os pedaços para encontramos os segredos da Terra..." (Alfred Lothar Wegener). Wegener nasceu em Berlim em 1º de novembro de 1880, doutorouse em Astronomia pela Universidade de Berlim em 1905. Durante esse tempo, interessou-se por estudos de Meteorologia e Geologia e foi professor de Meteorologia na Universidade de Graz de 1924 a 1930. Em fins do século 16, o cartógrafo holandês Abraham Ortelius já havia sugerido que o Oceano Atlântico teria sido aberto, e os continentes separados, devido a fortes terremotos e enchentes. Wegener também observou a semelhança das linhas costeiras dos dois continentes. Além do ajuste geométrico dos continentes, ele se baseou numa série de outras evidências geológicas, paleontológicas e paleoclimáticas, como, por exemplo, o estudo dos antigos climas e fósseis, vegetação, e o emparelhando das características geológicas dos oceanos. Portanto, entre as principais evidências adotadas por Wegener podemos destacar: - Algumas cadeias de montanhas antigas de um continente têm a sua continuação em outro. - Formações geológicas iguais, com rochas e estruturas idênticas são encontradas nos continentes dos dois lados do atlântico. - Há registros fósseis semelhantes entre a América do Norte e Europa e entre os continentes do hemisfério Sul e Índia. Wegener fundamentou-se nos seguintes exemplos. Fonte: USGS, adaptado pelo autor. → Os estudos do Paleoclima (glaciações Permocarboníferas) demonstram que os continentes do Hemisfério Sul e Índia estavam unidos sobre a região antártica durante esse tempo e, depois se deslocaram. Ocorrência de Dunas antigas e direção do paleovento. → Evaporitos encontrados nas plataformas continentais atlânticas da África e da América do Sul são uma das evidências do movimento de separação entre os continentes, pois para haver acumulação de sal em depósitos espessos é necessário um clima quente e árido para que ocorra evaporação da água do mar ou lago salgado. → Antigos recifes de algas coralíneas foram achados no Paleozóico inferior do círculo ártico, estes corais são característicos do equador, donde se conclui que, no paleozóico inferior, o equador passava por estas regiões. → Paleomagnetismo. Isso fez com que se criasse a teoria de que o pólo magnético se moveu e ocupou posições distintas através da história da Terra. Mas se isso fosse verdade, todos os continentes tinham que ter suas rochas magnéticas orientadas para a mesma direção em um dado período de tempo. Ao ser feita a curva do movimento do pólo ao longo dos períodos geológicos, verifique-se que cada continente tem sua curva, que é distinta dos outros continentes. Somente uma explicação é possível diante deste resultado: os continentes se moveram independentemente uns dos outros. Ao juntar dois continentes que estariam unidos no passado, pela teoria de Deriva continental, as curvas eram as mesmas. → Algumas cadeias se encontravam bruscamente interrompidas, como seria o caso de cadeias na Argentina e África do Sul, adquiriam perfeita continuidade quando se juntavam a América e África. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 2 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL → Empilhamento estratigráfico de rochas que ocorre no nordeste da Índia, Antártida, sudeste da América do Sul, leste da África e Austrália, as quais possuem idades variando entre 300 e 135 M.a atrás. Esta sucessão de rochas (chamadas de seqüência Gondwana), apesar de resultantes dos mesmos processos tectônicos e deposicionais, estão distribuídas em diferentes áreas, o que reforça a idéia da junção dos continentes no hemisfério sul em épocas anteriores a 135 M.a. Baseado nestas evidências, Wegener formulou a tese de que todos os continentes formavam no passado uma só massa de terra, a qual ele chamou Pangéia (expressão latina que significa "toda a terra"). Considerou que as placas continentais flutuavam sobre o magma pastoso devido ao princípio da isostasia da crosta.. Em seguida propôs que esse supercontinente ancestral, circundado por uma massa líquida denominada Pantalassa ("todo o mar"), tinha começado a se fraturar há cerca de 200 milhões de anos, dividindose numa porção norte, que ele chamou de Laurásia, e uma porção sul, batizada de Gondwana. Ela afirmava, ainda, que as placas continentais se rompem, separam-se e chocam-se, criando posteriormente cadeias de montanhas. As teorias de Wegener, descritas em "A origem dos continentes e oceanos" (1915), caíram em descrédito pela impossibilidade, então, de apresentar comprovação científica quanto às causas subjacentes ao deslocamento dos continentes. Em seu livro, ele sugerira que o fundo dos oceanos seria composto de um material fluido, sobre o qual a matéria rígida que forma os continentes flutuaria, porém as medições de ondas sísmicas mostraram que o assoalho oceânico é rígido. Além disso, Wegener propôs duas possibilidades para explicar o deslocamento dos blocos: afastamento polar, devido ao movimento de rotação da Terra, e empuxo gravitacional, relacionado com forças gravitacionais do Sol e da Lua. Harold Jeffreys, astrônomo e geofísico inglês, fez alguns cálculos e verificou que as forças necessárias para o movimento dos continentes era milhões de vezes maior que aquelas citadas por Wegener, além de que, se estas forças fossem tão grande quanto o necessário, os continentes se fragmentariam completamente. A comunidade científica da época não respaldava, de modo geral, a idéia de que a crosta terrestre pudesse ser fragmentada e desenvolvesse deslocamentos horizontais. Depois de ter sido abandonada na década de 1940, até mesmo por antigos defensores, a teoria de Wegener foi retomada na década de 1960, quando a pesquisa oceanográfica e o desenvolvimento de recursos tecnológicos em diversas áreas do conhecimento revelaram o fenômeno de fraturamento do fundo do mar. Percebeu-se que a crosta oceânica é delgada, jovem, possui cadeias de montanhas submersas (chamadas dorsais), e que há um padrão de orientação magnética do material que compõe a crosta, que varia de acordo com a distância das dorsais. Outros geocientistas aprimoraram a reconstituição do movimento dos continentes e organizaram a seguinte seqüência de eventos: - Tempo anterior a 300 M.a: Outras formas continentais em movimento; - Entre 300 a 225 M.a (Paleozóico): Formação de um só continente - Pangéia (do grego pan, toda e gea, terra). cercado por um só oceano - Pantalassa; - Entre 200 a 180 M.a (final do Paleozóico): Início de separação dos blocos Gondwana e Laurásia e rompimento do Gondwana em dois sub-blocos: (1) África - América do Sul e (2) Antártida - Índia - Austrália. Avanço do Mar de Tétis entre os blocos sub-divididos; - 135 M.a: Início do rompimento do América do Sul da África e separação da Índia do sub-bloco 2; - 65 M.a aos dias de hoje: Movimento de rotação da África para norte, indo de encontro a Eurásia, choque da Índia com a Ásia; separação América do Norte da Eurásia; separação da Austrália da Antártida Como se observa, a atual conformação deu-se há cerca de 60 milhões de anos, mas as placas continuam em constante transformação. A TECTÔNICA DAS PLACAS Fonte: USGS, adaptado pelo autor. A Tectônica das Placas é considerada um dos maiores avanços no campo da geofísica no último século. Constitui uma teoria geral que permite explicar a maioria dos fenômenos geológicos (abalos sísmicos, Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 3 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL vulcanismo, formação de montanhas, etc) de forma unificada. Como já observado anteriormente, a Terra é constituída por três camadas que podem ser caracterizadas em termos de estruturas químicas e físicas distintas. A litosfera é considerada uma estrutura "forte" (camada externa sólida), por ser rígida, não facilmente deformável, mas que pode se fragmentar. A Astenosfera é considerada uma estrutura "fraca", por ser maleável, plástica, que, apesar de sólida, encontra-se quase no ponto de fusão. Desta forma, devido às diferentes resistências desta zonas, a litosfera tende a se comportar como uma concha rígida e "quebradiça" . A Astenosfera "flutua" como um sólido maleável quando submetida a determinadas forças.. Os avanços em diversos campos científicos e tecnológicos, principalmente a partir da década de 60, permitiram o desenvolvimento da teoria de que o comportamento da Terra é amplamente ocasionado pela formação, movimento, interações e destruição das grandes placas rígidas encontradas na superfície do planeta.. De acordo com a teoria, a litosfera não constitui uma estrutura continua; ela é fragmentada em cerca de doze grandes placas rígidas que estão em movimento sobre superfície da Terra. Cada placa se desloca como uma unidade rígida distinta sobre a Astenosfera, que também está em movimento. Fonte: UFRS Na figura anterior, temos a representação esquemática da Teoria do Equilíbrio Isostático que foi elaborada para explicar o dinamismo da crosta terrestre. Considerando-se a crosta terrestre formada por blocos de mesma densidade e admitindo-se que no manto existe uma zona de material viscoso em estado de fusão, quanto mais alto for o bloco continental, maior será sua raiz subterrânea mergulhada no manto. LIMITES ENTRE PLACAS Muitos aspectos geológicos de grande escala ocorrem nos limites entre as placas que podem ser de três tipos: Limites divergentes: ocorrem onde as placas se separam e se movem em direções opostas, permitindo que a litosfera se forme. Nestas áreas surgem "rifts", vales em falha ou cadeias de montanhas vulcânicas no fundo dos oceanos. Ocorre intensa atividade sísmica e vulcânica e o afastamento do assoalho oceânico à medida que as placas se desenvolvem pela acreção de material magmático. Fonte: USGS, adaptado pelo autor. O movimento das placas ocorre porque o interior da Terra está ainda aquecido e, ainda que o manto abaixo da litosfera seja praticamente sólido, ele é quente e maleável ou moldável e quando orientado pelas forças de convecção, pode fluir. A convecção consiste num mecanismo de transferência de calor que permite que o material quente e menos denso se eleve que o material de superfície frio e denso mergulhe. Este fluxo de material transfere calor e se resfria à medida que se move ao longo da superfície, tornando-se mais denso. Quando se torna mais "pesado" que o material circundante, ele mergulha sobre a ação da gravidade. A camada superficial resfriada do sistema de fluxo convectivo se torna a placa litosférica rígida. Portanto, a litosfera se forma a partir do manto quente ascendente à medida que se resfria quando se desloca do limite onde as placas se separam. Nos limites onde as placas convergem, o fluxo submerge, sendo reabsorvido na Astenosfera (Zonas de Subdução). Limites Convergentes: neste caso, as placas colidem, ocorrendo a subdução da placa mais densa, ou seja ela é reabsorvida no manto e reciclada. A colisão e subdução produzem fossas abissais, faixas de montanhas adjacentes aos limites das placas e cinturões magmáticos, que podem ser ocorrer na terra ou uma cadeia de ilhas vulcânicas (arco insular) a partir do assoalho oceânico. Limites transformantes: ocorrem quando as placas se deslocam, passando um sobre a outra em direções opostas. Um exemplo de uma falha transformante é a Falha de San Andreas, na Califórnia. Observe-se que, neste caso, não se cria nem se destrói a Litosfera. Pode-se perceber que cada placa é limitada pela combinação destes três tipos de limites, como, por exemplo, a Placa de Nazca, no Pacífico, que é limitada em três lados por zonas de divergência, onde se forma nova litosfera, e em um dos lados por zona de convergência, a zona de subdução Peru-Chile, onde a litosfera é reabsorvida. Observe-se que os limites entre as placas tectônicas correspondem a áreas de intensa sismicidade e vulcanismo. O estudo destes fenômenos reveste-se de grande importância, pois além da relativa previsibilidade, permitindo evitar salvar inúmeras vidas e evitar diversos prejuízos econômicos, permite conhecer melhor as Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 4 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL estruturas internas do planeta. As áreas vulcânicas, além dos fatores já indicados, também representam possibilidades de aproveitamento econômico, como o turismo e a comercialização das rochas magmáticas Constituem, também, áreas com solos férteis, daí a histórica concentração populacional nestas áreas. O mapa abaixo retrata as áreas de intensa sismicidade. Fonte: Simielli, Geoatlas, 2000 Fonte: USGS, adaptado pelo autor. TERREMOTOS Os terremotos correspondem a vibrações ou tremores da crosta terrestre resultantes da liberação de energia devido à convergência de placas tectônicas, que provocam rupturas chamadas falhas quando o limite de elasticidade atinge o limite (sismos tectônicos). A ilustração a seguir esclarece as causas subjacentes à ocorrência dos terremotos. As quatro principais zonas sísmicas são a Zona do Círculo Circum-Pacífico, a Zona de Ondulação Alpina da Europa e da Ásia, a Zona da Dorsal MesoAtlântica e a Zona entre a Costa Meridional da Arábia e a ilha de Bouvet, no oceano Antártico. Observar abaixo os terremotos mais destrutivos já detectados. Fonte: O Globo, 2004 A medição, como observado acima, é feita principalmente através das Escala Richter através de sismógrafos, possibilitando uma avaliação objetiva. Trata-se de uma escala logarítmica Um terremoto de 2,5 na Escala Richter geralmente não é sentido, mas já registrado pelos sismógrafos; de 3.5 é sentido por muitas pessoas; de 4.5 já provoca danos locais; de 6.0 já é um terremoto destrutivo; de 7.0 é um terremoto de elevada amplitude e acima de 8.0 são grandes terremotos e altamente destrutivos. Um terremoto de 4.0 pontos na Escala Richter é equivalente a 6 toneladas de TNT, correspondendo a uma pequena bomba atômica. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 5 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL Um terremoto de 9.0 pontos corresponde a 199.999.000 toneladas de TNT. Outra forma de se avaliar a magnitude dos terremotos é através da Escala de Mercalli. Trata-se de uma escala subjetiva graduada de I a XII. Este último sendo de grande intensidade, situação em que ocorre grande destruição podendo-se observar inclusive o deslocamento das ondas sísmicas. Fonte: USGS, adaptado pelo autor. ONDAS SÍSMICAS TSUNAMIS Menina de 10 anos salvou 100 pessoas da tsunami LONDRES - A presença de espírito e os conhecimentos de geografia de Tilly Smith acabaram salvando sua família e a vida de outros 100 turistas na praia de Maikhao, em Pukhet, na Tailândia. Ao ver o rápido recuo da água do mar, a menina de 10 anos alertou seus pais, que avisaram a todos para deixarem a praia. Minutos depois, uma forte onda varria o local, mas sem deixar vítimas. Detalhe: ela havia estudado o fenômeno das tsunamis nas aulas de geografia apenas duas semanas antes da tragédia na Ásia. Humilde, a pequena heroína deu crédito pelo salvamento ao seu professor: - O Sr. (Andrew) Kearney nos ensinou sobre terremotos e como eles podem causar tsunamis. Apesar de ter salvo diversas vidas, Tilly explica tudo com a simplicidade de seus 10 anos: - Eu estava na praia quando a água começou a ficar engraçada. Tinham bolhas e as ondas sumiram de repente. Eu percebi o que estava acontecendo e achei que era uma tsunami. Aí eu avisei à mamãe - disse. Fonte: http://oglobo.globo.com/online/plantao/148084862.asp, acesso em 01/01/05 Fonte: Adapatdo a partir dos diagramas do Dr. Stephen R. Matton Num evento sísmico, as primeiras ondas a serem percebidas são as ondas primárias, que podem atravessar a crosta terrestre, o manto pastoso e chegar ao núcleo terrestre. Dependendo da intensidade, podem ser registrados do lado oposto do planeta através de sismógrafos. As ondas primárias fazem seguir pelas ondas secundárias, sendo que estas só atingem o manto pastoso. Observar, na figura abaixo, que o local na crosta onde ocorre o terremoto é o Foco e a área da superfície acima é o Epicentro. A expressão tsunami, de origem japonesa, significa “onda oceânica de grande altura” e não pode ser confundida como uma onda comum de maré. As Tsunamis correspondem a séries de grandes ondas que se originam nas profundezas, por causa de deslocamentos do fundo do mar. Esses deslocamentos podem ser causados por vulcões, grandes deslizamentos submarinos e, principalmente, terremotos ou maremotos, que sacodem o fundo do oceano. Quando o fundo do oceano se desloca, a água acompanha o movimento. A gigantesca onda formada pode, sem obstáculos, varrer enormes distâncias e se deslocar a velocidades superiores a 800 quilômetros por hora, podendo apresentar um comprimento de 150 a 200 km e uma altura de aproximadamente 1 metro. Estes terremotos ocorrem principalmente nas falhas propulsoras em que o fundo do mar e a água são empurradas para cima na direção do deslocamento e a região de maior ocorrência é o Oceano Pacífico. Junto do epicentro, o deslocamento da água pode não ser percebido, por causa da grande profundidade, pois centenas de quilômetros podem separar os topos das ondas, mas quando a tsunami se aproxima da linha costeira, sua velocidade diminui, mas a altura aumenta. Fonte: USGS, adaptado pelo autor. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) Fonte: Grafic News. 6 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL À medida que se aproxima da terra, com a diminuição da profundidade do mar, sua topografia e a forma do litoral, a onda se agiganta. Uma tsunami de alguns centímetros ou metros de altura pode atingir de 30 a 50 metros de altura na costa, com força devastadora, devido à concentração de grande energia. A onda pode ainda se agigantar mais devido à ação do vento na crista da tsunami. O tamanho de uma tsunami depende da quantidade de energia transmitida no momento de ocorrência do fenômeno tectônico que a provoca, perdendo intensidade se o epicentro for muito distante do litoral. Na maioria das vezes, no entanto, a tsunami não forma ondas, mas corresponde a um deslocamento semelhante a uma maré que avança e inunda as áreas costeiras. existência de 1.511 vulcões ativos no planeta, sendo que 805 deste total concentram-se no “Círculo de Fogo do Pacífico”. Segundo os geólogos, o planeta também abriga supervulcões, localizados nas zonas de subdução, cuja explosão corresponderia ao impacto de um cometa sobre a Terra. O material expelido por um vulcão destes ocasionaria um efeito semelhante a um inverno nuclear. A emissão de gases, a ocorrência de tremores prévios e a própria história geológica das áreas são métodos que permitem uma certa previsibilidade quanto à ocorrência do vulcanismo. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tsunami1.JPG Como se percebe pelas ilustrações acima, a configuração do relevo junto à costa contribui para determinar a amplificação ou atenuação da potência da tsunami. Os declives menos acentuados reduzem a força da onda, já os declives mais acentuados com encostas mais profundas potencializam a tsunami. A tsunami também pode formar uma onda permanente denominada seiche junto a certas enseadas, movendo-se para a frente e para trás, podendo durar vários dias depois do impacto da tsunami. A ocorrência de tsunamis pode ser monitorada, como no Pacífico, evitando a morte de inúmeras vidas. Os maremotos ocorrem, principalmente, nos limites das placas tectônicas no fundo dos oceanos, podendo ocasionar tsunamis. As erupções mais devastadoras N0 de mortos 92.000 Tambora, Indonésia Krakatoa, Indonésia Mt. Pelee, Martinica Ruiz, Colômbia Unzen, Japão 1815 Principal causa das mortes Fome 1883 Tsunami 1902 1783 1919 1882 3.500 Laki, Islândia Kelut, Indonésia Galunggung, Indonésia Vesúvio, Itália Torrente de cinzas vulcânicas Torrente de lama Desmoronamento do vulcão; tsunami Fome Torrente de lama Torrente de lama 3.360 Vesúvio, Itália 79 2.957 Papandayan, Indonésia Lamington, Papua Nova Guiné El Chichon, México Soufriere, St Vicente 1772 36.417 29.025 25.000 14.300 VULCÕES Ao lado do tectonismo e dos abalos sísmicos, o vulcanismo se constitui em um dos agentes internos que estruturam, ou seja, originam formas de relevo. Entende-se por vulcanismo as diferentes formas pelas quais o magma pastoso é expelido do interior da terra, chegando à superfície. O magma pastoso acumula-se na câmara magmática sob o vulcão até que as pressões ou a ação de tremores sísmicos conduzem ao rompimento da crosta terrestre, expulsando o magma, que chega à superfície através da chaminé do vulcão, quando, então é denominada de lava. O magma se forma quando, a partir de algum evento tectônico, a água se mistura ao manto, composto por rochas aquecidas, que se liquefaz e que, por ser menos denso, ascende e se acumula nas câmaras magmáticas. Estima-se a 9.350 5.110 4.011 2.942 2.000 1.680 Vulcão Prof.: Carlos Alberto (Cacá) Ano 1985 1792 1631 1951 1982 1902 Torrente de lama e de lava Torrente e queda de cinzas vulcânicas Torrente de cinzas vulcânicas Torrente de cinzas vulcânicas Torrente de cinzas vulcânicas Torrente de cinzas vulcânicas Fonte: Ameaças da Terra, On line Editora, 2005 7 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL O Tema na Mídia 1 Terremoto no sudeste asiático é um dos mais fortes da história Redação Central, 26 dez (EFE).- O terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu sete países do sudeste asiático neste domingo está entre os mais intensos da história e o crescente número de vítimas também o coloca entre os mais mortais. O terremoto mais intenso já registrado desde que entraram em vigor os sistemas de medição modernos foi o que arrasou em 1960 o sul do Chile, com 9,5 graus na escala Richter e um saldo de mais de cinco mil mortos. Quatro anos depois aconteceu outro no estado americano do Alasca, escassamente povoado, onde um tremor de 9,2 a 9,4 graus deixou cerca de 130 mortos. Quanto ao número de vítimas, o terremoto mais trágico registrado na história foi o que aconteceu em 1201 no Oriente Médio e na região do Mediterrâneo, com mais de um milhão de mortos. Em seguida aparece o que em 2 de fevereiro de 1556 atingiu várias províncias chinesas, com cerca de 830 mil mortos. A China é um dos países mais assolados por estes fenômenos, pois apenas no último século podem ser citados os tremores de Han-Su, em 1920 (180 mil mortos) e 1932 (70 mil), Nan-Shan em 1927 (200 mil) e Tientsin em 1976 (pelo menos 240 mil). Mas nos últimos cem anos, o terremoto com maior número de mortes - 357 mil - aconteceu em 1905, em Kangra (Índia), e chegou a 8,3 graus na escala Richter. Em 1950, a Índia também sofreu devastadores abalos de 8,4 graus em Assam, com 30 mil mortos; Maharashtra (1993), de 6,4 graus e com 35 mil mortos, e Gujarat (2001), de 6,9 graus e que matou 15.500 pessoas. O vizinho Paquistão viveu o trágico tremor de Quetta (em 1935, com 60 mil mortos), enquanto no Afeganistão, em Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 8 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL 1998, um terremoto de 7,1 graus matou mais de cinco mil pessoas na província de Talhar, no norte do país. O Japão lembra ainda o terremoto de Kobe (1995), de 7,2 graus e com 6.400 mortos. No entanto, o mais fatal aconteceu em 1923, em Kuwanto (140 mil mortos). Os japoneses também tiveram em 1896 o maior registro de mortes causadas por um "tsunami" (ondas gigantes provocadas por maremotos), com mais de 27 mil mortos no litoral de Sanriku e ondas de até 38 metros. Os "tsunamis" - como os que hoje assolaram sete países do sudeste asiático - voltaram a ter efeitos devastadores em 1976, em Cotabato (Filipinas), com oito mil mortos, e em 1998 em Papua-Nova Guiné, com mais de três mil vítimas fatais. Sumatra, a ilha Indonésia onde foi localizado o epicentro do devastador terremoto de hoje, registrou outro tremor de 6,5 graus em 1994, que causou 207 mortes, um número muito inferior ao do atual desastre. Mais um país ainda mais castigado pelos terremotos é o Irã. Há justamente um ano, em 26 de dezembro de 2003, um tremor de 6,3 graus arrasou a cidade iraniana de Bam, com um saldo de pelo menos 26 mil mortos, segundo dados oficiais divulgados nos dias seguintes. O tremor de Bam é o último de uma longa lista de terremotos de 7 a 8 graus em províncias de todo o Irã, que inclui os de 1957 (25 mil mortos), 1962 (12.230), 1968 (12 mil), 1972 (5 mil), 1978 (25 mil) e, principalmente, o de 1990 no noroeste, de 7,5 graus e que deixou mais de 60 mil mortos. A Turquia também compartilha com o Irã um histórico extenso de abalos sísmicos, entre os quais se destacam o tremor de 6 graus de 1939, em Erzincan (30 mil mortos) e, principalmente, o de 7,4 graus, em 1999 em Izmit, Istambul e outras áreas do noroeste (35 mil). Em 1998, outro país da região, a Armênia, perdeu 25 mil cidadãos por causa de um terremoto de 6,9 graus que atingiu Spitak, Kirovakan e Leninakan. O Iêmen sofreu dois devastadores tremores, em 1980, com três mil mortos e 280 cidades destruídas, e o mesmo número de mortos em 1982, em Dhamar. O norte da África também lamentou tragédias com terremotos, como os que aconteceram na Argélia, na região de Asnam, em 1954 (1.400 mortos) e 1980 (4.500), assim como em Bumerdes, Raghaia, Ruiba, Thenia, Dergana e Argel em 2003, com mais de dois mil mortos e que também foi sentido na Espanha, nas ilhas Baleares e nas regiões costeiras de Alicante e Almería. A maior catástrofe na região, no entanto, aconteceu em 1960, em Agadir (Marrocos), cidade que ficou destruída, com um saldo de 12 mil mortos. No mesmo país, centenas de pessoas morreram em fevereiro deste ano por causa de um terremoto de 6,3 graus na província de Al Hocema, no norte. Na América, além de entrar na história dos terremotos com o temor de 9,5 graus em 1960, o Chile chorou em 1939 a morte de 30 mil pessoas em Chillán. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u79579.shtml, acesso em 26/12/2004 O Tema na Mídia 2 Terremoto e Tsunami no Japão O número oficial de mortos pelo terremoto seguido de tsunami no Japão chega a 8.133, disse a polícia. Os desaparecidos somam 12.272. Segundo a agência japonesa Kyodo, a polícia disse temer que apenas em um distrito, Miyagi, há mais de 15 mil mortos. Segue no Japão o medo das possíveis consequências dos danos que o terremoto causou na usina nuclear de Fukushima, no norte do país. O governo tenta acalmar os japoneses quanto às chuvas previstas para este domingo (20) – muitos deles temem que elas sejam radioativas. “Um certo número de pessoas na capital e no norte do Japão perguntaram às autoridades se as chuvas previstas para o fim do dia em Tóquio poderiam estar contaminadas”, disse o chefe adjunto do gabinete do primeiro-ministro, Tetsuro Fukuyama, ao canal público NHK. “Os níveis atuais não indicam nenhum risco para a saúde", afirmou. Autoridades japonesas informaram que foram detectados níveis de radiação em espinafre e leite de fazendas próximas ao complexo nuclear de Fukushima, e pequenas quantidades de iodo radioativo em água encanada de Tóquio e outros locais. Um oficial de Taiwan disse que foram encontradas pequenas amostras de radiação em ervilhas importadas do Japão. A quantidade de elementos tóxicos é pequena demais para causar danos à saúde humana. Este é o primeiro caso de produtos importados do Japão que apresentam sinais de contaminação. Réplicas Mais de 600 réplicas sacudiram o Japão depois do terremoto de 9 graus na escala Richter do dia 11 de março. Até a primeira hora da tarde deste domingo (horário local) aconteceram uma dezena de réplicas, pelo menos dois nas províncias de Fukushima e Iwate (nordeste do Japão) de mais de 5 graus de magnitude, informou a Agência Meteorológica japonesa. A maioria das réplicas tem seu epicentro localizado nas províncias mais devastadas pelo terremoto e muitas são sentidas com clareza em Tóquio. Isso ocorreu com um tremor de 5,7 graus na província de Fukushima e com outro, de 6,1 graus, localizado na vizinha Ibaraki deste sábado. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 9 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL As réplicas não provocaram danos graves até agora, apesar de terem causado um grande nervosismo entre uma população comovida pelo forte terremoto, o devastador tsunami que o seguiu e a crise nuclear suscitada na central de Fukushima. Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/03/20/numero-de-mortos-em-terremoto-no-japao-passa-de-8-mil.jhtm O Tema na Mídia 3 Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 10 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 11 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 12 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL QUESTÕES OBJETIVAS 1. (UNESP SP) As quatro afirmações que se seguem serão correlacionadas aos seguintes termos: (1) vulcanismo – (2) terremoto – (3) epicentro – (4) hipocentro. a. Os movimentos das placas tectônicas geram vibrações, que podem ocorrer no contato entre duas placas (caso mais frequente) ou no interior de uma delas. O ponto onde se inicia a ruptura e a liberação das tensões acumuladas é chamado de foco do tremor. b. Com o lento movimento das placas litosféricas, da ordem de alguns centímetros por ano, tensões vão se acumulando em vários pontos, principalmente perto de suas bordas. As tensões, que se acumulam lentamente, deformam as rochas; quando o limite de resistência das rochas é atingido, ocorre uma ruptura, com um deslocamento abrupto, gerando vibrações que se propagam em todas as direções. c. A partir do ponto onde se inicia a ruptura, há a liberação das tensões acumuladas, que se projetam na superfície das placas tectônicas. d. É a liberação espetacular do calor interno terrestre, acumulado através dos tempos, sendo considerado fonte de observação científica das entranhas da Terra, uma vez que as lavas, os gases e as cinzas fornecem novos conhecimentos de como os minerais são formados. Esse fluxo de calor, por sua vez, é o componente essencial na dinâmica de criação e destruição da crosta, tendo papel essencial, desde os primórdios da evolução geológica. (Wilson Teixeira, et al. Decifrando a Terra, 2003. Adaptado.) b) movem-se porque flutuam debaixo dos solos dos oceanos, causando abalos no continente. c) deslizam sobre o magma do interior da Terra e chocam-se em alguns pontos da crosta. d) movimentam-se em conjunto, desenvolvendo abalos sísmicos coordenados e previsíveis. e) encostam uma na outra e bloqueiam seu movimento natural, causando abalos nos mares. 4. (PUC RS) Uma sequência de eventos naturais aconteceram no mundo recentemente, como, por exemplo, os terremotos no Haiti, no Chile, no México, na China e nas Filipinas e, ainda, a erupção de um vulcão na Islândia. Quanto à formação do terremoto no Chile e à erupção do vulcão na Islândia, pode-se afirmar que ambos estão ligados a fenômenos que têm como causa, respectivamente, a) o encontro de duas placas oceânicas – a subducção de uma placa continental com uma placa oceânica b) o encontro da Placa de Cocos com a Placa SulAmericana – a abertura da Dorsal Mesoatlântica c) a subducção da Placa Pacífica – a obducção da Placa Atlântica d) o encontro da Placa Pacífica com a Placa de Nazca – a abertura da Dorsal Atlântica e) o encontro da Placa de Nazca com a Placa SulAmericana – a formação da Dorsal num limite divergente de placas tectônicas 5. (UNESP SP) Analise o mapa. Distribuição Geográfica das placas tectônicas da Terra Os termos e as afirmações estão corretamente associados em a) 1d, 2b, 3a, 4c. b) 1b, 2a, 3c, 4d. c) 1c, 2d, 3b, 4a. d) 1a, 2c, 3d, 4b. e) 1d, 2b, 3c, 4a. 2. (PUC RJ) Terremotos são gerados pelos movimentos naturais das placas tectônicas da Terra, que causam ajustes na crosta terrestre, afetando a organização das sociedades. Em relação aos sismos naturais, é correto afirmar que eles são causados por: a) f orças endógenas incontroláveis. b) energias exógenas excepcionais. c) forças antrópicas descontroladas. d) energias antrópicas excepcionais. e) forças endógenas e antrópicas. Os números representam as velocidades em cm/ano entre as placas, e as setas, os sentidos dos movimentos. (Wilson Teixeira. Decifrando a Terra, 2008. Adaptado.) 3. (FATEC SP) A teoria da “tectônica de placas”, hoje mais do que comprovada empiricamente, explica fenômenos como vulcões, terremotos e tsunamis. Segundo essa teoria, as placas tectônicas a) atritam entre si nas extremidades da Terra, derretendo as calotas polares. Os terremotos que abalaram o Haiti, em janeiro e o Chile, em fevereiro, atingiram, respectivamente, 7,0 e 8,8 graus na escala Richter. A explicação para esses terremotos é o fato de que ambos os países a) estão posicionados no centro das placas tectônicas. b) estão localizados em áreas que raramente sofrem abalos sísmicos, o que torna esses eventos catastróficos. c) estão situados nos limites convergentes entre placas tectônicas. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 13 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL d) têm todo o território situado em arquipélagos formados por cadeias de montanhas vulcânicas submarinas. e) estão em áreas de movimento de placas tectônicas divergentes. 6. (UFU MG) Leia os trechos a seguir e observe o mapa abaixo. “A verdade é que os brasileiros em geral, desacostumados com terremotos, nunca estiveram prontos para encarar algumas manifestações, mesmo que leves, das conseqüências geradas pelos fenômenos sísmicos. [...].” “Apesar de estarem relativamente acostumados com eventos sísmicos, os chineses foram pegos de forma surpreendente pelo tremor de terra de 8 graus na escala Richter que atingiu a província de Sichuan à sudoeste do País, no dia 12 de maio de 2008. [...] mais de 80 mil habitantes da cidade e da região perderam suas vidas [...].” DIRANI, Claúdio. Balanço Brasileiro. In Descobrindo Geografia. São Paulo:Escala Educacional, ano 4, n.21, 2008. p. 18-22. d) No Brasil, os abalos sísmicos são de baixa magnitude, pois o país está situado no centro de uma grande placa tectônica. Os tremores são provocados pelo reflexo de fortes abalos com epicentro nas zonas de contato entre as placas do Pacífico e da SulAmericana e, também, pela acomodação de algumas estruturas rochosas. Já, na China, os abalos sísmicos são intensos devido à proximidade com a zona de contato das placas tectônicas Euro-Asiática e NorteAmericana. 7. (PUCMG) Refere-se aos movimentos das placas tectônicas: I - Os deslocamentos horizontais das placas tectônicas são impulsionados pelo peso dos sedimentos e das geleiras sobre a superfície do planeta. II - Os dobramentos modernos, que deram originem à formação de cordilheiras, foram resultados dos movimentos convergentes de placas. III - Os continentes ou terras emersas e as bacias oceânicas estão incrustrados em rochas densas na parte superior das placas. a) se apenas a afirmação I estiver correta. b) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas. c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas. d) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmações estiverem corretas. 8. (UFES) Considere as informações a seguir sobre a tectônica de placas: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p. 66. In DIRANI, C. Balanço Brasileiro. Discutindo Geografia, ano 4, nº 21. Considerando o mapa de placas tectônicas e os trechos sobre terremotos, marque a alternativa correta. a) No Brasil, os abalos sísmicos são de baixa magnitude, pois o país está situado no centro de uma Sul- Americana. Os tremores são provocados pelo reflexo de fortes abalos com epicentro nas zonas de contato e, também, pela acomodação de algumas estruturas rochosas. Já, na China, os abalos sísmicos são intensos devido à proximidade com a zona de contato das placas tectônicas. b) No Brasil, os abalos sísmicos são de baixa magnitude, pois o país está situado no centro de uma tremores são provocados somente pelo reflexo de fortes abalos com epicentro nas zonas de contato. Já, na China, os abalos sísmicos são intensos devido à proximidade com a zona de contato das placas da Arábia e da Africana. c) No Brasil, embora os abalos sísmicos sejam de baixa magnitude, é possível ocorrer uma grande catástrofe, uma vez que o país está situado próximo à zona de contato das placas de Nazca e da Sul-Americana. Já, na China, os abalos sísmicos são intensos devido à acomodação de suas estruturas rochosas. I - A crosta terrestre é formada por várias placas litosféricas, que se movem umas em relação às outras, sendo carreadas por lentas correntes de convecção existentes na astenosfera. II - O Japão, localizado na Placa Eurasiana, desenvolve avançadas tecnologias em construção civil, já que sua borda oriental é uma das regiões de maior incidência de terremotos, tsunamis e vulcões. III - Os limites de contato entre as placas tectônicas são de três tipos: convergentes, divergentes e transformantes IV - A fossa mesoceânica constitui uma fratura que se estende paralelamente às cristas mesoceânicas, enquanto a fossa submarina é um depressão longa e estreita que ocorre junto à margem ativa dos continentes. Assinale a opção que contém as afirmativas corretas. a) Apenas I, II e III. b) Apenas I, II e IV. e) I, II, III e IV. c) Apenas I, III e IV. d) Apenas II, III e IV. 9. (FGV) "A teoria tectônica de placas é a mais nova interpretação da gênese e da dinâmica da litosfera, sustentáculo do relevo terrestre e submarino. (...) Esses grandes blocos ou placas tectônicas incorporam estruturas tanto da crosta continental como da crosta oceânica." (J. Ross, 1995, p.25). Com base nesta teoria, admite-se que Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 14 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL a) a litosfera é formada pela crosta continental e caracteriza-se principalmente por ser dividida em blocos que têm a mesma dimensão, à semelhança de grandes placas de cerâmica revestindo um piso. b) as placas apresentam-se fixas, registrando-se como significativo apenas o deslocamento continental que resultou na expansão do Oceano Pacífico e redução do Oceano Atlântico. c) as áreas geradoras de placas correspondem aos terrenos montanhosos dos fundos oceânicos, onde estão as dorsais mesoceânicas, locais de ocorrência de fortes atividades sísmicas e magmáticas. d) a estrutura interna da Terra é considerada estável, uma vez que os movimentos tectônicos provocam modificações e efeitos deformadores especificamente na parte externa da crosta. e) as áreas de destruição de placas são marcadas pelo afastamento entre elas e, como resultado, tem-se a destruição das montanhas orogênicas. 10. (UFMS) "A fúria da Terra - um terremoto de 7,6 graus na escala Richter sacudiu a ilha de Taiwan." "Physical Geography" - a landscape appreciation. New Jersey: Prentice Hall, 1996. p. 10. FONTE: Adaptado de McKNIGHT, T.L. Em X e Y, indicados nessa figura, estão representadas duas feições de relevo. Com relação a essas feições, é CORRETO afirmar que a) X foi formada em conseqüência da separação de placas tectônicas e Y, em conseqüência da colisão delas. b) X e Y foram formadas em conseqüência da separação de placas tectônicas. c) X foi formada em conseqüência da colisão de placas tectônicas e Y, em conseqüência da separação delas. d) X e Y foram formadas em conseqüência da colisão de placas tectônicas. QUESTÕES ANALÍTICAS 1. (PUC RJ) Placas Tectônicas da Crosta Terrestre (Zero Hora, 21.9.99.) Os principais terremotos que abalaram o mundo nos últimos 20 anos são causados, principalmente, pelo(a) I. movimento das placas tectônicas que deslizam sobre o magma que se encontra no interior da Terra e que se chocam em determinados pontos da crosta terrestre, dando origem aos dobramentos modernos. II. subducção das placas oceânicas (sima) que, por serem pesadas e densas, mergulham sob as placas continentais (sial), formando as fossas marinhas ou regiões abissais. III. atrito que, ao impedir que as placas se movam, acumulam pressão, provocando um violento movimento na crosta terrestre, que se reajusta em uma nova situação de equilíbrio temporário. Está(ão) correta(s) a) apenas I. . b) apenas II c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) I, II e III. 11. (UFMG) Analise a figura. FONTE: google.imagens.com.br As placas tectônicas representam a “superfície viva” do planeta devido à intensidade da sua movimentação constante, o que afeta a organização das sociedades. a) Identifique DUAS formações do relevo continental ou marinho do planeta provocadas pelos movimentos das placas tectônicas. b) Explique o processo de equilíbrio isostático realizado pelas placas tectônicas. 2. (FUVEST SP) Desde a Antiguidade até a época helênica, e durante a Idade Média (em algumas culturas, até hoje) se conferiu aos terremotos, como a todos os fenômenos cuja causa se desconhecia, uma explicação mística. Os filósofos da antiga Grécia foram os primeiros a aventar causas naturais dos terremotos; no entanto, durante o período medieval, explicações desse tipo foram formalmente proibidas por serem consideradas heréticas, e a única causa aceita na Europa era a da cólera divina. Somente em princípios do século XVII é que se voltou a especular acerca das causas naturais de tais fenômenos. Alejandro Nava, Terremotos. 4ª ed. México: FCE, 2003, p.24-25. Traduzido e adaptado. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 15 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL O texto menciona mudanças, da Antiguidade até o início do século XVII, na explicação dos fenômenos naturais. Hoje em dia, também é preciso considerar que as consequências dos terremotos não dependem só de sua magnitude, mas também do grau de desenvolvimento social do local onde ocorrem, como foi possível notar nos terremotos de 2010 no Haiti. a) Identifique e explique as mudanças que, no contexto intelectual do século XVII, contribuíram para que os terremotos e outros fenômenos naturais deixassem de ser vistos apenas como fenômenos místicos. b) No caso do Haiti, a pobreza do país ampliou o efeito devastador do fenômeno natural. Explique, historicamente, essa pobreza e seu impacto no agravamento das consequências dos terremotos. além de ceifar vidas. Em setembro de 2009, tremores de terra, de 7,6 graus, atingiram a Indonésia, provocando mortes e danos materiais. Considerando o mapa, os fatos acima citados e seus conhecimentos, responda: a) Quais os principais fatores que geram atividades sísmicas no planeta? b) Por que, no Brasil, as atividades sísmicas são, predominantemente, de baixa intensidade? 5. (UNESP SP) Observe as figuras, que indicam áreas onde ocorreram terremotos na América do Sul, em agosto de 2007 e abril de 2008, nos oceanos Pacífico e Atlântico. 3. (UNIFESP SP) Observe a imagem, leia o texto e responda. (http://revistaescola.abril.com.br) De acordo com a teoria das placas tectônicas, a crosta terrestre está dividida em placas de espessura média de 150 km, que flutuam sobre o substrato pastoso, a astenosfera. (Almeida e Rigolin, 2005. Adaptado.) a) Qual a relação existente entre a teoria da deriva dos continentes e a teoria das placas tectônicas? b) Quais são os três tipos de limites entre as placas tectônicas? 4. (FUVEST SP) ZONAS SUJEITAS A ABALOS SÍSMICOS Identifique os países mais atingidos, de acordo com os oceanos. Justifique por que no Oceano Atlântico os tremores ocorreram em áreas consideradas de baixo risco, enquanto no Oceano Pacífico foi considerado o pior terremoto em 40 anos. Fonte: Atlas Geográfico Escolar, IBGE, 2009. Adaptado. Em maio de 2008, um terremoto, de 7,8 graus na escala Richter, atingiu severamente a Província de Sichuan (China), matando milhares de pessoas. Em janeiro de 2009, um tremor de terra, de 6,2 graus, atingiu a Costa Rica, causando prejuízos materiais, 6. (UNICAMP SP) Em 1883, a violenta erupção do vulcão indonésio de Krakatoa riscou do mapa a ilha que o abrigava e deixou em seu rastro 36 mil mortos e uma cratera aberta no fundo do mar. Os efeitos da explosão foram sentidos até na França; barômetros em Bogotá e Washington enlouqueceram; corpos foram dar na costa da África; o estouro foi ouvido na Austrália e na Índia Prof.: Carlos Alberto (Cacá) (Simon Winchester. Krakatoa – o dia em que o mundo explodiu.São Paulo: Objetiva, contracapa, 2003). 16 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL a) Explique por que no sudeste da Ásia, onde se localiza a Indonésia, há ocorrência de vulcões, diferentemente do que ocorre no território brasileiro. b) Alguns vulcões, como o Krakatoa, são extremamente explosivos, enquanto outros, como o Kilauea, no Havaí, não apresentam fortes explosões. Por que isso ocorre? 7. (UFRRJ) Tremores devastam quatro cidades, isolam região do Peru e matam mais de 500 pessoas. Explique a ocorrência de terremotos de grande magnitude nas regiões citadas na tabela e apresente uma justificativa para os diferentes níveis de mortalidade registrados. “(...) Nos últimos seis anos, o Peru foi sacudido por quatro terremotos acima de 6,5 pontos na escala Richter, magnitude suficiente para danificar construções. Nenhum desses abalos é comparável ao ocorrido na noite de quarta-feira passada – um terremoto de 8 graus na escala Richter matou pelo menos 510 pessoas e deixou mais de 1.500 feridos. O epicentro do tremor ocorreu no Oceano Pacífico, a uma distância de 145 quilômetros da capital, Lima, e a uma profundidade relativamente rasa, de 40 quilômetros, o que ampliou seu poder de destruição. (...)” 10. (UNICAMP) A seqüência de mapas representada a seguir indica a posição das placas tectônicas em diferentes períodos geológicos, evidenciando uma dinâmica constante, ora de formação de supercontinentes, ora de continentes fragmentados separados por oceanos. A partir da análise dos mapas, responda: REVISTA VEJA. Rastro de Destruição. Revista Veja. Editora Abril. Edição 2022, nº 33, 22 de agosto, 2007. p. 70. Explique a ocorrência de abalos sísmicos no Peru. 8. (UNICAMP SP) No dia 26 de dezembro de 2004, logo após o natal, a região indo-asiática, mais particularmente Sumatra, foi assolada por um tsunami que atingiu três continentes e 12 países. Estimou-se o número de 163 mil mortos apenas na ação direta do tsunami e calculou-se que o número total de mortes tenha chegado a 300 mil, contando as vítimas de epidemias, como a cólera, o tifo, etc. (Adaptado de Paulo Roberto de Moraes, “É possível prever as ondas do horror?”. Mundo em Fúria, ano 1, n. 1, 2005, p. 22-23.) a) Explique os principais mecanismos que atuam na formação de um tsunami. b) Quando ocorre um tsunami, por que as ondas são quase imperceptíveis em alto mar, enquanto na costa podem atingir até 50 metros de altura? 9. (UERJ) Observe as informações da tabela abaixo: (Adaptado de www.scotese.com) a) Por que as placas tectônicas se movimentam? b) O território brasileiro é caracterizado pela ausência de processos vulcânicos atuais, embora haja evidências de antigos vulcões e extensos campos de lavas eruptivas. Por que houve a ocorrência de vulcões e de campos de lavas eruptivas? c) Como a dinâmica das placas tectônicas pode interferir na distribuição biogeográfica de animais terrestres? 11. (UNICAMP) Recentemente, o mundo foi surpreendido pelos estragos que o vulcão Soufriere provocou na pequena ilha de Montserrat, nas Antilhas. O vulcão estava inativo há anos e coberto por uma floresta tropical. A partir de 1995, começou a liberar fumaça e cinza na atmosfera e, em 1997, soterrou a cidade de Plymonth. Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 17 GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL Formatado: Justificado Legenda: 1- Placa Eurasiática 2- Placa Africana 3- Placa Indo-australiana 4- Placa Antártica 5- Placa do Pacífico 6- Placa Norte-americana 7- Placa Nazca 8- Placa Sul-americana 1 - Placa Norte-Americana 2 - Placa de Nazca 3 - Placa Sul-Americana 4 - Placa Africana 5 - Placa Euro-Asiática 6 - Placa do Pacífico 7 - Placa Índo-Australiana 8 - Placa Antártica a) Cite duas razões que justifiquem o estudo dos vulcões. b) Com base no mapa anterior, você pode perceber que a distribuição dos vulcões e dos terremotos coincide com a localização das principais cadeias montanhosas do globo. Explique porque isso ocorre. a) Que tipo de contato existe entre as placas tectônicas I - Nazca e Sul-Americana? II - Sul-Americana e Africana? b) Quais os fenômenos tectônicos que ocorrem em cada tipo de contato apresentado por essas placas? 12. (UFRJ) Os vulcões causam a destruição de cidades e de vidas, mas também podem significar fonte de recursos. No mapa abaixo estão representadas as zonas de vulcanismo no mundo. a) Explique os condicionantes da ocorrência de erupções vulcânicas no Círculo do Fogo e nas dorsais oceânicas. b) Apresente e explique uma possibilidade de aproveitamento econômico das áreas sujeitas a vulcanismo. 13. (UFES) Observe a figura adiante e responda: Prof.: Carlos Alberto (Cacá) 18