Doutrina da Justificação - Aula 2404 (1)

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A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
TEXTO BASE: Rom. 5:1 -“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor
Jesus Cristo.”
OBJETIVOS:
1)Compreender mais profundamente o maravilhoso plano da salvação que nos é oferecida gratuitamente
através da vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o Senhor Jesus.
2)Glorificar a Deus pelo maravilhoso presente da Justificação.
3)Poder explicar a outras pessoas o caminho, a verdade e a vida que é Jesus. Jesus já pagou o preço da
Justificação. As pessoas tão somente precisam crer e receber a Jesus como Salvador e Senhor das suas
vidas. Esta é uma ótima noticia. Muitos não sabem que seus pecados já foram pagos por Jesus lá na cruz
e estão por aí tentando fazer algo para merecer a salvação.
PARTE I
DEFINIÇÕES
1)Justificação é o ato de atribuir justiça a alguém que é considerado injusto.
2)Ato ou efeito de justificar.
3)Conjunto de argumentos apresentados por alguém em favor de si mesmo ou de outra pessoa.
4)Justificação como definição teológica ocorre quando o homem como pecador recebe a classificação de
“justo” diante de Deus, classificação esta, atribuída pelo próprio Deus.
5) Justificação pela fé é a doutrina bíblica que nos leva a entender a maneira pela qual Deus que é justo,
resolve declarar como justas pessoas pecadoras que o ofenderam, e então Ele aceita essas pessoas e
lhes concede a salvação e a vida eterna.
Para melhor entender a necessidade da provisão de “JUSTIFICAÇÃO” temos que fazer um rápido passeio
pela história da humanidade:
I)Originalmente, o ser humano, homem e mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Gen.1:26a e 27: “Então disse Deus, façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.
Criou Deus o homem à sua imagem a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Isto significa que o Homem e a Mulher (Adão e Eva) lá no Éden, antes da “queda”, eram justos como Deus
é Justo. Estavam providos de atributos divinos concedidos por Deus ao serem criados, como:
Justiça, Bondade, Inocência, Retidão, estavam em perfeita paz com Deus.
Para ter uma idéia melhor dessa condição pré-queda ou seja, compreender um pouco mais como eram
Adão e Eva antes de caírem em pecado, podemos observar o padrão de Deus para os cristãos em
Gálatas 5:22: O fruto do Espírito é Amor, Alegria, Paz, Paciência, Amabilidade, Fidelidade, Bondade,
Mansidão e Domínio Próprio.
Adão e Eva enquanto estavam no estado original da criação eram plenos dessas qualidades. Isto significa
que eram justos diante de Deus.
Eles foram também dotados do “Livre Arbítrio” que é a liberdade dada pelo Criador para a Sua criatura de
tomar decisões, fazer opções ou escolhas. Esta liberdade incluía até “O Obedecer ou o Desobedecer” as
ordens de Deus.
II) Deus colocou então limites às ações do primeiro casal, no Éden.Gen.2:15-17: “O Senhor Deus colocou
o homem no Jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor Deus ordenou ao Homem: “Coma
livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal,
porque no dia em que dela comer você certamente morrerá”.
Com esta ordem Deus está colocando à prova a Obediência e a Fidelidade de Adão e Eva. Obediência e
fidelidade se provam quando se observam os limites. Deus estava provando o coração de Adão e Eva e
por outro lado também estava os protegendo.
Vejamos o que aconteceu.....
III) Adão e Eva fracassaram ao desobedecerem, isto é, ao transpassarem o Mandamento de Deus.
Gen. 3:6: “Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além
disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu ao seu marido que
comeu também”.
Por conseqüência, eles perderam a “Justiça Original”.
No mesmo momento da Desobediência aconteceu a “Queda”. Cumpriu-se o dito de Deus. Gen. 2:17...”mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer,
certamente morrerás”.
Adão e Eva morreram. Não morreram no corpo físico, não morreram na parte psicológica que é a mente e
que é a alma. Morreram em sua parte espiritual que era a Imagem e Semelhança do Criador. Perderam a
Justiça Original, perderam sua ligação com Deus. Foram os primeiros a serem incluídos na condição
descrita em Rom. 3:23 : “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”.
Morreram espiritualmente: Ef. 2:1,3: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados;
Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo
os seus desejos e pensamentos e éramos por natureza merecedores da ira”.
IV) Por conseqüência, toda pessoa humana, sem exceção, por estarem representados em Adão, dele para
frente nasceram nessa mesma condição, ou seja, “destituídos da glória de Deus, mortos em transgressões
e pecados, sendo todos por natureza merecedores da ira de Deus”.
Rom. 5:12: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a
morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram”.
Como se deu a transmissão do pecado original de Adão e Eva para toda a raça humana?
Na criação Deus estabeleceu o princípio de que cada ser criado geraria novos seres segundo a sua
espécie.
Veja o capítulo 1 de Genesis.
A semente de laranja produziria Laranjeira
O leão geraria outro leão semelhante
O tubarão geraria outro tubarão semelhante
Adão enquanto “Obediente a Deus”, geraria filhos a imagem e semelhança de Deus. A raça humana seria
formada por pessoas justas.
Uma vez “decaído” Adão passou a ser um ser Injusto e gerou a todos nós segundo a sua espécie.
Ef.2:1,3 – Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados; Anteriormente, todos nós também
vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos.
Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.
V) Desde então, uma grande pergunta acompanha as gerações dos seres humanos:
“De que forma um ser humano pode ser de novo considerado justo diante de Deus? Como podemos ser
aceitos por Deus e aprovados por Ele? Como podemos alcançar a salvação e a vida eterna após a nossa
morte ou na volta de Jesus?
Esta questão é a questão “Mais Central de toda a Bíblia. A Bíblia é a revelação de um Deus amoroso
procurando resgatar a humanidade que é a coroa da Sua criação, mas que caiu e precisa ser restaurada.
Por isso Deus preparou a Bíblia para mostrar como seres humanos podem se salvar. Então, a Justificação
pela fé em Jesus, é o tema Central da Bíblia. Lutero o reformador protestante disse:” Por essa doutrina a
Igreja fica de pé ou cai.”
A questão: Qual o caminho para voltar para Deus? tornou-se uma busca intensa desde que nossos pais
caíram lá no Éden.
Caim, o primeiro nascido de mulher já nasceu com essa carência,
Abel, o segundo filho já nasceu com essa carência,
Todos os demais nascidos até Eu e Você nascemos com essa carência e perguntamos: Qual o caminho
de volta para Deus?
Agostinho, um dos pais da Igreja dizia: “O homem é um eterno faminto de Deus e só descansa quando
encontra a Deus.” Isto nos leva a outro ponto importante do nosso estudo. Para entender a Doutrina da
Justificação temos que seguir os sinais que Deus nos deu desde o início, desde o Éden, desde a queda.
Deus imediatamente após a queda começa a mostrar as marcas como se fossem pistas para entendermos
o seu Plano Maravilhoso para nos resgatar da nossa condição de ser Humano decaído.
VI) A partir da Queda dos nossos pais lá no Éden, Deus começa a revelar o seu plano para resgatar a raça
humana.
Vamos ver só alguns exemplos:
a)Deus faz vestes de peles de animais para cobrir Adão e Eva. Gen. 3:21: “O Senhor Deus fez roupas de
pele e com elas vestiu Adão e Eva”.
Veja o simbolismo: O animal morre, derrama seu sangue e Adão e Eva são beneficiados sendo vestidos.
Na posição de Adão e Eva na história, isto leva a pensar que um dia virá um que vai derramar seu sangue
para beneficiar a todos o qual é Jesus.
b) No momento de proferir a maldição contra a serpente. Gen.3:15: “Porei inimizade entre você e a
mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o
calcanhar.” Claramente é anunciado aqui que um descendente da mulher virá para destruir o engano que
Satanás introduziu no Éden e por fim destruir o próprio Satanás a antiga serpente que terá sua cabeça
esmagada. O descendente da mulher é Jesus.
c) Em Exodo capitulo 12, ao instituir a Páscoa, Deus manda passar o sangue do Cordeiro nos umbrais das
portas. O objetivo era para proteger as famílias hebraicas da ação do anjo da morte. Isto é uma profecia
referente ao sangue de Jesus que nos livra da morte eterna.
d) Quando Deus tira Israel do Egito e os organiza como nação, Ele institui todo um sistema de ofertas e
sacrifícios que deveria fazer parte do culto dos judeus.
Animais seriam oferecidos em sacrifício para o perdão dos pecados do povo. Nos sacrifícios a justiça era
satisfeita quando um animal “inocente” morria por um “pecador”. Isto faz lembrar Jesus, que sem ter um
só pecado, morreu em nosso lugar.
e) Tudo isto chega bem próximo do cumprimento com a apresentação de Jesus feita por João Batista.
João 1:29: “No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: Vejam! É o Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo”.
f) Tudo se cumpriu quando Jesus pregado lá na cruz, no momento da sua morte, gritou: “Está
consumado.” E Ele morreu ali. O véu do templo se rasgou e o caminho para chegar a Deus foi aberto a
todos os que crêem e recebem o presente da Redenção através de Jesus.
Heb. 10:19,20 – Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de
Jesus, por um novo e vivo caminho que Ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.
No Texto de João 1:29, João Batista, ao anunciar Jesus, está dizendo aos judeus: Era isto que Deus
queria ensinar com os sacrifícios na Velha Aliança. Este, Jesus, é o Cordeiro enviado de Deus para tirar os
pecados do mundo. Ele será sacrificado sobre um altar, o seu sangue será derramado. Quem crer nesse
Cordeiro e o receber será isento de culpa. Será Justificado.
VII) Jesus começa seu ministério após ser batizado no Rio Jordão e após ter passado pela tentação do
diabo no deserto. Seu objetivo era implantar aqui na terra o Reino de Deus. Mat 4:17: Daí em diante
Jesus começou a pregar: “Arrependam-se, o reino de Deus está próximo”. Se lermos os evangelhos,
especialmente Mateus, vamos ver esta expressão repetida muitas vezes. Arrependimento é uma condição
para entrar no Reino de Deus. Na língua grega Arrependimento é “Metanoia” que significa mudança de
mente. Sem mudança de mente não pode haver Justificação. Por que não pode? Porque a Justificação é
um ato unilateral de Deus. Para haver Justificação diante de Deus, eu como ser humano, tenho que crer e
receber o sacrifício de Jesus na cruz em meu favor. As boas obras que são os méritos humanos, são as
nossas justiças. Mas elas não valem nada para a nossa Justificação. São como trapos de imundícia diante
de Deus. Não tem nenhum valor. Não são aceitas como pagamento de nossa redenção.
Is. 64:6 “todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo”.
O arrependimento implica em se humilhar para receber de graça o presente de Deus. A Justificação é um
Presente de Deus. A fé é a mão que se estende para receber o presente de Deus.
Quando aceitamos o presente gratuito de Deus, Deus nos Justifica. Deus nos declara Justos, não por
qualquer merecimento que possamos ter mas tão somente porque aceitamos o que Jesus fez por nós na
cruz. É como se fosse uma transação bancária;
Aqui está a minha conta, ali está a conta de Jesus. Deus pega a Justiça de Jesus e põe na minha conta e
Ele pega a minha culpa e coloca na conta de Jesus. E Deus declara: Você está justificado porque meu
filho Jesus já pagou a sua culpa quando deu Sua vida lá no Calvário.
Para ficar mais claro, podemos perguntar: Qual é a parte do ser humano na Justificação? A resposta é:
Tão somente abrir seu coração, querer ser Justificado e crer que o que por Deus foi providenciado através
do sacrifício de Jesus é suficiente. Então, depois de crer é só fazer a confissão;
Romanos 10:10 – “Pois com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa para a salvação”.
Aqui tem um aspecto importante sobre o Reino de Deus. Muitos pensam sobre o Reino de Deus como
algo que vai acontecer somente no futuro. Mas não é assim. O reino de Deus é um projeto divino para
vivermos desde o momento presente e que se estenderá pela eternidade. Baseados nos méritos de Jesus
temos acesso ao Novo Nascimento, ao Reino de Deus já, aqui e agora. Devemos fazer a diferença. Jesus
nos ensinou a orar: Mat. 6:10: “Venha o Teu reino e seja feita a Tua vontade aqui na terra como no céu”.
Pela Justificação uma pessoa passa a ser um súdito do reino de Deus e o seu objetivo deve ser implantar
e expandir esse reino. Esta é a função da Igreja.
VIII) Uma última consideração nesta primeira parte do nosso estudo sobre a Justificação pela fé.
Uma pergunta: Como era o aspecto da Igreja logo após passagem de Jesus aqui pela terra?
Era como uma árvore perfeita. (Raíz, tronco, galhos, flores e frutos.
Jesus viveu 33 anos aqui na terra dos homens e nesse tempo Ele implantou a Igreja. Após sua ascensão
aconteceu o Pentecostes e sob a unção do Espírito Santo começou a Igreja do tempo dos apóstolos. A
Igreja descrita nos Atos dos Apóstolos. Uma Igreja perfeita que pode ser exemplificada por uma árvore
completa. (Raiz, tronco, galhos, folhas e frutos)
Após o ano 100 D.C., com a morte dos apóstolos e dos pais da Igreja, a decadência começou a penetrar o
interior da igreja.
Em torno do ano 300 D.C., a igreja já estava vivendo um tempo muito difícil. Começou um tempo de
grande decadência que ficou conhecido na História da Igreja como “A Era Escura da Igreja”. Nesse tempo,
em torno de 300 DC, Constantino, imperador romano, arranja o casamento da igreja com o império
romano. O Império romano vinha tentando acabar com a igreja cristã. Vendo que não obtinha êxito em
seus planos apelou para a velha sabedoria militar romana, que dizia: “Se não podes vencer teu inimigo,
une-te a ele.” Constantino faz um decreto: A partir de agora a Igreja Cristã é a Igreja oficial do Estado.
Todos devem ser cristãos. Ser cidadão romano e ser cristão é uma coisa só. A Igreja alia-se ao estado
romano e ali nasce a Igreja Romana. Esta igreja passa a ser governo e igreja ao mesmo tempo.
Muitas doutrinas bíblicas ensinadas por Jesus e pelos apóstolos foram então modificadas. Sendo a Igreja
cristã agora a Igreja oficial do Estado Romano, pessoas de todos os credos da época, tornaram-se cristãs.
Mas elas não entraram pela porta das ovelhas, como ensinou Jesus, mas por outro caminho. Dessa forma
classificam-se como “ladrões e assaltantes”.
João 10:1: “Eu lhes asseguro a verdade que aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas
sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante”.
Por este tempo muitas Doutrinas foram alteradas pelos Concílios Católicos Romanos e pela pressão das
pessoas que vinham de outras crenças e queriam de alguma forma “cristianizar” suas práticas. A Doutrina
da Justificação pela fé que era o ensino CENTRAL nos escritos do Novo Testamento desapareceu da
Igreja nesse tempo. O Dogma da Infusão da graça de Deus pelo Batismo Infantil já estava sendo
praticado. O pensamento era o seguinte: Você nasce pecador, nasce pagão, mas pelo batismo infantil
recebe a graça de Deus que é infundida em você. Acreditava-se que quem era batizado, mesmo criança
inocente e alheio ao ritual, ela tornava-se um cristão. Assim uma criança que recebia o ritual do batismo
infantil estava Justificada. Se morresse no estado de Inocência seria salva por ter sido batizada. Mas se
vivesse não poderia pecar. Se cometesse qualquer pecado perderia Justiça adquirida no batismo. Nesse
caso teria que praticar obras meritórias para compensar e conquistar o perdão dos pecados e as bênçãos
de Deus.
Por este tempo a Igreja já estava totalmente desfigurada. (Arvore só com o tronco)
Lá pelo ano 500 D.C. Lutero que era um monge agostiniano estava lendo uma Bíblia que havia encontrado
na biblioteca do Mosteiro onde vivia na Alemanha. Lutero ficou muito tempo lendo a carta de Paulo aos
Romanos, mas a luz não havia ainda brilhado claramente para ele. Lutero foi a Roma pagar Promessas.
Ele fazia uma penitencia em Roma, subindo de joelhos as escadas da Igreja conhecida como Scala
Sancta que ainda hoje está lá em Roma. As pessoas acreditam que essa escada é a mesma que Jesus
desceu quando saiu da casa de Pilatos. Acreditam que ali estão as marcas das gotas do sangue de Jesus.
Descem e sobem essas escadas de joelhos procurando merecimentos que os torne aceitos diante de
Deus. Lutero, mesmo sem entender, permanecia fazendo muitas penitencias e mortificações com o
objetivo de ganhar o perdão dos pecados e muitas bênçãos de Deus. Ele já tinha lido bastante em
Romanos mas não tinha entendido ainda. Ele estava fazendo essa penitencia quando o Espírito Santo
trovejou bem alto e iluminou a sua mente com Romanos 1:17 “Porque no Evangelho é revelada a justiça
de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”.
A referência de Paulo aqui é a Habacuque 2:4
Neste momento da história, um cavalheiro chamado Tetzel estava marchando sobre toda a Alemanha
vendendo o “perdão dos pecados pelo dinheiro que pudesse ser pago”.
Lutero interrompeu sua penitencia, levantou-se aliviado e foi logo dizendo: Porque temos que fazer tanto,
porque temos que pagar tanto, se a Justiça de Deus já foi satisfeita por Jesus lá na Cruz. A partir daí
Lutero chama os doutores da Igreja Católica para discutir este assunto. Inicia a Reforma Protestante
(1517- 2017) - 500 anos. O assunto proposto para ser discutido é: O homem é justificado pelas obras ou
tão somente pela fé?
Quero ressaltar aqui a afirmação Bíblica citada por Paulo em Romanos 1:17: “O justo viverá pela fé”
Aqui a fé é como a respiração. Tem um começo, tem um trajeto e permanece até o fim quando começa a
eternidade. Sempre vivendo pela fé, dia após dia vivendo pela fé. Esta é uma frase muito ampla, engloba
uma vida toda. Se há alguma virtude, se há algum louvor, se existe algo que é belo e de boa reputação, é
nisso que devemos pensar, é isso que devemos fazer. Heb. 10:37 e 38 diz: “pois em breve, muito em
breve Aquele que vem virá e não demorará. Mas o meu justo viverá pela fé, e se retroceder, não me
agradarei dele”.
Então podemos perguntar: O cristão que um dia aceitou a Jesus, se batizou, participou da Igreja, pode
perder sua salvação ou está seguramente salvo para sempre?
Quero concluir esta primeira parte expressando aqui um entendimento quanto a questão da salvação.
Acredito que a salvação nos é dada de graça como está escrito em Efésios 2:8 “pois vocês são salvos
pela graça por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus.”
Mas acredito também que o justo, isto é aquele que foi salvo pela Obra da Justificação de Deus, “viverá”
pela fé. Precisamos entender que viver pela fé significa o tempo desde a primeira respirada até a última.
Sempre vivendo pela fé. Se retroceder diz Deus, não tenho nele prazer. Em João 3:3, Jesus dá a
orientação a Nicodemos sobre o que fazer para entrar no Reino de Deus. “Digo a verdade, se alguém não
nascer de novo, não pode entrar no reino de Deus.” O Novo Nascimento é o Primeiro fôlego de Vida. É a
entrada pela Porta Estreita. Neste ponto acontece a Justificação como um Decreto de Absolvição Divino.
Está Justificado. Nada fez para merecer isto. Entrou só pela fé no que Jesus fez. João 1:12 – “Mas a todos
quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu
nome” A partir desse início temos o Caminho da Salvação. O viver pela fé é como o respirar. Continua
pela vida toda do crente e terá sua continuação na vida eterna.
A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
PARTE II
Texto Base: Romanos 3:21-24: “Mas agora se manifestou uma justiça que provêm de Deus, independente
da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos
os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo
justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.”
A grande questão desde a queda é: De que maneira o homem pode ser considerado justo diante de Deus,
ou seja, de que maneira podemos como seres humanos ser aceitos, aprovados por Deus. Como podemos
alcançar a salvação e a vida eterna após a nossa morte, ou na volta do Senhor Jesus?
Esta questão tornou-se uma questão CENTRAL desde que nossos pais Adão e Eva caíram lá no Éden.
Como vimos na primeira parte do nosso estudo, o homem, na criação, foi dotado da Justiça Original.
Criado a imagem e semelhança de Deus.
Gen. 1:26-27 –Então disse Deus: “Façamos o homem conforme à nossa imagem e semelhança. Criou
Deus o homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Isto quer dizer que foram dotados de Justiça, Bondade, Retidão, Inocência. Estas qualidades faziam
parte do seu ser antes da queda. É como o fruto do Espírito de Gál. 5:22 que diz: Mas o fruto do Espirito é
amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas
coisas não há lei.
Adão e Eva foram criados também com o Livre Arbítrio.
O homem usou do livre arbítrio que Deus lhe dera e decidiu desobedecer a Deus. Assim “caiu” do seu
estado Original de Justiça.
Qual foi o resultado disso? O resultado foi que toda a descendência de Adão e Eva, por estarem nesses
pais representados, também perderam a justiça original, ou seja, todos nós já chegamos a este mundo
“carentes da glória de Deus”, pecadores, sem a Justiça Original com que Deus criou a humanidade. Já
entramos neste mundo com a classificação geral de todos os nascidos de mulher. “PECADORES” Então,
a grande pergunta é: Como fazer para podermos ser novamente justos diante de Deus?
Este é o Assunto tratado por Paulo nesta carta que ele escreve aos cristãos romanos.
Precisamos entender que este assunto, a Justificação pela fé é o Tema Central da Bíblia. Deus, o Criador,
vê a Coroa da Sua Criação (a humanidade) caída, perdida e degenerada. Deus, então, faz todo um plano
para resgatar a criatura humana. João 3:16 diz que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu
filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.”
Então a carta de Paulo aos Romanos é um tratado que visa explicar sobre o Plano de Deus para Justificar
o homem caído.
O apóstolo Paulo divide a sua carta mais ou menos assim:
1) Do capitulo 1 ao 3 Paulo explica que todos os seres humanos, judeus ou gentios, estão na mesma
condição, todos pecaram e carecem da glória de Deus.
-Do judeu ao gentio
-Do mais culto ao mais ignorante
-Da criatura mais perdida ao Juíz mais considerado
Todos humanos, sem exceção, estão sem justiça, mortos em delitos e pecados, debaixo do justo castigo
de Deus, debaixo da ira de Deus, nada podem fazer para merecer o perdão, nada podem fazer para sair
dessa situação, a não ser aceitar a solução que é oferecida pelo próprio Deus, que é a parte seguinte da
carta de Paulo aos Romanos.
2) Nos capítulos 3 até o 5 o apóstolo Paulo mostra o único caminho para alcançar a Justificação. Como
mudar a nossa situação espiritual. Como resolver o problema que herdamos dos pais Adão e Eva, e como
voltar a ser Justos diante de Deus.
3) Nos capítulos 6 ao 8 Paulo ensina como devem viver aqueles que foram Justificados por Deus.
4) Nos capítulos 9 ao 11 Paulo explica como foi tratada a questão da Justificação na Antiga Aliança.
5) Por fim nos capítulos 12 a 16 ele volta a tratar da maneira como devem viver os que foram alcançados
pela graça divina, os justificados por Deus, dentro da Nova Aliança.
Paulo começa esta carta provocando uma questão que ele mesmo vai responder depois. A questão é:
Tem alguma coisa que o homem possa fazer que o justifique diante de Deus?
Paulo, então, discorre sobre isto, mostrando que pela observância da Lei que era o caso dos judeus, ou
pela boa conduta ou pela busca das muitas divindades que era o caso dos gentios ninguém alcança
satisfazer a Justiça Divina.
Então, no trecho bíblico que lemos no inicio ele começa a explicar como que Deus faz para Justificar
“Pecadores” como nós. Paulo explica que Deus faz isto através de Jesus Cristo, mediante a fé e que isto
nos é dado gratuitamente.
Como então que Deus Justifica um pecador?
Ele começa explicando sobre a Manifestação da Justiça de Deus.
-Deus sempre esteve interessado em salvar os pecadores
-Deus tornou claro, algo que estava obscuro, Êle mostrou o caminho pelo qual todo ser humano pode ser
justificado diante de Deus.
O meu objetivo, nesta noite, é que todos nós aprendamos mais sobre o Maravilhoso Plano de Deus para
Justificar pecadores como eu e como vocês.
I)
O que é a Justiça de Deus?
Paulo diz em Rom. 3:21 “Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus”. O que é a Justiça
de Deus?
“A justiça de Deus é a maneira pela qual Deus que é Justo, considera como justos pecadores que o
ofenderam, os aceita e lhes concede a salvação e a vida eterna”.
Três coisas sobre esta expressão (Rom. 3:21)
I) Deus é justo – A justiça de Deus só pode ser manifestada porque Deus é justo.
-Um Deus justo, que odeia o pecado, não pode inocentar o pecador.
-Em Deus não existe “parcialidade”. Ele é perfeitamente justo e se Ele vai justificar um pecador como “eu”
ou “vocês” Ele precisa fazer isto de uma maneira “Justa”.
Estudando teologia aprendemos algo que Deus não pode fazer: “Deus não pode fazer qualquer coisa que
seja contrária à Sua natureza”.
Por exemplo: Deus não pode fazer um decreto assim: Decreto, por iniciativa da minha divindade, que
todos os pecadores não são mais pecadores. Todos estão perdoados e vão para o céu.
Porque Deus não pode fazer isto? Porque Deus é Justo, e a Sua Justiça exige que o pecado seja punido.
II) A segunda coisa que aprendemos aqui é que este Deus Justo, justifica pecadores e que Ele mesmo
criou a maneira pela qual pode justificar os “Pecadores.” A idéia de achar um caminho justo para justificar
pecadores como nós, foi de Deus.
E qual foi a idéia de Deus?
A idéia de Deus foi pegar uma justiça alheia (de outro) e nos dar essa justiça.
Ele não vai nos justificar com base naquilo que somos, ou merecemos, ou fizemos, ou pagamos, mas com
base na Justiça do seu filho Jesus Cristo.
Nossas justiças próprias não tem nenhum valor. Is.64:5b,6 – Como, então, seremos salvos? Somos como
o impuro – todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo.
Então o que é a Justificação? É o processo pelo qual o Deus Justo toma a Justiça do seu filho
Jesus Cristo e a transfere para pecadores como eu e como vocês. Esta é única maneira como
podemos ser considerados justos diante de Deus.
Então, se aceitamos o presente de Deus, estendemos a mão que é a fé e recebemos este presente, Deus
nos declara “Justos”, não por qualquer merecimento próprio, pois nada temos para oferecer, mas tão
somente com base na justiça do Senhor Jesus.
III) A justiça de Deus também significa que o método escolhido por Deus é totalmente oposto aos
conceitos da justiça humana. Ele nos justifica sem que tenhamos qualquer merecimento. É de graça.
-Por natureza somos legalistas. Não gostamos muito de receber as coisas de graça. Queremos merecer.
A imputação de justiça no conceito humano sempre é baseada em mérito.
Por isso, a idéia de ser justificado, pelo mérito de outro, no caso a Justiça do Senhor Jesus, é estranha
aos seres humanos e muitos não a recebem.
Então vamos repetir nossa definição de Justificação pela fé: O processo pelo qual Deus que é justo
justifica pecadores com base numa justiça alheia que é a Justiça do Senhor Jesus Cristo, isto é o
que chamamos de “Justificação pela fé”.
Agora, precisamos entender que a Justificação é um ato divino. Não é humano. Deus simplesmente nos
declara “Justos” com base na justiça de Jesus. É algo que acontece no “Trono de Deus”. Deus declara
você justo e isto basta. É um ato unilateral de Deus que decide declarar que um pecador foi justificado. Se
você entendeu isto, aceitou a oferta gratuita de Deus pelos méritos de Jesus então você não deve mais
nada. Vai em paz e não volte ao pecado. O justo que foi justificado viverá pela fé.
Aqui está a Boa Nova do Evangelho. Jesus já pagou todo o preço exigido. Basta que você entenda isto e
aceite ser justificado pelos méritos de Jesus. Basta você aceitar que Deus faça a transferência entre a sua
conta e a conta de Jesus:
-A justiça de Jesus vai passar para a sua conta
-A sua culpa vai passar para a conta de Jesus
Neste ato Deus não infunde nada ao ser humano a não ser Jesus Cristo. Aqui acontece o Novo
Nascimento que Jesus ensinou a Nicodemos no evangelho de João 3:3 “Em resposta Jesus declarou:
Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Deus também não nos transforma em pessoas justas e sem pecado. A Justificação pela fé é só o começo
da vida cristã. A Santificação que é um outro estudo é a parte da teologia que ensina o cristão na sua
caminhada até chegar a glória.
Lutero usava a expressão: “Santos e ao mesmo tempo pecadores”, para descrever a vida de um crente
desde a conversão até a entrada na glória.
Então podemos concluir este pensamento dizendo que a Justificação é o Novo Nascimento. Este ato é
feito por iniciativa de Deus bastando apenas que o homem creia e aceite a oferta divina que é baseada no
sacrifício feito por Jesus na cruz. A santificação faz parte da salvação e significa a caminhada do cristão
vivendo pela fé. As vezes pecando por acidente mas procurando cada dia ser mais semelhante a Jesus.
Ef.4:11-14a: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e
outros para pastores e mestres com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o
corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de
Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não
sejamos mais como crianças.......”. Aqui está um projeto claro de Santificação.
Mas, voltando ao nosso assunto, Justificação, e a frase de Lutero, que somos santos e pecadores ao
mesmo tempo, precisamos entender que:
A partir do momento da Justificação estaremos com um pé em cada mundo. Um pé no mundo atual,
sujeitos ao pecado, às vezes errando, e o outro pé no mundo vindouro, no reino celestial onde o pecado
terá sido totalmente vencido e terá desaparecido.
Já justificados pelos méritos de Jesus, já aceitos por Deus, mas ainda vivendo no corpo carnal afetado
pela semente do pecado e as vezes pecando por acidente.
Enquanto isto: Devemos nos lembrar que “o justo viverá pela fé, e se ele retroceder, diz Deus, não me
agradarei dele.” Rom.1:17 e Heb.10:38
Viver pela fé é:
a)
b)
“Receber o primeiro fôlego de vida, a primeira respirada. Isto é o Novo Nascimento, isto é
Justificação.
Todas as demais respiradas, ao longo da caminhada cristã, até o fim, isto é viver pela fé, isto é
busca da Santificação. A Bíblia afirma: “sem santidade ninguém verá o Senhor” Heb 12:14.
O que é a Justiça de Deus?
A Justiça de Deus é a maneira pela qual Deus justifica pecadores, através da justiça de Cristo
Jesus, os declara justos e os trata como justos com base na obra que Cristo fez na cruz do
Calvário.
II) Quando a Justiça de Deus se manifestou?
Rom. 3:21 - “Mas agora se manifestou a justiça de Deus.”
A expressão “mas agora” estabelece um marco cronológico. Faz uma diferença entre o agora e o que
aconteceu antes. Podemos perguntar: Quando foi que se manifestou a justiça de Deus?
-Paulo escreveu no início do Novo Testamento.
-Foi nessa época que se manifestou a Justiça de Deus.
-Foi quando Jesus nasceu neste mundo, quando realizou aqui o seu ministério. Foi quando aconteceu sua
morte e sua ressurreição.
-Paulo chama esse tempo de “Agora”
-A justiça de Deus não é algo novo. Já estava no plano de Deus.
-Ela estava na Lei e nos Profetas, que é o Velho Testamento ou a Bíblia judaica, mas estava velada. O
plano de Justiça divino ainda não era claro.
-A justiça de Deus na Antiga Aliança aparecia nos simbolismos, nos sacrifícios de animais, nos cerimoniais
judaicos. Eram sombras que indicavam uma manifestação futura.
-Com a vinda de Jesus o véu foi tirado e o plano de Deus para Justificação do pecador se revelou.
III) A Justiça de Deus se manifestou sem Lei.
-Isto é muito importante.
-Deus tinha dado a Lei Moral para o povo guardar. A lei moral eram os 10 mandamentos. Ex. 20
-A lei Moral cumpriu o seu objetivo que era mostrar o que é a natureza humana. Mediu cada um e mostrou
que ninguém consegue satisfazer o padrão de santidade que Deus espera de nós. A lei foi dada para
mostrar que nenhum ser humano conseguirá se salvar por seu próprio merecimento simplesmente por que
ninguém conseguiu guardar toda a lei a não ser JESUS.
Rom. 3:20 “Portanto ninguém será declarado justo diante dele (diante de Deus) baseando-se na
obediência a Lei”
-Isto é o Evangelho, Jesus cumpriu toda a Lei e como Inocente foi condenado a morrer na cruz, não pelos
seus pecados, pois não tinha pecado, mas pelos meus e pelos seus pecados. Assim, a nossa culpa diante
de Deus e a nossa incapacidade em cumprir a lei foi colocada sobre Jesus e a Justiça dele por guardar
toda a lei, pois Ele jamais pecou, essa justiça foi creditada na nossa conta.
IV) A Justiça de Deus foi testemunhada pela Lei e pelos Profetas.
-Aqui Paulo está se referindo ao Velho Testamento
-Há muitos desses testemunhos na Lei e nos Profetas. Alguns exemplos:
1) O animal morto para vestir Adão e Eva. Gen.3:21
2) O cordeiro que foi sacrificado no lugar de Isaque. Gen. 22:13.
3) O sistema de sacrificios no templo judaico onde os animais eram mortos e o sangue aspergido no altar.
4) Isaias 53 – De quem Isaías estava falando?
5) Isaías 9:6 – “O seu nome será maravilhoso......”
V) Como que a Justiça de Deus nos alcança?
Rom. 3:22 – Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem.
A justiça de Deus nos alcança quando depositamos fé no sacrifício que Jesus fez como único meio de
salvação aceito por Deus.
-a fé é a mão que se estende para receber a Justiça de Deus. É um presente de Deus. Minha parte é
receber o presente. Estendo a mão da fé e recebo o presente da Justificação que Deus está me
oferecendo graciosamente.
-a fé não é um salto no escuro. Aqui a fé anda junto com a compreensão. Por isso Deus deixou a Escritura
Sagrada. A Bíblia é a Revelação que Deus deixou na forma de um “Livro”.
-Temos que procurar entender este livro sagrado.
-Temos que estudar este livro sagrado.
-Temos que meditar neste livro sagrado.
Então podemos concluir perguntando: Que tipo de fé eu preciso ter para receber a Justificação?
O tipo de fé para receber a “Justificação” consiste em: a) Compreender que sou um pecador e careço da
Glória de Deus
b) Compreender que Jesus veio a este mundo com o objetivo de dar sua vida para me salvar.
c) Confiar firmemente que Deus, em Jesus, providenciou tudo quanto era necessário para a minha
Justificação.
d) Receber humildemente esta provisão graciosa de Deus. Abrir a porta e receber Jesus no meu coração.
Tudo isto está revelado no Livro de Deus para minha meditação e compreensão. A Bíblia é a fé que foi
confiada aos santos. Judas 1:3 “Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da
salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé
que uma vez foi confiada aos santos.”
VI) A quem é concedida a Justificação?
A justificação é uma provisão divina para todos os pecadores, para todos que pecaram.
E Quem pecou? Rom. 3:23 diz que “todos pecaram.” Como todos pecaram e todos estão destituídos da
glória de Deus”, logo o presente da justificação é estendido a todos.
-Como receber essa justificação? Estendendo a mão da fé e recebendo-a gratuitamente de Deus.
-Não há distinção, todos pecaram. Por isso a salvação é do mesmo jeito para o judeu ou para o gentio,
para o mais vil pecador ou para o legalista religioso.
-Quando examinamos profundamente as religiões vamos descobrir que só existem duas religiões:
1) A religião humana, baseada nos merecimentos humanos,
2) A religião divina, baseada no Plano Divino da Justificação pela fé somente em Jesus.
VII)A Justificação é concedida gratuitamente porque o Redentor Jesus Cristo já pagou o nosso
resgate. Rom.3:24 - “Sendo Justificados gratuitamente por sua graça por meio da Redenção que há
em Cristo Jesus.”
1) Gratuitamente de graça – aqui Paulo faz uso de uma redundância só para reforçar seu ensino de que é
de graça mesmo.
2) A justificação acontece mediante a redenção que há em Cristo Jesus.
- Redenção é o ato de alguém pagar o preço de outrem.
Alguns exemplos do Antigo Testamento:
Uma mulher prisioneira de guerra – poderia ser comprada por um homem que se afeiçoasse a ela e
passava ser esposa com todos os direitos. Ela era uma mulher redimida. Quem pagava o seu preço era o
seu Redentor.
Um escravo poderia ser comprado do seu dono mediante o pagamento do valor estipulado e poderia ser
declarado livre. Tornava-se então um escravo redimido. Quem pagou o seu preço tornou-se seu Redentor.
Todos nós nos tornamos escravos de Satanás quando a raça humana representada por Adão e Eva
caíram lá no Éden. O Senhor Jesus Cristo veio a este mundo como nosso Redentor. Efésios 1:7 diz” Nele
temos a redenção por meio do seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça
de Deus”.
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