PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO SURGICAL PSYCHOPROFILAXIS AND HEALTH PROMOTION IN A PEDIATRIC HOSPITAL PSICOPROFILAXIA CIRÚRGICA E PROMOÇÃO DE SAÚDE EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO Priscilla Cristhina Bezerra de Araújo*; Andressa Moreira Hazboun**; Luciana Carla Barbosa de Oliveira***; Marina Bezerra Férrer****; Eulália Maria Chaves Maia***** * Departamento de Psicologia, Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde – UFRN ** Departamento de Psicologia, Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde – UFRN *** Hospital de Pediatria Prof. Heriberto Bezerra, Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde – UFRN **** Departamento de Psicologia, Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde – UFRN ***** Departamento de Psicologia, Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde – UFRN, Natal –RN Psychoprofilaxis la cirugía, Promoción de la salud, Hospital pediátrico Surgical psychoprofilaxis, Health promotion, Pediatric hospital Psicoprofilaxia cirúrgica, Promoção da saúde, Hospital de pediatria RESUMEN: La hospitalización y la cirugía se caracterizan por las circunstancias críticas que crear una crisis vital, que requiere el individuo para hacer frente a una variedad de factores de estrés. Para los pacientes pediátricos, los factores de riesgo de esta situación son amplificadas por los pacientes que en las primeras etapas de desarrollo. Sin embargo, por un lado los conflictos que amenazan la salud biopsicosocial de estos individuos, por otra parte, son consideradas motores del desarrollo humano, propiciando el surgimiento de posibilidades y la capacidad para habilidades de afrontamiento. La psychoprofilaxis quirúrgica tiene como objetivo preparar el paciente psicológicamente, para prevenir la aparición de la enfermedad y del daño la cirugía para la psique, disminuyendo el riesgo de complicaciones y favoreciendo el crecimiento. En este sentido, el proyecto "preparación psicológica para los niños antes de la cirugía y sus acompañantes” es realizado desde marzo de 2008, en -1- 11º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO Hospital Professor Heriberto Bezerra, en Natal. Objetivo es contribuir para la salud biopsicosocial de los sujetos, ayudándoles a través de esta situación con más beneficios que daños. Se realiza inidividulamente o en grupos, con los niños, la terapia de juego y con orientación a los padres. Hay una mayor expresión de los contenidos y la reducción de la ansiedad, una mayor claridad de los pacientes y cuidadores acerca de la cirugía y los procesos adyacentes y una mayor adherencia al tratamiento. Durante todo este trabajo, el proyecto adquirió notoriedad en la institución, con más solicitudes por el personal de salud y los pacientes. ABSTRACT: Hospitalization and surgery are characterized as critical circumstances that produce a vital crisis, requiring coping of a variety of stressors. For pediatric patients, the risk factors for this situation are amplified by being patients in early stages of development. However, as the conflicts threaten the biopsychosocial health of these individuals, they also are considered drivers of human development, enabling the emergence of potential and ability to cope. Accordingly, the surgical psychoprofilaxis aims to prepare the patient psychologically, preventing the occurrence of damages to the psyche and diminishing the likelihood of further complications, but also is a potential for growth. In this light, has been held since March 2008, the project "psychological preparation for pre-surgery children and their mate's”, in the Hospital Professor Heriberto Bezerra, located in Natal, Rio Grande do Norte. It aims to contribute to the biopsychosocial health of the subjects involved in this process, helping them through this situation with more benefits than harm. The service is performed with particular care or in groups, for children is utilized the play therapy and guidance to parents. There is a higher expression of content and reduction of anxiety, greater clarity and understanding about the surgery and adjacent processes and greater adherence to treatment. It was also, throughout this work, the project gained visibility within the institution, with more requests by the health staff and patients themselves. RESUMO: A hospitalização e a cirúrgica caracterizam-se como circunstâncias críticas que geram uma crise vital, impondo ao indivíduo o enfrentamento de uma variedade de estressores. Para os pacientes pediátricos, os fatores de risco dessa situação são potencializados por se tratarem de pacientes em estágios do desenvolvimento iniciais. No entanto, se por um lado os conflitos põem em risco a saúde biopsicossocial desses indivíduos, por outro, são considerados propulsores do desenvolvimento humano, possibilitando o surgimento de potencialidades e capacidades de enfrentamento. Nesse sentido, a psicoprofilaxia cirúrgica visa preparar psicologicamente o paciente, evitando que a ocorrência da doença e da cirurgia traga prejuízos para o psiquismo, atenuando a probabilidade de -211º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO complicações posteriores e representando um potencial de crescimento. Diante disso, vem sendo realizado, desde março de 2008, o projeto de extensão de “preparação psicológica à criança précirúrgica e seu acompanhante”, no Hospital Professor Heriberto Bezerra (HOSPED), localizado em Natal, no Rio Grande do Norte. Objetiva-se contribuir para a saúde biopsicossocial dos sujeitos envolvidos nesse processo, ajudando-os a atravessar essa situação com mais benefícios do que malefícios. O atendimento é realizado inidividulamente ou em grupo, com as crianças, pela ludoterapia, e com orientação aos pais. Observa-se maior expressão e redução dos conteúdos ansiogênicos, maior esclarecimento e domínio dos pacientes e acompanhantes acerca da cirurgia e processos adjacentes e maior adesão ao tratamento. Também foi possível, ao longo desse trabalho, que o projeto ganhasse visibilidade dentro da instituição, havendo mais requisição por parte da equipe de saúde e dos próprios pacientes. -311º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO INTRODUÇÃO A hospitalização é uma realidade na vida de uma parcela significativa da população infantil. Todos os anos, mais de um milhão de crianças no Brasil são internadas por diferentes causas. A experiência da hospitalização na infância é considerada uma situação potencialmente traumática, que pode desencadear o surgimento de sentimentos diversos como angústia, ansiedade e medo, diante de uma situação desconhecida ou ameaçadora. Além disto, pode provocar alterações no desenvolvimento da criança e comprometer seu processo de interação com as pessoas e o meio em geral. (Miltre, 2006). Todo profissional de saúde deve ter a compreensão que a doença é um ataque à criança em sua totalidade, afetando a sua integridade e seu desenvolvimento emocional. Diante disso, faz-se necessário um atendimento integrado da equipe de saúde, em que a criança seja um elemento ativo dentro do processo de hospitalização e doença (Chiattone, 2003). O atendimento à criança deve levar em consideração a idade em que a mesma se encontra, a situação psicoafetiva, o relacionamento prévio com a mãe, ou acompanhante, a personalidade da criança, sua capacidade de adaptação, as atitudes da equipe hospitalar e suas rotinas, as experiências vividas durante a hospitalização, a duração do internamento, o tipo de internação e a natureza da doença (Chiattone, 2003). Dentre os procedimentos hospitalares, destaca-se cirúrgica, que aliado a hospitalização, representa, para qualquer indivíduo, uma circunstância crítica que gera uma crise vital, impondo ao indivíduo o enfrentamento de uma variedade de estressores (Schmitz et al, 2003), despertando componentes pessoais complexos que se manifestam emoções, fantasias, atitudes e comportamentos que prejudicam a prática médica (Méndez, 1999; Tercero et al, 2005). Tal situação tende, na infância e na adolescência, a ser ainda mais crítica, uma vez que, nessas etapas do desenvolvimento humano, as estruturas em formação propendem a ser mais suscetíveis aos fatores de risco presentes no ambiente, costumam haver escassas e ineficazes estratégias de enfrentamento por parte desses sujeitos e, na adolescência, soma-se a esse contexto a crise normativa que caracteriza essa fase (Schmitz et al, 2003). Para os pacientes pediátricos, os fatores de risco dessa situação são potencializados por se tratarem de pacientes, como supracitado, em estágios do desenvolvimento iniciais. No entanto, se por um lado os conflitos põem em risco a saúde biopsicossocial desses indivíduos, por outro, são considerados propulsores do desenvolvimento humano, possibilitando o surgimento de potencialidades e capacidades de enfrentamento. No âmbito da psicologia hospitalar, Broering e Crepaldi (2008) citam diversos autores como Eckenhoff (1953), Melamed e Siegel (1975), Moix (1996) e Drotar (2002) que reconhecem a importância de se preparar as crianças para todo tipo de procedimento médico, e não apenas para os atos cirúrgicos. Segundo Lisboa (2007) a preparação psicológica para tais procedimentos, -411º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO especialmente os invasivos, é uma prática bastante comum em pediatria, que visa diminuir reações psicológicas associadas. No que concerne ao método da psicoprofilaxia cirúrgica, como o próprio nome indica, o objetivo, de modo geral, consiste em evitar que a circunstância da doença e da cirurgia traga prejuízos para o psiquismo, diminuindo a probabilidade de complicações posteriores, quer sejam orgânicas ou psicológicas (Mitchell, apud Juan, 2005). Além do caráter preventivo, esse método atua na promoção da saúde, no sentido de que toda crise representa um potencial de crescimento, surgimento de potencialidades e capacidades de enfrentamento (Huerta, 1996 apud Schmitz et al, 2003; Garcia et al, 2004). No momento em que os pacientes não são bem assistidos nessa experiência, pode ocorrer diversas complicações, sendo as mais comuns: dificuldades na alimentação, problemas de sono, reaparecimento de condutas próprias de etapas evolutivas anteriores, depressão e somatizações, como afonia contingente e amidalectomia (Zetterström, 1984 apud Méndez 1999). De modo inverso, o desenvolvimento da psicoprofilaxia cirúrgica possibilita que haja efeitos na redução de analgésicos pós-operatórios pelos pacientes, maior rapidez na cicatrização e período mais curto de internação (Garcia et al., 2004). A psicoprofilaxia cirúrgica, na pediatria, pode ser realizada de diversas formas, utilizando-se desde técnicas ludoterápicas, cognitivo-comportamentais até métodos recreativos, entre outros. Contudo, todas elas devem estar voltadas para propiciar a informação sobre os detalhes da experiência a ser vivenciada e fornecer à criança recursos para enfrentar de forma efetiva a essa situação de crise (Salmon, 2006 apud Broering e Crepaldi, 2008). A preparação deve ainda considerar para a intervenção as particularidades de cada paciente como: a idade, o gênero, o grau de escolaridade, o tipo de enfermidade, o tipo de cirurgia e as condições de saúde, a existência ou não de experiências anteriores no hospital, bem como a familiaridade do paciente com esse ambiente e pessoas, a inserção familiar e sociocultural e o estilo de enfrentamento de problemas (Broering e Crepaldi, 2008). Em se tratando de pediatria, não pode deixar de ser mencionado a importância do brincar nesse contexto. O recurso lúdico ganha destaque como sendo uma das principais estratégias de enfrentamento para a adaptação da criança hospitalizada, permitindo, ainda, personalizar a intervenção a ser realizada (Motta e Enumo, 2004). De acordo com Oliveira et al (2003), o brinquedo atende às instâncias cognitiva e emocional que se pretende trabalhar no hospital, sendo um potencializador para o processo de recuperação da capacidade de adaptação da criança hospitalizada. Ainda no estudo desses autores, o brincar é considerado como sendo o principal meio de expressão infantil, capaz de contribuir para o desenvolvimento dos pacientes, até mesmo proporcionando “saltos qualitativos”, uma vez que oportuniza à criança apreender novos conteúdos e a construir significados importantes na concepção de si e de suas emoções que fazem parte de sua experiência dentro e fora do hospital. Desse modo, o paciente poderá sair da experiência com mais -511º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO benefícios do que malefícios. Um ponto muito importante na prática da psicoprofilaxia cirúrgica consiste no trabalho com os acompanhantes, uma vez que estes se encontram em constante contato com o paciente e também se submetem a fatores estressantes ao serem inseridos no ambiente hospitalar, estes precisam se adaptar a uma mudança repentina na dinâmica familiar e têm de lidar com um membro doente que necessita enfrentar um procedimento cirúrgico. Essas circunstâncias tornam a segurança emocional do grupo familiar sensivelmente afetada (Schmidt et al, 2003). Quando os acompanhantes são assistidos nas suas necessidades, tornam-se mais aptos a ajudar o paciente, melhorando a sua qualidade de vida e influenciando na adesão ao tratamento (Lisboa, 2007). Uma vez que a família encontra-se em condições favoráveis e há lugar para expressão da ansiedade do paciente, no pós-operatório, ela pode contribuir para o controle emocional do enfermo na sua recuperação, ajudando-lhe a tolerar a frustração, a ter esperança e a adaptar-se a situações de dor e privações (López, 2005). Ademais, Garcia (1996 apud Motta, 2004) enfatiza a relevância de intervenções psicossociais que minimizem a ansiedade, o medo e a angústia, não só das crianças e familiares, mas também dos profissionais de saúde frente aos procedimentos invasivos. Destarte, nenhuma criança deve realizar uma cirurgia sem a devida preparação e elaboração do fato (Chiattone, 2003) e é nesse sentido que vem sendo desenvolvido no Hospital Professor Heriberto Bezerra (HOSPED) o projeto de extensão “preparação psicológica à criança pré-cirúrgica e seu acompanhante”, objetivando contribuir para a saúde biopsicossocial dos sujeitos envolvidos nesse processo, ajudando-os a atravessar essa situação com mais benefícios do que malefícios METODOLOGIA O projeto de extensão que visa a psicoprofilaxia de pacientes pediátricos internados na clínica cirúrgica do Hospital de Pediatria Professor Heriberto Bezerra, localizado na cidade do Natal, no Rio Grande do Norte, Brasil, teve seu início em março de 2008 e foi renovado até dezembro de 2009. O projeto atende ao público alvo, tanto no período pré, como no pós-operatório, uma vez que, ainda que o paciente esteja preparado, a cirurgia pode desencadear diversos processos que prejudiquem a saúde geral do paciente. Na primeira etapa, são identificadas as necessidades do paciente e do acompanhante, bem como o tipo de cirurgia a ser enfrentada. Após a cirurgia, o paciente é novamente acompanhado, procurando investigar quais recursos ele utilizou para enfrentar o evento, como lida com as restrições do pós-operatório e o tratamento necessário (medicamentos, dieta, etc), em suma o que precisa ser trabalhado do ponto de vista psicológico para uma boa recuperação do paciente. Assim, é possível identificar alguns objetivos principais que norteiam a prática da preparação psicológica das crianças/adolescentes submetidas a cirurgias no HOSPED, tanto no pré como no pósoperatório: preparar e orientar o paciente e o acompanhante quanto à cirurgia e aos processos -611º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO adjacentes; amenizar ansiedades, tensões e estresses; propiciar à criança elaborar fantasias; permitir a expressão de sentimentos de tristeza, raiva e culpa, tanto do paciente como do acompanhante. No mais, procura-se contribuir para a saúde biopsicossocial dos sujeitos implicados nesse processo de hospitalização, auxiliando-os a atravessar essa situação de forma benéfica e rica em conteúdos a serem ressignificados. São utilizados, para realização desse trabalho, técnicas de esclarecimento, supressão da ansiedade, insight e apoio. Há também, semanalmente, discussão e seminário de artigos relacionados a temas como: psicologia hospitalar, humanização, preparação cirúrgica e psicologia. Para as intervenções, o projeto dispõe de recursos ludoterápicos através do boneco-paciente, bonecas de cartão para recortar, jogos de construção, playmobil específico, kit médico e desenho livre. Como a manipulação dos brinquedos está diretamente ligada ao momento da vida das crianças, faz-se importante dispor de recursos lúdicos que abordem temas hospitalares, ou mesmo instrumentos médicos que não ofereçam risco ao serem utilizados como brinquedos. Segundo Chiattone (1988, p. 97 apud Oliveira et al, 2003), esse material proporciona a colocação direta de sentimentos específicos, levando as crianças a estabelecerem situações, cirurgias, condutas terapêuticas, exames, morte, atendimentos de urgência, ou seja, encenam uma vasta quantidade de cenas que vivenciam ou imaginam e que necessitam elaborar. Além disso, o projeto também busca realizar atendimentos na modalidade de grupo, visto que nesses contextos, os medos, as dúvidas e os sentimentos, emergem com mais facilidade, ao serem compartilhadas as experiências entre os membros (Chiattone, 2003). RESULTADOS Como resultados, têm-se obtido uma média de dez atendimentos por semana, e uma maior expressão e conseqüente redução dos conteúdos ansiogênicos e estressores, além da elaboração de diversos conflitos e fantasias decorrentes da intervenção cirúrgica e do processo de adoecer. No primeiro ano, o projeto realizou cerca de trezentos atendimentos dentro dos objetivos citados, ainda que enfrentando entraves, como a ausência alguns recursos e a reforma do HOSPED que, atualmente, encontra-se concluida. Observou-se que, corroborando com estudos (chiatone), alguns aspectos podem trazer malefício a criança durante o período de internação, cita-se: privação materna, medo do desconhecido, sensação de punição ou culpa, limitação de atividades e de estimulação, aparecimento ou intensificação do sofrimento físico e a despersonalização. Observa-se maior expressão e redução dos conteúdos ansiogênicos, maior esclarecimento e domínio dos pacientes e acompanhantes acerca da cirurgia e processos adjacentes e maior adesão ao tratamento. Notou-se uma demanda muito grande por esclarecimento acerca da cirurgia, tanto dos pacientes como acompanhantes, e uma conduta inadequada de acompanhantes e profissionais -711º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO diante do choro da criança. Tal vivência proporcionou principalmente o conhecimento da dinâmica da instituição a fim de buscar estratégias para tornar os atendimentos mais eficazes e promover a humanização. Também foi possível, ao longo desse trabalho, que o projeto ganhasse visibilidade dentro da instituição, havendo mais requisição por parte da equipe de saúde e dos próprios pacientes. Desse modo, atualmente tem-se buscado estratégias que atinjam também a instituição de forma mais abrangente, procurando-se fazer um vínculo maior com os profissionais de saúde e, os membros do projeto, junto ao setor de psicologia, vêm elaborando planos para tornar essa troca de conhecimentos mais frutífera, como seminários, cartazes informativos e outras táticas de conscientização que possam tornar o atendimento mais integrado e eficaz. CONCLUSÃO O papel do hospital, de promotor de saúde, perpassa por um atendimento que promova qualidade de vida, intrinsecamente ligado a um atendimento humanizado. Para tanto, faz-se necessário, uma indicação correta de internamento; a preparação da criança para o período de internação e o esclarecimento para o procedimento cirúrgico, conhecendo as causas, o que seria a sua doença e o hospital que se internará; deve haver um recebimento amistoso da equipe da criança e seus acompanhantes; levar em consideração o prazo de internamento, incentivar as visitas e preparação para a volta para a casa, para a alta (Chiattone (2003). Tendo em vista a importância da psicoprofilaxia cirúrgica no que concerne à promoção da saúde biopsicosocial e à humanização hospitalar, o projeto de “preparação psicológica à criança précirúrgica e seu acompanhante” realizado no HOSPED busca inserir-se nesse âmbito de forma eficiente. Destarte, com a consolidação desse projeto, espera-se contagiar outras esferas da saúde e também outras instituições, de modo que essa atividade, de caráter provisório e local, possa adquirir relevância suficiente para proporcionar sua expansão e vigência nos tratamentos oferecidos a pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. -811º Congreso Virtual de Psiquiatría. Interpsiquis 2010 www.interpsiquis.com - Febrero-Marzo 2010 Psiquiatria.com PSYCHOPROFILAXIS QUIRÚRGICOS Y DE PROMOCIÓN DE LA SALUD EN UN HOSPITAL PEDIÁTRICO REFERÊNCIAS: 1- Miltre RM, Gomes RA. Promoção do brincar no Contexto da Hospitalização Infantil Como Ação de Saúde. Ver. Ciência & Saúde Coletiva 2006; 9(1):147154. 2- Chiattone HBC. A Criança e a Hospitalização. In: ANGERAMI - CAMON VAA (org.). A Psicologia no Hospital. São Paulo: Pioneira Thomson Learning 2003; p.23-100. 3- Schmitz SC, Piccoli M, Vieria, CS. A Criança Hospitalizada, a Cirurgia e o Brinquedo Terapêutico: Uma Reflexão para a Enfermagem. 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