MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria Nome Elaboração: Patrícia Elias Barbosa Análise crítica: Alex Ferreira Villas Boas Aprovação: José Eduardo França Função Emissão: 14/03/12 Página: 1 de 7 Assinatura Data RQ Colaborador RT 1. Objetivo Descrever a metodologia para quantificar o teor de proteína em amostras de produtos cárneos ou lácteos. Baseia-se na transformação do nitrogênio da amostra em sulfato de amônio através da digestão com ácido sulfúrico p.a. e posterior destilação com liberação da amônia, que é fixada em solução ácida e titulada. Podem-se expressar os resultados em protídeos, multiplicando-se a porcentagem do nitrogênio total por fatores específicos. 2. Aplicação Este método é aplicado em produtos cárneos e lácteos no laboratório POA do Lanagro-GO. 3. Referências Normativas e/ou Bibliográficas - BRASIL. Instrução Normativa n° 20, de 21 de julho de 1999. Aprova o Manual de métodos analíticos oficiais físico-químicos para controle de carnes, produtos cárneos e seus ingredientes, sal e salmoura. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 set. 1999. - BRASIL. Instrução Normativa n° 68, de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os Métodos analíticos oficiais físico-químicos, para controle de leite e produtos lácteos, em conformidade com o anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 dez. 2006. Seção 1, p.8-30. 4. Termos e Definições FOR Formulário IT Instrução de Trabalho Lanagro-GO Laboratório Nacional Agropecuário em Goiás POA Laboratório de Análises Físico-Químicas de Alimentos de Origem Animal e Água RQ Responsável pela Qualidade RT Responsável Técnico MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria Emissão: 14/03/12 Página: 2 de 7 UGQ Unidade de gestão da Qualidade 5. Descrição da Instrução de Trabalho 5.1. Material 5.1.1. Equipamentos - Aparelho ou bloco digestor e destilador macro ou micro-Kjeldahl Balança analítica 5.1.2. Vidrarias e outros materiais - Balão de Kjeldahl de 800mL ou tubo de Kjeldahl de 100mL Béquer de 250mL Buretas de 25 ou 50mL Erlenmeyers de 125 ou 250mL Espátula Gral de porcelana com pistilo Papel de pesagem (papel vegetal livre de nitrogênio) Papel indicador universal de pH Pipeta graduada de 1mL Pipetas volumétricas de 2 e 10mL 5.1.3. Reagentes e soluções - - - - Ácido sulfúrico (H2SO4) p.a.; Anti-espumante (talco, parafina ou silicone); Indicador misto: Pesar 0,132 g de vermelho de metila (C15H15N3O2) e 0,06 g de verde de bromocresol (C21H14Br4O5S). Dissolver em 200mL de álcool etílico a 70% (v/v). Filtrar se necessário e guardar em frasco âmbar; Mistura catalítica: Misturar (a) e (b) na proporção de 10:1, triturando em gral de porcelana até obter um pó fino: a) Sulfato de potássio (K2O4) p.a., sulfato de sódio anidro (Na2SO4) p.a. ou bissulfato de potássio (KHSO4) p.a.; b) Sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O) p.a.; Solução de ácido bórico (H3BO3) a 4% (p/v): Pesar 4 g de ácido bórico p.a., transferir para um béquer de 250mL, adicionar 80mL de água e aquecer sob agitação branda até dissolução. Resfriar, transferir para balão volumétrico de 100mL e completar com água. Filtrar se necessário; Solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 50% (p/v). MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria Emissão: 14/03/12 Página: 3 de 7 Nota 1: O indicador misto poderá ser incorporado à solução de ácido bórico a 4% na proporção de 8mL por litro. - Solução padrão de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,1 N ou solução padrão de ácido clorídrico (HCl) 0,1 N. Registrar o preparo das soluções no FOR UGQ 056 – Controle de preparo de soluções. 5.1.3.1. Padronização das soluções de Ácido Sulfúrico (H2SO4) 0,1N ou Ácido Clorídrico (HCl) 0,1 N a) Preparo da solução padrão de Ácido Clorídrico (HCl) 0,1 N - Medir 8,5 mL de ácido clorídrico p.a. e transferir para balão volumétrico de 1000 mL contendo 500 mL de água. Esfriar e completar o volume. Fatoração com Tris (Hidroximetilaminometano): deixar o reativo Tris (Hidroximetilaminometano) (C4H11NO3) p.a., padrão primário, por 24 horas em dessecador, ao abrigo da luz. Pesar 0,1211g, adicionar 20 mL de água, acrescentar 3 gotas da solução de vermelho de metila a 0,2% (m/v) e titular com a solução de ácido clorídrico 0,1 N. Calcular o fator de correção usando, no mínimo, a média de três determinações. Cálculos: Fator de correção = _______m_______ 0,12114 x V x N Onde: m = massa de Tris, em gramas; V = volume da solução de ácido clorídrico 0,1 N gastos na titulação, em mL; N = normalidade esperada da solução. Registrar o preparo das soluções no FOR UGQ 056 – Controle de preparo de soluções, e a padronização no FOR UGQ 079 – Padronização de soluções. b) Preparo da solução padrão de Ácido Sulfúrico (H2SO4) 0,1N - Transferir 3,0 mL de ácido sulfúrico p.a. para balão volumétrico de 1000 mL contendo cerca de 500 mL de água. Esfriar e completar o volume. Fatoração com Tris (Hidroximetilaminometano): deixar o reativo Tris (Hidroximetilaminometano) (C4H11NO3) p.a., padrão primário, por 24 horas em dessecador, ao abrigo da luz. Pesar 0,1211g, adicionar 20 mL de água, acrescentar 3 gotas da solução de vermelho de metila a 0,2% (m/v) e titular com MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria Emissão: 14/03/12 Página: 4 de 7 a solução de ácido sulfúrico 0,1 N. Calcular o fator de correção usando, no mínimo, a média de três determinações. Cálculos: Fator de correção = _______m_______ 0,12114 x V x N Onde: m = massa de Tris, em gramas; V = volume da solução de ácido sulfúrico 0,1 N gastos na titulação, em mL; N = normalidade esperada da solução. Registrar o preparo das soluções no FOR UGQ 056 – Controle de preparo de soluções, e a padronização no FOR UGQ 079 – Padronização de soluções. 5.2. Descrição da Metodologia 5.2.1. Pesagem da amostra Quantidades a serem pesadas, depois que as amostras foram preparadas de acordo com a IT POA 032 – Características sensoriais e preparo de amostras de produtos lácteos e IT POA 052 – Características sensoriais e preparo de amostras de produtos cárneos e pescado: - Produtos de salsicharia, enlatados e gelatina: Micro-kjedahl: 0,25g; Macro-Kjedahl: 1,00 g - Produtos lácteos: a) Leite fluído, bebida láctea: Micro: 2,0 g; Semi: 5,0 g; Macro: 10,0 g. b) Leite desidratado, caseína, caseinatos e soro desidratado: Micro: 0,25 g; Semi: 0,5 g; Macro: 1,0 g. c) Queijos: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria Emissão: 14/03/12 Página: 5 de 7 Micro: 0,25 g; Semi: 0,5 g; Macro: 1,0 g. d) Creme de leite: Micro: 1,0 g; Semi: 3,0 g; Macro: 6,0 a 10,0 g. e) Doce de leite: Micro: 0,25 g; Semi: 0,5 g; Macro: 1,0 g. f) Leite fermentado: Micro: 1,5 g; Semi: 3,0 g; Macro: 6,0 g. 5.2.2. Micro-Kjeldahl Digestão ou mineralização: - Pesar em balança analítica a amostra conforme o item 5.2.1, transferir para tubo de Kjeldahl e anotar os dados brutos na ficha de análise correspondente ao produto que está sendo analisado; - Adicionar 2,5 g de mistura catalítica e 7mL de ácido sulfúrico p.a.; - Aquecer em bloco digestor, a princípio lentamente, mantendo a temperatura de 50ºC por uma hora ou dependendo das instruções do fabricante do bloco digestor. Em seguida, elevar gradativamente até atingir 400ºC. Quando o líquido se tornar límpido e transparente, de tonalidade azul-esverdeada, retirar do aquecimento; - Deixar atingir a temperatura ambiente e adicionar 10mL de água. Nota 2: Para produtos muito gordurosos, digerir a amostra com adição de um antiespumante. Destilação: - Acoplar ao destilador o erlenmeyer contendo 20mL de solução de ácido bórico a 4% com 4 ou 5 gotas de solução de indicador misto; - Adaptar o tubo de Kjeldahl ao destilador e adicionar a solução de hidróxido de sódio a 50% até que a mesma se torne negra (cerca de 20mL); - Proceder à destilação, testando com papel indicador de pH até que não ocorra mais reação alcalina. A solução receptadora deve ser mantida fria durante a destilação; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria - Emissão: 14/03/12 Página: 6 de 7 Titular com solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1 N até a viragem do indicador. Registrar o volume gasto na titulação na ficha de análise correspondente ao produto que está sendo analisado. 5.2.3. Macro-Kjeldahl Digestão ou mineralização: - Pesar em balança analítica a amostra, conforme o item 5.2.1, transferir para tubo de Kjeldahl e anotar os dados brutos na ficha de análise correspondente ao produto que está sendo analisado; - Adicionar 5g de mistura catalítica, 20mL de ácido sulfúrico p.a.; - Aquecer no digestor, a princípio, lentamente e depois fortemente até emissão de vapores brancos. Quando o líquido se tornar límpido, de tonalidade azulesverdeada, retirar do digestor; - Deixar atingir a temperatura ambiente. Destilação: - Adicionar ± 80mL da solução de hidróxido de sódio a 50% ou até que a solução a ser destilada se torne negra; - Receber o destilado em erlenmeyer de 250 mL com 25mL de solução de ácido bórico a 4% e 4 a 5 gotas de solução de indicador misto; - Titular com solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1 N até a viragem do indicador. - Registrar o volume gasto na titulação na ficha de análise correspondente ao produto que está sendo analisado. 5.3. Cálculos e expressão de resultados % Proteína = V x N x f x F x 0,014 x 100 P Onde: - V = mililitros de solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1N gastos na titulação, após a correção do branco; - N = normalidade teórica da solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1 N; - f = fator de correção da solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1 N; - P = massa da amostra em gramas; - F = fator de conversão da relação nitrogênio/proteína, de acordo com o produto: - Carnes e derivados F = 6,25; - Gelatina F = 5,55; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO/MAPA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA/SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL/CGAL LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO EM GOIÁS/LANAGRO-GO Código: IT POA 033 Revisão: 03 INSTRUÇÃO DE TRABALHO Análise de Proteína por Titulometria - Emissão: 14/03/12 Página: 7 de 7 Produtos lácteos = 6,38. 5.4. Controle de Processo - Fazer uma prova em branco com os reagentes; Verificar as condições do aparelho de destilação com Solução Padrão de Sulfato de Amônio 0,4% ((NH4)2 SO4) de acordo com a IT POA 053 – Operação e controle do aparelho de nitrogênio total. 6. Controle de Registros FOR UGQ 056 – Controle de preparo de soluções FOR UGQ 079 – Padronização de soluções 7. Controle das Alterações Item alterado Quadro de aprovação 2 Revisão alterada Data da alteração 02 05/03/12 02 05/03/12 3 02 05/03/12 4 5.2.3 02 02 05/03/12 05/03/12 5.4 02 05/03/12 Anexos Item não se aplica a este documento. Descrição da alteração Alterado colaborador responsável pela análise crítica desta revisão. Alterada expressão “setor” para “laboratório”. Inclusão de “e/ou bibliográficas” para título do item; Adequação de citação das referências. Adequação da nomenclatura do laboratório. Inclusão de volume para solução específica Inclusão de concentração da solução de verificação de condições do aparelho