ESTUDO BÍBLICO INDUTIVO PARA PGS – 18Out15 Tema: UMA

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ESTUDO BÍBLICO INDUTIVO PARA PGS – 18Out15
Tema: UMA IGREJA INTEGRALMENTE SUBMISSA AO SENHOR
O JUSTO VIVERÁ POR FÉ
Com 27 anos de idade, Martinho Lutero ia de sua casa em Mansfeld, Alemanha, em certo dia de
1505, para a faculdade de Direito em Erfurt, quando desabou uma tempestade.
Relampejava, trovejava e chovia de tal maneira que ele foi levado a procurar refúgio embaixo de
uma árvore próxima. O vento puxava-lhe violentamente a capa e arrancava galhos de árvore,
enquanto ele se agachava na escuridão. De repente, um raio tortuoso atingiu a terra próxima,
prostrando em terra Martinho.
Num relance, passaram-lhe pela mente todos os pecados que já havia cometido. Viu de novo a janela
de vidro pintado, da igreja de Mansfeld, que o impressionara quando criança. Ela descrevia Jesus
com rosto carrancudo, sentado num arco-íris. De um lado havia um lírio, representando a bênção de
Jesus sobre os bons. Uma espada inflamada, do outro lado, simbolizava Sua ira contra os maus. Não
havia nenhuma dúvida na mente de Martinho, quando caiu no chão molhado: Deus estava zangado
com ele.
Lembrou-se, também, da pintura em relevo, que representava um navio navegando para o Céu,
somente com sacerdotes e monges a bordo. As pessoas comuns eram afogadas no mar, menos umas
poucas que se agarravam às cordas que lhes eram atiradas pelos homens santos.
Tornar-se monge parecia o caminho mais seguro para a salvação.
- Ó Senhor, salva-me! - clamou Martinho Lutero em sua angústia. Salva-me desta tempestade, e me
tornarei um monge!
E não houve monge algum melhor do que Martinho Lutero. Ele passava horas em jejum e oração.
Mortificava-se com penitências por seus pecados. Recusava cobrir-se durante o inverno, para
mostrar remorso por seus caminhos pecaminosos. Subiu de joelhos as escadas sagradas em Roma,
rezando o Pai Nosso em cada degrau. Uma vez confessou seus pecados durante seis horas seguidas
a outro sacerdote, mas não experimentou nenhum alívio.
Coisa alguma trazia paz a Martinho, até o dia em que leu as palavras de Paulo aos Romanos: "O
justo viverá por fé", e compreendeu pela primeira vez o amor e a graça de Deus. Passou o resto da
vida falando aos outros que o perdão lhes vinha pela fé. A penalidade por seus pecados já havia sido
paga no Calvário. Os Céus lhes pertenciam por causa da morte substitutiva de Jesus na Cruz.
A ilustração fala-nos sobre a experiência de Lutero e sua descoberta da verdade sobre a
justificação pela fé. Enquanto permaneceu cego em relação a essa fundamental doutrina do
Cristianismo, enxergava um Deus tirano e zangado. Mas quando deparou-se com os escritos do
Apóstolo Paulo, descobriu o amor e a graça do Senhor. Para sermos uma igreja submissa,
precisamos entender também essas poderosas verdades.
Líder de PG, lance a seguinte pergunta para reflexão do grupo: Em sua opinião, o que
aconteceria conosco se Deus nos tratasse conforme nossos próprios méritos? O perdão de Deus
depende de nossos esforços pessoais? Permita que os participantes compartilhem suas
opiniões.
O desafio da Igreja é viver e atuar debaixo do senhorio de Jesus Cristo, capacitada pelo poder do
Seu Espírito. A Igreja deve adotar e viver a realidade de inteira submissão a Cristo. A mais
teológica das epístolas de Paulo, Romanos, oferece-nos o fundamento das doutrinas da
justificação e da santificação. De fato, Paulo defende a doutrina da justificação pela fé, e antecipa
três objeções de seus leitores, especialmente os de tradição judaica ou por ela influenciada. O texto
de Rm 6.1-7.25 comporta preciosas verdades para a nossa fé e vida cristã:
1) 1ª objeção: Rm 6.1-14 - Se a graça de Deus é abundante quando pecamos, então vamos
continuar a pecar, para experimentar mais graça?
RESPOSTA:
De modo algum vamos continuar a pecar. Pelo contrário, o apóstolo Paulo nos oferece três
instruções para a vitória sobre o pecado: conhecer, considerar e reconhecer. A doutrina básica
é nossa identificação com Cristo. Na simbologia do batismo, morremos e somos sepultados com
Ele. A justiça imputada é nossa santidade “posicional” em Cristo, e a justificação vivida, a justiça
e a santidade dinâmica: “Cristo em nós”, pelo Seu Espírito. Jesus não somente morreu pelos
nossos pecados, mas para o pecado, e nós morremos com Ele!
2) 2ª objeção: Rm 6.15-7.6 - Se não estamos mais debaixo da Lei, estamos livres para viver
como entendermos e desejarmos?
RESPOSTA:
Esse tipo de objeção mostra que os leitores da carta não entendiam nem da GRAÇA nem da LEI,
indo aos extremos: legalismo, por um lado, e licenciosidade, de outro. Paulo trata de explicar
então, a justificação e a santificação. O indicativo (somos justificados) e o imperativo da vida
cristã (santificai-vos!). Ele salienta a verdade de que, justificados e santificados, podemos ter
uma vida de verdadeira liberdade.
3) 3ª objeção: Rm 7.7-25 - O Apóstolo, por suas afirmações na Carta, torna a Lei de Deus inútil?
RESPOSTA:
Pelo contrário, o Apóstolo nos mostra que podemos ser livres do pecado e do “império” da Lei.
Ele explica nossa relação com a carne (velha natureza), a Lei e o Espírito Santo. É interessante
comparar a doutrina de Romanos 3.21-5.21 e a de Romanos 6 a 8, para nos darmos conta de
quatro benditas realidades: substituição, justificação, identificação e santificação. Vejamos:
Romanos 3.21 – 5.21
Romanos caps 6 - 8
Substituição – Ele morreu por mim;
Identificação: - Eu morri com Ele;
Ele morreu por meus pecados
Ele morreu para o pecado;
Ele pagou a pena do pecado.
Ele quebrou o poder do pecado.
Justificação – Sua justiça me foi
imputada:posta em minha conta.
Fui salvo por Sua morte!
Santificação: - Sua justiça foi-me
concedida:faz parte de minha vida
Sou salvo por Sua vida!
Lições que ficam:
Diante da ilustração e com base nos textos lidos, você, líder do PG, deve levar as pessoas a
compreenderem, então, os aspectos importantes de nossa submissão a Cristo, que deve ser
completa e integral:
1) Ser integralmente submissos a Cristo significa permanecermos Nele, como o ramo na videira
(Jo 15.4-5). Presos a Ele, vitalmente!
2) Significa permitirmos que Seu Espírito atue em nós, a produzir Sua imagem, Sua beleza, Seu
fruto! (Gl 5.22).
3) Significa obediência à Sua Palavra, à Sua Vontade, aos Seus mandamentos, buscando
primeiro o Reino e sua justiça (Mt 6.33).
4) Significa buscarmos a santificação, a integridade e a alegria da vida eterna que começa aqui
e que se consumará na eternidade (Rm 6.19; 1Ts 4.3-7: João 17.3).
ORAÇÃO
"Que a Igreja Batista da Liberdade seja uma igreja integralmente submissa a Cristo, no
cumprimento de sua missão e realização da obra de evangelização e missões e redenção humana
com que está comprometida há mais de 106 anos! Em nome de Jesus. Amém!"
OBS: Esse estudo bíblico indutivo para os PGs da LIBER foi preparado pelo Pr. Rubens Alves Filho,
com base em texto produzido pelo Pr. Irland Pereira de Azevedo.
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