FG Aula 4 - CCTA/UFCG

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11/11/2013
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
Triângulo da doença
Disciplina: Fitopatologia Geral
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS
DE PLANTAS
HOSPEDEIRO
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS
* Introdução
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS
* Classificação – Patógeno como referência
D=P+H+A
* Classificação – Hospedeiro como referência
- Doenças que ocorrem numa determinada espécie.
- Ex. doença do feijoeiro;
- Doença de acordo com a parte ou idade da planta
atacada.
- Ex. doença da raíz, da parte aérea;
Ex. Doenças causadas por bactérias, por
fungos, por vírus – atuam de forma diferente
na planta
Ex.Ralstonia solanacearum -------- Fusarium
oxysporum (Murcha)
Erwinia carotovora
-------- Rhizopus
(Podridão)
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS
George McNew, 1960 - Baseada nos processos fisiológicos
I- Acúmulo de nutrientes em órgãos de armazenamento para o
desenvolvimento de tecidos embrionários.
II- Desenvolvimento de tecidos jovens às custas dos nutrientes
armazenados.
III- Absorção de água e elementos minerais a partir de um substrato.
Processos
Fisiológicos
(direita)
vs
Doenças
(esquerda)
IV- Transporte de água e elementos minerais através do sistema
vascular.
V- Fotossíntese.
VI- Utilização, pela planta, das substâncias elaboradas através da
fotossíntese.
G.N. Agrios, 2007
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Tabela 1. Processos fisiológicos vitais de uma planta e os respectivos
grupos de doenças, em ordem cronológica.
GRUPO
I
PROCESSO
FISIOLÓGICO
GRUPO DE
DOENÇA
III
Armazenamento em órgãos
de reserva
Desenvolvimento de tecidos
jovens
Absorção
IV
Transporte
V
Fotossíntese
VI
Utilização de
fotossintetizados
II
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS
George McNew, 1960 - Classificação baseada nos processos
fisiológicos
Podridões de órgãos
de reserva
Tombamento de
plântulas
Podridões de raízes e
colo
Doenças vasculares
Doenças
que
interferem
na
fotossíntese
Doenças que afetam o
aproveitamento de
fotossintetizados
Classificação conveniente, apesar de
diferentes patógenos atuarem sobre um
mesmo processo vital, o modo de ação dos
mesmos em relação ao hospedeiro envolve
procedimentos semelhantes
George McNew, 1960 - Classificação baseada nos processos fisiológicos
- Permite ordenação dos agentes causais segundo: Agressividade,
Parasitismo e Especificidade
I
II
Menor grau de agressividade no
patógeno
 Maior grau de evolução
 Maior especificidade do patógeno em
relação ao hospedeiro

III
AGRESSIVIDADE
VI
EVOLUÇÃO do
PARASITISMO
V
ESPECIFICIDADE
IV
ESPECIFICIDADE
GRUPO
AGRESSIVIDADE
EVOLUÇÃO do
PARASITISMO
À MEDIDA QUE SE CAMINHA DO GRUPO I PARA O
GRUPO VI:
GRUPO I - PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA
Processo afetado: acúmulo de nutrientes em órgãos de
reserva
- Podridões que ocorrem em frutos, sementes e órgãos de
reserva.
* Secas: sementes e frutos (tecidos perdem água levando a
mumificação do órgão)
* Moles ou aquosas: levam a decomposição total de órgãos
suculentos frutos, tubérculos e raízes
- Agentes causais:
-Fungos
-Bactérias saprófitas (ar ou no solo)
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GRUPO I PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA
- Sintomatologia:
-Sementes:
-Manifesta-se na forma de deterioração
- Formação de micotoxinas
-Aspergillus,
-Penicillium,
-Fusarium,
-Alternaria,
-Diplodia e
-Cladosporium
Aspergillus
Penicillium
GRUPO I PODRIDÕES DE ÓRGÃOS DE RESERVA
- Etiologia:
-Aspergillus,
-Penicillium,
-Fusarium,
-Alternaria,
-Diplodia,
-Clasdosporium,
-Rhizopus;
-Colletotrichum
-Erwinia
- Condições para que ocorra a doença:
-Fatores ambientais: Umidade (70-90%) Temperatura (25-30%)
-Presença de ferimentos nos órgãos suculentos
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Sintomas de Podridão
de Frutos
Antracnose
Colletotrichum sp.
CONTROLE
CONTROLE

 Inicia
no campo, antes da colheita:
 escolha do terreno com solo e boa
drenagem,
 evitar locais infestados,
 rotação de culturas,
 Uso de espaçamento adequado evitando
o micro clima que favorece a doença
Durante a colheita:
Evitar ferimentos nos produtos (frutos,
tubérculos) que estão sendo colhidos
 Separação e descarte de produtos infectados
 Manuseio deve ser feito de maneira cuidadosa
 Desinfestação dos recipientes
 Estocagem e armazenamento em local bem
arejado com temperatura 5-10 °C.

GRUPO II - DAMPING-OFF
Processo afetado: dano em plântulas
DAMPING-OFF
- Este grupo de doenças afeta tecidos vegetais jovens;
- Podridões que ocorrem nas sementes quando colocadas no
solo;
- Etiologia:
-Pythium,
-Rhizoctonia,
-Fusarium,
-Pseudomonas
- Importância: estabelecimento da cultura no campo ou no
viveiro;
- Condições ambientais: Umidade alta;
- Damping-off
emergência;
de pré-emergência e Damping-off
de pós-
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GRUPO III - PODRIDÃO DE RAIZ E COLO
Processo afetado: absorção de água e nutrientes
CONTROLE:
-
Uso de sementes sadias,
 Tratamento de sementes com fungicidas
 Rotação de culturas,
 Solos com boa drenagem,
 Solarização
Afeta o sistema radicular e o colo da planta;

- Danos comprometem a absorção de água e de nutrientes;
- Apresentam sintomas reflexos
- Etiologia:
-Pythium,
-Phytophthora,
-Sclerotium,
-Rhizoctonia e
-Fusarium solani
-
PODRIDÃO DE RAIZ E COLO
 GRUPO IV - DOENÇAS VASCULARES
Processo afetado: transporte de água e nutrientes
CONTROLE:
Utilização de sementes , mudas e material
propagativo livres de patógenos
 Evitar excesso de umidade,
 escolher solos com boa drenagem,
 rotação de culturas,
 Solarização
 Aração profunda

-
-
Colonização dos vasos
vasculares ou murchas;
do
xilema:
doenças
Etiologia:
Fusarium oxysporum,
Verticillium,
Pseudomonas,
Xanthomonas
Ralstonia solanacearum
-
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GRUPO IV
DOENÇAS VASCULARES
GRUPO IV
DOENÇAS VASCULARES
GRUPO IV
DOENÇAS VASCULARES
GRUPO IV
DOENÇAS VASCULARES
-
-
GRUPO V – MANCHAS FOLIARES
PROCESSO AFETADO: REALIZAÇÃO DE FOTOSSÍNTESE
(MANCHAS, FERRUGENS, OÍDIOS, MÍLDIOS)
-
-
-
Controle:
Variedades resistentes,
rotação de culturas,
emprego de sementes e material propagativo
sadios,
aração profunda,
desinfestação de ferramentas.
GRUPO V –
MANCHAS FOLIARES
Interfere diretamente na fotossíntese, através da
redução da área foliar;
Destruição do tecido vegetal
Etiologia:
Xanthomonas,
Alternaria,
Cercospora,
Colletotrichum,
Helminthosporium
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GRUPO V –
MANCHAS FOLIARES
GRUPO V –
MANCHAS FOLIARES
Mancha concêntrica
Pinta-preta do tomateiro
(Alternaria solani)
Mancha de Cercospora em
alface
GRUPO V I–
PROCESSO AFETADO: UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
FOTOSSINTETIZADOS
(CARVÕES, GALHAS, VIROSES)
CONTROLE:
Variedades resistentes,
produtos químicos,
 rotação de culturas,
 adubação balanceada,
 densidade e espaçamentos adequados,
 sementes sadias,
 eliminação de restos culturais.


-
Galhas:
-
Tumefação (ramos, colo e principalmente, raízes)
-
-
Hipertrofia e hiperplasia celular;
Fungos, bactérias e nematóides
Retiram nutrientes do hospedeiro
Induzem o aumento do número e do tamanho de
células
GALHAS
-
-
Etiologia:
Fungo:Plasmodiophora,
Bactéria:Agrobacterium,
Nematóide: Meloidogyne
Controle:
rotação de culturas,
controle do pH,
mudas sadias,
drenagem
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GALHAS
GALHAS
Galhas em raízes de acerola
Nódulos de Rizóbio em feijão caupi
GRUPO V I–
PROCESSO AFETADO: UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
FOTOSSINTETIZADOS
(CARVÕES, GALHAS, VIROSES)
Nodulação por rizóbio em leguminosas
Carvões
São conhecidas devido a massa pulverulenta
de coloração negra encontrada na parte aérea
de plantas doentes
 Etiologia
 Gêneros de Fungos:




Carvão do milho
Ustilago maydis
Ustilago
Tilletia
Carvão do milho
Ustilago maydis
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CONTROLE
Uso de variedades resistentes
Tratamento térmico ou químico do material de
propagação (sementes e toletes)
 Tratamento químico do solo
 Rotação de cultura
 Eliminação de plantas, espigas e panículas
quando a doença, ainda estiver ocorrendo em
baixas proporções


Carvão da cana-de-açúcar
Ustilago scitaminea
GRUPO V I–
PROCESSO AFETADO: UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
FOTOSSINTETIZADOS
(CARVÕES, GALHAS, VIROSES)
o
-
Viroses:
o
o
o
Interferem com os produtos sintetizados pela
planta, principalmente em relação aos aminoácidos
e nucleotídeos produzidos no metabolismo celular
Estes produtos, deixam ser aproveitados pela
planta, prejudicando o desenvolvimento normal da
mesma
As plantas infectadas sofrem redução no
rendimento e na qualidade dos seus produtos.
-
Etiologia:
Vírus:
Compostos de ácido nucléico (RNA ou DNA) e
proteína
Cowpea severe mosaic virus (CpSMV)
Cowpea goldem mosaic virus (CGMV)
Papaya ringspot virus (PRSV)
o
VIROSES
VIROSES
-Cowpea severe mosaic virus (CpSMV)
Papaya ringspot virus (PRSV)
-Cowpea goldem mosaic virus (CGMV)
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CONTROLE:
Uso de cultivares resistentes,
eliminação de fontes de inóculo,
 utilização de material vegetal sadio,
 escolha de áreas e épocas de plantio,
 controle de vetores


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